Um Amor Proibido (Obra Reescr...

Par Garoto1D

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Para Louis a vida sempre foi uma incógnita, existiam coisas que não faziam tanto sentido, e uma dessas coisas... Plus

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 19

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Par Garoto1D

Louis

Acordei e senti o abraço dos meninos, sorri imediatamente, levantei devagar e fui para o banheiro fazer minhas higienes e me aprontar para a escola. Após estar devidamente arrumado, desci e coloquei o cereal nas tigelas e comecei tomar meu café, fiquei assistindo desenho esperando os meninos descerem.

Fiquei pensando no dia anterior, vou conversar com o Will sobre o que aconteceu, por alguma razão tô me sentindo estranho e incomodado. E também me desculpar com Carol pelo mal entendido, só me assustei, não queria ter derrubado ela.

William

Abri os olhos e logo senti um aperto na cintura, não podia ser Louis pois era forte demais pra ele, olhei e vi que Caio dormia abraçado comigo, nossas pernas cruzadas umas nas outras e o rosto dele quase no meu pescoço, meu primeiro pensamento seria matar Louis, já é a segunda vez que isso acontece. E a culpa é dele por sair do nosso meio tão sorrateiramente.

Fiquei observando enquanto ele dormia, e logo fui me soltando aos poucos para não acordar ele, após levantar tratei de tomar meu banho e arrumar minha bolsa, desci as escadas indo para cozinha e tinha duas tigelas com cereal, peguei e fui para sala, a TV estava ligada e obviamente Louis estaria assistindo desenho.

— Bom dia Louis — Ele se virou para mim.

— Bom dia Will — Assenti.

— Dormiu bem? —

— Sim e você? Animado para amanhã? — Concordei.

— Bastante mocinho — Após isso continuamos assistindo TV, até que ele me chamou a atenção.

— Eu queria conversar com você sobre uma coisa — Olhei para ele curioso.

— Diz ué — Ele pareceu retraído, mas continuou.

— Ontem quando vocês foram embora, eu chamei meus amigos, mas só a Carol veio, aí nós fomos assistir filme, e ela me beijou — Fiquei incrédulo, sentia um misto de supresa e incômodo.

— Qual problema nisso, e aí foderam? — Na mesma hora ele ficou vermelho, merda William não fala essas coisas, ele não é puto que nem você, pensei comigo mesmo.

— Não, eu me assustei e acabei derrubando ela da cama, e ela foi embora — Queria rir, mas me contive.

— Porra Louis, vacilo hein, mas não esquenta, logo você beija outra — Ele deu de ombros sem dar importância.

— É, tudo bem, você não tá chateado? — Que diabo de pergunta era essa.

— Porque você beijou uma menina? Claro que não, vocês deveriam era ter estreado aquela cama — Levantei e fui para cozinha onde Caio estava aprontando seu café.

— Já vou acabar aqui e a gente já vai ok? — Disse assim que me viu.

— Tá bom, vou esperar no carro com o Louis tá? — Ele assentiu.

— Ok, vou buscar minha mochila depois — Peguei as chaves do carro e Louis me seguiu, entramos e ficamos esperando o Caio, logo ele saiu e sentou no banco de trás com o Louis.

Louis

Caio sentou perto de mim, e me escorei no ombro dele durante o caminho, ele sussurrou no meu ouvido "Bom dia" e isso fez eu me arrepiar por completo, após alguns minutos chegamos ao estacionamento da escola, e logo o time todo estava lá.

Descemos e os meninos já foram na direção deles, talvez tenham que acerta algumas coisas pro jogo, já que amanhã vão viajar para competir na semifinal.

Andei pelos corredores da escola até minha sala, e assim que entrei vi meus amigos, dei bom dia mas não obtive resposta, nenhum olhou pra mim, apenas Carol, e com uma cara horrível.

Resolvi ignorar e me sentei, coloquei os fones de ouvido e fiquei ouvindo música até a primeira aula começar, eu estava distraído rabiscando meu caderno, mas já sabia o assunto todo, então não tinha problemas perder a explicação.

O tempo se arrastou praticamente, até que finalmente o intervalo tocou, resolvi falar com meus amigos.

— Oi gente — Disse cumprimentando.

— Oi nada, você tem coragem de vir falar com a gente depois do que fez — Ben disse com raiva e fiquei confuso.

— O que houve? — Perguntei tentando entender a situação.

