Quem foi que pediu Drarry aí?
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Ronald Weasley estava curtindo o silêncio. Ele teve uma dor de cabeça pela maior parte da noite, e a loja estava lotada. Agosto no Beco Diagonal sempre era muito agitado, mas a Gemialidades Weasley atraía um grande número de multidão em idade escolar se preparando para voltar para Hogwarts.
Ele caminhou pelos corredores meio vazios, anotando quais itens precisavam ser reabastecidos, quais itens não estavam atraindo interesse e quaisquer bagunças que precisavam de atenção especial. Ele lançou um feitiço de limpeza rápido para a gaiola de mini puffes e fez uma rápida troca de comida e água. Eles estavam vendendo rápido este ano, e ele acrescentou isso à sua lista.
Ele gostava do silêncio da loja após o fechamento e muitas vezes optava por fechar à noite. Era melhor do que acordar cedo para abrir, e era um trabalho estúpido, na verdade. Ele podia fazer isso sem muita atenção extra, então ele deixou seus pensamentos vagarem de volta para seus próprios anos se preparando para a escola.
Era difícil acreditar que apenas dez anos atrás eles estavam na Copa Mundial de Quadribol, se preparando para um quarto ano de Hogwarts e o ainda desconhecido Torneio Tribruxo que deu início aos anos subsequentes da guerra. Aquele também foi o ano em que ele realmente notou Hermione pela primeira vez.
Ou se notou notando, de qualquer maneira. Ele sorriu para si mesmo e assinalou a necessidade de uma caixa cheia de kits mata-aula.
Ele tinha sido um garoto ambicioso. Ele seria sempre grato pelo Chapéu Seletor não ter prestado muita atenção a esse atributo. Ele queria fazer grandes coisas - ser famoso, rico e lembrado como o melhor dos irmãos Weasley.
Ele balançou a cabeça com a memória. Aquele garoto ambicioso havia se tornado um adolescente angustiado - mas então, olhando para trás, todos eles não tinham? Ele havia deixado suas ambições de infância transformá-lo em um idiota ciumento; graças a Deus seus amigos haviam tolerado isso.
E aqui estava ele agora, trabalhando feliz em uma loja. Bem, ele era dono de metade da loja atualmente, mas ainda assim, trabalhava em uma loja. O menino Ron ficaria horrorizado. Ele se imaginava em perigosos ataques de Aurores, lutando ao lado de seu melhor amigo, deslumbrando os espectadores com suas proezas.
Ele riu alto com esse pensamento. Ele tinha sobrevivido ao primeiro ano de treinamento de auror com Harry e descobriu que era bom nisso. Tanto Harry quanto ele tinham o que pareciam anos de experiência em luta, e eles voaram através das aulas daquele primeiro ano. Eles deslumbraram os outros estagiários, impressionaram os instrutores e foram muito respeitados e queridos.
E ele odiou cada minuto.
Ele estava cansado de lutar. Ele tinha uma Ordem de Merlin, Primeira Classe, e era respeitado e admirado - ele até tinha seu próprio cartão de sapo de chocolate, pelo amor de Deus - mas ele não se importava. Atualmente, ele se preocupava com seus amigos e sua família. Ele se importava que eles estivessem felizes e seguros. Deixe Hermione e Harry mudarem o mundo. Ele só queria estar lá para apoiá-los e aproveitar sua vida.
Ron sabia que algumas pessoas o chamavam de preguiçoso, mas ele sabia a verdade. Ele trabalhava 12 horas por dia, depois ia para casa e - junto com sua esposa (ele ainda ficava emocionado ao chamá-la assim, mesmo nove meses depois do casamento) - limpava a casa e preparava o jantar ou preparava o café da manhã do dia seguinte.
Não que Hermione fosse deixá-lo escapar impune com menos do que uma divisão meio a meio do trabalho doméstico, mas ele nem mesmo tentou. Ele queria estar lá para ajudá-la a subir as escadas no Departamento de Execução das Leis da Magia, para apoiar Harry enquanto ele pegava criminosos e para cuidar da loja. O ponto principal, Ron pensou enquanto terminava sua lista de verificação de inventário, era que ele estava feliz. E não era esse o objetivo?
