DETENÇÃO × jikook

By Armydios

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[CONCLUÍDA]Um clichê onde Jeongguk é capitão do time de lacrosse da escola, e que irritar Park Jimin é um de... More

AVISOS
1| O novato pé no saco
2| Minnie esquentadinho
3| O belo mau exemplo
4| Gguk e Minnie
5| Um beijo, um nariz quebrado!
6| Detenção
7| Quarto do zelador
8| Recompensa
9| Um cinema de aventura e descobertas
10| Um só coração
11| O amor
12| Melhores sensações
13| Lembrete diário
14| Afobados
15| Confissão
16| Liberdade
17| Tempestade
18| Para sempre
Agradecimentos
2° TEMPORADA: sinopse
1| Escolhas
2| Simples e completo
3| Um passado
4| Pressentimento
5| Ponta do iceberg
6| Porto seguro
7| Despedida
8| Bolas escalonadas
9| A partida
11| Esquecimento
12| Lei da atração
13| Um grande mal entendido
14| Uma boa colônia de férias
15| Sorrisos forçados
16| Triste indecisão
17| Completo estranho
18| O primeiro dia
19| Manda chuva rural
20| O inevitável
21| Cartas na mesa
22| Lições da vida
23| A libertação
24| Verdades sejam ditas
25| Sobre todas as coisas que eu...
26| Para sempre sua Paris × F I M
NOTAS × LIVRO?

10| O incógnito

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By Armydios

Aos poucos o trem abandonava a estação de maneira lenta, às costas do garoto que, com uma das mãos carregava sua mala e na outra tentava fazer seu celular de última geração, encontrar o sinal que precisava. 

O desespero, aos poucos, atingia o Park, pois sem o pleno funcionamento do aparelho, seu senso de direção dependia exclusivamente de sua memória de infância. 

E esta não era nada satisfatória. 

A anos não pisava naquela cidade e como já notara tudo havia mudado ali, sequer lembrava do pequeno comércio que visualiza a poucos metros de distância. 

Contava com o GPS para achar o caminho e a casa de sua avó, mas sem isso, estava perdido e não sabia qual outra escolha teria, se não, perambular às ruas, na tentativa de assim encontrar seu destino final. 

Um péssimo começo para quem mantinha ótimas pretensões diante da viagem como um todo, o sonho do reencontro com o passado parecia bem mais difícil do que imaginara. 

— Com licença. 

A voz proferida em um tom ameno, fisgou Jimin de seus pensamentos, os quais tentavam o manter positivo em meio ao caos que se instalava, desde que chegara à cidade. 

Um garoto, alto e visivelmente regional, já que trajava roupas bastante casuais, como se não tivesse a intenção de se distanciar demais de sua residência, lhe chamou atenção. O olhar não vacilava, escaneando-o dos pés a cabeça, porém um sorriso gentil sustentava a face enquanto aguardava uma reação, essa que foi deveras tardia. 

Jimin sentiu-se confuso, pois toda a presença daquela outra pessoa, não era tão desconhecida assim. Sua mente não lhe alertava ao perigo e sim um sentimento de nostalgia puro o preenchia. 

— Sim? 

Park respondeu, curioso demais para se demorar além do necessário. 

— Me desculpe se estou enganado, mas você parecia ter problemas. Posso te ajudar? 

O garoto disse calmamente, apontando para o celular esquecido nas mãos do mais baixo, tentando justificar o motivo de sua abordagem súbita. 

— Oh, na verdade... Sim. 

Park respondeu, coçando a nuca em uma notória vergonha por estar tão na cara que, não sabe nem mesmo por onde começar o seu caminho. 

— Você não é daqui, certo? 

Ele perguntou, embora já soubesse da resposta, pois os trajes — muito bem escolhidos — de Jimin, praticamente gritavam um enorme e grandioso “não”. 

— Já fui, mas agora não lembro mais de nada. 

Confessou, soltando o ar com bastante esforço, pousando uma mão na testa para impedir que o sol afetasse tanto, os seus olhos sensíveis, assim finalmente podendo encarar o mais alto com demasiada atenção. 

Este que franziu o cenho, tombando a cabeça para o lado, passando a analisar cada traço alheio. 

— Pode me dizer qual endereço está procurando, conheço tudo por aqui, cada um desses terrenos, dos maior até os pequeninin’. 

