That Tomboy • lmb + jnk

By _Rahim_

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Após o colégio Village High sofrer por ataques de vândalos, seus respectivos alunos são obrigados a se movere... More

NOTA
1. Patricinha x Tomboy
2. Quais são suas intenções?
3. Olhares
4. Queimada
5. Lanchonete
6. Fotografia
7. Leia
8. O que você está fazendo?
9. Sábado
10. Convites
11. Pera, uva, maçã ou salada mista
12. Baile de Primavera
14. Sala de instrumentos
15. Você não pode negar
16. Swimming Pool (parte 1)
17. Swimming Pool (parte 2)
18. Porque você estava comigo
19. Esclarecer as coisas (flashback)
20. O baile (inesperado) de verão
21. A canadense
22. Em seus braços
23. Pensamentos
24. Raiva
25. Desculpas é um bom começo
26. O acampamento
27. Princesa
28. Na balada do meio do mato
29. Concepção
30. Então as coisas mudam
31. Honestidade
32. Romeu
33. Oficialmente irmãs
34. O baile de outono
35. Sob a chuva
36. Sogrão
37. Mãos juntas
38. A bola de basquete
39. Expectativa
40. A confusão

13. Confissões

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By _Rahim_

boooo noitee procês ou bom dia, mais uma att noturna como de costume. Esse capítulo tem uma evolução caceteiraaa...


















O baile foi um sucesso. Muitas fotos saíram no jornal da cidade, as quais relatavam o fato do colégio Seoul West High ser uma ótima influência por sempre arranjar uma forma de resgatar a arte e contemplá-la entre os jovens adolescentes.

Após uma semana agitada, especialmente a sexta-feira, veio o fim de semana para o bom descanso dos alunos mantê-los mais calmos e preparados para uma outra semana que se iniciaria.

Dessa vez, Lisa e Jisoo resolveram passar o dia todo ajudando a mãe no salão de beleza. Resmungaram um pouco, como sempre, mas também sentiam falta das reclamações excessivas de Seiha, aproveitaram aquele tempo com gosto.

Já Jennie saiu com o seu grupo de amigas pela manhã em um spá, pela tarde decidiu passar um tempo com o pai babão, o qual resmungava sobre a falta de tempo que a própria filha tinha com ele.

Tudo saía em perfeita forma, até que a segunda veio novamente, de quem os estudantes não podiam fugir nem se quisessem. Dessa vez, o Sol quis marcar uma presença maior em Seoul, deixando menos evidente o frio que a Primavera trazia consigo.

Cortando todo o clichê dos alunos reencontrando seus amigos pelo pátio externo e interno, o sinal do colégio ecoou por todos os cantos e os professores já se encontravam prontos em suas respectivas salas com o material em mãos.

O terceiro ano adentrou na sala feito múmias que acabaram de sair das tumbas do Faraó. Cada um se acomodou na carteira que lhe correspondiam e passaram a olhar para a professora que iniciava sua aula.

— Como discutimos na semana passada, hoje vocês farão um trabalho sobre a literatura coreana, retirando as cinco partes mais importantes de um dos livros que eu citarei na lousa. — a professora anunciava claramente diante da classe. — Para isso, vocês se juntarão em trios e vão confeccionar o trabalho numa cartolina.

— Cartolina... — a tomboy debochou junto de sua irmã.

— Algum problema, senhorita Manoban? — a senhora Woon apontou seu óculos de lentes grossas bem na direção da garota.

— Não, professora. — Lisa pigarreou por um instante e parou de rir.

— Assim espero. — lhe lançou um último olhar de desconfiança e voltou sua atenção para a lousa. — Bom, as obras são estas. Agora irei escolher os grupos. — ao dizer aquilo, todos bufaram, mas a professora sequer ligou.

A senhora Woon ditou cada nome e exigiu que os alunos se juntassem somente na biblioteca, onde possuía um espaço maior. Sendo assim, Jisoo não pôde ir com sua namorada, caiu com dois rapazes do fundão. Rosé ao menos tinha Irene como amiga em seu trio, que possuía Somi também. A maior ironia do destino foi Jennie ter caído justamente com Lisa, mas Eunha também estava com elas.

Parecia até que o destino estava caminhando e favorecendo as duas, o que era meramente engraçado.