Ele voltou para o estoque, sacudindo sua varinha em diferentes caixas e enviando-as para a frente da loja, então suspirou. Por mais que ele estivesse feliz, ele estava preocupado com Harry. Nos últimos anos, ele teve pouca vida social. Ele trabalhou duro, passou um tempo com seu afilhado, bebeu com Ron, George, Neville e alguns amigos aleatórios e trabalhou na reforma de Grimmauld Place. Ele realmente não namorou muito e não fazia muito por si mesmo.
Bem, foi assim até recentemente. No outono passado, Andromeda adoeceu e passou várias semanas no St. Mungus. Harry cuidou de Teddy e acabou passando muito tempo com Draco Malfoy, de todas as pessoas. Malfoy e Andromeda se tornaram próximos após a guerra, então ele e Harry se dividiram para cuidar de Teddy durante a doença dela. Em algum momento eles se tornaram amigos e, mais tarde naquele inverno, mais do que amigos.
Ron ainda estava se acostumando com isso. Draco Malfoy! Ron não tinha problemas com o fato de Harry ser bissexual, esse não era o problema. Não era tão incomum no mundo bruxo, e Malfoy dificilmente era o primeiro namorado de Harry. Esse tinha sido Michael Corner quatro anos atrás, e Ginny foi quem os juntou. Ron ainda ria disso.
Mas não houve ninguém, homem ou mulher, nos últimos três anos. E agora havia Malfoy. A questão era que eles realmente pareciam funcionar bem juntos. Toda a energia que eles usaram naqueles anos de conflito foi canalizada para coisas positivas, e eles pareciam estar se divertindo. Harry estava voando regularmente de novo, estava levando Teddy para os jogos de quadribol e estava até falando sobre uma viagem de férias que se aproximava. Harry não tinha tirado férias voluntariamente em ... bem, nunca, na verdade. Teve aquela em que ele e Hermione o arrastaram, mas como não foi escolha dele, realmente não contava.
Então, Malfoy parecia deixá-lo feliz por qualquer motivo. Ron queria suspeitar, mas estava claro que Malfoy não era a mesma pessoa que era na escola. Oh, ele ainda era sarcástico, irritante e ridiculamente elegante. Ele estava sempre perfeitamente arrumado, e Ron tinha certeza de que ia à manicure regularmente. Quem poderia ser amigo de um cara assim, muito menos sair com ele? Ele carregava uma bolsa de homem. Uma bolsa de homem!
Ainda assim, Malfoy se desculpou com ele e Hermione pelos acontecimentos do passado, e Harry disse que Malfoy fazia um ótimo trabalho no laboratório de Poções do St. Mungus. Ele tinha inventado uma poção ano passado que estava provando funcionar extremamente bem no tratamento de varíola de dragão. Ron pensou em todas as vidas salvas por tal coisa, e Malfoy não se gabava disso ou se vangloriava, todos os tipos de coisas que costumavam deixar Ron louco quando criança.
Então, sim, pelo bem de Harry, ele fazia o possível para tolerar o desgraç ... cara porque ele fazia Harry feliz, e Ron adorava ver Harry feliz. E se acontecesse de ele se divertir um pouco provocando o furão por ser um idiota metido e bem-cuidado com uma bolsa de homem - bem, esse era um pequeno benefício que ele manteria quieto.
Ron colocou o último brinquedo na prateleira e começou a apagar as luzes. Verificando as fechaduras, ele estava a caminho da frente da loja quando ouviu o flu.
"Ron?!" ele ouviu seu pai gritar com uma voz estranha.
Ron ficou imediatamente preocupado e correu para a sala dos fundos. "Pai? O que você está fazendo aqui? Mamãe está bem?"
Arthur Weasley estava parado em frente à lareira e não parecia bem. Ron começou a entrar em pânico. Seu pai era uma das pessoas mais sólidas que conhecia; ele não se abalava facilmente.
"Sua mãe está bem; Hermione e todos os seus irmãos também estão."
O corpo de Ron se inundou de alívio, mas seu pai continuou.
