Harry Potter E Outras Históri...

By wolfIstars

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Uma coletânea de traduções de histórias fofas, lindas, inspiradoras, tristes, todas de vários personagens e c... More

Os Muitos Penteados de Sirius Orion Black [WOLFSTAR]
A Primeira Vez [JILY]
Conhecendo Os Pais do Namorado [DRARRY]
Meu Bebê [Sirius Black]
Mãe [Dorea Potter]
O Código Maroto [Marotos & Lily]
O Cachorro e os Túmulos [Sirius Black]
Bicho-Papão e Vingança [Harry & Remus]
23h08 - [BLACKINNON]
Posso Te Beijar, Por Favor? [WOLFSTAR]
A Poltrona [Charlus Potter]
Quem é o Meu Afilhado Favorito?! [Sirius & Harry & Teddy]
Matilha [Remus & Harry]
Suéteres Horríveis [Marotos & Lily & Bebê Harry]
Abandonada [Andrômeda Black Tonks]
Tonight [James Potter]
Vizinhos AU [JILY]
Revezando [Marotos & Harry]
Uma Viagem de Um Dia Para o Largo Grimmauld [Sirius & Harry]
Amizade Improvável [Sirius & Ginny]
R.A.B. [Regulus Arcturus Black]
Batidas do Coração [Sirius & Harry]
Você Vê o Que Eu Vejo? [MAROTOS]
Bem Próximos [DRARRY]
O 'Pai Legal' [Jeddy & Família Potter e Weasley]
Está Resolvido [JILY]
Aqueles Que Procuram e Encontram [Luna/Harry]
Faz-de-Conta [WOLFSTAR]
Meu Universo [HARMIONE]
Conte a Ela [Neville/Luna]
Aquela Em Que Ron Fica Sabendo [DRARRY]
Girassóis [WOLFSTAR]
Curto-Circuito [HINNY]
A Reunião [Minerva & Sirius]
3 de Novembro [Sirius Black]
Irmão Protetor [Jily & Sirius Black]
Momento [JILY]
Harry [Jily & Bebê Harry]
Halloween [JILY]
Halloween [Sirius Black]
Ciúmes, Evans? [JILY]
A Vida É Curta [Nevillle/ Luna]
'Quando Nos Casarmos...' [HINNY]
Eu Te Acho Muito Bonita [HARMIONE]
Não, Ela Não Odiava [JILY]
Até Que Possamos Voar Outra Vez [Jily & Bebê Harry]
Todas As Coisas Infinitas [James Sirius & Harry]
Apenas o Começo [Os Fundadores de Hogwarts]
'Triângulo Amoroso em Hogwarts?' Por Rita Skeeter [Albus & Minerva & Severus]
Culpa do Sobrevivente [Remus & Harry]
Depois Da Guerra [Harry & Ron & Hermione]
A Vassoura de Brinquedo [James & Sirius & Bebê Harry]
Seleção [Regulus & Sirius]
Noite Difícil [Jily & Sirius & Harry]
Qualquer Coisa Pelo Harry [Drarry & Ron]
Dia da Formatura [Marotos & Lily]
O Bebê Sumiu [Jily + Hinny]
Corujas, Gatos e Novos Começos [DRARRY]
Peão para C3 [Ron & Lily Luna]
Um Não Poderia Existir Sem O Outro [Chapéu Seletor]
Querida Filha [Hermione & Rose]
Que Parem Os Relógios [Remus Lupin]
Padrinhos e Responsáveis Legais [Wolfstar & Harry]
Cada Tropeço e Cada Falha na Ignição [JILY]
O Começo do Fim [Marotos]
As Folhas Nas Árvores [JILY]
Renas e Testrálios [Marotos + Lily + Bebê Harry]
Quando A Mamãe Era NÃO [Jily + Bebê Harry]
O Ano Mais Longo [31 de Outubro]
Lembre-se Sempre [Hagrid/Harry]
Sempre Soube Que Ela Era Uma Aberração [Petunia/Lily]
A Fuga de Azkaban [Sirius Black]
Lar é o Lugar Para Onde Você Volta [Wolfstar + Harry]
Promessa de Cavaleiro [ROMIONE + Harry]
Quatro Chances, E Mais Uma [Regulus Black]
Rainha de Mentiras [Albus Dumbledore]
Aquele Em Que A Família Ficou Sabendo [DRARRY]
Talvez Seja o Destino [JILY]
Família de Verdade [Sirius & Harry]
Nós Somos Iguais [Remus & Harry]
Entrega especial [HINNY & JILY]
Imune [JILY]
Esperança [Narcissa Black Malfoy]
Maçãs [DRARRY]
Nunca mexa com um Potter [Harry + Sirius + Remus]