Com os trios formados, os alunos seguiram para a biblioteca e se sentaram nas mesas de círculo. Jennie chegou primeiro e se encarregou de pegar a cartolina. Eunha veio logo depois e se sentou ao lado da Kim. Lisa, como sempre, demorou para vir.

— Onde está a Lisa? — ela perguntou delicadamente para Eunha.

— Você não sabe? — a morena rebateu com outra pergunta.

Jennie revirou os olhos. — Se eu soubesse, eu não estaria perguntando, querida. — disse ironicamente.

— Bom, eu também não sei. — a garota deu de ombros, o que fez a Kim bufar.

Logo após à pequena conversa que as duas tiveram, Lisa apareceu tranquilamente e pôs sua mochila sobre uma das cadeiras.

— Foi mal pela demora, meninas. — sorriu de modo divertido e não disse mais nada que pudesse justificar seu atraso.

— Já estávamos preocupadas, tomboy. — Eunha riu, no entanto Jennie revirou seus olhos novamente.

— Viu a Léia no caminho? — a Kim soltou, sua voz ácida entrou suavemente nos tímpanos da maior.

Lisa bem percebeu a intenção da patricinha em lhe chamar atenção, então resolveu a cutucar um pouco com suas provocações.

— Oh, sim. A gente conversou um pouco. — a tomboy respondeu sem rodeios e ainda finalizou sua frase com um sorriso.

Jennie cerrou seus punhos e intensificou seu olhar em direção à Manoban, como se pudesse queimá-la somente com aqueles dois acastanhados brilhantes.

— Por que? Quer que eu mande um recado para ela quando eu vê-la de novo? — mas Lisa não parou por aí e somente continuou com suas implicâncias, algo que só deixou Jennie com uma raiva ainda maior.

Eunha notou o clima estranho, ou melhor, provocativo por parte da tomboy, que havia se formado, mas não interferiu, apenas ficou lendo um pouco mais sobre os livros que estavam indicados na lousa.

— Vai se foder, Lisa... — Jennie disse num tom mais baixo, ao mesmo tempo que denso e repleto de irritação.

— Oh, não fique brava princesa, temos que manter a harmonia em nosso trabalho. — a Manoban continuou com as brincadeiras, até que recebeu um belo chute através da sandália da menor. — Ai... — fez uma careta de dor e então a Kim sorriu de satisfação.

— Agora sim estamos em harmonia. — a patricinha ironizou.

Lisa então se calou de vez e se conteve em seu lugar. Mas no fundo ela adorava ver a forma que Jennie reagia sempre que parecia estar com ciúmes.

— Bom, gente, pensei em escolhermos Confessions, do Yun Dong-Ju. — Eunha sugeriu.

— Nossa, mas esse poema é muito depressivo. Vamos falar sobre The Camellias, da Kim Yu-jeong. — a Kim contrapôs.

— Grande coisa essa história mixuruca... prefiro este aqui, que é um clássico! — a Jung rebateu com um certo desdém pela escolha de sua colega.

— História mixuruca? — Jennie elevou um pouco seu tom, não gostando da forma que Eunha se referiu à história. — Ouça, isto é um clássico da literatura, se você não sabe.

— Esta história é contada para boi dormir, Kim, até uma criança consegue ler isso!

Até mesmo Lisa se chocou com o modo que Eunha enunciou para Jennie, como se estivesse a chamando de burra.

— Uau, desculpa aí, senhora dona do intelecto! Se só sabe contemplar leituras acima da média, então por que não está numa Universidade ainda? — Jennie a refutou usando sua dose diária de ironia.

— Bom, você não está no maternal por ler um livro de criança, certo? — a Jung deu sua réplica tranquila em seu lugar.

Jennie arregalou seus olhos e no mesmo minuto encarou a tomboy, quem também a olhou de volta com uma cara de "por favor, não me envolva nisso".

— A questão aqui não é arranjarmos brigas, Jennie. Podemos decidir isso na paz. — novamente Eunha falava de forma confiante, coisa que irritava a Kim profundamente pela mesma sempre querer ser a dona da razão.

— Mas foi você quem começou, minha querida... — a patricinha já não a encarava mais. Se encontrava com os braços cruzados e com o rosto claramente explodindo de raiva.

— Certo, podemos ser justas agora, então a tomboy quem irá decidir qual livro iremos trabalhar. — Eunha propôs.

