After ― A Filha De Levi [Att...

By xxDreamTalesxx

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Passaram quatro anos desde que Levi conheceu a sua filha, Abby. Encontram-se agora no Corpo de Exploração, on... More

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Final Alternativo. (Happy End)

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By xxDreamTalesxx


Cerca de um mês havia se passado. O Sol era raro de ser visto, e a neve era cada vez mais abundante por ali, o que assinalava o começo de uma nova estação, a agreste e frio inverno. Apesar disso, tal mudança no tempo, não preocupava muito Abby, afinal, ela sempre gostou daquela estação fria do ano e, principalmente, de brincar com aquela camada branca em que podia usar sua imaginação para fazer um daqueles bonecos de neve.

Durante aquelas quatro semanas que formam um mês, muita coisa aconteceu. Levi começou agindo de forma mais aberta com Ray, embora seus típicos ciúmes de pai, o fizessem ser mais antipático por vezes ― para não dizer sempre. O relacionamento dos dois jovens adultos foi descoberto por todos na Tropa, inclusive por Hange, que surtou sabendo que iria virar "Tia-Avó"― algo que a  Ackerman não percebeu muito bem.

A diante, as coisas estavam mudando. Lia, a melhor amiga de Abby, andava se envolvendo com um cara estranho da Guarnição. Esse homem, não deixou de ser motivo de conversa entre ambas as garotas, sendo que a Ackerman arranjava sempre um jeito de aconselhar sua "irmã" de coração. Embora, nas últimas semanas, o tempo que passavam juntas diminuiu um pouco, justamente porque Abby passou a dormir no quarto do Smith.

Por mais estranho que pareça, tudo estava bem ― o mais pacífico possível. Todos estavam contentes, ansiosos por ver o fruto daquele relacionamento entre Abby e Ray ― como Levi ― ou simplesmente vivendo as suas vidas o mais normal possível, sem aquele sofrimento de perder alguém.  Abby estava muito alegre com isso também... Embora, ela soubesse que, no fundo dela, tudo pioraria. Sabia que brevemente poderiam ter que enfrentar as aqueles monstros que, infelizmente, ainda rodeavam as muralhas. 

Ela esperaria não ter que voltar lá, muito menos no seu estado agora, mas claro que não desejava isso para seus colegas, amigos e família. Principalmente quando sabia que poderia perdê-los.

Agora, ela estava embrulhada nos braços de Ray, mais uma vez debaixo dos lençóis, acordada por pesadelos na densa madrugada. Ela não queria acordar o Smith, até porque não sentiu necessidade de se mexer daquele carinho que estava recebendo, embora ele estivesse dormindo profundamente.

Ela virou sua cabeça um pouco para cima. Queria aliviar os pensamentos e maus pressentimentos que tinha, por isso começou mexendo levemente nos cabelos escuros de Ray, para depois colocar sua mão na bochecha pálida, o moreno acabou por abrir lentamente seus olhos. 

Ray: Abby... você está acordada... ― sussurrou. ― Está tudo bem?

Abby:  Ah, nada demais. ― devolveu no mesmo tom de voz, esse que era baixo e eles haveriam de mantê-lo no resto da conversa.

Ray: ― Eu sei que é... ― retribuiu, começando a mexer nos cabelos claros de Abby. ― Pesadelos?...

Abby: ― Talvez..

Ray: ― Quer que eu vá buscar chá?... ― bocejou. ― Desculpa, isso. ― deu uma pequena risada. O moreno estava exausto, mas apesar de tudo, queria tomar conta de sua amada. ― Quer ir ver as estrelas?

Abby:  Ray... você está cansado... para além do mais, está frio... ― respondeu suavemente à oferta gentil do seu namorado. ― Podemos ficar só assim?

Ray:  Claro. ― tentou sorriu enquanto os olhos lhe pesavam. ― Vou só tentar não adormecer... 

Abby:  Você pode dormir se quiser ― ofereceu a garota, que haveria de ser ignorada.