"Ron, é o Harry. Ele estava em um caso esta noite e foi ferido. Eu não tenho muitos detalhes, só que é muito sério, mas eles o estabilizaram. Sua mãe já está a caminho de St. Mungus. Nós estamos listados como seus contatos de emergência, então ela foi até lá e eu vim buscar você e Hermione. Eu parei na sua casa primeiro, mas Hermione disse que você ainda estava aqui e ela iria encontrá-lo no hospital. "
Ron mal conseguia se mover. Harry. Merlin, não. Ele tinha que chegar lá. Ele tinha que estar lá para seu melhor amigo, seu irmão. A família inteira já estava lá, conhecendo as habilidades de sua mãe em espalhar a palavra, então não havia mais ninguém -
Ron congelou. Malfoy. Sua família ainda não sabia sobre Malfoy. Harry e Malfoy decidiram manter as coisas quietas por um tempo para ver como as coisas corriam antes de introduzir todo o estresse dos Malfoys e Weasleys na mistura. Além de Andromeda e Teddy, apenas ele e Hermione sabiam, e ele pensava que provavelmente Parkinson também.
"Pai, você disse que ele está estável?"
"Sim. Eles disseram que ele está inconsciente, acordando e dormindo de novo, mas isso é tudo que eu sei."
"Diga a Hermione que estarei aí em breve, mas tenho que fazer uma parada primeiro. Harry iria querer que eu fizesse, eu acho. Não quero dizer mais nada ainda, mas vou encontrar vocês lá."
"Você precisa de ajuda?"
"Não, vá em frente. Envie-me um Patrono com uma atualização assim que puder?"
"Eu vou. Seja rápido, filho. Ele vai ficar bem; nós vamos cuidar dele.
"Obrigado, pai. Ele precisa disso."
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Ron se aproximou da Mansão Malfoy com ansiedade. Ele realmente não tinha ideia do que esperar. Ele só estivera ali uma vez na vida, e não era uma boa lembrança. Ele teve que empurrar de volta flashbacks repentinos dos gritos de Hermione e da mão prateada de Rabicho. Sacudindo-se, ele se forçou a andar. Ele não podia se distrair.
Um elfo doméstico o encontrou no portão da frente para "perguntar sobre os negócios do jovem senhor". Merda, até os elfos domésticos eram desagradáveis.
"Eu preciso falar com Draco Malfoy. É urgente, em relação a Har-er ... em relação ao Sr. Potter."
"Sim, senhor, vou avisá-lo. Por favor, vá até a porta da frente e eu o encontrarei lá."
Ele revirou os olhos para o elfo. Quanto mais elfos domésticos ele encontrava, mais tinha certeza de que Dobby era uma anomalia. Pensamentos sobre Dobby de repente o lembraram de por que ele estava ali, e ele apressou os passos.
Quando ele alcançou a porta da frente, ela se abriu automaticamente e ele foi conduzido para dentro. Malfoy estava saindo de uma sala à direita, e Pansy Parkinson estava com ele.
"Weasley. A que devo o prazer?" Malfoy falou lentamente e tentou franzir a testa, mas Ron percebeu que ele estava nervoso. Ele tinha que saber que algo estava errado para trazer Ron até a Mansão.
"Parkinson, posso ter um momento a sós com Malfoy?"
Malfoy interrompeu. "Pansy, fique. Weasley, eu não tenho nenhum segredo de Pansy. Apenas conte. O que está acontecendo? Eu sei que você não está aqui para o chá."
"Tudo bem. É Harry. Ele está ferido. Eu não sei todos os detalhes ainda, mas meu pai veio me contar agora a pouco. Hermione e o resto da minha família já estão no hospital. Papai disse que ele está estável, mas dormindo e acordando e voltando a dormjr, e é sério. "
Malfoy parecia estar passando mal, mas estava tentando se esconder atrás de uma máscara entediada. Pansy agarrou o braço dele como se o estivesse firmando. Ela estava sussurrando em seu ouvido, então ele assentiu.
"Weasley," Pansy disse. "Obrigado por nos avisar. Eu sei que isso vai ser desconfortável para todos, mas obviamente Draco precisa estar lá, e eu irei junto em apoio. Você se importaria de nos dar um momento para nos prepararmos? Linney aqui o levará para o escritório, que tem o Flu mais próximo. Encontraremos você lá assim que pudermos. "
O elfo - Linney evidentemente - gesticulou para uma sala no final do corredor, e Malfoy correu de volta para a sala de onde eles tinham vindo. Ron não estava lá há mais de um minuto antes de os dois se juntarem a ele, e ele percebeu que eles deviam ter praticamente corrido; Ron teve um pensamento fugaz de que poderia se perguntar sobre isso se não estivesse sentindo a mesma necessidade de se apressar.
Malfoy entregou a ele uma tigela de porcelana cheia de Pó de Flu que ele pegou sem comentários, jogando o pó nas chamas. "St. Mungus!"
