Um Amor Proibido (Obra Reescr...

By Garoto1D

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Para Louis a vida sempre foi uma incógnita, existiam coisas que não faziam tanto sentido, e uma dessas coisas... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 28

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By Garoto1D

Caio

Acordei e me alonguei todo na cama, sentei na borda da mesma e fiquei olhando o chão por um bom tempo, lembrei do acontecido da noite passada, e isso me deixou pensativo a noite toda, me causou uma insônia fodida.

Levantei e fui para o banheiro, tomei um banho quente e em seguida, vesti uma box, minha calça e uma camisa de manga longa. Sai do quarto e passei na frente do quarto do Louis, e a vontade foi maior, adentrei o mesmo e vi ele no meio dos edredons, me aproximei e assim que cheguei perto pude notar que ele estava muito suado e quando toquei na sua testa a mesma estava pegando fogo.

Sentei na cama e sacudi ele, o mesmo abriu os olhos lentamente e me olhou fazendo uma cara de dor de dar pena.

— O que você está sentindo Lou? — Ele ficou calado por alguns instantes, mas logo falou.

— Eu estou com dor de cabeça, e meu corpo dói — Assenti.

— Vou pegar uns analgésicos, você não vai pra aula hoje tá bom? — Ele concordou.

Desci as escadas e encontrei com o Will na cozinha tomando café. Abri o armário e peguei a maleta de primeiros socorros tirando uns comprimidos para dor.

— Pra quem é isso? — Will perguntou apontando.

— Louis está resfriado eu acho, sugeri que ele faltasse, e estou pensando em não ir hoje e ficar cuidando dele — Ele assentiu.

— Boa ideia, mas Caio, hoje temos prova de química e eu e você não estamos tão bem nessa disciplina — Lembrei desse detalhe, estava quase fodido.

— Mas não podemos deixar ele aqui Will — Ele fez que sim com a cabeça.

— Assim que nós fizermos a prova, nós damos um jeito de sair — Matar aula não era a coisa mais difícil do mundo.

— Tudo bem, vou levar os comprimidos e já desço pra a gente ir tá?

— Se ele tiver com febre, pede pra ele tomar um banho e só desce quando ele tiver feito isso tá? — Assenti terminando de organizar as coisas.

Peguei um copo e enchi suco de laranja e subi as escadas novamente, adentrei o quarto e ele estava sentado na beira da cama, sentei ao seu lado e ele encostou a cabeça no meu ombro.

— Olha toma esse comprimido, e você tá com febre, toma um banho gelado e veste algo que não te aqueça muito, só vou sair quando você tiver feito essas coisas — Ele assentiu.

Ele tomou e em seguida entrou no banheiro, fui até meu quarto e peguei uma camisa vermelha minha e sentei na cama dele esperando ele sair do banho. Assim que ele saiu, vi seu rosto roborizar, seria fofo se ele não tivesse espirrado.

Estiquei o braço e lhe entreguei a camisa, o mesmo vestiu e em seguida se deitou, peguei um par de meias no guarda roupas dele e calcei nos seus pés, sentei do lado dele novamente.

— Eu preciso ir para a escola, mas qualquer coisa liga pra mim ou pro Will que nós vamos vir pra cá na velocidade da luz tá bom?

— Tá bom, não se preocupe vou ficar bem — Assenti.

— Vou descer e peço pro Will trazer algo para você comer tá? — Ele balançou a cabeça concordando.

Louis

Caio apareceu no meu quarto, eu estava com febre, ele pegou remédio e me deu, me deu uma blusa dele para mim vestir, fiquei deitado enquanto ele descia as escadas, fiquei esperando Will entrar pela porta, eu estava mal, tanto fisicamente mas também emocionalmente, esse sentimento que eu sinto está me machucando muito.

Após alguns minutos Will entrou no quarto com uma bandeja, ele sentou na minha cama e eu fiz o mesmo, tinha um sanduíche natural, um copo de suco de laranja, e uma tigela com iogurte e morango. Fiquei olhando a comida e ele pôs a bandeja no meu colo.