— Você praticamente agarrou a Carol na sua casa e vem fingir que não sabe de nada — Olho para ele incrédulo com o que eu tava ouvindo.

— Mas eu não fiz nada, eu juro, ela que veio para cima de mim — Disse em minha defesa.

— Se não tivesse feito, ela não tinha nos falado, ficaram só vocês dois lá Louis, não banque o santo, a gente tenta ser legal com você, e você faz isso agarra ela contra a vontade, isso é assédio cara — Pietro diz fazendo eu ter náuseas.

— Olha eu não fiz nada, e independente de acreditarem em mim ou não eu não ligo, me acusar de assédio é algo errado, mas tudo bem, melhor ficar só do que mal acompanhado — Digo e mentalmente dou um adeus para qualquer laço de amizade.

Virei as costas e fui na direção do refeitório, eu estava chateado, eu não fiz nada, e ela foi e conta uma mentira dessas, logo escuto a voz de Bianca me chamando, paro para saber do que se trata.

— O que você quer? — Ela me olha meio assustada.

— Vai devagar, só queria dizer que acredito em você, apesar de Carol se minha amiga, sei que tem mentira nisso, e não é da sua parte — Assenti aliviado.

— Desculpe minha grosseria, fico feliz que pelo menos alguém tenha acreditado em mim — Ela sorriu, mas duvido que a gente voltasse se falar.

— Eu sei agora preciso ir beijinhos Louis — Continuei meu caminho.

Cheguei no refeitório e estava cheio como de costume, a mesa do time cheia das líderes, e os garotos incluindo meu primo e o Caio, peguei meu lanche e me sentei com eles e logo uma conversa deles foi iniciada.

Caio

Louis sentou na nossa mesa, e hoje descobrimos que iremos viajar antecipadamente no caso hoje mesmo após a escola, Will já pegou tudo que vamos precisar, só vamos deixar o Louis em casa e o carro e vamos rumo ao aeroporto. Após se passar um tempo Louis se levantou para ir ao banheiro, eCcassius falou sobre ele.

— Will o seu primo vai ficar sozinho? — Cassius indagou Will.

— Vai sim ele já sabe se virar — Assenti.

— Ele só vai ficar porque o treinador não permitiu que ele fosse — Falei distraído.

— Bem que você queria seu namoradinho lá né? — Fechei os punhos com raiva.

— Olha, queria sim, ia ser infinitamente melhor que ter que ficar lidando contigo, cuzão do caralho — Digo sentindo meu sangue ferver e Will me olha de forma estranha.

— Desencana Cassius, ontem ele deu uns beijos na amiga de aula dele, acho que é de família ser foda e ele tá seguindo agora — Fiquei estático, como assim o Louis tava se agarrando com uma menina? Na verdade era bom, mas por que diabos eu me sentia assim.

— Que menina? — Tentei soar como se não me importasse e vi Cassius rindo.

— Aquela da mesa no canto, ela até que é gostosinha, tem bom gosto o garoto — Assenti.

Me levantei e disse que iria ao banheiro, um turbilhão de coisas passava pela minha cabeça, eu não sabia, estava me sentindo traído, mas pera, eu não sou nada dele, porque estava sendo corroído por esse sentimento estúpido? Droga eu deveria estar talvez feliz por ele, mas por que estava tão puto da vida?

Entrei no banheiro e me certifiquei que estávamos a sós, pude saber que era ele, pela música que ele estava cantarolando, tranquei a porta e me apoiei na pia, assim que ele abriu a porta se assustou quando me viu.

— O que tá fazendo aqui Caio? — Ele perguntou secando as mãos.

— Ué, não posso usar banheiro? — Perguntei a coisa mais óbvia.

— Pode sim, desculpe a pergunta idiota — Disse rindo.

— Hum — Fiquei apenas encarando ele pensando nos meus próximos atos, e nas suas consequências.

— Aconteceu algo? — Perguntou me fitando.

— Quando você ia me dizer que passou a tarde se agarrando com a garota da sua sala? — Ele parou e ficou pálido, pude perceber seu olhar baixar para o chão.

— Eu não me agarrei com ela, ela que veio pra cima de mim — Me senti ridículo por estar prestes a brigar por causa disso, mas que se foda.

— Mentira! O Will falou ainda a pouco — Disse praticamente rosnando as palavras.

— Mas é verdade, eu não fiz nada, foi ela. Eu empurrei ela, e ela caiu no chão e foi embora — Ele disse.