A recepção estava silenciosa. Era uma noite de terça-feira e, evidentemente, as coisas estavam calmas na Grã-Bretanha bruxa. Ron se encolheu com o pensamento. Obviamente, não em todos os lugares, ou Harry não estaria aqui.
Malfoy deu um passo atrás dele, Parkinson segurando sua mão.
"Harry Potter?" Ron perguntou.
Nesse momento, o patrono de seu pai apareceu. "Nenhuma mudança. Quarto Andar, Danos Causados por Feitiços."
O homem na mesa acenou com a cabeça solenemente. "Parece que vocês sabem para onde estão indo. Vá por ali, depois suba os elevadores à direita. Espero que esteja tudo bem com o Sr. Potter."
Malfoy falou. "Eu trabalho aqui, lembra? Vamos. É por aqui."
Ron acenou com a cabeça em agradecimento ao bruxo na mesa, então praticamente correu pelo corredor, seguindo Malfoy.
Nos elevadores, Ron parou um momento para olhar atentamente para seus companheiros. Malfoy estava ainda mais pálido do que o normal, e seu cabelo normalmente perfeitamente penteado estava desgrenhado e caindo em seu rosto. Ainda assim, ele estava ereto e tinha uma expressão entediada no rosto, que Ron supôs que poderia tê-lo enganado se não estivesse olhando de perto.
Ron respirou fundo para se acalmar. Droga, ele estava tão preocupado.
"Eu vou primeiro," ele disse a Malfoy. "Dê-me cerca de trinta segundos para que eu possa preparar a família para o fato que trouxe você. Alguns sabem que vocês são amigos, mas ... "
"Sim. Mas ... Vá, Weasley," ele disse quando as portas se abriram. "Trinta segundos."
Ron saiu do elevador e viu sua família na sala de espera no final do corredor. Hermione o notou primeiro e correu, então jogou os braços ao redor dele, sussurrando em seu ouvido. "Você o trouxe?"
"Sim. Eu só tenho alguns segundos para prepará-los. Ele está bem?"
"Não sei, acabei de chegar aqui", respondeu ela, obviamente tentando conter as lágrimas.
Ele a apertou com força e olhou para sua família.
"Olá... Bem, eu preciso contar sobre algo muito rápido. Tem alguém que também precisa estar aqui. Harry iria querer que ele estivesse. Só, sejam legais, ok?
Sua família parecia confusa, então, um por um, eles olharam para trás dele e olhares de choque, desconforto e confusão cruzaram vários rostos.
Ginny falou primeiro, sua voz monótona. "Malfoy, obrigado por vir. Parkinson."
Malfoy apenas acenou com a cabeça, então olhou para Hermione. "Hermione, como ele está? Posso vê-lo? Eu preciso ..." sua voz parecia quebrada, "vê-lo."
Hermione olhou para ele de perto, então acenou com a cabeça. "Certo. Ron, você também. Venha, vamos ver se há alguma mudança e descobrir quando podemos entrar."
Malfoy parecia agradecido e gesticulou para que Pansy se sentasse, então seguiu Ron e Hermione pelo corredor até uma área com muita atividade. Curandeiros estavam ocupados entrando e saindo de uma sala com Aurores posicionados do lado de fora. Neville era um deles e Ron quase engasgou de alívio.
"Nev!" Ron se apressou. "Nev, cara, o que você pode nos dizer?"
"Ele vai ficar bem?" veio a voz anormalmente baixa de Malfoy atrás dele. Mal soava como ele, sua voz perdendo muito do tom que Ron normalmente associava ao homem.
Neville olhou de perto para Malfoy, então deu de ombros e voltou sua atenção para Ron.
"Não sei sobre o estado dele; é muito cedo para ter certeza. Também não posso falar sobre onde estávamos, mas posso dizer que nos separamos. Ouvi uma briga de feitiços e cheguei lá tão rápido quanto eu pude, talvez vinte, trinta segundos depois que começou? Harry estava sendo Harry, dando conta de tudo sozinho, mas havia três deles e um deles ficou atrás dele assim que eu entrei. Eles passaram por seu escudo antes que eu pudesse derrubá-los. Ele pegou os outros dois antes de cair, mas ..." Neville parou de falar e apenas olhou para a parede.
"Eles sabem o que o atingiu?" Malfoy perguntou.
