Oi gente, tudo bem??? Eu só queria pedir para vocês comentarem e votar no cap de hoje, é muito importante para mim.
Muito obrigada pela atenção.
Boa leitura.!!!
27 de janeiro, 2018. Sábado.
Pov Harry.
Eu estava acordado desde as 8h da manhã, e havia arrumado meu quarto, e eu nunca fiz isso. Agora as roupas estavam dobradas dentro do meu guarda roupa, as sujas estavam no cesto, minha cama estava sem nada em cima, na minha cozinha não havia latas de cerveja jogadas, e sem pacotes de salgadinho. Meu equipamento do futebol estava em seu devido lugar, e o mais importante, meu quarto estava com um cheiro bom.
No momento eu estava na cozinha da casa principal, e esperava ela para tomarmos café. Para nossa sorte meu pai não estava em casa, na verdade ele nao veio para casa ontem a noite, então estava tudo bem. Eu estava ansioso para hoje, e havia preparado um dia incrível. Cherry era uma garota incrível, e eu fui péssimo com ela durante 8 anos, eu acho. Ela me fazia feliz, e com ela eu podia ser o Harry que não é capitão do time.
Eu não estou gostando dela... eu acho. Quero dizer, eu acho que não estou gostando dela, só quero me desculpar por tudo que eu fiz ela passar. Mas não posso negar que imagino como deve ser o beijo dela, enquanto eu faço contas e ela mexe em seus lábios com a atenção para o celular. Mas isso é só curiosidade, não significa nada.
- Harry, sua amiga acabou de entrar no condomínio.- escuto Matilde dizer e sorrio para ela. Corro para a porta principal sem mais e nem menos, e fico esperando o carro dela aparecer.
Em questão de segundos eu avisto seu Dodge marrom estacionar em frente à minha casa. Meu sorriso logo cresceu ao ver seus cabelos ruivos voando quando ela saiu do carro. Ela vem andando com um belo sorriso no rosto até mim, e ela estava linda com suas roupas de verão, um short jeans não muito curto, uma camisa amarelo pastel, em seus cabelos havia uma bandana vermelha no estilo camponesa.
- Bom dia.- ela diz quando chega na porta da minha casa.
- Bo-bom dia.- digo e ela sorri.- Vem entra.
- Claro.- diz e eu dou espaço para ela entrar.
Seu cheiro entra pelas minhas narinas e eu fecho os olhos para apreciar o perfume. Era algo doce, mais não tão enjoativo, seria um pouco de ironia eu dizer que seu cheiro lembra cereja.
- Bom vamos tomar café antes de estudar.- digo.
- Estou morrendo de fome.- ela diz e eu rio baixo.
- Eu também, estou acordado desde as 8h.
- Porque?- ela diz quando se senta na mesa.
- Arrumei meu quarto.- ela arregala os olhos e ri nasalmente.- O que?
- Você arrumou seu quarto?
- Sim, o que tem de surpreendente nisso?
- Tudo.- ela diz e toma um gole de suco.- E eu duvido que esteja bem arrumado.
- Olha, eu não vou me ofender por isso, mas quando entrar no meu quarto seu queixo vai cair.- digo e ela da de ombros.
- Ok, vamos ver então.
No café da manhã foi incrível, eu não consegui parar de olhar ela, e toda vez que ela sorria, eu sentia uma sensação esquisita na barriga. Será que eu estou com gases?
Depois de comermos panquecas e tomarmos suco, nós fomos para a edícula. Quando entramos ela arregalou os olhos, meu quarto estava totalmente arrumado e não parecia nem um pouco com o da semana passada. Eu ri da cara dela, e ela riu.
- Uau, seu quarto está arrumado mesmo.- ela diz quando se senta na cadeira.
- Eu te disse.- digo e me sento ao seu lado.- Vamos estudar o que?
- Bom, lembra que eu te disse que você me ensinaria biologia hoje?
- Oh não, eu esqueci disso.- digo e ela ri.
- Eu sabia disso, mas tudo bem.- ela diz e tira o caderno de dentro da bolsa.- Vamos estudar espanhol agora.
- Si señora.- digo e ela ri.
- Certo.- ela diz e começa com as palavras difíceis.
[...]
Já eram 14h da tarde quando nós acabamos de estudar, e meu coração estava quase saindo para fora do peito, por conta da ansiedade que sentia. Eu estava nervoso por passar literalmente um dia com ela, de manhã o café, depois um almoço com os estudos, e agora eu levaria ela para um passeio incrível... ao meu ver era incrível, não sei se ela vai gostar.