A Estratégia de Petrov [Albus & Harry]

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By wolfIstars

:)))

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Albus Dumbledore sentou-se no banco do parque, observando os trouxas cuidando de seus negócios. O tempo em Londres estava excepcionalmente quente para outubro, mas o céu claro e o sol brilhante pouco ajudaram a melhorar o humor de Albus.

A Confederação Internacional dos Bruxos realizou uma sessão de emergência em Londres. O fato de terem agendado isso duas semanas antes da sessão regular era preocupante; que eles então cancelaram a sessão regular era ainda mais. Ninguém relacionou a sessão de emergência com o fato de que a reunião regular teria sido em Moscou.

Quando o delegado da Rússia Mágica falou, seu relatório foi quase tão incendiário quanto seu tópico. Muitos dos bruxos e bruxas reunidos não faziam ideia de que as coisas do lado trouxa haviam chegado a esse ponto, e aqueles que o faziam raramente tocavam no assunto. Albus quase foi obrigado a pegar o martelo como Cacique Supremo, apesar do fato de ser oficialmente uma reunião do comitê.

O fato que mais assustou Albus, de todas as coisas horríveis que ele aprendeu naquele dia, foi a ideia de que a emergência realmente havia ocorrido mais de um ano antes. Eles estavam sabendo sobre isso agora. Se as coisas tivessem acontecido de forma diferente ... Não, não adiantava pensar dessa forma.

Era outubro de 1984. Em poucas semanas, a guerra contra Voldemort teria passado três anos, graças aos Potters. E, no entanto, aqui estava outra possível crise se aproximando.

Dias como este faziam Albus Dumbledore se sentir impossivelmente velho.

Quando ele se sentou e olhou ao redor do parque, ele viu um menino caminhar até uma das pequenas mesas de pedra perto da borda do parque. Mesmo em sua altura modesta, o tabuleiro de xadrez e as peças eram muito altos para o garoto ver, então ele fez o que qualquer garoto faria - subiu na cadeira e ficou de pé, observando o tabuleiro.

Albus riu da determinação do garoto de cabelo preto. Parte dele se perguntou onde os pais poderiam estar, mas era um bom dia - com certeza eles estavam por perto.

O menino estendeu a mão para pegar uma peça de xadrez, mas olhou em volta freneticamente antes de tocá-la. Albus franziu a testa com o movimento e o que isso implicava. Não vendo perigo, o menino pegou uma das torres negras e examinou-a de perto. O parque fornecia jogos de xadrez de plástico, bons o suficiente para um jogo adequado, mas não atraentes o suficiente para atrair ladrões. Mesmo assim, o menino olhou para a pequena torre de plástico como se fosse um tesouro sem preço.

Não sendo mais capaz de ficar parado, Albus caminhou até o garoto.

"Essa é chamada de torre", disse ele, amigavelmente.

Os olhos do menino se voltaram para ele enquanto falava, arregalados de medo. "Sinto muito, senhor ..." ele começou.

Albus acenou com a mão em dispensa. "Está tudo bem, meu garoto, este é um parque público. As peças estão aqui para qualquer um usar." Ele se sentou em frente ao menino, no lado branco do quadro. "Você já quis jogar?"

O menino franziu a testa ligeiramente. "Eu não jogo, senhor." Havia tristeza em sua voz, sugerindo um desejo de mudar esse fato sobre sua vida, se ele pudesse.

Albus também franziu a testa. "Seus pais estão por perto? Talvez eu possa te ensinar as regras, se você tiver tempo."