"Sim, nós achamos que foi a mesma coisa que Dolohov atingiu Hermione no Departamento de Mistérios." Neville olhou para Hermione se desculpando. "Eles pararam o sangramento, e ele está inconsciente, mas eles não foram capazes de selar o corte ainda, pois estão reparando internamente primeiro. Evidentemente, essa maldição não faz cortes limpos."
"Não, não faz mesmo. Desculpe-me, eu preciso falar com a Pansy. Acho que temos um livro na Mansão que pode ajudar os Curandeiros. Vou mandá-la buscá-lo."
Malfoy correu de volta para Parkinson, e Neville olhou interrogativamente para Ron e Hermione.
Ron acenou com a cabeça. "Sim, eles estão namorando há alguns meses. Eles estão ficando meio sérios, mas não contaram a ninguém. Harry ficaria muito chateado se eu não o tivesse trazido. Eu posso não gostar do idiota, mas é pelo Harry. "
Neville sorriu. "Então é por isso que ele estava sendo tão reservado sobre quem era." Ele deu um tapinha em seu ombro. "Você é um bom amigo, Ron. De qualquer forma, eu não acho que eles vão deixar ninguém entrar até que terminem. Vocês podem sentar, e eu os avisarei assim que houver alguma mudança. Estou de guarda na sala, então ninguém entra ou sai sem eu saber. Ele está seguro e eu não vou a lugar nenhum. "
Hermione deu a Neville um rápido abraço de agradecimento, então pegou a mão de Ron e o arrastou de volta para sua família. Todos estavam sentados em cadeiras, encostados nas pessoas ao lado ou de mãos dadas e conversando baixinho. Quando você fazia parte da família Weasley como Harry, você era da família.
No canto sozinho, afundado em uma cadeira, estava Malfoy.
Ele parecia terrível. E ele parecia solitário.
Uma vez, Ron teria aproveitado a oportunidade para provocá-lo, assim como sabia que Malfoy o estaria provocando por causa do ferimento de Harry.
Mas agora, ele parecia perdido. Desamparado. Incrivelmente frágil.
Ron olhou para sua esposa, que assentiu, então ele se aproximou e se sentou ao lado de Malfoy. Ele pigarreou nervosamente.
"Draco. Posso pegar alguma coisa para você? Neville acha que ainda vai demorar um pouco."
"Não, obrigado." Ele era tão apropriado, quando não estava sendo um idiota.
Ron não estava com humor para conversar, e ele percebeu que Malfoy também não, então ele apenas se recostou e deixou o silêncio surgir.
Malfoy parecia agradecido, então encostou a cabeça na parede e fechou os olhos lentamente.
Às vezes, Ron pensou, estar lá para alguém era realmente apenas estar lá.
Quase uma hora depois, Neville se aproximou de Ron e Draco, ainda sentados em silêncio. Ron percebeu que Hermione estava brincando com Victoire, Gui e Fleur haviam saído para algum lugar. Ele se lembra de alguns resmungos sobre o chá?
Seja qual for o caso, ela se aproximou e Neville sentou-se com eles.
"Tudo bem, vocês podem entrar. Eles disseram dois de cada vez, e se alguém o incomodar, eles vão limitar até isso. Eles o fecharam e ele está dormindo, mas ele falou comigo por um momento, o que significa que ele está consciente. Ele tomou algumas poções para a dor, então ele pode estar um pouco fora de si. "
Ron relaxou imediatamente e até sorriu. Harry com o efeito de poções para a dor sempre era divertido de assistir - se você pudesse esquecer o motivo pelo qual ele as tomava. Infelizmente, Ron tinha visto ele se machucar muitas vezes nos últimos treze anos, então agora que ele estava seguro, Ron quase voltou ao normal.
Então ele olhou para Malfoy e percebeu que ele mal estava se segurando.
Ele olhou para Hermione, e ela acenou com a cabeça e se virou para Malfoy.
"Draco, por que você não entra primeiro. Entraremos um de cada vez em alguns minutos."
Malfoy pareceu surpreso, mas se levantou. Ele olhou para o resto da sala - praticamente desafiando qualquer um a dizer algo - então com uma palavra murmurada de agradecimento a Hermione, ele seguiu Neville e saiu da sala.
Ron observou suas costas, então olhou para sua família. Todos estavam esperando ansiosamente por uma palavra de explicação.