- Ok, agora você vai me sequestrar?- ela pergunta enquanto guarda sua mochila com os cadernos dentro do carro, e tira uma outra com roupas e o que eu pedi.
- Eu não vou te sequestrar.- falo e pego sua mochila.- Só vou te levar para um lugar que você não sabe onde é.
- Um sequestro com consentimento.- ela diz e eu sorrio.
- Pode chamar assim.- digo e vou até meu carro.- Agora aproveite uma incrível tarde com seu amigo Harry Styles.- abro a porta para ela.
- Quem diria, Harry Styles meu amigo.- ela diz entrando no carro.
Dou a volta no carro, e respiro fundo antes de entrar. Me ajeito no banco, e sinto seu cheiro preenchendo o local.
- Quem diria que eu seria amigo de Cherry Bennet.- digo e ela sorri.
- O tempo muda as pessoas.- ela diz e me olha.
- Muda mesmo.- digo e tiro o carro da garagem.
O caminho foi tranquilo e divertido, ouvimos diversas músicas, e cantamos todas. Chegamos no local lá pelas 14h40, e eu estava levando ela para um lago que eu encontrei com Gemma a alguns anos atrás. O local era rodeado de árvores, era tranquilo. Todas as vezes em que eu fui para esse lugar com minha irmã, havia sim algumas pessoas, e acredito que hoje não seria diferente.
Descemos do carro e ela tira sua mochila do banco de trás. Eu tiro a minha e uma bolsa com comida.
- Eu sabia que você me mataria.- ela diz quando vê o mato na sua frente.
- Merda, não era pra você descobrir.- digo e ela ri.- Vamos?
- É pra eu colocar meu biquíni?- ela pergunta.
- Você não colocou?- pergunto e ela nega.- Eu vou ficar do outro lado.
- Obrigada.- ela disse.
Em segundos eu estava do outro lado do carro. Um lado meu falava que eu podia espiar só um pouco, e outro lado falava que era errado. Me mantive parado ali até ela me chamar... wow, wow, wow.
- Vamos?- ela diz, e eu paraliso.
Ela estava com um biquíni azul roiyal, e seu corpo era de tirar o fôlego. Seu cabelo foi preso em um rabo de cavalo frouxo, e ela estava com um short jeans por cima. Meus olhos estavam analisando todas as suas curvas me deixando sem ar.
- Harry, vamos?- ela pergunta de novo.
- Aham vamos sim, hmm vamos.- digo e passo por ela, ficando a sua frente.
- Fica muito longe?- ela pergunta depois de cinco minutos andando.
- Só um pouco.- digo e ela bufa.- Não gosta de andar?
- Odeio andar.- ela diz.
- Vai ficar sedentária assim.- digo e ela me olha.
- Eu danço...- ela diz e eu a olho de volta.- ... no trabalho.
Depois disso eu percebo que sua bochecha está vermelha, ela não pensou no que disse. Até chegarmos no lago, não trocamos mais nenhuma palavra. Ela ficou envergonhada pelo que disse, não sei porque eu já sei disse, ela que me disse.
O lugar estava com algumas pessoas, um casal de idosos, algumas famílias, havia pessoas sozinhas também. O lago era grande, então cada um estava em seu lugar "particular". Nós dois nos ajeitamos perto de uma árvore, esticamos uma toalha de piquenique e então nos sentamos lado a lado.
- Será que a água está gelada?- pergunto e ela me olha.
- Eu acho que não, quer entrar agora?
- Se você quiser.- digo e ela se levanta.
Antes de entrarmos na água eu tiro minha camisa, ficando apenas de bermuda amarela, enquanto ela tira seu jeans mostrando sua parte de baixo do biquíni. Suas pernas eram longas e bonitas, sem falar da sua... aaah. Eu não esqueceria aquela pinta por nada.
Caminhamos até a beira do lago, e assim que a água toca nossos pés, ela ri.
- Tá bem gelada.- ela diz.
- Se você entrar rápido não vai sentir nada.- digo e vou correndo para dentro do lago.
Talvez a água estivesse gelada demais, e eu estivesse errado em ter entrado correndo.
- Tá gelada?
- Não, entra logo.- minto, e vejo ela entrando lentamente.
- Aí isso está gelado demais.- ela diz e hesita em sair.
- Você não vai sair, não é?
- Tá gelada, depois eu entro.
- Ah não.- digo e começo a jogar água nela.- Vem logo Cherry.
- Harry para de jogar água em mim.- ela diz tentando escapar.
- Para de fazer graça e entra, depois você nem sente mais.- continuo jogando água nela.