— Obrigado Will — Ele assentiu.

— Tudo bem, eu preciso ir agora, qualquer coisa liga pra gente, que a gente volta no mesmo instante tá bom? — Fiz que sim com a cabeça.

Ele saiu do quarto e comecei comer meu café da manhã, após eu terminar deixei a bandeja no chão, e fiquei olhando o quarto, em seguida liguei a TV e fiquei vendo o desenho da Alice no País das maravilhas, isso me deixou com a criatividade no topo, peguei meu caderno de desenho e sentei com as pernas cruzadas, e comecei desenhar. Após vários esboços sem sucesso, decidi mudar o desenho e tentei desenhar o Will como o chapeleiro, após mais ou menos trinta minutos estava feito e o resultado me agradou muito, quando eu ia começar fazer o Caio como a Alice, meu celular toca.

" — alô?"

"— Oi Lou sou eu, por que faltou?"

"— Não estou bem, estou resfriado e acordei mal"

"— Quer que eu fique aí com você?"

" — Não é preciso, não quero que falte a aula"

"— Relaxa, já chego aí"

Os minutos se passaram e logo ouço a campainha tocar, desço lentamente e abro a porta, Ícaro entra já me dando um abraço bem apertado e acariciando meu cabelo.

— Oi menino tocha — Sorri com o apelido.

— Você tá quentinho, já tomou remédio para febre? — Assenti.

— Já sim, vamos subir — Ele balançou a cabeça concordando e me seguiu.

Subimos para o meu quarto, entrei e sentei na cama, ele tirou os tênis e se uniu à mim, ficamos assistindo o resto do filme, até que ele fala.

— Me desculpe, eu levei você pro lago e agora você está doente — Ele disse fazendo uma carinha de culpado e eu ri.

— Tudo bem, logo eu fico bom, e também não é como se você tivesse me obrigado — Ícaro ri anasalado desistindo de se sentir culpado, assim eu espero.

— O que nós vamos fazer? — Perguntou me fitando.

— Não sei, tô sem disposição para qualquer coisa — Ele ficou pensativo.

— Entendo, que tal um jogo de cartas? — Assenti.

— Por mim tudo bem, não me lembro de ter comprado cartas, mas vê se tem na sala — Ele assentiu e desceu a escada, e logo voltou sentando na cama novamente.

— Você sabe jogar né? — Mais ou menos.

— Acho que sim.

Começamos jogar, eu ganhei quatro partidas e perdi duas, após mais uma partida meu celular toca, olho no visor e vejo o contato do Will, atendo no mesmo instante.

" — Oi Will"

" — Oi como você tá, já passou a febre, tá sentindo alguma dor???"

" — Não, eu estou bem, eu acho"

" — Daqui a pouco nos saímos daqui e chegamos em casa tá?"

" — Não precisa se preocupar, Ícaro tá aqui comigo"

"— O QUE??"

" — O que foi Will?" — Pergunto já esperando o mesmo drama de sempre.

" — Quero ele fora daí agora Louis"

"— Não Will, ele é meu amigo, não está fazendo nada, porque essa implicância toda???"

"— Já mandei você mandar ele ir embora, se não é por bem é por mal, adeus Louis"

A ligação foi encerrada, e Ícaro me olhava apreensivo.

— Aconteceu algo? — Neguei.

— Não, é bobagem do Will — Disse desviando minha atenção.

— Eu consegui ouvir, ele não me quer aqui Lou, melhor eu ir — Não entendia porque disso.

— Não, você fica — Ele negou.

— Não quero problemas com seu namorado doido Lou, vou indo — Ele se sentou para calçar os tênis e ir embora mas impedi que ele fizesse isso.

— Louis é sério, eu preciso ir — Ícaro diz de forma séria e recuo, ele termina de calçar os tênis e em seguida foi embora, só ouvi o barulho do carro dando partida, eu fiquei chateado instantaneamente, nem amigos mais eu podia ter.

Continuei deitado na cama, não queria nem olhar na cara do William. Tentei dormir para que quando ele chegasse eu não fosse incomodado, mas não deu certo, passaram-se minutos para eu escutar uma freada brusca na frente de casa, e tinha certeza que eram eles.