"Ok, vão em frente. Vou explicar o melhor que puder."
"Ronald Weasley!" sua mãe repreendeu. "Eu não acho que um de nós poderia ter sentado nesta sala pela última hora e precisar de uma explicação. Aquele pobre jovem está claramente perturbado. Eu só quero saber há quanto tempo eles estão juntos, e quando eles iriam nos dizer. Isso obviamente não é apenas casual. "
Ron olhou em volta e percebeu que o resto de sua família não pareciam chateados - apenas cansados e curiosos. Ginny até tinha um pequeno sorriso malicioso no rosto.
George falou a seguir. "Nós entendemos por que eles não disseram nada ainda, Ron. Antes de hoje, eu não teria acreditado que Malfoy tivesse um coração, mas não havia como fingir. Então, quanto tempo?"
"Desde fevereiro. Eles se tornaram amigos no outono passado, quando Andrômeda estava doente, então começaram a passar mais tempo juntos, muitas vezes com Teddy. Não pedi muitos detalhes; você terá que perguntar ao Harry se você os quiser. " Ele olhou para sua mãe. "Eu acho que Harry iria pedir para levá-lo para jantar na Toca em breve, mas o trabalho estava agitado, e ele simplesmente não teve a chance."
Sua mãe parecia satisfeita com isso. Ele olhou para sua esposa.
"Hermione, você pode contar a eles o que Neville nos contou? Acho que vou entrar agora por alguns minutos, e então podemos trocar. Tudo bem?"
"Claro; vá em frente."
Ron se virou e voltou pelo corredor para o quarto de Harry. Neville estava do lado de fora e a porta estava entreaberta. Ron entrou silenciosamente, então parou quando ouviu uma conversa abafada.
"Draco, eu estou bem. Eles disseram que estarei quase todo curado em algumas semanas," veio a voz fraca de Harry.
"Estou tentando processar tudo isso. Acho que vou demorar um pouco." Tudo ficou quieto. "Harry…"
Mais silêncio. Ron se sentiu culpado ao ouvir a conversa particular, mas também não queria interromper.
Ele espiou pela borda da parede, onde estava sem ser visto. As costas de Malfoy estavam para a porta, e a cama de Harry estava inclinada para que Ron não pudesse ver seu rosto, mas ele podia ver Malfoy segurando a mão de Harry no que parecia ser um aperto mortal.
Malfoy parecia ter recuperado a voz porque continuou.
"Potter." Sua voz estava firme agora. "Eu estava tão bravo com você esta noite por se machucar. E tão assustado. Teddy precisa do padrinho dele, então você não pode continuar fazendo coisas assim. Você tem que tomar mais cuidado."
Parecia que Harry tentou falar, mas Malfoy o silenciou.
"Eu não terminei. Você deve ter mais cuidado." A firmeza em sua voz estava vacilando. "Eu não posso ... eu não posso perder você." Mais silêncio. "Eu ... eu estou apaixonado por você, por mais improvável que pareça. Honestamente, você é um idiota impetuoso, irritante, grosseiro, e devo ter perdido a cabeça, mas é isso. Eu amo você, e é melhor você cuidar melhor de si mesmo porque eu não pretendo ficar sozinho pelo resto da minha vida. Pretendo que vivamos isso juntos. "
Ron respirou fundo e teve que reprimir uma reação mais vocal com isso. Pelo resto da minha vida? Bem, caramba.
Harry evidentemente teve uma reação melhor, porque parecia que Malfoy agora tinha seu rosto ligeiramente colado ao de seu melhor amigo. Caramba.
Ele percebeu que provavelmente era hora de fazer sua entrada e recuou para fazer barulho na porta.
"Harry? Você está acordado?"
"Ronald, se ele estivesse dormindo, sua entrada alta como a de um troll com certeza o teria acordado. Harry, por que você mantém esse cretino por perto?"
Ron se aproximou da cama e ficou aliviado ao ver a expressão divertida no rosto do amigo. Ele estava pálido, mas parecia bem.
"Bem, Draco, obviamente ele me mantém por perto para que eu possa lembrá-lo de que homens de verdade não fazem manicure e mechas no cabelo."
"Idiota. Não são mechas. Honestamente."
Harry apenas se deitou, aparentemente gostando da discussão à sua frente. Finalmente, ele falou baixinho.