Ray: Consegue me falar do pesadelo?

Abby:  Eu não quero falar sobre isso. ― disse abanando a cabeça, com as lágrimas dando cumprimentos nos seus olhos, lembrando daquela imagem aterradora. As infinitas mortes que, em seus pesadelos, seu pai levava na sua frente. Várias, e várias vezes, como um inferno.

Ray:  É sobre seu pai?

Abby apenas assentiu com a cabeça.

Ray: ― Olhe, pegue no meu casaco que está nos pés da cama. E vá ter com ele, abrace-o, confirme que ele está vivaço e relaxe. Pode ser? ― ele sorriu gentilmente. ― Acho que essa seria a única forma de seus pesadelos pararem... Quer que eu a acompanhe? 

Abby: Durma, Ray. Você está exausto, está morrendo de sono, e ainda está se preocupando sobre eu ir ou não sozinha a meio da noite? 

Ray:  Abby... Eu amo você, esperaria o quê? Nem que eu não dormisse uma semana para você dormir tranquilamente, eu faria isso. Estar com algum sono não é nada. ― ele beijou a bochecha um tanto rosada da Ackerman. 

Abby: Eu também te amo, Ray. ― ela abraçou-o para assim partir para o quarto de seu pai.

Os seus pés apenas cobertos com meias, bateram levemente contra o chão de madeira perra. Era pouco barulho o que ela fazia, já que tinha sempre medo de acordar alguém. Ao redor de seus ombros, o grande casaco de Ray aquecia-a no meio da frieza da noite. 

Atravessando aquelas porta infindáveis ―que eram iguais e repetidas e totalmente confusas ― andava pelo extenso caminho. Mas, embora tanta confusão no meio de um corredor escuro e travesso, soube exatamente qual era a porta de seu pai. Uma luz estava saindo de lá, provavelmente ele estaria acordado ainda, o que nada admirava Abby.

Batendo levemente na porta, empurrando-a mais um pouco para que ele a visse.

Levi: Abby? Porque está acordada a esta hora?

A moça não respondeu. Ela apenas olhava para o chão, enquanto seus pés se entregavam ao gélido chão. Estava com vontade de abraçar seu pai, saber que tudo o que sonhou, não passaria daquilo, um sonho. Por isso, não relutou mais e saltos nos braços do seu pai que abertos estavam ao ver sua figura entrar no quarto.

Levi não sabia porque ela estava ali. Estava preocupado, muito mesmo. A sua filha parecia, nem mais nem menos, uma criancinha assustada a meio da noite. Algo que, o Ackerman aproveitou, já que não teve oportunidade de consolá-la de pesadelos, medos ou de monstros no armário, quando era pequena. 

Levi: ― Abby... O que aconteceu? ― perguntou ao sentir sua farda ficar molhada. 

Abby: ― Eu só... só estava com saudades... ― fungou, porém essa não era nem de longe da verdade.

Levi:  Têm algo a haver com a missão de amanhã?

Abby: Não... Não totalmente...

Levi: ― Você não vai, não é? 

Abby:  Eu não sei... A comandante falou que iria ver... 

Levi:  Hm, então se não é medo de perder seu bebé, é medo de quê?

Abby: ― Perder você. ― disse já não segurando mais as lágrimas, muito menos os soluços.

Levi congelou. Ver sua filha naquele estado por ele, era simplesmente doloroso. Isso fez o Ackerman, que não costumava tomar cuidados para consigo mesmo, exceto lutar com todas as forças que tinha, começar a vislumbrar um pouco de si mesmo, do que poderia fazer para sair vivo de lá. 

Apesar de tudo, as missões eram imprevisíveis, isso ele sabia melhor que ninguém. Era-lhe completamente impossível dar uma resposta positiva, que daria esperanças que poderiam não se concretizar para sua filha. Não queria, de maneira alguma, deixá-la confiante de algo que poderia não acontecer ― como sobreviver.