O menino novamente parecia triste. "Moro com minha tia, meu tio e meu primo, senhor. Minha tia está levando meu primo ao cinema e me disse para cuidar de mim." Ele olhou ao redor do parque. "Eu gosto de parques, quando posso ir."

"Entendo," disse Albus, resistindo ao impulso de fazer mais perguntas. É evidente que o menino era maltratado, ou pelo menos tratado com indiferença. Mas ele não tinha o direito de interferir em uma situação que deveria, com razão, ser tratada por trouxas. "Bem, então," ele continuou. "Parece que você tem tempo para um jogo."

"Mesmo?" o menino perguntou maravilhado.

"Mesmo," confirmou Albus.

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Ao longo das duas horas, Albus Dumbledore facilmente se divertiu mais do que em décadas.  O menino - que, Albus notou, se recusava a dar um nome - aprendia rápido e já havia descoberto como usar uma peça para bloquear a outra. Ele gostava de fazer um castelo, como o chamava, e gostava mais dos cavaleiros.

Mesmo que as peças não estivessem encantadas, Albus descobriu que estava curtindo bastante a tarde. O fato de que corujas e mensagens de patrono não podiam se aproximar dele em uma área tão pública e trouxa certamente ajudou. Ele não tinha percebido quanto tempo havia passado, até que ouviu uma voz que parecia familiar.

"Garoto!" Uma mulher estava gritando do outro lado da rua, e o som da voz dela fez o menino se encolher. Mesmo à distância, o menino estava visivelmente com medo. Isso rendeu outra carranca de Albus.

"Eu vou ter que ir agora, senhor", disse o menino. "Eu não quero ter problemas."

"Eu entendo," disse Albus. "Quer que eu te acompanhe? Posso dizer à sua tia que fiquei de olho em você." Ele se inclinou para frente e sussurrou, conspiratoriamente. "Eu trabalho para o governo, sabe."

Não havia necessidade de mencionar qual governo, é claro.

O menino parecia incerto, o que facilitou a decisão de Albus. "Venha", disse ele, estendendo a mão.

Hesitante, e com grande ansiedade, o menino pegou a mão oferecida. Juntos, eles caminharam em direção à esquina, onde a tia e o primo do menino já haviam cruzado. Quando ele viu a mulher, ele parou de andar.

Ela também. "Você!" ela gritou, sua voz estridente fazendo o menino se encolher de medo.

"...Petúnia?" perguntou Albus, surpresa em sua voz. Mas se essa era a irmã de Lily Potter, então onde estava Harry? O primo parecia muito mais velho do que seus quatro anos e tinha cabelos loiros.

Sem pensar, Albus olhou para o menino trêmulo que ainda segurava sua mão, como se para salvar sua vida. Abaixando-se até o nível dos olhos do garoto, e ignorando a dor de seus velhos joelhos, Albus Dumbledore olhou o garoto nos olhos - naqueles olhos verdes. Gentilmente, ele estendeu a mão e afastou o cabelo desgrenhado do garoto de sua testa - e revelou a cicatriz que ele vira três anos atrás.

"Harry?" ele perguntou, baixinho.

"Se você diz, senhor." foi a resposta igualmente tranquila.

Albus se levantou quando Petúnia se aproximou. Quando ele falou, não era o diretor jovial, nem o velho gentil que jogava xadrez com seu sobrinho. Não, quando ele falou com Petúnia, sua voz era a daquele que havia derrotado Grindelwald e do Cacique Surpremo. Era como aço e gelou a mulher até os ossos.

"Precisamos conversar, Petúnia Dursley."

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Naquela noite de domingo, os Dursleys limparam a mesa após o jantar, chocando Harry, para quem aquela fora uma de suas primeiras tarefas. Embora precisasse de um banquinho para colocar os pratos na pia e só pudesse carregar alguns de cada vez, ele se orgulhava de não ter quebrado nada ainda.

Em vez disso, ele foi obrigado a se sentar à mesa e esperar em silêncio. Ele até recebeu alguns livros grossos para se sentar, de modo que ele pudesse realmente ficar mais alto e alcançar a mesa. Ninguém disse por quê.

