In The Dark || L.S

By aquitemlarry

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{CONCLUÍDA} {EM REVISÃO} NÃO É DEATH FIC Louis Tomlinson é um garoto de classe média baixa de 21 anos que fo... More

Aviso
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Epílogo

Capítulo 2

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By aquitemlarry


Quando as seguintes palavras saíram da boca da mãe de seu falecido melhor amigo, Harry ficou levemente atordoado, piscou várias vezes e achou que ia desmaiar ali mesmo. Louis observava tudo sem entender olhando de Harry para a mulher misteriosa, que acabara de acusá-lo.

"Ei, isso tudo é um mal entendido. Não é o que a senhora está pensando."

"Eu sei muito bem o que estou pensando e afirmando. Você matou meu filho. Sempre soube que você era uma má influência para o Li, e olha agora, ele está morto."

"Sabe, a senhora tem duas mãos, é muito mal educado não usar uma para bater na porta."

Louis que, até então estava quieto, se manifesta e a única coisa que Harry soube fazer naquele momento foi encará-lo e pedir através do olhar para que ele calasse a boca.

"Mal educado é você garoto falando comigo desse jeito. E afinal quem diabos é você?"

"Sou Louis."

"Bom, não importa, eu vim aqui me resolver com Harry sobre meu filho."

"Se servir de consolo, Karen, eu me importava muito com o Li, ele era meu melhor e único amigo verdadeiro, não pedi para ele ir atrás de mim naquela noite, não pedi a morte dele..."

"Se você se importasse tanto assim quanto diz, não teria afundado ele junto com você e suas merdas."

E se tudo isso fosse uma novela mexicana, esse seria o momento exato em que alguém leva um tapa no rosto e começa a chorar, mas a única coisa que se escutava naquele quarto era o som do ponteiro do relógio e uma leve fungada da parte de Harry.

"Meu filho, Harry." A mãe de Liam choramingou. "Ele era a única coisa que eu tinha, e você tirou isso de mim." Disse com amargura em sua voz. "Você nunca está satisfeito, não é mesmo? Se você não fosse um alcoólatra de merda, meu filho estaria comigo nesse momento!" Ela gritou. "Você sabe porque eu estou aqui?"

"Senhora, você precisa se acalmar..."

"Não me interessa!" Gritou.

"Eu certamente não sou surdo, mas eu irei ficar se você não parar de gritar!" Louis disse estressado. "Eu sinto muito pelo seu filho, mas você não pode vir aqui e gritar com pacientes. Ele também sofreu o acidente, está se recuperando. Vou pedir para a senhora se retirar ou terei que chamar a segurança."

Louis sabia que Harry tinha uma enorme parcela de culpa, mas o cacheado já estava estupidamente fodido, tanto emocionalmente quanto fisicamente, ter alguém o culpando pela morte de alguém próximo, não é algo que ele precisa no momento.

"Você vai pagar, Harry Styles." Disse com ódio e lágrimas nos olhos. "O sangue do meu filho está em suas mãos." Praguejou e saiu, limpando seu rosto com raiva.

Após um tempo em que Harry estava murmurando coisas em que voltava toda a culpa para si, Louis estava sentado ao lado do maior em um silêncio profundo sem saber o que fazer, ele devia falar algo? Tocar no cacheado, talvez? Nunca era bom em consolar pessoas.

"Você não matou ninguém, Harry. Talvez a sua dignidade, mas..." Merda. Louis calou a boca assim que percebeu que da mesma só saía merda.

"Da pra calar a porra da boca, Louis?" Disse em um tom elevado, porém quebrado.

Louis se calou e decidiu deixar Harry em paz por um momento.

1 minuto se passou.

"Cachinhos Dourados decidiu bisbilhotar a acolhedora casa da família urso..." Louis disse calmamente enquanto lia as letras escritas no livro em que segurava.

"Você está brincando com a minha cara porra?" Perguntou incrédulo.

"Não, eu estou tentando ler um livro, você poderia não me atrapalhar?"

"Eu quero que você e a cachinhos dourados vão se foder, porra!"

"Isso é um convite?" Deu um sorriso sarcástico.

"Você não cansa?"

Louis ignorou e prosseguiu:

"Dentro da pequena casa ela encontrou..." Harry interrompeu.

"Um enorme pedido para que você se retire do meu quarto!"

"Fique quieto, isso não está no livro, Gandalf."

"Louis, sai. Do. Meu. Quarto." Disse cada palavra pausadamente.

"A gente nem transou e você já está me expulsando?" Louis provocou.

"Sai!" Gritou.

"Só porque você pediu com educação." Disse indiferente e foi em direção à Harry, abaixando para depositar um beijo em sua testa, mas foi impedido pela mão deste, cobrindo o rosto de Louis e o afastando.

"Que merda você pensa que está fazendo?"

"Estou dando um beijo na testa da minha criança depois de ter contado uma história pra ela."

"Eu não sou uma criança, sai."

"Claro." Riu sarcástico. "Bons sonhos, te vejo amanhã."

"Péssimos sonhos." Murmurou.

"Pra isso, eu teria que sonhar com você." Saiu e fechou a porta atrás de si.