Levi: Shh... ― sussurrou baixinho para a garota que chorava sem se conter no seu ombro. ― Irei fazer um esforço para voltar, está bem? Eu estou aqui agora, quanto ao futuro logo veremos. Acho que você consegue perfeitamente perceber que as coisas são imprevisíveis... 

Abby:  Eu sei, eu sei. ― disse enquanto a sua voz era trémula e as lágrimas continuam a correr. 

Levi:  Oe, não quero vê-la assim. ― limpou as lágrimas. ― Assim o meu netinho vai ficar triste também... Eu quero que ele saiba que o vovó irá estar sempre aqui para protegê-lo... ― abaixou-se ao nível da barriga da Ackerman. ― ... e nessa altura eu posso estar aqui, ou no céu, orando por ele. Não é, pequenino? 

Abby não parava de chorar, embora Levi tentasse de inúmeras maneiras acalmá-la. Ela sabia do problema de coração que ele tinha, ela sabia das dificuldades que ele teria em se conter, e que o pior podia vir quando ele menos esperasse. Mas porquê sofrer por antecedência? Abby não queria chorar por isso, pelo menos, não agora. 

Mas, de alguma forma, a sua vontade de libertar a sua tristeza e desespero, foi a partir de lágrimas e lamentos, que o Ackerman ouviu sem a julgar. 

Levi: ― Vamos descansar, está bem? ― repousou a cabeça de Abby no seu travesseiro já que ela estava sentada na sua cama. ― Quer um chá? Alguma coisa? Quer que chame o Ray?

Abby: ― Não... Você poderia apenas... ficar aqui?

Levi:  Eu nunca sairei daqui.

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O tão proclamado "amanhã", chegou em menos de cinco horas. O sol pairava sobre o céu que estava parcialmente coberto por algumas nuvens e, consequentemente, o tempo ameaçava chover.

Realizar missões debaixo da chuva não era a melhor das hipóteses, mas era o que eles teriam que fazer, afinal de contas, aquela missão era muito importante. Hange, a atual comandante da Tropa de Exploração, decidiu por isso, convocar mais soldados e cadetes. O que, de facto, foi péssimo para Abby, que grávida de três meses, foi obrigada a ter que combater pela última vez. 

A notícia foi de longe bem recebida. Levi reclamou com Hange. Ray ficou transtornado e simultaneamente revoltado com a situações, a sua postura calma rompeu totalmente, obrigando a Zoe a chamá-lo particularmente para que ele se acalmasse.

A culpa, não era de Hange e, sim da falta de soldados ao dispor. Por mais requintada que fosse a operação, a qualidade de soldado que Abby era, fazia falta nas primeiras fileiras. No entanto, algo foi acordado entre o Smith e a Zoe, a fim de proteger a criança de Abby, evitar expô-la a combates sozinha. 

Neste momento, soldados e cadetes carregavam as carroças para posteriormente levá-las para o exterior das barreiras de 50m. 

Ray:  Abby... 

Abby: ― Oi.

O Smith toca com seu nariz no dela.

Ray: Se cuida, 'tá? Me prometa isso. ― falou pegando nas mãos pálidas dela.

Abby:  Eu vou... E você também, viu? 

Ray: ― Vou, sim. ― ele dá um selinho rápido nela, largando-a pouco depois para montar seu cavalo e colocar-se na formação.

Com isso, ela ficou sozinha no meio da movimentação, olhando em redor tentando achar seu pai que faria parte de seu Esquadrão. Ela estava nervosa, muito mais que o costume. Suas mãos tremiam pois sabia a responsabilidade que ela tinha dessa vez, não era por ela, não era pelos soldados, e sim por seu bebé.

Sabia também, que seu pai levaria isso em consideração, já que ele estava muito preocupado com sua saúde.

➶➶➶➶➶

Cavalgando pelos espaços abertos, o vento gélido batia na cara de cada um. As nuvens ainda davam aquele sinal de chuva que, provavelmente, iria dificultar o decorrer da missão. Os Titãs, que sorriam plenamente ao vê-los, davam mais que um sinal de vida.