Quando a porta se abriu e o velho simpático do parque entrou, Harry relaxou um pouco. Então ele viu o tabuleiro de xadrez que o homem carregava e realmente sorriu.

"Você vai ter a 'noite de jogo'", disse tio Válter, sem preâmbulos. Ele apontou um dedo carnudo para Dumbledore, acusadoramente. "Mas eu não vou permitir nenhum dos seus jogos bizarros em minha casa, entendeu? Você vai jogar jogos decentes e vai gostar." Ele olhou para Harry quando disse isso, e Harry se encolheu diante do tio.

Seus parentes o deixaram usar o segundo quarto, até mesmo limpando algumas (mas não todas) as coisas velhas de Duda. Algo sobre aquele velho os convenceu a fazer isso, embora Harry não soubesse bem o que era. Tudo o que sabia era que o homem queria jogar com ele e que conhecia tia Petúnia.

Por enquanto, isso era o suficiente.

"Olá, Harry," disse o homem. Ele sorriu ao pousar o tabuleiro de xadrez e, em seguida, entregou a Harry uma grande bolsa de veludo. "Você poderia fazer a gentileza de montar o tabuleiro enquanto eu falo com sua tia e seu tio?"

"Claro senhor." Ele fez uma pausa. "Você quer as peças brancas, senhor?"

Albus sorriu para o menino. "Só se você não quiser, Harry."

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Quando o tio Albus apareceu no domingo seguinte, novamente com seu tabuleiro de xadrez, Harry ficou pasmo. O que poderia ter acontecido para que seus parentes o deixassem fazer algo divertido e depois permitir que acontecesse novamente? Certamente, isso não poderia durar.

Mas Albus continuou a vir todos os domingos, sem falta. Para Harry, era uma ilha em uma semana cheia de tarefas - embora essas tarefas tenham ficado mais fáceis, e a lista de tarefas mais curta, desde o início da noite do jogo.

O que ele não sabia, entretanto, era o motivo.

"Posso jogar?" Albus se virou e viu o primo de Harry, Duda, parado ali, observando-os montar o tabuleiro de xadrez. As três palavras que o menino disse foram as mais baixas que Harry já ouvira de Duda, e seu rosto traiu sua surpresa.

"Isso não me incomoda", disse ele, olhando para Harry. "Mas o xadrez só funciona para duas pessoas."

"Oh," disse um Duda cabisbaixo. Antes que Albus pudesse sugerir jogar contra Harry ou assistir para aprender o jogo, Duda sorriu. "Eu tenho um jogo que podemos jogar!" disse ele, entusiasmado.

Albus olhou para Harry, que deu de ombros, incapaz de esconder sua surpresa. "Tudo bem, Senhor Dursley, podemos jogar o seu jogo. Está aqui?" Um Dudley sorridente correu para seu quarto.

Essa foi a noite que o Diretor Albus Dumbledore, Detentor da Ordem de Merlin (1ª Classe), Chefe Bruxo da Suprema Corte e Cacique Supremo da Confederação Internacional de Bruxos, aprendeu a jogar Serpentes e Escadas com um par de crianças de quatro anos.

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"Mãe?" disse Duda.

Petúnia ergueu os olhos do chá, olhando para o filho nervoso. "Sim?"

"Hum, é só que, você vê ..." Ele fez uma pausa, reunindo coragem. "Precisamos de um quarto jogador."

Petúnia havia tolerado essas noites de jogos semanais por quase um ano, agora, permitindo que aquele ... o Diretor entrasse em sua casa. O fato de ele chegar todas as semanas, sem falta, ainda a surpreendia. Agora que Duda estava envolvido em sua rotina semanal, ela podia ver que ele estava se comportando melhor do que nunca - ela havia ameaçado afastá-lo da noite do jogo apenas uma vez, e isso encerrou seus acessos de raiva.

No entanto, ela nunca tinha sido convidada para jogar.

"Que jogo você está jogando, Dudders?" ela perguntou.

"Imo ... Imob ..." Ele deu de ombros. "Eu não sei, mãe."

"Bem, então," ela disse enquanto se levantava. "Vamos dar uma olhada."

