Possessed

נכתב על ידי eli3as3

35 9 0

Dante é um rapaz solitário já acostumado em ser sua única companhia. Seu trabalho é expulsar demônios que ten... עוד

Rito 1 - Capítulo 1
Rito 1 - Capítulo 2
Rito 1 - Capítulo 3
Rito 1 - Capítulo 4
Rito 1 - Capítulo 5
Rito 1 - Capítulo 6

Rito 1 - Capítulo 7

2 1 0
נכתב על ידי eli3as3


7

Dani me dizer aquilo me atingiu demais, eu estava em um pesadelo.

—Dani, não se preocupe, eu farei o necessário, isso com certeza tem cura. Juntos nós vamos conseguir e você vai ficar melhor. – Eu a prometi. Porém era algo que eu não tinha ideia de como lidar.

***

Eu conheci Dani no instituto. Eu cheguei mais perdido do que tudo, e ela quem me ajudou, ela estava lá já haviam 6 meses. O instituto era uma enorme casa afastada de tudo, com grandes campos em volta, lá haviam cultivos de plantas, ervas e frutas quais eu nunca tinha ouvido falar. Era um lugar meio secreto, só entrava ali quem fosse convidado. Conheci o Mentor Paul uma semana depois, meu primeiro treinamento durou apenas uma semana, pois consegui me adaptar muito rápido e acabei sendo adiantado pra uma turma que já estava lá há algum tempo, e era a turma de Dani. Por turma eu digo no máximo 6 pessoas, nem todo mundo tem inclinação e interesse para se aperfeiçoar no ocultismo. Eu sempre fazia par com Dani e começamos a sair várias vezes, éramos os melhores amigos, até que então quando começamos a ir para lugares explorar casos reais de possessão, começamos a nos envolver com maior intensidade. Me lembro de que quando chegamos à conclusão de que estávamos apaixonados um pelo outro, estávamos na estrada, eu tinha acabado de ganhar minha casa de presente dos meus pais, e a gente estava escutando Someday do The Strokes, estávamos cantando e eu olhei pra Dani e pensei que eu era meio louco, porém o louco mais sortudo, que tudo com ela era melhor e que eu não podia mais perder tempo. Parecia que ela tinha lido meus pensamentos, pois naquele momento ela se inclinou e me beijou, começamos a rir no meio do beijo e então entoamos como dois doidos, dentro do carro, cantando sem parar! Dani sempre me completou em todos os momentos que estivemos juntos, ela era paciente até, mas no seu próprio jeito, eu tinha certas crises, ela também, porém eu acabava me fechando demais, ela me dava o espaço necessário quase sempre e acabou que um dia o espaço foi até demais.

***

Layla estava com alguém do lado do passageiro, chegamos até minha casa quase que na mesma hora, ao descermos do carro Layla veio andando em nossa direção, seu companheiro saiu e pude ver que o conhecia de algum lugar. Era o bigode. E se eu conhecia, Enzo também conheceria. Era um dos associados de seu pai. Escutei vários estalos atrás de mim, era Enzo se contorcendo, olhei para a frente e vi o senhor de bigode com a arma apontada para frente, a mira estava em Layla e então um disparo. Ela caiu com força no chão, mas então um ser enorme pulou sobre o senhor e o derrubou no chão, deixando-o desacordado, era Enzo. Dani correu para o socorro de Layla e eu e a segui, Layla usava colete a prova de balas e parecia estar segura, não tinha sangue. Corremos e entramos no meu carro, Enzo voltou ao seu estado humano em alguns instantes e entrou no carro. Dirigimos em direção a casa de Dani.

***

Layla nos explicou que aquele era o chefe da polícia do estado, e que ele tinha ficado bastante interessado em minhas pesquisas, ele puxou o assunto de possessão e insistiu para vir junto. Agora ela entendera o porquê. Tive que explicar para ela e para Dani sobre Enzo e seu pai. Layla então começou a esclarecer algumas coisas:

—Mas o mais importante foi o que encontrei Dante. Pesquisei com os três ex-funcionários. Eles disseram seus filhos começaram a apresentar um comportamento um tanto inusitado, eram agressivos, falavam coisas que eles não entendiam, agiam de forma horrível até o dia de sua morte. Perguntei se os filhos já tinham ido até a empresa e eles disseram que teve uma festa infantil e que os funcionários estavam autorizados a levar seus filhos para ficar o expediente daquele dia juntos. Porém logo após a primeira criança adoeceu, todos eram meninos: Marcos, Lucas, João e Mateus. Marcos foi o primeiro logo após seu falecimento, Lucas ficou doente dias após a sua morte, João, um rapazinho que veio com a mãe, de outro estado, acabou matando seu irmão e depois de um tempo morreu...

—Layla, João o seu... Era João que a gente...? – Eu não conseguia terminar a frase.