— Eu? — Lisa, quem queria estar fora de toda aquela discussão, agora se via mais envolvida do que nunca. Não gostou nada daquela ideia.

Jennie, por outro lado, amou tal ideia, pois no fundo percebeu que Eunha estava disposta a competir com ela de todas as maneiras possíveis.

— É uma boa ideia. — pela primeira vez, concordava com o que a Jung dizia. — Vamos lá, Lisa, decida isso. — a Kim a pressionava.

— Bom... — a garota balbuciou por um instante e encarou as duas garotas em sua frente. Nem mesmo conhecia nenhum dos dois livros, o que só lhe dificultava as coisas. Mas então pensou numa forma muito melhor de tirar Jennie dos nervos, ainda mais sabendo que não era muito trabalhoso lhe exasperar. — Pode ser Confessions.

A Manoban deu um sorriso sacana e Eunha comemorava com uma risada vitoriosa em seu rosto. Jennie, em contrapartida, queria mesmo era matar Lisa com um dicionário grosso em seu crânio.

— Mas o quê? — ela lhe lançou um olhar repleto de fúria.

— Você me pediu para escolher, não é? Pronto, eu escolhi. — falava na maior tranquilidade, sem tirar aquele mesmo sorriso ladinho de seu rosto.

Jennie preferiu não dizer nada. Pegou sua borracha rosa, escreveu um recado no verso e jogou em direção à Manoban, na verdade ela atingiu bem a testa da maior, atacando-a por suas risadas irritantes.

"É bom você parar com essas provocações ou então vou fazer você engolir um livro chamado Confessions!!"

Lisa riu por mais alguns segundos após ler o recado, mas ao notar o olhar furioso da Kim cair sobre si, pensou que aquela ameaça poderia muito bem ser verdadeira, então resolver parar de vez.

— Onde está a cartolina? — perguntou Eunha.

— Aqui. — Jennie a entregou com descaso e então a Jung a abriu sobre a mesa.

— Eu separei os trechos que julguei ser mais interessante em meu caderno. Posso escrevê-los na cartolina também.

— De forma alguma, sou eu quem irá escrever na cartolina! — Jennie decretava totalmente evasiva.

— Eu posso fazer os desenhos se vocês quiserem. — Lisa sugeriu.

— Tá, mas o que eu vou fazer? — Eunha resmungava.

— Ah, meu amor, não sei... por que não vai dar aula em alguma sala já que é tão adulta, como diz? — a patricinha satirizou sem rodeios, passando a escrever seu lettering sobre a cartolina.

Eunha, por sua vez, bufou com a maneira que Jennie utilzava para refutá-la.

O trabalho então teve sua continuidade. Jennie prescrevia todas as frases citadas por Eunha numa cautela demasiada, prestando a atenção em cada traço feito por sua canetinha. Enquanto que Lisa fazia alguns desenhos referente ao livro em volta do grande cartaz, esta também utilizava muito de seu foco, até porque sempre adorou desenhar.

Eunha aproveitou o tempo para ler de seu livro, mas ao ver tudo quieto, resolveu observar o que ambas faziam, especialmente a Manoban, quem tinha uma expressão muito atraente quando se encontra concentrada, a Jung percebeu aquilo.

Inclinou um pouco mais seu corpo para frente, afim de encarar melhor o trajeto que era feito pelo lápis de ponta fina utilizado pela tomboy. O simples barulho do grafite em contato com o papel conseguia harmonizar os ouvidos da morena, a qual sorriu ao ver o quanto Lisa zelava por sua função.

Por outro lado, uma certa pessoa se incomodou com aquilo e esta pessoa se tratava de Jennie, quem percebeu uma certa movimentação incomum do corpo ao seu lado.

— Está ficando perfeito, tomboy... — Eunha comentou, pegando a Manoban de surpresa, quem lhe transmitiu um sorriso sem jeito.

— Valeu...

Jennie somente acompanhava tudo do seu canto. Seus olhos estavam no lettering, mas seus ouvidos se encontravam ativos naquela conversa.

— Não precisa me agradecer, você sabe que é talentosa em tudo, Lisa. — Eunha novamente dizia sem vergonha alguma.

O que levou a patricinha a franzir seu cenho.