Não tardou muito, para sinais vermelhos se espalharem pelos ares, para o pânico se perlongar por cada membro do Corpo, cada soldado começava a temer pela sua vida, começava a pensar nos seus maiores arrependimentos e pecados. Abby começava a temer pela sua vida também, tanto que, de alguma maneira, mandaram recuar novamente em direção à muralha.

Para grande azar, a concentração de Titãs aumentou gradualmente, o que dificultou muito a missão falhada de se concretizar. E para piorar, os sinais de fumo vermelho aproximavam-se da sua ala, tanto da de Ray. 

Levi: Continuem cavalgando! Não olhe para os sinais.

Abby:  Eles estão vindo, pai... ― falou enquanto seu medo subia ao ver Titãs entre as neblinas, sentada na carroça.

Levi: Tsk. ― olhou para trás. ― Vamos até à floresta! Avisem o resto da ala direita. 

Cavalgando até à floresta, eram muitos os Titãs que os seguiam. Observando as altas árvores à distância, tudo o que puderam fazer foi acelarar. 

Chegando naquele lugar sombrio, que iria salvá-los ― ou pelo menos, safá-los desta ― um Titã começou a aproximar-se bastante da carroça de Abby, o que a fez congelar e seu coração começar a bater a ritmos totalmente descontrolados. A distância entre ambos resumia-se a poucos metros ― dois, para ser exata.

Claro que, Levi não hesitou nem um segundo em dar seu cavalo a um soldado, e precipitar-se à nuca daquele Titã desmiolado. Perder sua filha nesses cenários era tudo o que menos queria, tampouco seu neto que ainda dependia do ventre da mãe para se desenvolver.

Levi: Você está bem?

Abby: S-Sim

Levi: ― Ufa ― suspirou de alívio, preparando-se para o sermão. ― Não pode amarelar, Abby! Ao menos grite! Senão como eu saberia que estava em perigo? Sua vida é muito importante...

Abby:  Desculpe... Eu ―

Levi: Deixa para lá, apenas tente ajudar de uma maneira que você pode, com sua inteligência. ― foi interrompido pelos gritos de desespero de um dos seus subordinados. ― Tsk, merd' 

O Ackerman logo correu em direção à nuca daquele Titã, como a de tantos outros. Alguns soldados ainda se atreveram a entrar na luta de brava ― o jogo de vida ou morte ― mas Levi acabava por ter que lidar com quase ― para não dizer tudo ― sozinho. Isso até poderia ser bom enquanto era jovem, mas nesta altura, com a sua idade, ele tinha problemas de saúde associados.

Levi estava cansado, a repousar por cima da sua árvore, tentando manter a sua forma. O seu coração batia que nem um louco, o que era tudo menos bom para ele. Se o mesmo continuasse se esforçando tanto, o destino poderia por fim no seu percurso de vida.

Ele inspirou, expirou, e continuou fazendo esse processo. Ele estava disposto a cuidar de sua vida, como prometeu para Abby. Tanto, pois, por seu futuro netinho que gostaria de conhecer. 

Ainda com um físico em péssimo estado, começou a sentir tonturas, que o fizeram agarrar ao tronco da árvore como suporte. Por breves momentos, pensou que iria desmaiar, se o grito de Abby não o despertasse. Ela estava pálida, com o desespero nos olhos, segurada por um daqueles seres que apenas comiam humanos por capricho. Não era costume ela gritar assim, mas podemos assumir que algo como uma gravidez, foi capaz de alterar muita coisa na moça.

O Ackerman, incapaz de ver mais alguém que amava morrer na sua frente, usou algo inevitável, uma velocidade exagerada para lá chegar. Com a força e o ódio a consumirem o seu ser, cortou em profundidade a nuca daquele gigante. 

Assim sendo, Abby caiu embora não tenha sido apanhada pelo seu pai, como esperava. Agora, do seu lado estava Ray, que agora possuía um título de Capitão com um Esquadrão próprio seu. Enrolada nos braços do Smith, a Ackerman foi pousada na carruagem sã e salva.