William

O tempo passava lentamente e eu estava preocupado com o Louis, Caio percebeu e tentou me acalmar, agradeci a ele, mas mesmo assim eu estava uma pilha de nervos, quando finalmente terminamos a porra da prova, já sai com Caio, disquei o número do Lou e liguei para ele, perguntei se ele estava bem, e ele diz que tá e que estava com Ícaro, meu sangue ferveu, já disse que não gosto desse garoto e ele faz isso, desliguei o telefone bufando de raiva e no mesmo instante me dirigi para o estacionamento e caio no meu encalço.

— Já sei, o grude dele tá lá né? — Assenti.

— Sim, já disse que não gosto dele, e ele fica com essa ideia de levar ele lá em casa — Disse bufando.

— Mas você já percebeu que eles dois são quase namorados, acho compreensível ele estar lá, deve ter ficado preocupado ou algo do tipo — Caio diz e olho pra ele sem acreditar.

— Sério isso? — Caio suspira se encostando na parede e encaro ele.

— Will, presta atenção no que vou te dizer, o Louis não é uma propriedade pra gente querer prender ele ou mandar, tipo, ele gosta do ícaro e o cara fez um bem danado pra ele enquanto a gente só fazia merda, tenta entender isso, porque é uma coisa simples até pra mim que tô gostando dele — Caio diz e cruzo os braços puto da vida.

— De qualquer forma, só toma cuidado com o que falar tá? Por favor, não vai machucar ele com palavras — Assenti.

— Tudo bem.

Seguimos para casa, assim que chegamos dei uma freada sem querer, e Caio não estava de cinto, e o mesmo acabou machucando a testa, vi o sangue descer e fiquei preocupado imediatamente, entramos em casa e fui em direção a maleta de primeiros socorros pegando algodão e álcool.

Ele se sentou e eu comecei limpar o machucado, em seguida passei a pomada para cicatrizar rápido, uma coisa que notei foram os olhos dele, nunca tinha notado antes.

— Me desculpe, eu não queria machucar você — Disse me sentindo o maior pedaço de merda do mundo.

— Tudo bem, eu que estava sem cinto, mas porra, devagar na próxima — Caio diz rindo tentando me acalmar o que só aumenta o sentimento de culpa.

— Mesmo assim desculpa, agora vamos subir — Disse indo para escada.

Subimos as escadas e entramos no quarto do Louis, ele estava com a cara enfiada no travesseiro, e assim que ouviu o barulho da porta se sentou nos encarando sem nenhuma expressão aparente.

— O que vocês querem? — Perguntou já em modo de defesa, droga Louis.

— Nós só queremos conversar — Ele balançou a cabeça negando.

— Não quero conversar — Suspirei fundo.

— Lou, você tem que entender que as coisas não funcionam assim — Caio tentou argumentar.

— Não me chama de Lou, vocês são abusivos pra caralho, essa semana vou ligar pra tia Bruna e pedir pra ir embora daqui — Ele diz ficando vermelho, e fico com vontade de rir por ter ouvido ele falar daquele jeito.

— Eu não gosto dele, e você parece instigar a minha raiva — Disse sendo o mais calmo possível.

— Não tenho culpa do seu temperamento idiota, ele é meu amigo, eu posso trazer ele aqui — Ele disse retrucando.

— Ei? Qual seu problema, já viu que tá fazendo papel de mimado nisso tudo? — Ele riu secamente, droga o que aconteceu com esse garoto?

— Agora o mimado sou eu é? Olha eu posso fazer uma lista imensa de todos teus comportamentos infantis — Ignorei.

— Chega, você não pode sair por aí fazendo o que não deve, graças a ele você tá resfriado — Caio disse suspirando pesadamente.

— Não tô pedindo pra ninguém cuidar de mim, agradeço o cuidado, mas se for para vocês ficarem jogando na minha cara as coisas, prefiro ficar por conta própria — Que se foda então.