— Não justifica, ontem eu briguei com o Will porque queria chegar e jantar com você, e você ficou se agarrando com ela — Meu tom de voz se alterou e pude ver ele se afastar um pouco.

— Eu não fiz nada caio, eu empurrei ela, e de qualquer forma a gente não tem nada cara, um tempo desses nem de mim você gostava, não faz sentido você vir com cobrança sendo que nem coragem pra assumir a porra do beijo que você me deu você teve — Fiquei observando ele mais puto do que nunca, ele lembrava da porra do beijo.

— Faça me o favor, porque acha que eu acreditaria nisso? — Ele olhou pro chão e ficou calado por alguns instantes.

— Porque eu... Eu pensei em você na hora que ela me beijou, a gente se beijou na festa, você deve saber também — Ele fitou o chão com a cara triste, senti a raiva dentro de mim explodir em algo diferente.

Desencostei da pia e fui caminhando na direção dele, até que suas costas bateram na porta do box e nossos corpos ficaram praticamente colados, ele me olhava assustado, mas eu não liguei para nada, eu precisava fazer aquilo mais uma vez.

Pressionei meu corpo no dele e fui aproximando meu rosto do seu, pude senti a respiração quente, o coração acelerado dele, e igualmente como o meu estava. E então o beijei, algo calmo, e lento, sentia que nossas bocas faziam a mais perfeita dança, e logo minhas mãos estavam na sua cintura e as mãos dele nas minhas costas. Parei o beijo e o encarei, ele estava desnorteado e eu também, não acreditava no que havia acabado de acontecer.

— Me desculpe — Sussurrei e saí às pressas do banheiro.

Passei indo direto para o ginásio, fui para um banho onde aproveitei para gritar bastante já que eu estava só.

Louis

Caio saiu do banheiro e me deixou estático, eu não sabia o que fazer, dentro de mim havia a mais pura confusão, lavei meu rosto e voltei para a mesa assim que cheguei Cassius fez uma piada ridícula.

— O veadinho voltou, demorou por que tava dando? — Em um ato de coragem mandei o dedo do meio pra ele, saí de lá, pude ouvir as pessoas da mesa repreendendo ele, e logo Will vinha atrás de mim. Corri para o jardim, mas Will me alcançou e me segurou, e eu comecei chorar abraçado com ele.

— Ei não chora, não liga para as piadas bestas do Cassius, ele só quer implicar — Chorei mais ainda, e Will ficou me confortando, até que ele perguntou.

— Vem cá, porque todo esse choro? — Perguntou limpando meu rosto com a mão.

— Nada não, eu queria ir pra casa me leva?? — Ele fez uma cara de decepção.

— Não dá, você tem duas aulas, prometo que assim que você sair te deixo lá, à nossa viagem foi adiantada para hoje, vou só em casa te deixar e depois vão me pegar lá e ir para o aeroporto. — Assenti.

Ele me levou para minha sala, onde eu fiquei contando os minutos para ir embora, notei um bilhete em meu caderno e abri, estava escrito "Vão ser longos 3 dias espero que você tenha ossos de ferro :)". Me assustei, isso significa que o inferno se aproxima de novo.

Após a hora da saída ser anunciada, fui direto para o estacionamento onde Will já me esperava, porém Caio não estava. Entrei no carro, e logo Will começou ir para nossa casa.

— Caio não veio, porque já foi direto, achei estranho ele não se despedir de você, mas ok — Will disse meio chateado, mas eu estava triste, porque ele estava fugindo, de novo.

Apenas ri fraco, chegamos em casa Will estacionou o carro e eu me troquei, vesti logo meu pijama, e fiquei na sala com Will. Até que uma buzina foi ouvida, e era hora dele ir. Me levantei e o abracei forte. Ele retribuiu

— Boa sorte Will — Ele assentiu.

— Caio e eu vamos ganhar esse pra você — Disse e logo em seguida saiu. Corri para o andar de cima e me joguei na cama, precisava dormir, estava cansado e confuso. Acima de tudo confuso.

"Oi, sei que as coisas tem sido confusas, mas quando voltar a gente precisa conversar e descobrir de uma vez por todas o que está acontecendo, sei que não sou hetero, me dei conta disso tem uns dias, mas você não é gay também, e imagino que esteja confuso, eu estou confuso com as coisas que sinto, espero que não ignore como fez da última vez, eu espero que fique bem, nunca quis causar mal a você, você é importante para mim, bom jogo" — Releio a mensagem e mando para o Caio na esperança dele responder algo, mas somente aparece a confirmação que ela foi lida.