- Tá, eu vou entrar.- diz e em segundos ela mergulha, mais alguns segundos ela surge do meu lado.
- Viu.
- Continua gelada.- ela diz jogando ajeitando seu rabo de cavalo.
- Gostou do lugar?- pergunto e ela olha em volta, analisando o local.
- É bem bonito.- ela diz com seus olhos vidrados na paisagem.
- Eu descobri aqui com a Gemma, que descobriu com um de seus namorados.- digo e ela sorri.- Já faz um tempo em que viemos aqui, acho que uns dois meses.
- Isso é péssimo, por que esse lugar merece ser visto todos os dias.- ela diz e me olha.- É incrível, olha quantas árvores.
- Eu sei, é demais.- digo e a olho.- Então quem era aquela sua amiga loira?
- Ela é a Kat, começou a trabalhar na boate quarta.- ela diz.- E na quinta veio para nossa escola.
- De onde ela é?
- Eu não sei. Ela só apareceu e conseguiu um emprego, e agora está na nossa escola.
- Que estranho.
- Estranho foi ela com o Liam.
- Como assim?- digo me abaixando mais para ter boa parte do meu corpo coberto por água.
- Ele ficou todo estranho perto dela, como se já tivessem se visto antes.- ela diz e faz a mesma coisa que eu.- Ele ficou pálido e começou a gaguejar.
- Que estranho, Payne não é de fazer isso.- digo e ela concorda.
- Foi bem estranho, ela agiu como se nada estivesse acontecendo, já ele surtou.- ela diz e solta seu cabelo do rabo de cavalo.- Você fez a prova de física essa semana?
- Fiz, e foi bem fácil. Minha professora é muito boa.- digo e ela ri.
- É serio, você ta tendo mais facilidade nas matérias?
- Sim, você tá me ajudando demais.
- Isso é bom.- ela diz e mergulha de novo, aparecendo do meu outro lado.- Vamos nadar.
- Vamos.
Ficamos um bom tempo nadando de um canto até o outro, mergulhos e mais mergulhos, brincadeiras e mais brincadeiras. Quando deu 15h30 nós saímos do lago e sentamos na toalha que estava estendida ali. Organizei a comida que eu trouxe em pequenos potes, não sei como mais eu consegui trazer as costelinhas dela com seu molho picante, e quando ela viu seus olhos brilharam como se ela acabasse de ver uma enorme barra de chocolate.
- Você é um cara muito bom.- ela diz enquanto ataca as costelinhas.
- Só está falando isso porque eu peguei o que você gosta.- digo e ela ri.
- Já pensou que eu possa estar te usando para comer mais costelinhas no restaurante do seu pai?- ela diz e eu coloco a mão no peito, como se tivesse me ofendido.
- Cherry Bennet você está me usando?- brinco.- Eu não acredito em uma coisa dessas.
- Pensou que eu fosse boazinha? Sinto muito em te dizer, que eu sou pior do que pensa.- ela diz e come mais uma costelinha.
- A própria Regina George.- digo e ela ri.- O que foi?
- Você assistiu Meninas Malvadas?- ela pergunta e eu rio nasalmente.
- Sim, tem algum problema?
- Não, é que entre nós dois você tem muito mais a cara de ser a Regina George.
- Como?
- Você é o popular, namora a líder de torcida, e todos te idolatram.- ela diz e me entrega o refrigerante.
- É, como você falando agora faz bastante sentido.- digo e abro a lata.- E eu sou bonito que nem ela.
- Viu só, e os dois ainda tem um ego enorme.
- Bom, ela namora um jogador de futebol, e eu não namoro ninguém.
- Não, você namora a Hillary.
- Nós não estamos juntos.
- Como assim não estão juntos? Vocês são o casal da escola.
- Nós namoramos no 7° ano e depois terminamos, mas ela ainda fala que estamos juntos.- digo e ela olha para mim.
- Nossa eu pensei que vocês dois gostassem um do outro.
- Eu gosto dela, mas como uma amiga, e parece que ela não aceita isso. Todas as vezes que estamos juntos em algum lugar ela quer ficar me beijando, e me olhando como se eu fosse um pedaço de carne que está ali só para ela usar.- digo e suspiro.- Para ser sincero, ela é uma chata.
- Você parece uma criança de 6 anos reclamando agora.- ela diz e eu sorrio.
- Você não tem ideia do que é uma pessoa que só quer ficar te beijando e te exibindo para os outros.- digo e ela suspira.
- Na verdade eu meio que sei sim. O Liam só quer ficar me beijando e... sabe, e me alisando de um jeito desconfortável.- ela diz e eu a olho.