— Ótimo, você que se vire então, ou chame ele — Falei saindo do quarto dele enquanto Caio ficou lá.

— Acredite William, eu chamarei — Ele diz e bato a porta com força.

Caio

Tudo dando errado, Louis olhava para mim, seus olhos estavam marejados, após Will sair foi assim que ele ficou, calado e me encarando.

— O que você ainda está fazendo aqui?? — Ele disse com a voz falhando.

— Só estou te olhando, não concordo com o que o Will disse, sei que não somos nada, mas a gente só tava preocupado mesmo, e talvez com um pouco de ciúme, não sei — Disse sincero.

— Você me abandonou, não se deve dar atenção para alguém e depois retirar isso, por mais que eu tente infelizmente eu realmente sinto esse sentimento estúpido, eu escolheria o Ícaro, mas não consigo, ele sabe que não consigo e por isso desistiu — Na sua voz tinha mágoa.

— Eu não te abandonei, você não entende Louis, foram coisas bem complicadas, acredita em mim — Disse suspirando e sentando na beirada da cama.

— Claro, e aquela Camila entende né? — Sorri de canto, porque pela primeira vez pude ver de forma real uma demonstração de ciúmes vinda dele.

— Eu terminei com ela, tipo ele estava me chantageando com uma coisa, mas se pudesse teria terminado antes, se eu fosse um pouco inteligente não teria nem começado — Digo e ele parece surpreso com o que eu estava dizendo.

— Bom, de qualquer forma vou saindo, me avisa se precisar de alguma coisa, desculpa pelo que vem acontecendo, acho que nós três precisamos conversar, mas fica bem — Digo saindo do quarto dele.

Fui para meu quarto e me deitei, decidi que não iria forçar mais nada, iria deixar o tempo cuidar de tudo, ao que tudo indica, Will sente o mesmo que eu sinto pelo Louis, e isso é notável, mas ele é mais bruto e inseguro em relação à isso.

É engraçado que isso esteja acontecendo, porque no fundo acabo sentindo um pouquinho algo por ele, quando a gente se beijou me senti como na vez que beijei o Louis.

William

Os dias se arrastavam, Louis não falava comigo direito e raramente com o Caio, íamos para a escola juntos, mas sem dar nenhuma palavra, e o resto do dia era a mesma coisa, os únicos momentos que Louis ria era com Ícaro e sua amizade com o mesmo se fortalecia cada vez mais.

Ambos iam ao cinema juntos, e como eu disse que não me preocuparia mais, cumpri com minha palavra, mas na verdade por dentro eu era corroído pelo sentimento da tristeza. Caio fazia de tudo para me animar mas eu tava bem merda, e isso tava afetando ele também, já Louis não se comunicava mais com a gente, apenas vivia na mesma casa e era como se a gente fossemos estranhos.

Isso estava me machucando tanto, levantei da minha cama com o corpo protestando, tomei um banho rápido, olhei o visor e o mesmo marcava 19:30, vesti uma roupa normal para sair, uma calça jeans preta, uma blusa cinza sem estampa, uma jaqueta preta, em seguida peguei as chaves do carro e desci as escadas, Caio estava na sala assistindo filme.

— Vai sair Will? — Assenti e ele fez careta enquanto comia mais salgadinho.

— Preciso relaxar um pouco — Ele sorriu com aquele sorriso meio sapeca, laranja por causa do doritos.

— Use camisinha — Disse virando sua atenção para o filme.

— Não vou transar com ninguém Caio, nem se eu quisesse eu conseguiria, beijos preciso ir — Disse me despedindo e ele acena.

Sai de casa e o meu destino era um bar, mas não um bar convencional, era uma mistura de bar e boate, e o motivo de eu ir, é que nesse bar a maioria das pessoas que frequentavam eram lgbt. E o motivo de eu ir, era pra tentar me aceitar, pensei bastante e as dúvidas me corroíam, eu devo ser bissexual como Louis já disse algumas vezes, mas não sinto atração por garota alguma agora, sinto atração por um garoto de olhos azuis, que fez meu mundo virar de ponta cabeça.