Ray: ― Você está bem? ― perguntou preocupado, tentando enxergar qualquer ferida na namorada. 

Abby: ― O-Onde está meu pai? ― olhava em volta, assustada. ― Onde está ele? ― olhou para Ray desesperada. ― Onde está o capitão Levi? 

Ray negou conhecer o paradeiro de Levi. Afinal, ninguém sabia onde ele estava. Quando a restante ala direita chegou, foram várias as buscas para achar o Cabo. 

Entretanto, a chuva começou a escorrer. O céu estrava triste, ele chorava e implorava, como Abby. O corpo de Levi, foi encontrado no meio de matas, deitado bruscamente no chão. A sua cabeça, deitava sangue, o que era fácil de entender que ele tinha batido bruscamente no chão.

E essas conclusões vagas, não conseguiam aproximar-se realmente da verdade, o Ackerman tinha se esforçado muito ― demais para o que podia. Assim que atacou o Titã, o seu estado físico que já era deplorável, fê-lo desmaiar. Ao estar a alturas tão altas, acabou por embater no chão, dando lugar a feridas cujo o sangue escorria delas. 

O capitão foi pousado no colo de Abby. Os seus olhos estavam fechados, mas por milagre ele ainda respirava. Quando a carruagem começou a andar rumo à muralha, ele abriu ligeiramente seus olhos, enquanto a chuva pingava sobre eles.

Levi:  Abby...

Abby limpou as lágrimas. ― P-Pai

Levi não se conseguiu mover como esperava, estava demasiado cansado, sem controle de si próprio. Parte do seu corpo, já estava descansando como devia, como seu consciente deveria ir também em breves momentos. 

Levi: ― Desculpe...

Abby:  Você não tem que pedir desculpas por nada... Só tem que voltar... ― disse no meio de lágrimas e da sua voz trémula.

Levi:  Eu amo... você... ― fechou os olhos.

A cabeça encostada na barriga de Abby era aconchegante. Ele sentiria falta daquilo. Ele sentiria falta dela, de seu sorriso, da sua mania, do seu lado de menininha alegre, lembrava-se do momento em que descobriu que ela era sua filha, no dia em que voltaram juntos para casa, no dia em que soube que podia ser feliz com sua família. Lembrava-se agora, do arrependimento que tinha por ter deixado tantos ir, por não poder ficar com quem continuava a lutar neste inferno, mesmo com sua filha. 

Arrependia-se por nunca ter podido tocar no seu neto, de nunca ter podido vê-lo, ensiná-lo, ouvir simplesmente o seu riso de bebé, que tanto desejara nas últimas semanas. Ele queria apenas isso, ser feliz com sua filha, seu neto, e sua esposa. Se tivesse mais  oportunidades, como o universo sempre lhe deu, gostaria de se reformar após o nascimento de seu querido e tão esperado neto, de estar no casamento de sua filha, mesmo que esse fosse com o Ray, de ser o vovó "divertido" e levar a criança deles a fazer coisas incríveis, a mostrar-lhe o outro lado da muralha, a mimá-la, a saber que poderia contar com seu vovó para tudo.

Ele só queria mais uma oportunidade do universo... Mas estava cansado, exausto. A sua vida foi de muitas tragédias, desgraças e horrores, embora um feixe de luz iluminou os seus caminhos sangrentos. O seu destino queria fazê-lo descansar, mas ele não queria ir.

Após alguma resistência, a sua consciência preparava-se para ir embora, embora deste mundo. Talvez fosse por isso, que o bebé de Abby decidiu despertar e dar um valente pontapé na barriga de sua mãe, fazendo o Ackerman senti-lo. Soube que era seu neto e ficou feliz por isso, queria chorar mas não podia. 

Nas suas últimas palavras apenas conseguiu dizer:

"Eu nunca deixarei de amar vocês"


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