—Sim Dante, era meu primo, era o João, minha tia fez um trabalho temporário na Build para manter suas despesas aqui. Então, após João foi a vez de Mateus e esse foi o único que sobreviveu, sua mãe não quis me contar, mas ele está vivo, porém internado em um sanatório. Eu ia chamar para visitarmos com o chefe da polícia. Até que tudo aconteceu - Explicou Layla

—Consuelo está me mandando diversas mensagens, Lucas está pior. Preciso ir até lá - disse Dani

—Dani, é melhor que você fique aqui, você não parece estar tão bem. – Eu disse ao ver que ela estava com aparência bem fraca.

Vi uma pilha de livros em cima de sua mesa, ela informou que o mestre Paul tinha a entregado. Era uma chance de ela pesquisar pela cura. Então resolvi ir até a casa de Consuelo com Enzo, e Layla foi até o sanatório conversar com Mateus.

***

Consuelo não estava bem, mas não pela mordida em seu pescoço, que já estava quase curada. Era por Lucas, que já não suportava aquele ser dentro de si, e eu tinha que fazer alguma coisa. Pedi para que Enzo vigiasse Lucas e fui conversar com Consuelo. Ainda abatida ela disse:

—É tudo culpa minha. Eu deixei meu filho perto daquela gente, é tudo minha culpa.

—Não é culpa da senhora, tudo vai se resolver, calma. – Eu falava sem ter certeza das minhas palavras.

—Aquelas pessoas que estavam possuídas e morreram, elas deram suas vidas para que seres demoníacos pudessem andar sobre a terra, eu sei disso, e mesmo assim deixei que meu filho chegasse próximo aquelas aberrações. Esse rapaz é um deles, eu o quero longe do meu filho. – Ao terminar a frase Consuelo já estava gritando, ela abriu a porta do quarto e Enzo estava alimentando Lucas com seu sangue. Consuelo avançou em Enzo e começou a batê-lo. Ela parou ao perceber que Lucas apresentou uma melhora instantânea, sua palidez sumiu e o garoto ficou de pé como se nada estivesse acontecendo.

***

Já no carro conversei com Enzo:

—Como você fez aquilo?

—Meu sangue consegue estabilizar e até mesmo curar algumas doenças, eu queria ajudar, sinto que devo isso a Consuelo e também queria te ajudar a não se preocupar com eles tão cedo, já que tem outras coisas que temos que descobrir. – Ele.

Estávamos voltando para a casa de Dani, Layla já tinha voltado e ela tinha muito a explicar. Quando os 4 nos reunimos na sala, Layla começou:

—Mateus disse que começou a ficar doente constantemente, ele é um rapaz um tanto antissocial e no momento mal consegue conversar, ele disse que no dia em que foi ser internado só se lembra que um rapaz o salvou, ele estava em uma enorme mesa redonda, estava amarrado pelas pernas e braços como se estivesse sendo crucificado, ao seu lado havia uma jovem da mesma forma, com os pulsos cortados, e ao outro um rapaz, na mesma posição, atrás de cada um deles tinha uma enorme placa de madeira com escritas indescritíveis, esse rapaz se soltou das amarras com rapidez, desamarrou Mateus e o levou para fora, era uma espécie de galpão em um lugar deserto, Mateus esperou que o rapaz voltasse, o que não aconteceu, ele então correu sem rumo, até que uma senhora passando de carro o viu à beira da estrada e o levou até um hospital e desde então ele está internado. Sua mãe ainda faz visitas, porém ele não gosta muito, comigo ele pareceu empolgado em compartilhar essa história, mas logo após terminar de contá-la voltou a um estado de transe. Ele apenas se lembrava que o rapaz se chamava Erick.

—Esse deve ser o ritual que estão tentando realizar, e pelo visto ele falhou na vez anterior. Na casa de Consuelo, depois de Enzo dar seu sangue para Lucas, ele melhorou, Enzo me disse que sangue genus daemoniorum tem propriedades que podem amenizar e curar. A princípio Consuelo se irritou, porém, minutos depois já estava tranquila e explicou que ela não tinha dito tudo naquele dia que nos contou o acontecido, ela acrescentou que no dia da reunião, e seu filho se perdeu nos interiores da empresa, ela ficou desesperada, então quando chegou perto da sala de reuniões, parou antes da porta e começou a escutar, Sara, a jovem advogada que teve o memorial e mais outros dois rapazes, que eu imagino serem Pedro e Nathan, tinham aceitado passar por um ritual onde deixariam seus corpos serem habitados por seres de outro plano, ela disse que Francis Ulrich comandava aquela reunião e que ele explicara que, entre aqueles três, apenas um sobreviveria e esse um seria portador de um sangue poderoso, e grandes recompensas viriam para ele. Eles então tomaram uma bebia escura, a qual Consuelo pensou ser vinho. Sara começou a passar mal no momento que deu um gole naquilo e teve que sair urgentemente. Quando todos se retiraram Consuelo entrou e seu filho estava no canto, assustado. Pouco tempo depois tudo aquilo que já sabemos aconteceu com o garoto. – Expliquei.

—Então juntando tudo estão querendo Lucas e Nathan para fazerem o ritual, mas e a terceira pessoa? – Perguntou Enzo.