- Como assim te alisando?- pergunto.
- Há alguns dias atrás ele me levou ao cinema, e dentro da sala ele ficou me acariciando de um jeito normal. Depois que fomos embora ele parou o carro em frente de casa, e ai ele veio passando a mão por quase todo meu corpo. Eu sei que é isso que acontece quando se sai com as pessoas por um certo tempo, mas eu não me senti confortável. Eu não sei porque me senti tão desconfortável, talvez fosse meu sexto sentido me alertando que ele não é uma pessoa boa.
- Foi o que eu te disse, o Liam é um cara muito estranho, se ele não conseguir o que quer de forma rápida, ele vai te induzir a fazer algo que não queira. De inicio você vai pensar que era o certo a se fazer, mas depois vai ver que não foi.- digo e ela olha para o chão.
Cherry fica em silencio, apenas analisando o local novamente. Ela ficou sim um pouco desconfortável com o assunto de Liam, e eu também fiquei. Meus planos era manter o nome de Liam longe de nós dois hoje, mas ele veio a tona. Enquanto não falamos nada, eu guardo toda as sobras de comida, deixando o espaço limpo.
- Você também é assim?- ela diz após um pequeno tempo em silencio.
- Assim como?
- Igual o Liam. Se você não conseguir o que quer, vai induzir uma garota a fazer algo que ela não queira?- ela me olha.
- Não, eu não sou igual ao Liam. Na verdade nenhum dos meninos são assim, nem Louis nem Niall. Vou te dizer uma coisa, Niall curte as mais velhas, da faculdade, ou até algumas mães.- digo e ela sorri de canto.- E o Louis gosta de ficar com as meninas de outras escolas, principalmente as lideres de torcida.
- Cada um tem um gosto então?- ela diz e eu concordo.- E o seu Harry, qual é seu gosto?
- Eu não tenho gosto.- me deito sobre a toalha, e coloco meu óculos de sol.
- Claro que tem.
- Não tenho não- na verdade eu sou de momentos, e por enquanto eu acho que estou curtindo uma ruiva. Eu poderia dizer isso, mas não vou.
- Harry você já ficou com todas as meninas bonitas da escola, e não tem um gosto?- ela pergunta e eu ergo a sobrancelha.- Hillary, peitos grandes e uma bunda bem definida. Tem a Bea, peitos grandes e bunda bem definida. A Kelly, peitos grandes e uma bunda bem definida. E sem contar aquela morena no laboratório de química, peitos grandes e uma bunda bem definida.
- Acho que esse é o meu padrão.- digo e ela ri.- E você repara muito nas pessoas.
- É isso que acontece quando não se tem muitos amigos.- ela diz e desvia o olhar.
- Bom agora você tem mais um amigo, pode me colocar na sua lista de melhores amigos.- digo e ela ri.
- Vou colocar, mas antes você vai me responder uma coisa.
- Pode falar.
- Porque você estava com aquela menina no laboratório?
- É serio isso?- pergunto.
- É, vocês não podiam esperar para fazer em um lugar privado, de preferencia em um quarto?- ela diz e eu rio.
- Foi no calor do momento, ela veio e eu fui.- digo.- Agora me diz Cherry, porque estava me espionando?- ela cobre o rosto com as mãos.
- Eu não estava te espionando, só fui pegar meu celular e ouvi gemidos.- ela diz e eu rio.- Foi bem constrangedor ver você e ela fazendo... sexo.
- Você ficou com vergonha?
- Obvio que sim.
- Eu fiquei com mais vergonha ainda. Na hora que eu vi você ali, nem consegui fazer mais nada, ela ficou puta comigo.- digo e ela ri.
- Então foi minha culpa você não ter deixado ela puta?
- Claro que foi, você que ficou me encarando.
- Eu não fiquei te encarando.
- Ficou sim.
- Fiquei não.
- Ficou sim.
- Fique... quer saber eu vou entrar na água.- ela diz e se levanta indo em direção a agua.
Eu sentei assim que ela saiu de perto. Vi que algumas pessoas já não estavam mais ali, as famílias já haviam ido embora, os idosos não estavam mais ali, restou somente ela e eu, e mais algumas pessoas sozinhas. Analisei o modo como ela andava em direção a água, e aquela pinta me deixava louco. Vou confessar que eu estava muito atraído por ela, suas curvas estavam me deixando louco. Ela era linda demais. Quando vi que ela já estava dentro da água, eu suspirei e me levantei. Antes de ir para água, eu tiro meu boné e meu óculos, deixando eles na toalha.