O jogo, no fim das contas, era Banco Imobiliário. Dumbledore já estava separando o dinheiro quando ela entrou na sala de jantar. Albus percebeu sua hesitação e sorriu gentilmente para ela.

"Disseram-me", disse ele, "que este era um dos favoritos da família."

Fazia décadas desde que Petúnia tocou em um jogo como este - não desde que sua irmã foi para Hogwarts. Este jogo em particular, no fim das contas, era de fato um dos favoritos de Lily.

"Como você sabia?" Petúnia perguntou.

"Eu reconheci de algo que ela me disse, muito tempo atrás," Albus respondeu, enigmaticamente. Ele não estava prestes a admitir que pressionou Severus Snape por informações sobre os jogos de tabuleiro favoritos de sua amiga de infância.

"Minha mãe jogou este jogo?" perguntou Harry, de seu lugar na outra ponta da mesa. Petúnia olhou para ele e viu a fome do menino por qualquer informação sobre seus pais. Com um suspiro, ela se sentou à mesa.

"Sim, Harry," ela disse. "Era um dos favoritos dela", disse Petúnia. Dumbledore sorriu seu sorriso de avô para ela enquanto deslizava uma pilha de moedas em sua direção. Petúnia olhou para as moedas, confusa, antes de perceber que eram do mesmo valor e (aproximadamente) das mesmas cores do papel-moeda de que ela se lembrava tão bem. Ela olhou para Dumbledore, levantando uma sobrancelha.

Ele encolheu os ombros. “Não estou acostumado a usar papel para dinheiro”, disse ele. "Isso parecia mais simples."

Válter teria um ataque se soubesse que alguém fez mágica na casa, mas os olhares animados nos rostos dos meninos a paralisaram. No final, eram apenas moedas, e isso realmente não importava, não é?

"É justo", disse ela, pegando os dados. "Eu serei o cachorro."

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"Não."

O diretor cruzou os braços sobre o peito, mantendo os olhos focados em seu mestre de poções.

"Severus, meu garoto, você deve entender como isso pode ser crítico."

Snape olhou para o diretor, perguntando-se - literalmente - qual era o seu jogo agora. "Absolutamente não."

"Mas você deve, meu garoto." Albus insistiu.

"Eu tenho poções sendo preparadas." Snape disse.

Dumbledore acenou com a mão, com desdém. "Certamente, um de seus alunos pode monitorar isso?"

"Não se você quiser que elas estejam prontas para uso," respondeu Snape. "Minerva me contou sobre semana passada, sabe."

A expressão de Dumbledore caiu. "Ela contou?"

"Ela contou," Snape confirmou. "O que deu em você para convencê-la a jogar um jogo chamado 'Velha Solteirona'?"

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Enquanto sua mão se movia lentamente em direção ao ferimento, Poppy Pomfrey não sabia como o diretor a convenceu a fazer isso.

"É para o bem maior", disse ele enigmaticamente. Claro, ela pensou que ele queria dizer que era uma questão de vida ou morte. Então, nada menos que em uma noite de domingo, ela pegou sua maleta médica e se dirigiu para o portão. O diretor pegou o braço dela e a levou para o 'paciente'.

E agora, ela se viu tentando consertar a costela de um homem, usando apenas este conjunto bruto de ferramentas trouxas. A indignidade disso era terrível, ela pensou.

BUZZ!

A luz vermelha maligna que constituía o nariz do paciente se acendeu - de novo - e Poppy baixou a pinça com nojo. "Eu não entendo como os trouxas fazem isso, Albus, eu realmente não entendo."

"Eles geralmente têm treinamento, Madame Pomfrey," disse Harry Potter, com um sorriso atrevido, enquanto o diretor ria baixinho para si mesmo.

Ela fixou no Menino-Que-Sobreviveu um olhar feroz. "Para sua informação, Sr. Potter, eu sou uma medibruxa há mais de quarenta anos!" Os cantos de sua boca ameaçaram se transformar em um sorriso, mas Harry brincou junto com sua falsa raiva.