Prestou-se, desta vez deixando o seu sotaque carregar mais, em algumas palavras e até mesmo errar algumas, o que fez Jimin rapidamente abrir um sorriso, percebendo que era aquilo o que estava lhe fazendo relembrar do próprio passado naquele garoto, a tal nostalgia. 

O sotaque, o qual marcou a sua infância e até mesmo o fez ser zoado no início de sua mudança para a cidade grande, era a lembrava que lhe vinha em mente. 

Porém, Park acha fofo e foi por isso que anuiu ao pedido do mais alto, erguendo o celular em sua direção, fazendo-o estreitar os olhos para enxergar com clareza, e era bastante complicado perante os raios tão intensos de um sol escaldante. 

— É a fazenda da vó Dodo! 

Constatou em voz alta, elevando os lábios, curvando-os em pura alegria. 

— Você a conhece? 

Questionou, mesmo que não estivesse tão surpreso assim, afinal, era um local pequeno, todos deveriam manter contato e Jimin, por alguns segundos, invejou aquilo, porque gostaria de possuir várias amizades em sua sua vizinhança. Isso é, se eles fossem tão legais quanto as pessoas que habitam em Gyeongju, o que andava longe de ser verdade.

— A pergunta é quem não conhece. Vem, vou te mostrar onde fica, só preciso pegar a Duquesa. 

Disse simplista, vagando o olhar por cada canto, como se estivesse tentando se lembrar de algo que esquecera e, naquele momento, como alguém muito observador, Park decretou o espírito negligente do mais alto, rindo quase sem som. 

Mas logo pousou a mão na boca ao ser notado, soltando um pigarro antes de agradecer pela ajuda do outro, fazendo uma reverência que logo fora caçoada por este, que somente deu um leve tapa em seu ombro. 

— É sua cachorrinha? 

Puxou assunto depois que voltaram para suas posições, se referindo a tal “Duquesa” citada pelo estranho, que caiu em uma gargalhada quase igual a sua, só que mais esganiçada, porém não respondeu da forma esperada. 

— Olha ali a danada. 

Apontou para uma zona em frente ao pequeno comércio que Park avistara de início, onde se encontrava uma égua de cor caramelo meio fechado, com fios loiros, deitada com as pernas da frente cruzadas e o corpo reclinado no tronco de um enorme pé de manga, repousando de forma amena, fazendo jus ao nome dado. 

Jimin não queria causar uma má impressão, mas sua vontade de gargalhar, o deixou em maus lençóis, quando não conseguiu disfarçar sua feição divertida, pois era impactante a forma como ainda viviam por ali, tão diferente de sua realidade em Seul. 

Ao mesmo tempo, ficou encantado com o animal, que o investigou por inteiro, antes de aceitar o carinho que este, deixava na lateral de sua cabeça graúda, tal que pertencia a então chamada Duquesa. 

— Ela é mesmo adorável. 

Jimin decretou ainda sorrindo, deslumbrado com a característica rústica que já o adornava aos poucos. 

No entanto, se preparou para seguir-los estrada a dentro, logo em seguida. Não que fosse de sua vontade confiar tão cegamente, em alguém que acabara de conhecer, mas algo lhe dizia internamente que o garoto é confiável, visto que se referia tão carinhosamente, quando citava sua querida avó. 

E principalmente, a forma tão afetuosa que ele trata o animal, acariciando sua pelagem com sutileza a cada passo que dão. 

Uma certa sensação inquietante lhe rodeava, de que não era sua primeira vez diante dele, porque estar perto daquele incógnito, era como estar admirando uma versão que seria sua, caso tivesse se permitido crescer em Gyeongju e Jimin, por um determinado tempo, desejou que realmente pudesse ter tido aquela oportunidade, pois o garoto ao seu lado parece feliz pela vida que tem, mesmo que limitada em alguns aspectos. 

Balançando a cabeça, Park tentou afastar os pensamentos tendenciosos e concentrou-se em decorar todos os pontos de referência que passara no curto caminho que faziam, sob a via composta de pura terra solta. 

— Você não parece que curte uma cidade do interior como essa. Seria indelicado perguntar o que te trás aqui? 

O mais alto indagou sem muita discrição, não parecendo realmente se importar em evidenciar a sua curiosidade. 

— Vim visitar a minha avó, não a vejo tem um tempo. 