Quando estou entrando no lago, ela de vira e abre um sorriso. Mergulho e nado até ela.
- Agora a água não está mais tão gelada.- ela diz.
- Não mesmo.- digo e ela sorri.
- Então vamos ficar aqui o resto do dia?- ela pergunta.
- Não, vamos sair e ir pata outro lugar jaja.
- Vai me contar onde?
- Não também.- digo e ela suspira.
- Ah qual é? Me conta Harry.
- Não conto. Vamos logo, o lugar fica legal quando está escurecendo.- digo saindo do lago.
- Ok, sequestro com consentimento de novo.- ela diz e vem atrás de mim.
Guardamos tudo o que estava ali na beira do lago, e fomos para o mesmo caminho de volta pro carro. Conversamos sobre coisas aleatórias até chegarmos no veículo, colocamos as bolsas no banco de trás.
- Vai se trocar?- pergunto.
- A gente vai para algum lugar com mais pessoas?
- Sim, mas é meio diferente. Não precisa se preocupar com a roupa.
- Então só vou colocar a camiseta.- ela diz e pega a roupa dentro da bolsa.
- É a minha?
- Você pediu para trazer, então...- ela coloca minha camiseta.
- Ela fica boa em você.
- Obrigada.- ela diz e entra dentro do carro.
- Vamos lá.- digo e dou a volta no carro.
[...]
Já era 17h30 quando chegamos no local, era um campo aberto. Ali ocorria uma certa reunião para as pessoas verem o por do Sol, e mais a noite ocorria um cinema ao ar livre.
- Uau, olha que vista linda.- ela diz quando se ajeita na parte traseira da picape.
- É linda mesmo.- digo olhando para ela.
Estávamos na parte de trás do meu carro. Eu havia deixado tudo arrumado em casa, peguei um pequeno colchão inflável para deixar mais confortável. Ela trouxe a coberta que eu pedi, e eu trouxe a minha. Estávamos sentados lado a lado, eu comprei um balde de pipoca que eles serviam na entrada do local.
- Olha só como o por do Sol é lindo.- diz e sorri.- Me sinto bem olhando vendo esse espetáculo.
- Eu acho muito bonito, o jeito que ele some e da lugar para lua aparecer.- digo e ela me olha.
- As pessoas deveriam ver o por do sol pelo menos uma vez por dia.- ela diz.
- Isso é de alguém pensador famoso?
- Não é só O pequeno Príncipe.- ela diz e eu rio.
- Você não pode impedir as mudanças, assim como não pode impedir o por do Sol.- digo e ela me olha.
- Algum pensador famoso?
- Não, Star Wars.- digo e ela ri.
- Incrível.
Ficamos analisando o por do Sol, até que o celular dela tocou e ela foi atender. Acredito que seja sua mãe, pois ela saiu rapidamente e demorou para voltar. Quando estava dando perto das 19h, as coisas para o filme já estavam pronta. O telão já havia sido construído rapidamente. O filme seria reproduzido daqui 1 hora.
- Era sua mãe?- pergunto e ela confirma.- Tá tudo bem? Ela quer que eu te leve agora?
- Não, é que minha avó está vindo pra cidade.- ela diz.
- Isso é bom?
- Mais ou menos, minha avó é muito boa, mas também é mandona.- ela revira os olhos.- Quando ela vem tudo tem que tirar em torno dela, se qualquer coisa sair dos eixos ela pira.
- Isso deve ser ruim.
- É péssimo, e sem contar que ela exige muito da gente no trabalho.- ela diz.
- Hmm vou te dizer uma coisa.- ela me olha.- Sabe que pode falar sobre o que você faz sem problemas, não é? Você me pediu para não contar pra ninguém, e eu vou manter minha promessa. Não se sinta envergonhada perto de mim. Sei que não sou o melhor cara pra te dizer isso, mas eu peço que acredite em mim, não vou contar pra ninguém.
- Posso mesmo confiar em você Harry? Mesmo depois de tudo o que você fez, de todas as coisas que falou de mim.- ela diz meio seria.
- Pode, eu prometo pra você. Nunca mais eu te humilhou, do jeito que eu fiz. Nunca mais eu te deixo constrangida do jeito que eu deixava. Nunca mais eu deixo alguém te zoar, eu prometo.- digo e mostro o mindinho pra ela.- Eu prometo.
- Saiba que eu levo juramento de dedinho muito a sério.
- Eu também, agora junta seu dedinho com o meu.- digo isso e ela junta nosso dedos.
- Espero que você cumpra isso Harry, não estou afim de ser enganada.
- Você não vai.- digo e ela sorri.- Agora me diz, sua vó também era dançarina?