"Sim, mas por quantos anos você foi cirurgiã?" Enquanto falava, ele tentou extrair do estômago o pedaço que parecia uma fatia de pão.

Poppy tentou muito não rir do garoto quando aquela maldita luz vermelha se acendeu para ele também.

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Albus Dumbledore sorriu ao ver Harry saindo da loja de Olivaras. Harry tinha um sorriso no rosto - difícil não sorrir, quando você finalmente pegava sua varinha - mas também havia uma tristeza sobre o menino.

"Azevinho e pena de fênix, senhor," disse Harry, respondendo à pergunta não feita.

"Uma varinha poderosa, Senhor Potter," respondeu Dumbledore. Ele olhou enquanto caminhavam e viu o mesmo olhar pensativo. "Algo incomoda você?"

"Não, senhor ..." respondeu Harry, automaticamente. Então ele suspirou. "Quero dizer, não vamos mais poder ter noite de jogos, vamos?"

Albus parou no meio do Beco Diagonal, virando-se para o garoto. Como havia feito quase sete anos antes, ele se abaixou para ficar ao nível dos olhos do Menino-Que-Sobreviveu.

"Você quer que a noite de jogos pare, Harry?" ele perguntou, baixinho.

"Não, senhor," Harry respondeu imediatamente. "É que fazemos a noite de jogos há tanto tempo, seria uma pena não o fazer mais."

"Ah, acho que entendo," disse Albus. "Sabe, Harry, é um castelo muito grande, Hogwarts."

"Isso é o que você diz," respondeu Harry, pensando nas histórias que o diretor havia contado sobre a escola.

"E haverá alguns alunos da sua idade," continuou o diretor. "Aposto que você vai encontrar alguns que querem jogar com você."

O rosto de Harry se iluminou com isso. Ele gostava das noites apenas com ele e o diretor, mas adorava quando eles tinham outras pessoas com quem jogar também. Até mesmo o professor de cabelo preto que tentava arduamente parecer que odiava cada momento, mas secretamente se divertia, Harry tinha certeza disso.

Ouvir o Professor Snape dizer a ele "Você afundou meu navio de guerra", com sua fala arrastada que era sua marca registrada fez Harry ter um ataque de risos.

"Acho que gostaria muito disso, diretor," disse Harry.

"Bom." respondeu Dumbledore. "Agora, vamos encontrar um animal de estimação para você. Vamos?"

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Minerva McGonagall nunca tinha visto nada parecido.

Era o terceiro fim de semana do novo semestre, e um grupo do primeiro e do segundo ano estava jogando jogos de tabuleiro no Grande Salão em uma tarde de domingo.

"Incrível, não é?" Ela se virou para ver o diretor caminhando ao lado dela, observando a cena.

"É sim," ela concordou.

O que mais a surpreendeu foi que estavam presentes representantes das quatro casas. Susan Bones e Hannah Abbott, da Lufa-Lufa, estavam sentadas ao lado de Hermione Granger da Grifinória e Michael Corner da Corvinal. O jogo que eles jogavam parecia envolver algum tipo de mistério. Enquanto ela observava, Susan Bones disse algo sobre encontrar uma pista no conservatório, ou algo assim.

Até a Sonserina estava representada. Draco Malfoy desafiou Ron Weasley para um duelo, mas Harry Potter os convenceu a uma partida de xadrez. Quando ambos apareceram com um jogo de xadrez de bruxo, eles discutiram sobre qual jogo usar. Não se misturavam peças de conjuntos diferentes, ou as peças tinham o hábito de ficar muito mais competitivas do que o normal.

Harry Potter havia resolvido o problema novamente, quando ele produziu um velho tabuleiro de xadrez trouxa. Ron resmungou sobre usar o conjunto desconhecido de peças, mas Draco percebeu como as peças eram bem cuidadas. Este era um jogo de xadrez muito amado que tinha sido muito usado. Se era bom o suficiente para o Menino-Que-Sobreviveu, então quem era Draco Malfoy para dizer não?

Os olhares intensos nos rostos dos dois meninos falavam de uma luta muito disputada. Teria que ser, vendo quanto tempo tinha durado até agora.