— É, eu tento, né... — a tomboy mais uma vez transmitiu o mesmo sorriso e voltou ao seu trabalho.

Mas Eunha não parou por aí. — Posso dar uma sugestão? — indagou, tirando a Manoban de seu foco.

— Pode, claro.

— Eu aconselharia você a pintar este cabelo num tom mais azulado, pois realça o sentimento do desenho e do projeto. — ela disse, no entanto, Lisa não entendeu muito bem suas palavras, nem mesmo a Kim as entendeu. — Vou te mostrar para você entender. — levantou-se e caminhou para perto da Manoban, pegou o lápis azul de seu estojo, o marcando bem na área que ela havia sugerido. — É mais ou menos assim...

Eunha pintava os cabelos da mulher que Lisa havia desenhado. O único problema foi a posição que ela escolheu para fazer tal coisa. No caso, ela se encontrava bem em cima da tomboy, com os seios quase esmagando seus olhos.

Apesar do certo desconforto, Lisa nada disse, apenas continuou observando o que sua colega fazia sobre a cartolina. Mas Jennie, por outro lado, sentia seus olhos queimarem diante daquela cena.

— Queridinha, eu acho que a Lisa já sabe como se pinta um desenho. — a Kim pigarreou.

— Oh, foi mal, eu acabei me empolgando com o trabalho... — Eunha deu um sorriso cínico e voltou para o seu lugar.

Aquilo fez o sangue de Kim Jennie ferver. — Já vi que você se empolga bastante em ser inconveniente!

Lisa acabou de perceber que mais uma vez a discórdia havia sido implantada.

— Está incomodada, Jennie? Por quê se estiver, recomendo que se retire do grupo. — a Jung rebateu.

— O que acha de eu retirar um tapa da minha mão pra dar na sua cara?! — dessa vez, Jennie não economizou no seu escárnio. Bendizendo, ela estava prestes a voar na cabeça de Eunha.

— Uau, a patricinha do colégio agora vai bancar a ogra? — Eunha, parecia não ter medo de nada, agora estava entrando na briga também.

— Vou te mostrar quem é a ogra, sua...

— Ei, ei, ei... parem já com isso! — foi a vez de Lisa interferir naquela discussão, que poderia acabar em um assassinato daqui alguns minutos. — Se a professora ver vocês duas brigando, vai tirar a nossa nota!

— Foi a Jennie quem começou! — Eunha apontou.

— Deixa de ser criança, garota! Você que é a abusada aqui!

— Eu, abusada? Só se for você, basculho — ela despeitou. Jennie estava prestes à avançar mas Lisa novamente interferiu.

— Fica quieta, Eunha! — a tomboy a repreendeu. — Isso vale para as duas, ok?

Eunha ajeitou a postura em sua respectiva cadeira, todavia, Jennie continuava na defensiva, só esperando o momento certo para virar um tapa na cara daquela atrevida, digo, de sua colega.

Lisa até achava engraçado a forma impulsiva de Jennie agir, mas isso era no começo, pois agora estava começando a desconfiar de que a Kim poderia perder o seu controle a qualquer momento.

Mas se vocês acham que parou por aí, estão enganados, pois a própria Jung queria ir mais além. Até parece que mesma estava implorando para apanhar de Jennie.

— Sabe, tomboy, desde o Village eu percebo o quanto você se empenha para tudo. — sutilmente, Eunha foi divagando com sua mão até o antebraço da Manoban, a qual franziu o cenho por tal ação repentina. — É por isso que você tem muitas garotas no seu pé. — prosseguiu com aquele gesto, massageando a mesma região com seus dedos. — Às vezes eu me pergunto, como pode existir uma pessoa tão perfeita como você...

— Inferno, assim não dá para concentrar com você falando o tempo todo, garota! — Jennie bradou, com a paciência totalmente esgotada.

— Se economiza, meu bem, estou falando baixinho aqui...

— Mas eu ainda consigo escutar sua voz irritante! — a Kim já estava quase fazendo Eunha engolir sua canetinha roxa.

— Bota um fone de ouvido então. — esta deu de ombros.

— Olha aqui, você fazendo tudo isso para implicar comigo, não é mesmo?

— Se manca, Jennie... — Eunha riu ironicamente. — É você quem está implicando comigo.