Louis andava calmamente até o seu quarto, não estava com sono de qualquer forma. Estava pensando sobre o acontecido no quarto de Harry, gostaria de poder ajudar em alguma coisa o garoto de orbes verdes, mas o mesmo não colaborava em nada.

"Se você fosse um personagem de desenho animado, neste exato momento teria alguma coisa acima da sua cabeça de tanto que você parece pensar." Uma voz feminina disse e riu.

A loira de lindos e maravilhosos olhos azuis aparece - no ponto de vista dela mesma- calma como nunca, o que no ponto de vista de Louis o fez se assustar e embaralhar todos seus pensamentos confusos.

"Se você estivesse no banheiro, eu com certeza pensaria que você era a loira do banheiro." Ele zombou da amiga.

"Muito engraçado, Louis, haha." Revirou os olhos. "Mas e aí, eu vi que estava no quarto do futuro amor da sua vida. Me conta como foi com o menino problema." Disse animada.

"O amor da minha vida só sabe reclamar, eu não sei como isso." Apontou pro livro. "Não foi parar goela abaixo daquele poste humano." Bufou.

"Não deve ter sido tão ruim." Perrie disse e recebeu um olhar de Louis. "Foi, não foi?"

"Foi péssimo, Pezz!" Exclamou. "A mãe desse Liam, que Deus o tenha, apareceu no quarto, Harry não sabia o que fazer!"

"Eu a vi! Ela fez um escândalo na recepção quando eles chegaram aqui no hospital, dizendo que queria ver o filho dela, e quando deram a notícia, tiveram que sedar ela, foi horrível, ela se jogou no chão e começou a chorar, até tentou agredir um enfermeiro após negarem sua visita a Harry, pois não iríamos deixar ela visitar um de nossos pacientes nesse estado, até porque Harry estava inconsciente!"

"Que coisa... horrível."

"Pois bem mocinho, já está tarde e amanhã você tem consulta, precisa estar descansado, então já para a cama."

"Mas eu estou acordadissimo." Ele disse bufando. "Não devia ter tomado aquela xícara de café, posso pelo menos ler um livro?"

"Nada disso. Vamos, imagine seu casamento com Harry ou conte carneirinhos, às vezes ajuda, mas por favor tente dormir."

"Cala a boca... E tá... Eu vou tentar."

"Boa noite Loulou."

A garota lhe lançou um sorriso, Louis retribuiu e disse um simples:

"Boa noite Pezz."

X X X

Bebida.

Harry definitivamente precisava ingerir uma grande quantidade de álcool e apagar. Até mesmo que fosse para sempre. Rolava de um lado para outro da cama, tentando inutilmente pegar no sono enquanto seus pensamentos e sentimentos travavam uma batalha dentro de si.

Exausto, recolheu as cobertas e sentou-se no colchão. Ele só queria voltar no tempo, voltar a ser o mimadinho problemático que tinha seu melhor amigo a tiracolo para lhe encher o saco. Não importava o quão grosso, estúpido e imcebil fosse, Liam estava lá por ele. Para recolher os copos, as garrafas, as bitucas de cigarro e, às vezes, até mesmo seu próprio corpo cansado e drogado.

As drogas não eram um problema para ele, não as usava com frequência, apenas quando estava em seu limite de exaustão. Quando não aguentava mais as convenções, palanques, palestras. Nos dias normais, apenas a bebida já fazia o efeito inebriante em seu organismo.

Era como se seus rins, cérebro e todas as outras partes do corpo implorassem pelo conteúdo alcoólico, como se o líquido corresse tão forte e rápido em suas veias quanto seu próprio sangue.

O corpo de Harry pingava de suor. Ele sabia o que estava acontecendo. E teve a perfeita noção e confirmação quando suas mãos trêmulas e empapadas tentavam chamar pelas enfermeiras pois sentia que já estava sem ar.

Ar.

Os pulmões de Louis não estavam recebendo o necessário para que conseguisse sobreviver a mais um dia ao que chamava de inferno.

Seus pequenos dedos corriam por toda extensão de seu pescoço em busca de ar, ele estava tentando puxar todo o ar que podia, mas não passava por sua garganta.

Gritou, mas nenhum som era emitido por suas cordas vocais. Diversas pessoas passavam pelo corredor mas nenhuma via o desespero nos olhos azuis enquanto lágrimas insistiam em cair sobre seu rosto. Ele pedia socorro, mas ninguém o ouvia.

Louis tinha total consciência de que iria morrer asfixiado porque seus pulmões eram tão fodidos quanto ele. Passou a ouvir gritos histéricos de uma voz que ele reconheceu ser de sua melhor amiga e enfermeira, Perrie. Não conseguia entender o que a mesma reproduzia, mas sentia mãos sobre seu tórax o apertando, enquanto Perrie gritava por ajuda.

Ele precisava de oxigênio, mas a única coisa que recebera foi um grande clarão sobre seus olhos com tudo se tornando branco enquanto lembranças de todos os momentos, de quando sua vida não era uma grande tragédia, passavam por sua frente, no mesmo instante em que seu coração parou de bater e a última lágrima caiu pelo seu rosto.

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