Após alguns minutos dirigindo, chego em frente ao lugar, tinha umas luzes escuras na entrada, e podia se ouvir música alta vinda dos fundos, me acomodei em um banco do bar e analisei o local, tinham pessoas jovens, pessoas de idade, alguns bebendo outros conversando. Chamei o barman e o mesmo veio me atender em instantes.

— Gostaria de um shot de vodka — Ele assentiu arqueando a sobrancelha, como se eu não fosse aguentar.

Ele me serviu e virei a mesma num gole só, entrei para parte que era a festa, um rapaz novo aparentava ter minha idade tinha em mãos um pote com tinta néon e desenhou no meu rosto, e assim adentrei o local que tocava uma música boa de se ouvir, me sente no bar que havia ali, e fiquei vendo as pessoas dançarem, após alguns minutos um garoto se sentou ao meu lado, e começou puxar assunto.

— Oi, prazer me chamo Misha mas meus amigos me chamam de Miss — Disse sorrindo.

— Oi, me chamo William — Ele assentiu e ficou me encarando.

— Então, o que faz aqui, vivo vindo aqui e tenho certeza que é a primeira vez que vejo você — Dei de ombros.

— Tó clareando as ideias, tô com uns conflitos internos — Disse pensando se estava fazendo a coisa certa, ainda mais conversando com um estranho.

— Deixa eu ver se entendi de primeira, tá em dúvida com sua sexualidade? — Assenti.

— Fica não, logo passa, você precisa aceitar quem é, e assim poderá conviver em paz consigo mesmo, olha eu passei pela mesma merda, até me forcei gostar de garotas, não sei se é seu caso, mas quanto mais você foge, mas vai se ferir com isso, então se joga de cabeça e seja feliz — Ele diz e ri sem seguida gesticulando com as mãos.

— Vou tentar — Um cara um pouco mais velho chegou e beijou ele, foi um beijo um tanto possessivo, até fiquei sem graça.

— James esse é o Will, novo por aqui, e Will esse é o James meu melhor amigo — Fiquei surpreso quando ele disse que eram amigos.

— Pensei que fossem namorados — Disse observando eles.

— Não, somos só amigos, temos uma amizade colorida — Ele disse beijando o rosto do Misha.

— Como começou? — James ri, me oferece um doce mas não estava afim.

— Não sei, eu era bem escroto e cheio de mim, mas o Misha me fez mudar e ser uma pessoa maravilhosa, apesar de dizermos que somos amigos, somos praticamente namorados, uma bela noite estava na casa dele tomando cerveja e vendo um filme e no momento seguinte estava me pegando como nunca me peguei com ninguém na vida — Assenti dando uma risadinha, que aleatório.

— Se quiser, a gente pode te iniciar — James diz me encarando e sorrio sem graça.

— Não precisa, minha iniciação vai ser daqui a pouco — Digo sentindo meu coração bater com força dentro do meu peito.

Eu precisava testar uma coisa, tomei mais um gole de bebida, me despedi deles e fui para o carro, liguei e comecei dirigir, olhei no visor eu já passava de 00:00, após entrar com o quarto na garagem, subi as escadas e parei em frente ao quarto do Caio, respirei muito fundo várias vezes e pensei por vários minutos no que eu estava prestes a fazer.

Adentrei o quarto dele com cuidado para não fazer barulho, Caio já estava dormindo o que eu estranhei instantaneamente, ele não costuma dormir cedo. Me sentei na beira da cama, e fiquei observando o rosto dele, e todo os traços do seu corpo que mesmo com uma blusa de manga comprida e uma calça folgada, não deixava de ser bonito.

Botei a mão em seus cabelos e fiquei mexendo, aos poucos ele foi despertando e se sentou com o coberto nos ombros, fiquei encarando ele por vários minutos. Minutos esses que se tornaram decisivos.

— Will aconteceu alguma coisa?? — Ele perguntou confuso, coçando os olhos com sono.

Avancei sobre ele o beijando, sua mão espalmou meu peito me afastando, ele me olhou perdido.