- Ela quem colocou a gente nesse mundo. Antes da minha mãe nascer ela já estava trabalhando na boate, era uma velha amiga do dono, que no caso era o avô de Zayn.
- Zayn é dono da boate?
- Não, o pai dele é. Mas enfim, o Sr Malik colocou minha avó lá como uma ajuda de amigos, só que ela gostou de lá e ficou. Depois de um certo tempo ela engravidou da minha mãe, e teve que ficar no balcão. Quando minha mãe nasceu ela voltou para a barra, e assim foi a mesma coisa com a minha mãe. Ela começou a trabalhar lá assim como eu. Atrás do balcão. Depois que ela completou 16, o avô de Zayn disse que ela podia tentar ir pra barra, onde minha mãe é a melhor.
Depois que ela engravidou, ficou no balcão. Quando eu nasci ela foi para barra de novo, e assim ela se tornou a estrela da noite, Candy. Eu comecei a trabalhar lá com 15 anos, do mesmo jeito que a minha mãe, e com 16 o pai de Zayn, o atual dono, me colocou para dançar. Com a ajuda da Ale eu treino quase todos os dias naquele pole dance na minha sala. Esse é a história de como eu, Cherry Bennet, fui parar em uma barra de pole dance.- ela diz com uma certa ironia.- E só pra te informar, minha avó mora com seu dois namorados... na verdade é um namorado e uma namorada.
- Uau.
- Acho que eles estão presos na década de 60.- ela ri.
- Você não gosta de dançar?- pergunto e ela me olha.
- Eu gosto, me sinto poderosa lá, só não gosto dos olhos em mim... isso é péssimo.
- Porque você não procura outro emprego? Eu posso te ajudar a entra em um dos restaurantes do meu pai.
- Eu não posso, tenho que ficar com a minha mãe.
- A gente da um jeito.
- Não Harry, eu não posso sair de perto dela.- ela diz e suspira.- É muito complicado, nem sei por que te contei isso tudo.
- Por que a gente fez um juramento de dedinho.- digo e ela me olha.- Lembra, foi à alguns segundo atrás.
- Eu sei... a gente pode não falar mais sobre isso?- ela pergunta.
- Podemos sim, me desculpa por tocar nesse assunto.
- Não, tudo bem.- ela diz e escutamos um barulho, que indicava o início do filme.- Sabe que filme vai passar?
- Não, eles passam filmes aleatórios.- digo e ela me olha.
- Um dia cheio de surpresas.- sorri.
- Lotado.- sorrio e foco no telão.
Quatro vidas de um cachorro...Esse era o filme. Desde o começo eu via Cherry olhando atentamente para tela. Todas as vezes que o cachorrinho fazia algo fofo, eu ouvia ela diz "onwt" baixinho.
No começo da segunda vida do cachorro, nós deitamos na picape, um do lado do outro. Quando o cãozinho morre da segunda vez eu escuto Cherry fungar, ela estava chorando. Não vou julgar, também me emocionei. Fico paralisado quando ela chega mais perto e me olha.
- Posso me deitar aqui?- ela pergunta e continua com seus olhos fixos no meu.
- Po-pode sim.- digo e ela deita em meu peito.
Ai meu Deus... O que está acontecendo aqui?
Meu coração estava batendo a mil por hora, e eu tenho certeza que ela estava escutando, já que sua cabeça estava basicamente em cima dele.
- Tá tudo bem Harry?- ele pergunta e me olha.
- Tá sim. Porque não estaria bem? Eu estou ótimo, e você tá bem?- droga.
- Eu tô bem sim. É que você parece nervoso, quer que eu saia?- ela pergunta. Merda Styles, age que nem uma pessoa normal.
- Não, pode ficar.- digo e ela sorri.
- Tem certeza?
- Tenho, pode deitar de novo.
- Certo.- ela deita no meu peito novamente.
Em segundos minhas mãos vão até seus cabelos, e com cuidado eu começo a acaricia-los. O cheiro bom de seu xampu sobe para minhas narinas, e eu fecho os olhos para sentir bem o cheiro doce. Na terceira morte do cachorro, eu já estava mais calmo com a garota deitada no meu peito. Meus movimentos eram contínuos em seus cabelos, e ela parecia gostar pois não havia dito nada.
Quando estávamos na metade do filme ela se mexe, saindo de cima de mim. Eu a olho sem entender nada, ela sorri.
- Eu já volto.- ela diz e sai da picape.
- Vai aonde?
- No banheiro, já volto.- ela sai correndo em direção ao banheiro.