"Eu nunca perguntei a você, Albus. Por que você começou a jogar com o Sr. Potter?"

Albus suspirou. Conjurando uma cadeira, o diretor se sentou contra a parede de pedra. Minerva conjurou uma cadeira para si mesma, sentando-se ao lado de seu colega de longa data.

"Diga-me, Minerva," começou o diretor. "Você já ouviu falar de Stanislav Petrov?"

Ela balançou a cabeça. "Não, eu não acredito tenha. Quem é ele?"

"Acontece que ele é o filho trouxa de um aborto, nascido na Rússia. Como muitos, ele serviu nas forças armadas trouxas da União Soviética." A voz do diretor ficou mais baixa enquanto ele falava, e Minerva percebeu que o assunto o incomodava. "O tenente-coronel Petrov trabalhou em um sistema que permitia aos russos detectar bombas lançadas contra eles pelos americanos."

Minerva parecia confusa. "Não entendo."

"Pense assim", disse Dumbledore. "Os russos e os americanos construíram armas grandes e poderosas o suficiente para atirar uns contra os outros em todo o mundo. Essas armas são mais fortes do que milhares de bombardas, Minerva, e cada nação tem milhares delas. Então, se alguém decidir atacar o outro, poderiam matar milhões. "

"Merlin," ela sussurrou. Que os trouxas pudessem fazer isso, era terrível.

"Exato," disse Dumbledore. "O tenente-coronel Petrov foi informado por seus sensores de que os americanos haviam atacado. Seu trabalho era dizer a sua nação para retaliar. Mas quando ele investigou, ele decidiu que o ataque era falso e que não havia nenhuma arma chegando. Ele desobedeceu suas ordens, e não ordenou o ataque. "

"É claro", continuou o diretor, "os russos naquela época não toleravam ninguém que desobedecesse às ordens. Petrov recebeu uma reprimenda e, um ano depois, estava fora do exército. Foi quando, aliás, a Confederação Internacional dos Bruxos ficou sabendo da quase guerra que ele evitou e entrou em pânico. "

"Ele parou uma guerra, sozinho?" Minerva ficou chocada com a perspectiva e horrorizada com o que poderia ter sido.

Dumbledore acenou com a cabeça. "Se ele estivesse errado, milhões de seus conterrâneos teriam morrido. Mas ele fez uma escolha difícil, sabendo que poderia sofrer por isso." Dumbledore olhou para o grande salão e viu Harry Potter ensinando um Corvinal a jogar cartas. "Eu fiz uma escolha assim, anos atrás, quando coloquei Harry com os Dursleys." Ele balançou a cabeça, sorrindo para si mesmo. "O pior tipo de trouxas, acredito que você os chamou."

"Eu os chamei, sim." Ela se lembrava de seu dia monitorando a casa como se fosse ontem. "Ele parece ter ficado bem, mesmo com tudo isso."

"Harry Potter é um bom garoto, Minerva," Dumbledore concordou. "Ele será um bom bruxo." Ele franziu a testa. "Mas seus parentes não foram gentis com ele, no começo. Quando eu o vi no parque, ele estava desnutrido e completamente quebrado. Ele nem sabia seu próprio nome." Dumbledore gesticulou em direção ao corredor, onde Harry Potter estava rindo com outro aluno.

"Eu tomei uma decisão difícil, Minerva," Dumbledore continuou. "Por que Harry Potter teria que sentir a dor disso?"

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Imagina um mundo em que Dumbledore resolveu fazer alguma coisa para se certificar de que o tempo de Harry antes de Hogwarts não fosse realmente dez anos sombrios, e que ele realmente gostasse de sua infância...
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Como eu disse antes, eu não gosto muito do Dumbledore mas como eu disse antes, a gente pode olhar para ele de muitas perspetivas diferentes... Enfim.
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Notas do(a) autor(a): Stanislav Petrov (1939-2017) entrou na história quando pensei sobre por que Albus estaria a) em Londres, b) em negócios da Confederação Internacional dos Bruxos que o incomodavam e c) poderia parecer uma estratégia de xadrez. Se você não conhece o coronel Petrov, faça um favor a si mesmo e pesquise :))

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