— E por que eu estaria implicando com você? — jogou sua canetinha sobre a mesa e virou seu corpo para a Jung, cruzando os braços em seguida. — Uh?

— Oh... deixe-me pensar... — Eunha pôs os dedos nos lábios e fez uma expressão absorta. — Ciúmes, talvez?

— Como você é patética... — revirou seus olhos. — Por que eu teria ciúmes de você?

— Vamos supor que eu faça isso. — repentinamente, a Jung puxou a tomboy pelo moletom e lhe beijou de forma rápida e seca.

Jennie arregalou seus olhos, o sangue ferveu, suas mãos tremiam de raiva e sua mente só lhe dizia o quanto queria esganar Jung Eunbi pelo pescoço.

— É melhor eu sair daqui antes que eu te faça engolir essa cartolina com canetinha e tudo! — Jennie bateu os pés e logo se retirou daquela mesa, soltando fogo pelas ventas.

— Mas que porra foi essa, Eunha?! — a tomboy esbravejou estridente para a menor, a qual se assustou com o tom utilizado por ela.

— Calma, Lisa, foi só uma brincadeira...

— Sua brincadeira não me agradou nem um pouco! Não faça mais isso! — com um semblante sério, a Manoban a repreendeu e resolveu seguir os passos de Jennie para fora da sala, não se importando se a professora sentiria a falta das duas.

Lisa corria pelo corredor, olhando em cada canto, se certificando de que Jennie poderia estar em algum lugar. A ideia mais óbvia que se passou em sua cabeça foi a que a morena com certeza estivesse no banheiro.

Dito e feito! Lá estava ela, lavando seu rosto e basicamente rosnando de raiva em frente ao espelho. Quando a Manoban adentrou no banheiro, nem mesmo quis lhe dirigir um olhar direto.

— Jenni-

— Vai se foder, me deixe paz! — nem mesmo a deixou se explicar, somente a xingou e então passou por ela, na intenção de sair do banheiro.

Mas a Manoban a segurou pelo braço e a trouxe de volta para si.

— Para com isso... vai se deixar levar pelas brincadeiras idiotas da Eunha?

— Brincadeiras idiotas? — arqueou a sobrancelha, desacreditada pelo termo que a mais alta havia utilizado. — Ela claramente estava me provocando naquela mesa... aliás, você também estava, né!

— É porque é legal ver você toda assim... — a tomboy ria.

— Toda assim como? — Jennie deu vários tapas no ombro da maior, a qual ria mais ainda. — Responde, Lalisa!

— Ai, ai... — resmungou de dor. — Com ciúmes, princesa.

— Deixa de ser tapada! Isso não é ciúmes! — a patricinha cruzou os braços e se afastou.

— Oh, sim, eu acredito... — usou do deboche para contemplar sua mais nova provocação. — Não é a primeira vez que você faz isso, Kim...

— É melhor parar de me provocar, ou então...

— Ou então o quê, uh? — Lisa novamente ultrapassou o limite de distância e agora cutucava a menor pela cintura, levando-a a a contorcer o olhar. Jennie se segurava ao máximo para não rir.

— Para com isso, Lisa... — Jennie tentava reprimir aqueles toques, mas a tomboy era muito mais forte, obviamente. Mas houve um momento em que finalmente pôde agarrar uma de suas mãos. — Ou então eu vou fazer você engolir seus próprios dedos, idiota!

— Oh, eu estou morrendo de medo da patricinha... — Lisa debochava ainda mais enquanto ria.

— Ok, você também já me tirou do sério, tomboy! — soltou a mão da Manoban com força e então novamente tentou se retirar do banheiro.

Todavia, Lisa outra vez não permitiu que ela saísse, dessa vez a puxando para que ficasse contra a parede. — Onde pensa que vai, Kim? — disse com o rosto próximo ao dela.

— Para um lugar onde eu não tenha que te aguentar. — Jennie fincou levemente seus dentes aos lábios, parecia estar brava, mas na verdade era ela quem provocava Lisa neste exato momento.

— Não se esqueça que está me devendo algo...

A Kim sabia perfeitamente do que ela se referia, por isso entrou ainda mais em seu jogo. — Por que não pede para a Eunha? — olhou nos olhos rebeldes de Lisa e apertou os dentes firmemente no lábio inferior.