Nesse pequeno espaço de tempo eu respiro fundo e tendo processar o que está acontecendo. Nós estávamos vendo um filme, depois de um dia inteiro juntos. Ela pediu para deitar no meu peito e eu deixei, e depois surtei. Ela deitou de novo e eu comecei a acariciar seus cabelos longos, e ela deixou. Eu estava sentindo coisas estranhas na minha barriga, pareciam gases, mas não eram. Isso era estranho. Ela voltou depois de alguns minutos no banheiro.
- Perdi alguma coisa importante?- ela diz subindo na picape de novo.
- Não, nada que atrapalho o filme.
- Bom.- ela se deita ao meu lado e coloca sua cabeça no meu peito de novo.
E novamente eu sinto aquele frio na barriga. Só que dessa vez foi maior, pois em vez dela usar seu cobertor, ela dividiu um comigo. Agora estávamos bem colados... E o que está acontecendo comigo?
Porra eu nunca fui assim antes, poxa. Sempre fiquei com garotas de um jeito bem mais íntimo do que isso, e nunca senti nada igual. Nós dois só estamos deitados dividindo o mesmo cobertor, não tem motivo para eu ficar assim. Só relaxa Harry.
Minhas mãos continuaram a fazer carinho nela. No final do filme ela começou a chorar por conta do cachorro e seu dono, e eu também. Mas ela estava chorando bem mais, só pra deixar claro. Quando ela levanta e me olha com os olhos vermelhos, seus lábios abrem espaço para um sorriso bobo.
- Você tá chorando?- ela pergunta limpando as lágrimas.
- Você também está, ruivinha.
- Eu sei disso.- ela ri.
- Então não me julge, esse filme é muito sentimental.
- Demais.- lá diz se sentando ao meu lado.- Agora nós vamos embora?
- Infelizmente sim, seu dia incrível comigo chegou ao fim.- digo juntando nossas coisas.
- Que pena.- ela diz descendo da picape.
Colocamos tudo no banco de trás e nos acomodados na parte da frente. O caminho até a casa dela foi tranquilo, a música estava baixa, pois nossa conversa e os riscos dela eram mais altos. Eu estava hipnotizado com o sorriso dela, ele era lindo e de tirar o fôlego.
Quando chegamos em frente à casa dela, ficamos dentro do carro durante um cerro tempo, até que ela decide que está na hora de ir.
- Foi muito divertido hoje.- ela diz e me olha.
- Eu também achei.
- Gostei de passar um sábado inteiro com você Harry.- ela diz sorrindo.- Nunca pensei que diria isso, mas eu gosto da sua companhia.
- Eu também gosto ruivinha, sua companhia me faz feliz.- digo e ela desvia o olhar.- É sério, hoje o dia foi perfeito.
- Muito obrigada por tudo.- ela diz e se inclina para me dar um beijo na bochecha.- Eu já vou indo.
- Espera, eu vou te entregar para sua mãe.- digo saio do carro antes dela.- Já é tarde, que tipo de homem eu seria se deixasse uma mulher na porta de casa sozinha as... 22h da noite.
- Ah, obrigada.- ela diz quando eu abro a porta do carro para ela.
- Não é nada demais.
- Merda...- ela diz assim que lhe entrego sua mochila.
- Aconteceu algo?
- Minha avó está...
- Cherry Bennet, meu docinho. O que está fazendo chegando esse horário em casa?- ela é interrompida por uma voz diferente, que vinha de dentro da sua casa.
Nós viramos para a porta e nosso olhar bate com uma senhora, com uma roupa vermelha bem justa. Ela nos encarava de um jeito que me dava medo. Cherry suspirou quando viu ela, e forçou um sorriso.
- O nome dela é Pamela, mas chame ela de Ruby.- a ruiva diz enquanto caminhamos até a porta.
- Docinho, onde estava?- a mais velha diz.- E quem é o garoto?
- Eu estava em um passeio com ele, meu amigo.- ela rebate rápido.
- Mamãe deixe os dois.- escuto a voz da mãe de Cherry.
- Só quero saber porque você deixou sua filha voltar as 22h da noite, com um garoto.- Ruby diz.- E eu nem sei o nome dele.
- Harry, Harry Styles.- digo e ela torce o nariz.
- Styles?- ela pergunta e olha para Megan.- Sério isso?
- Mamãe...
- Eu não vou falar nada.- Ruby diz e me olha.- Espero que não seja que nem os homens da sua família. Passar bem.- ela entra.
- O que aconteceu aqui?- Cherry pergunta e olha para sua mãe.