Jimin respondeu simplista, sem deixar de imprimir sua chateação à situação, respirando fundo ao chutar uma pedra encontrada no percurso. 

— Então você é o neto querido, da vó Dodo? Estou feliz que tenha vindo, ela só fala de você ultimamente. 

Disse, sorrindo grande enquanto fitava o Park, que encolheu o corpo envergonhado e um tanto nervoso pela súbita atenção que recebia, sem nem mesmo ter conhecimento prévio destas informações tão amáveis. 

— Você parece mesmo bem próximo a ela. 

Ponderou, tornando a calcular a situação enquanto levava o olhar até o outro, que sorriu mais uma vez antes de retribuir o seu olhar bisbilhoteiro. 

— Até que sim, e seria bem mais se não fosse aquele outro mané que ela tanto mima, a vó sempre teve seus preferidos. 

Desatou, deixando o sorriso se perder em uma feição emburrada. 

Jimin demorou para raciocinar, mas logo recordou-se da pessoa que Doyn citara na carta mandada. 

— Está falando de Kim Namjoon? 

Questionou, mordendo o lábio ao falar aquele nome em voz alta. Oh, era ainda mais nostálgico do que pisar naquelas terras. 

— Sim, você o conhece? 

Franziu o cenho, virando para a esquerda, sorrindo quando Park tropeçou nos próprios pés para acompanhá-lo, deixando a mala tombar um pouco, dificultando a curva que deveria ser simples. 

— Éramos próximos quando eu morava aqui, não fale assim dele, é um bom garoto, não tem culpa de ser uma pessoa bem educada. 

Defendeu a antiga paixão, com um enorme bico de frustração localizado nos lábios, não só pelo assunto que começara a ficar desagradável, mas também por ter pisado em uma poça de lama, o que resultou em seu tênis branco, ficando marrom, da ponta até o começo do cadarço. 
O outro gargalhou devido a cena, recebendo olhares nada amigáveis de Park, que passou a andar na frente por conta do atrevimento alheio. 

Oras, quem ele pensava que era para, além de insultar um amigo seu de infância, caçoar de sua má sorte? 

— É ali naquela cancela de madeira velha, só virar a direita. 

Instruiu, ainda rindo de um Park desengonçado, que nem sequer olhou para trás, somente seguiu as instruções que lhe foram dadas, brigando com um barranco de areia por este ter obstruído a passagem de sua mala, a fazendo tombar vergonhosamente.

Porém, toda aquela frustração se foi quando avistou a fazenda logo à sua frente, ainda mais linda e maior do que se lembrava. E o que lhe encheu os olhos d’água não foi apenas isso, e sim ver uma velhinha sair de um dos matos próximo a tal cancela de madeira — prestes a entrar enquanto sustentava uma bacia em uma das mãos —, a qual Jimin rapidamente conhecera. 

— Vó Doyun! 

Jimin bradou, largando sua mala para correr até a mulher de cabelos grisalhos, pouco se importando por tê-la pego de surpresa. 

— Calma, vai derrubar os morango que eu peguei procê’. 

Ela ditou parecendo firme, mesmo que estivesse retribuindo o abraço afetuoso, rindo abertamente, enquanto o peito transbordava de saudades, assim como o de seu neto que se mantinha da mesma forma, sem tirar ou colocar.

— Cuidado, o baixinho aí é brabo, Dodo. 

Jimin ouviu a voz do estranho soar mais uma vez, o que resultou em um revirar de olhos seu, enquanto se desfazia do aperto da mais velha, somente para olhá-lo intensamente. 

No entanto, antes que Jimin pudesse rebater em sua própria defesa, Doyun proferiu com rapidez, interrompendo-lhe:

— Ora, então os pombinhos além de já terem se reencontrado, já estão se estranhando? 

Um ponto de interrogação podia ser achado no rosto de Park, que torceu o nariz para o questionamento da avó, mas bastou olhar para o outro garoto parado ao lado da égua e encontrar um sorriso atentado em seus lábios, para concluir o que estava acontecendo ali. 

Jimin pôde sentir o exato momento em que seus músculos travaram e a sua garganta secou, como se fosse a maior facilidade do mundo.

Aquele incógnito não era nada mais, nada menos, do que Kim Namjoon. 

O seu primeiro amor.

🥍

Eu não tava esquecendo a att de hoje não né?

Hmmmmm saiu reencontro e a vó Dodo apareceu, égua!

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