A bad girl inclinou-se vagarosamente até o ouvido esquerdo da morena e soltou uma pequena lufada de ar quente e sussurrou: — Você fala demais, Jennie. — Lisa passou a língua em seus lábios e então pôde sentir a respiração começando a ficar desconexa de Jennie contra a sua, passando a acariciar o rosto da menor.

A Kim gostava daqueles toques e já se sentia extasiada pelo perfume corporal de Lisa.

A tomboy não perdeu mais tempo e não pensou duas vezes antes de beijá-la, suas mãos foram firmemente até a sua coluna, puxando-a sutilmente para si. Sentindo todo aquele choque quando os lábios se encontraram, demonstrou toda sua vontade por meio daquele beijo feroz e esperava que a Kim também estivesse sentindo o mesmo. A morena se encontrava estática, o que fez Lisa pôr um pouco mais de pressão sobre os lábios dela. Logo mais ela procurou a nuca da maior para se apoiar, instalou suas pequenas mãos lá e apertou os fios firmemente, mostrando indiretamente que havia gostado de como Lisa ousadamente deslizou as mãos até suas nádegas.

Elas se beijavam simultaneamente, calorosamente. Jennie por sua vez estava mais do que satisfeita com o que estava fazendo, por isso não parou, apenas continuou, sem nenhuma vergonha, muito menos arrependimento, até porque tudo ocorria da mesma forma que Lisa havia descrito na sexta-feira: instigante no começo e um calor percorrendo pelo corpo todo.

Era como elas estivessem esperado há séculos para que aquilo acontecesse e quando finamente aconteceu, foi da melhor forma possível.

Quando as línguas já não conseguiam mais batalhar por espaço, bem como o ósculo se fazia presente, elas afastaram minimamente os lábios e se encaram por alguns segundos, não deixando de sorrir.

— Você beija bem... — Jennie dizia entre suspiros e olhares.

Lisa se agradou com aquele comentário. — É, devo admitir que o beijo da Eunha foi melhor...

— Mas o quê... — antes mesmo da Kim poder resmungar, Lisa a calou com outro beijo, um beijo mais tranquilo, mordiscando seu lábio inferior ao final. — Idiota... — expôs um sorriso pequeno com o ato e logo se surpreendeu com o fato da Manoban ter descido seus beijos em direção ao seu pescoço. — Lisa...

— Hm...? — sua voz era abafada com os selares na pele exposta da Kim.

— Para com isso... estamos no banheiro... — arfou.

— Desculpa... — ela riu e então resolveu se afastar de vez. — Já está mais calma?

— Por hora, acho que estou. Mas continuo com vontade de socar a cara daquela sem vergonha da Eunha!

— Então você admite...? — Lisa sutilmente foi se aproximando outra vez até poder tocar o quadril da menor.

— Admitir o quê? — já Jennie assimilava aqueles toques em seu corpo e automaticamente abriu um sorriso em seu rosto.

— Que estava com ciúmes... — deu um beijinho molhado em sua bochecha e foi distribuindo vários deles pelo rosto da Kim.

— Ela beijou você na minha frente, Lisa... — disse ela, estando completamente envolvida com os selares da mais alta em seu rosto.

— Bom, você não é minha namorada, concorda? — a Manoban prosseguia com os toques.

Então, Jennie segurou o rosto da tomboy, mantendo seus olhos fixos aos dela. — Mas você também ficou com ciúmes quando beijei o Yuta no baile, não foi? — rebateu na mesma moeda, com um sorriso vitorioso em sua face.

— Talvez eu tenha sentido um pouco de inveja naquele momento...

— Bom, mas agora... — botou o dedo indicador sobre os lábios da Manoban. — Você pode me beijar, sem precisar de tanta cerimônia, não acha?

— Posso, é? — esboçou um sorriso um tanto pervertido em seus lábios.

— Deve. — a própria Kim a puxou pela gola de seu moletom, colando seus lábios aos dela, iniciando mais um beijo instigante e totalmente desejoso.

Poderiam ter ficado mais um tempo trocando salivas e batalhando com as línguas, isto é, se algo inesperado não tivesse acontecido.

— Aí estão vocês duas! — se afastaram rapidamente no momento em que ouviram a voz grossa da senhora Woon. — Lalisa Manoban e Jennie Kim, quero vocês duas na diretoria agora!

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