Caio

Fui direto para o aeroporto com o time, após uns vinte minutos o resto do pessoal chegou, e o Will estava com eles, ele veio na minha direção já puxando assunto, mas eu não queria conversar sobre nada.

Estava me sentindo mal, meu coração parecia carregar um peso enorme, li a mensagem do Louis e não tive coragem de responder nada para ele, simplesmente olhei e travei, ele estava sendo sincero, e confessou de uma vez por todas ser gay, isso mesmo, teve coragem e disse o que sentia, e eu o admirava e invejava por isso, por ser forte e destemido.

— E aí animado? — Assenti, mesmo que naquele momento empolgação fosse igual a zero.

— Ah quase me esqueci, Louis desejou boa sorte pra mim é você no jogo, óbvio que não vamos precisar, mas ok — Lou, deveria ter me despedido dele, mas sou um covarde de merda.

— Foi é? — Will assentiu.

— Vem cá, porque mesmo não se despediu dele? — Rolei os olhos pra essa pergunta.

— Como você mesmo disse, fiquei animado e vim pra cá direto — Will me olhou desconfiado.

— Entendo, mas ele gosta pra porra de você, sei que sou a última pessoa que pode querer dar exemplo, mas você foi meio cuzão com ele fazendo isso — Assenti sem dar atenção e ele calou a boca.

Fomos todos para o terminal de embarque, e logo já estávamos no avião que começou decolar. Tava uma bagunça, muita conversa e risadas no avião, e eu estava distraído, pensando naquele ser que ficou pra trás, se ele ficaria bem ou não, até que Will sussurra perto do meu ouvido.

— Não se preocupa Caio, ele vai ficar bem, precisamos ir lá e ganhar, prometi pra ele que a gente ia ganhar, precisamos cumprir não é mesmo? — Senti um calor no pescoço, droga Will deve ter lido minha mente.

Assenti com a cabeça e sorri, eu faria de tudo para voltarmos finalistas para casa. O voo se estendia bem longo, ainda faltava uma hora de viagem, eu estava perto da janela ouvindo uma música que Louis sempre ouve, se não me engano o nome é Vídeo Games, o clima estava agradável a música era calma. Tomei um pequeno susto quando Will caiu no meu ombro ficando escorado lá. Olhei para fora da janela e foi a melhor vista possível, a lua bem iluminada, fazia as nuvens parecerem um lençol de seda, e as estrelas dominavam todo o céu, com certeza Louis iria adorar ver isso.

William

Acordei e estava escorado no Caio, ao que tudo indicava já tínhamos aterrissado, logo o treinador entrou acordando todo mundo, Caio olhou meio sem saber o que tava acontecendo e eu ri. Descemos do avião e tinha uma van esperando, todos a postos, fomos levados para um hotel, não era luxuoso, algo só pra ficarmos três dias mesmo. Eu e Caio íamos dividir o quarto, arrumamos as coisas e nos jogamos na cama.

— Quer ligar pra saber como ele tá? — Falei me referindo ao Louis, que deve estar na escola uma hora dessas.

— Não, vamos tomar um banho e descer pro café, daqui a pouco iremos treinar no campo inimigo. E William nada de brigas com o Augusto, deixa para resolver suas diferenças na hora de ganhar o jogo — Assenti.

Um detalhe importante, eu já havia me esquecido do Augusto, mas agora vou me vingar desse desgraçado, e vai ser mostrando que sou superior a ele no seu próprio colégio. Ele acha que pode ir até BradFord fazer toda aquela merda e eu ia aceitar? Enganado.

Tomei meu banho vesti uma bermuda e desci para a parte de refeições do hotel, algumas camareiras ficaram me secando, mas quem não faria isso? Entrei no salão de refeições e tava uma boa parte da galera lá, todos comendo o treinador tava falando umas coisas, me sentei e em seguida o Caio chegou, ficamos lá ouvindo as dicas, e várias piadas bestas da parte do pessoal do time.