"Obrigado, Ron, por ter ido contar a ele. Ele me contou o que você fez; eu realmente aprecio isso. E isso significa que a família ...?
"Sim, a família sabe." Ele olhou para Malfoy. "Parece que você deixou uma boa impressão lá fora. Ninguém parece nem mesmo estar chateado."
Ele olhou para Harry. "Eu sei que você odeia confrontos, mas essa foi uma forma horrível de evitá-los. Todos estão tão felizes que você está bem que ninguém tem uma palavra de reclamação."
Harry riu baixinho, então fez uma careta. "Acho que preciso de outra poção para a dor."
Ron parecia alarmado, já que Harry nunca admitia sentir dor. "Olha, Hermione queria dar uma olhada em você antes de você voltar a dormir. Vou apenas sair e checar com os Curandeiros sobre a poção."
"Obrigado, cara. Eu realmente te devo uma."
"Nunca, Harry. Você nunca me deve. Estou muito feliz por você estar bem." Ele deu um tapinha no ombro de Harry, então se dirigiu para a porta.
Ron sentou-se na sala de espera enquanto a família partia lentamente. Seus irmãos e Ginny tinham ido para casa, e seus pais estavam dizendo boa noite a Harry. Ron observou Draco tentando parecer paciente para que a sala se esvaziasse para que ele pudesse se juntar a ele. Ele não ficaria surpreso se Malfoy tivesse planejado dormir durante a noite na cadeira, mesmo que eles não o deixassem.
Alguém se sentou ao lado dele e ele olhou para quem era.
"Parkinson. Você encontrou o que quer que Malfoy mandou você buscar?"
"Sim. Acho que vai ajudar. Ele tem um livro obscuro de poções com uma poção específica para esse tipo de maldição. Se feito corretamente, deve curar Potter em vários dias, em vez de semanas. Draco provavelmente precisará fazer alguns ajustes, já que alguns dos ingredientes são difíceis de encontrar, mas ele é um gênio no que faz. Vai ajudar Draco também, pois ele se sentirá útil, e se funcionar, ele vai poder publicar suas alterações e ajudar o St. Mungus. Portanto, é uma vitória para todos."
"Obrigado."
"Eu só localizei o livro que ele me disse para localizar. Não tem nada a ver com Potter."
Ron apenas deu a ela um olhar incrédulo. "Eu os vi sozinhos juntos, sabe. Esta noite. Você já os viu quando eles não sabem que mais alguém está olhando?"
"Sim," Pansy suspirou. "Estamos ferrados, não estamos?"
Rindo alto, Ron assentiu. "Absolutamente. Acho que vamos ter que nos dar bem. Isso significa que eu tenho que chamá-la de Pansy?"
Ela parecia enojada. "Certamente não, Weasley."
"Graças aos deuses", disse ele com uma risada. "Bem, Parkinson, acho que seu garoto Malfoy está prestes a voltar. Continue e diga a ele o que você encontrou antes de perder a chance. Eu sei que você não precisa do meu agradecimento, mas você tem de qualquer maneira."
Ron caminhou com ela até Malfoy. "Cuide dele esta noite. Estaremos de volta pela manhã para que você possa ir para casa e descansar um pouco."
Malfoy olhou para ele, então o surpreendeu profundamente e lhe deu um pequeno sorriso, estendendo a mão. "Obrigado, Ronald. Acho que te vejo pela manhã."
Ron apenas olhou para ele, então pegou a mão oferecida em um aperto.
Hermione, assistindo todo o episódio, apenas riu e agarrou o marido, fazendo-o ir embora. "Boa noite, Draco. E boa sorte em fazê-lo pegar leve. Harry doente é impossível de se cuidar, e poções para a dor o tornam mais impossível ainda e um pouco ridículo. Mas talvez você tenha mais sorte nisso do que o resto de nós. "
Malfoy fez uma careta. "Isso soa um pouco como uma maldição. Eu pensei que você disse que gostava de mim agora. Malditos grifinórios."
Ron riu e colocou o braço em volta dos ombros de sua esposa, puxando-a para os elevadores. "Merlin, eu te amo. Vamos, ele vai ficar bem cuidado, por mais que eu odeie admitir. Vamos para casa porque amanhã será a nossa vez. Precisamos descansar."
Ron sorriu e beijou sua esposa e melhor amiga, e deixou seu outro melhor amigo em mãos surpreendentemente boas. Interessante isso. Quem teria imaginado?
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