— Ei o que você está fazendo? — Caio diz em forma defensiva e acabo rindo de lado.

— Se você não quiser eu paro, mas não pode enganar a si mesmo, você já me disse isso, todos vêm me dizendo isso — Digo sentindo meu coração falhar várias batidas, ia acabar enfartando.

Caio avançou sobre mim me beijando também, minhas mãos invadiam por baixo de sua camisa acariciando a costa levemente definida.

Nossas posições se invertiam, fiquei por cima dele, e senti sua ereção tocar minha coxa, ri de lado e meu estado não estava diferente, me abaixei beijando ele de novo e puxando seu lábio numa mordida, e recebi um gemido baixo me deixando mais excitado ainda.

Caio

William me acordou, e em seguida me beijou, eu acabei recuando, mas em seguida retribui intensamente, tudo acontecia rápido, eu estava ali com meu melhor amigo por cima de mim, me beijando, excitado ao extremo. William tirou sua jaqueta, e eu fui subindo a barra da sua camisa deixando seu corpo exposto, apertei a cintura dele, e mordi sua barriga enquanto beijava a mesma.

William tirou minha camisa, e fez uma trilha de beijos desde meu abdômen até meu pescoço, onde deu uma mordida forte e deliciosa, as coisas só esquentavam cada vez mais, sentei no seu colo e rebolava no mesmo fazendo nossas ereções terem atrito e Will soltar pequenos gemidos. Droga tão errado mas tão bom.

Me sentia ridículo, porque não sabia bem como fazer aquilo, nosso toque era grosso e desajeitado, quase que um toque receoso, mas aos poucos as coisas foram se acertando.

Me sentei e puxei a calça dele para baixo, e logo minha atenção foi para a ereção potente que se encontrava naquela box preta, olhei para ele e o mesmo me olhava com cara de indagação, tive uma ideia meio louca para o que eu estava prestes a fazer. Peguei meu celular e coloquei a música Earned It, do The Weekned. Se ia fazer aquilo precisava me sentir relaxado.

William me olhou com um olhar muito safado e isso me fez rir um pouco, ele se sentou na cama e eu sentei no colo dele novamente enquanto nos beijávamos, sentia sua ereção entrar em contato com a minha bunda e isso não me incomodou de forma alguma, empurrei ele na cama e fui fazendo uma trilha de beijos desde seu pescoço até a barra da box.

— Se não quiser, não é preciso fazer isso eu entendo, até porque a gente tem zero experiência com isso — Ele disse desconcertado, mas eu estava pouco me fodendo.

— Shiiiu, você é todinho meu agora — Sussurrei no ouvido dele e senti o mesmo estremecer.

Voltei minha atenção para o volume na box, e a abaixei e no mesmo instante me deparei com o pau do Will, já tinha visto algumas vezes, mas agora era diferente, uns dezoito centímetros, estava duro como uma pedra e molhado também, fiquei super perdido nunca havia feito aquilo, mas a vontade dentro de mim era maior.

William

Tudo estava sendo surreal, nunca imaginei eu e Caio na situação que estamos agora, Caio colocou meu pau na sua boca, e minha vontade foi gritar um caralho super alto, nunca pensei que a boca inexperiente do meu melhor amigo fosse me causar uma sensação tão gostosa. No começo estava meio sem ritmo, mas eu entendo, coloquei uma mão nos cabelos castanhos e macios dele, no intuito de ajudar com os movimentos de vai e vem que ele fazia enquanto me chupava, sua boca ia até a metade o que ele aguentava naquele momento, a cada chupada eu delirava, e não conseguia conter alguns gemidos que insistiam em sair, Caio colocou a mão na minha barriga, e deu um arranhão e a sensação de dor com o prazer fizeram eu gemer alto.

Meu corpo esquentou muito, senti meus músculos da barriga se contraírem e meu corpo ter espasmos de prazer, e foi então que gozei, gozei como nunca na vida, Caio ficou com um pouco gozo no seu maxilar, subi em cima dele dando um beijo e sentindo o gosto da minha própria porra, enquanto ele apertava minha cintura e minha bunda bem forte.