—Não é tão simples assim, pesquisando sobre mordidas e curas demoníacas descobri sobre algo chamado "o Véu", nele criaturas de outros planos ficam separadas do nosso, caso algum pedaço dele seja aberto, elas conseguem passar para o nosso livremente. Indo mais afundo vi que existem vários passos para conseguirem abrir alguma parte dele, porém exige vários rituais para que esse véu caia definitivamente. Percebi uma enorme semelhança com um ritual que encontrei, o primeiro passo para a abertura do véu. Nele são necessárias 4 crianças do evangelho, 3 delas devem ser possuídas e terem sua energia sugada por completo, então quando a quarta criança for possessa seu sangue deve ser usado no ritual. 3 jovens, dispostos a disputarem pela possessão do "ser menor" devem deixar de bom grado que seu corpo seja coabitado até que apenas um sobreviva, esse sobrevivente terá seu sangue usado, o ultimo genus daemoniorum de alguma linhagem deve dar seu sangue para o ritual e por último uma pessoa com grande poder e que cause medo ou ira sobre os demônios deve ser sacrificada e habitada por esse monstro. Todos os passos devem ser seguidos para que o ritual seja completado. – Disse Dani.

—Meu pai pegou parte do meu sangue no dia em que Dante me seguiu na empresa. Provavelmente ele irá usá-lo – Disse Enzo.

—Ser menor? 4 crianças do Evangelho? – Indagou Layla.

—Mas é claro, sempre que as crianças ficavam possuídas seus nomes eram: Mateus, Marcos, Lucas ou João. Nomes dos evangelhos. – Eu disse, cada vez mais intrigado com tudo.

—Sim, e caso você não tenha notado, Sara, Pedro e Nathan, são nomes bíblicos também, o que segundo os livros, trazem mais energia ao ritual. Os nomes podem até estar escritos de formas diferentes ou em línguas diferentes, o importante é que significam a mesma coisa, como Nathan que no caso é equivalente a Natanael – Disse Dani. E continuou para Layla: —Seres menores são demônios mais comuns de habitarem corpos humanos, eles não causam danos tão grandes e facilmente se adaptam, porém se estiverem determinados a causar estragos ou não gostarem do corpo onde estão habitando, aí sim a coisa é feia.

—Mas não sabemos se Lucas é a última criança. – Disse Layla.

—Na verdade, sabemos, infelizmente eu realizei duas expulsões de crianças antes de reencontrar com Dante, eram dois garotos: John e Mateus. – Explicou Dani.

—Pensando bem, hoje pela manhã teve uma ocorrência de um pai que assassinou o próprio filho, dizendo ele que o garoto estava fora de controle e ele não teve outra opção. – Layla informou.

—Pois então o sangue genus daemoniorum e o jovem vencedor do "ser menor" eles já têm, precisamos saber se Lucas é a criança escolhida. O expulsor eu já tenho certeza que eles querem a mim. Qual outra razão teriam para enviar meus cartões para essas famílias? Eu devo ter feito algo que os atrapalhou no ritual anterior, quando tentei salvar o primo de Layla. – E ao dizer isso me lembrei o peso que aquilo ainda me trazia.

—Faz sentido, tenho certeza que no outro ritual Erick foi o expulsor utilizado, algo deve ter acontecido para que ele conseguisse salvar o garoto do hospital psiquiátrico, será que ele está vivo? Temos que agir antes que seja tarde. Parados não podemos ficar – Disse Dani.

—Pois acho melhor que Layla va até a casa de Nathan, tente impedi-lo de sair, de nós quatro você é a única que ele não conhece e pode se dizer uma policial mandada para a segurança dele. – Disse Enzo.

—Sim e você pode tentar convencer Consuelo de ir para o mais longe possível com Lucas. – Disse Layla para Enzo.

—Dani você fica aqui para nos auxiliar, faça mais pesquisas, qualquer informação nova será bem-vinda, enquanto isso vou até a Build Corporation... – Eu disse.

—A última coisa que vou fazer é ficar aqui sozinha, essa pode ser a última vez que terei oportunidade de lutar uma batalha dessas, não vou ficar aqui mesmo!! – Interrompeu Dani.

Fiquei pensativo por alguns segundos. Eu sabia que não impediria Dani de fazer nada, e ela tinha razão, poderia ser a última vez que ela poderia passar por isso, não pela grandiosidade da batalha em si, mas pela sua mordida na barriga, que parecia deixá-la cada vez pior.

—Tudo bem. Então está combinado galera. A gente vai colocar Build Corporation e seus demônios ladeira abaixo!

המשך קריאה

You'll Also Like

407K 28.5K 66
Stella era uma mulher de 20 anos,aonde sua vida era um inferno...seu pai era um alcoólico,é sua mãe uma pessoa doente,seu pai batia nela,mas um dia s...
10.6K 1.3K 38
A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente...
21K 1.3K 36
... Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidade, na verdade a repulsa das pessoas por...
8K 957 14
Contratada para ser babá de uma criança. S/n Monroe jamais imaginou que apenas uma simples proposta de emprego mudaria sua vida por completo. Ao cheg...