- Nada de mais filha. Como foi o sábado?- ela troca de assunto rapidamente.
- Foi ótimo Sra.Bennet.
- Só Megan, me chame só de Megan.- ela diz.- Não sou tão velha assim, tive a Cherry com a idade de vocês.
- Mãe...
- Ok, eu vou deixar vocês terem mais 5 minutos aqui fora.- ela diz e me olha.- Obrigada por trazer minha raio de Sol, sã e salva.
- Não foi nada, é facil cuidar dela.- digo e Cherry ri.
- Muito engraçado Harry.- ela diz.- Eu já estou indo para dentro mãe.
- Certo, boa noite Harry.
- Boa noite, Megan.- digo e ela entra.
- Você entendeu o que aconteceu aqui?- ela pergunta.
- Não mesmo. Sua avó conhece meu pai?
- Acho que ela conhece seu avô.- ela diz e eu a olho.
- Vai perguntar pra ela?
- Óbvio que sim.- ela diz.- Quando eu tiver respostas te falo.
- Certo Sherlock Holmes.- brinco.
- Engraçadinho.- ela ri.- Enfim, obrigada de verdade por hoje.
- Eu que te agradeço, você fez meu sábado ser bem melhor.- digo e ela ri.- Amanhã eu passo aqui para a fé te estudar, depois você já pega seu carro.
- Certo.- ela diz.- Boa noite Harry.
- Boa noite ruivinha.- digo e me aproximo dela.
Lhe dou um abraço e um beijo na bochecha, mas o clima ficou tenso quando nós separamos, mas mantemos nossos rostos perto um do outro. Seus olhos se fixaram nos meus, e os meus nos dela. Sua respiração se misturava com a minha. Ela estava confusa, assim como eu.
- Cherry, entra agora.- a voz de Ruby nós atrapalha.
- E-eu já estou indo.- ela grita sem desviar o olhar.
Continuamos em silêncio, com os rostos próximos. Sem muita enrolação ela aproxima seus lábios do meu e... ela desvia, me dando um pequeno beijo no canto da boca.
- Boa Noite Harry, até amanhã.- ela diz antes de entrar e me deixar parado na frente de sua casa.
Acho que fiquei uns três minutos parado ali, até uma voz masculina me chamar.
- Hey garoto, acho que já tá na hora.- vejo o tio de Cherry aparecer na varanda vizinha.- Já está tarde, tome cuidado na rua.
- Sim senhor, pode deixar.- digo e corro para meu carro.
[...]
Eu estava a meia hora olhando para o teto de meu quarto, e me lembrando de tudo o que aconteceu hoje. Foi um misto de acontecimentos. Levei Cherry para o lago, vi ela de biquíni, me encantei com sua pinta. Ela me contou do Liam, e de como estava se sentindo desconfortável com ele. Depois fomos ver o por do Sol, com certeza eu verei todos eles a partir de hoje. Teve o filme, e teve ela deitada sobre meu peito. E por último o ocorrido com sua avó, que me deixou curioso.
Eu estava pensando em todos os momentos com a ruiva, e só de lembrar eu sentia um frio na barriga... O mesmo que eu senti o dia todo. Até pensei em tomar um remédio anti gases, mas eu acho que não adiantaria muita coisa.
Aquela ruivinha estava mexendo comigo de um jeito... Eu nem sei explicar como eu me sentia perto dela, era algo misturado com medo e animação. Eu estava adorando tê-la ao meu lado, e ter sua companhia. Estávamos criando algo legal, mas eu não sabia até quando isso duraria.
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Gente eu estou pensando em fazer perguntas e respostas. Vocês mandam a pergunta e os personagens te respondem.
Como isso funcionária?: eu vou colocar no próximo capítulo o nome de cada personagem, e vocês vão colocar suas perguntas para eles nós comentários.
O que acham?
Prometo responder todas.
Preciso saber se estão de acordo com isso ou não, me respondam aqui.
O intuito de fazer isso é criar um laço entre personagem e leitor. Vi algumas outras escritoras fazendo isso e gostei, e acho que vocês vão gostar também.
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Oi gente, tudo bem?
Espero que sim!!!
O que acharam do capítulo de hoje?
Nosso casal está se criando, ou é só uma brincadeira?
O que acharam desse sábado inteiro de Harry e Cherry? Fofo né?
Vovó Ruby com os Styles? Treta por aí? Sentimentos do passado?
Na minha opinião o Harry está meio boiola já, e a nossa cereja?
Cherry vem aqui e nos conta o que foi aquele beijinho na porta da sua casa?
Beijos e se cuidem!!!
Com amor, Harolda :)