Desci dando beijos pelo seu tórax, e mordendo deixando minha marca, Caio é meu, meu melhor amigo e nesse momento meu homem, cheguei na barra da calça e puxei a mesma, vendo o pau dele duro debaixo do tecido branco, que já estava melado de pré gozo, botei minha mão e fiquei massageando enquanto ele mantinha os olhos fechados e a respiração ofegante.

Caio

William me torturava lentamente, senti sua língua passear por cima da box, e isso estava me deixando louco, em seguida minha box é baixada, e sinto sua língua percorrer desde a base até a cabeça do meu pau, me causa uma sensação super gostosa e fazendo meu corpo se arrepiar por completo. Will começa me chupar devagar, e vai aumentando o ritmo conforme se acostuma com os movimentos, seguro seu cabelo com uma das mãos e com a outra dou um tapa de leve em seu rosto, ele me olha com um olhar indagador, para de me chupar e sobe até meu pescoço onde morde bem forte e volta fazendo o mesmo caminho dando mordidas e chupões, e começa me chupar novamente, eu gemia bem baixinho e minha respiração falhava entre uma e outra.

Will percebeu que eu estava prestes a gozar e tentou pôr todo meu pau na sua boca, e foi nessa hora que gemi alto e gozei, ele não reclamou de nada e voltou me beijando novamente, ficamos ali nos encarando, acabei sorrindo e ele sorriu também me dando um beijo demorado e lento.

— O que foi isso que fizemos? — Perguntei atordoado.

— Um pequeno teste — Ele disse me encarando.

— Eu gostei, mesmo que você tenha arranhado meu pau com o dente — Falei rindo e ele fechou a cara.

— Eu também, você não foi mal — Will passou a mão no meu peito e desceu até meu pau onde apertou de leve.

— Meio grandinho não acha? — Sorri envergonhado, e o beijei pra ter certeza que isso era real e que ele não ia recuar.

— Seu também, não acha?? — Rolou os olhos.

— Não é como se você nunca tivesse visto — Assenti.

— Sim, mas nunca pensei que ia acabar com ele na boca algum dia. — Acabamos rindo, nos levantamos após alguns minutos e tomamos banho juntos, a melhor sensação foi nossos corpos molhados e juntos enquanto nos levávamos, vestimos cuecas e nos deitamos, William deitou de conchinha comigo, e beijou meu pescoço.

— Caio? — Will disse chamando minha atenção.

— Sim?

— Não vamos desistir do Louis, a gente tem que conquistar ele, tentar fazer as coisas darem certo — Assenti, droga estávamos tão fodidos.

— Tem certeza?

— Sim, hoje me entreguei a minha vontade, e tive a melhor noite da minha vida — Ele disse rindo.

— Obrigado pela parte que me toca — Disse fazendo uma voz de tédio.

— Você não acha estranho a gente tá aqui nessa situação, abraçados? — Ele enterrou o nariz no meu pescoço.

— Um pouco mais eu me acostumo — Assenti.

— Lembra do fogo que eu disse que você estava se apagando em você? — Ele assentiu.

— Lembro e ele ardeu intensamente hoje, se toda vez você for acalmar ele, nunca quero que se apague — Eu ri e me virei dando um selinho nele, nos abraçamos com as pernas entrelaçadas, e Will deu um beijo na minha testa.

— Você é tão gay — Will cutuca minha barriga e acabo rindo.

— Boa noite, amanhã é um longo dia — Assenti, eu sei que não ia conseguir dormir, principalmente por estar com milhões de pensamentos do que acabamos de fazer na minha cabeça. E a possibilidade de poder estar com o Louis me deixava ansioso, e poder ter os dois me deixava ansioso em dobro. Droga, o que seria agora? Iríamos ser um casal de três? Mas nem sabíamos se Lou ia querer a gente, ou se ele estava tendo algo com Ícaro. Pensar nisso fez eu bufar, odiava a ideia de Ícaro poder estar tendo algo com o Louis. Após longos minutos pensando, resolvi tentar relaxar e dormir.

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