Após tudo isso tivemos que ir nos preparar para o treino antes do jogo, vestimos o uniforme e seguimos para a White Castle School, é grande demais aqui, mas acho que a minha escola é maior, fomos guiados para o campo, e tinha torcida deles, pensei que não podia. Pude ver Augusto e todos aqueles outros filhos da puta que drogaram o Louis, seria um longo treino e um longo jogo aqui.

Louis

Após eu acordar, me levantei e fui para cozinha tomar café da manhã, estava com muita fome, não comia nada desde ontem, me senti só, os meninos não estavam aqui a casa estava silenciosa, parecia minha antiga casa quando meus pais viajavam. Me lembrar deles fez eu chorar logo de manhã, não entendia porque estava tão emotivo, e também tinha o beijo do Caio, aquilo foi um beijo né? Meu coração quase explodiu, eu só queria que ele não tivesse ido embora, fiquei tão confuso.

Me aprontei e fui para a escola de ônibus, foi estranho demais, após chegar fui para minha sala, e meus amigos continuavam me ignorando por uma mentira da Carol, as aulas foram chatas o tempo estava nublado, e eu só queria ir pra casa dormir ou desenhar.

Após o sinal bater anunciando o lanche fui para o refeitório, no caminho pude ver um daqueles meninos que me bateram me segundo, apressei o passo mas ele também, então comecei correr e logo ele vinha atrás. Avistei Andreia e cheguei como uma bala perto dela.

— Louis? Por que tá correndo? — Parei para recuperar o fôlego.

— Porque tem um garoto me perseguindo, acho que ele vai bater em mim, na verdade ele já fez isso — Andreia adquiriu um semblante irritado.

— Quem é?

— Aquele — Apontei para o garoto que já tinha me visto e vinha na minha direção, mas Andreia se meteu na frente.

— O que você quer Antônio? — Dreia disse como uma leoa.

— Nada, só conversar com o Louis — Rolei os olhos, sabia o tipo de conversa.

— Vai embora daqui, sei muito bem o que você quer fazer, não vou deixar — Agradeci mentalmente por isso.

— Você não pode me impedir de nada Andreia — Ele disse rindo, mas Andreia riu também.

Andreia pegou seu celular e ligou para alguém, logo um garoto apareceu perto de nós dois, ele era forte, e tinha uma aparência de mal, fiquei intimidado com ele.

— Ícaro, o babaca do Antônio tá perturbando eu e o Louis — Antônio ficou pálido de uma hora pra outra, chega ser engraçado.

— Que nada, só estava brincando — Falou apressado e saiu em seguida.

— Ele não vai mais te perturbar, e a propósito, esse é Ícaro meu irmão — Assenti, foi então que ele se virou pra mim e sorriu, perdendo aquela cara de mal.

— Prazer carinha — Falou estendendo a mão para mim apertar e assim fiz.

— Oi — desviei o olhar pro chão.

— Não precisa ter medo do ícaro, ele é um cara legal Lou — Assenti sem saber o que fazer dali.

— Você tá só em casa não é? — Ela indagou.

— Sim.

— Se quiser, eu e o ícaro podemos ficar esses dias com você — Fiquei animado instantaneamente, pelo menos não ia ficar só.

— Sério? — Minha voz soou mais empolgada do que eu esperava.

— Sim, para a gente não tem problema nenhum — Ícaro disse e eu assenti.

— Tá bom então, depois da aula nós vamos tá? — Andreia fez um gesto concordando.

— A gente te espera no estacionamento — Assenti.

Após ícaro e Andreia saírem, peguei meu lanche e sentei no jardim, olhei para o céu que estava totalmente nublado e comecei lanchar, fiquei perdido no tempo olhando as coisas com atenção e os mínimos detalhes.

O sinal tocou novamente anunciando o final do lanche, me dirigi para minha sala onde o professor já se encontrava, pedi pra entrar, mas meu pedido foi negado, e os alunos riram da situação o que me deixou envergonhado ao extremo. Entrei apenas para pegar minha mochila e saí indo na direção da sala da Andreia, pedi para falar com ela e logo ela apareceu na porta.

— Louis, aconteceu algo? — Neguei.

— Meu professor não deixou eu entrar, e ele será as últimas aulas, vou pra casa depois você e o ícaro vão lá tá bom? — Ela concordou.

— Tá bom, só toma cuidado tá? — Assenti.

— Vou indo — Caminhei pelos corredores indo em direção para saída da escola, estava distraído, antes de eu sair vi o garoto que tava me perseguindo, fiquei nervoso na mesma hora, mas ele não iria fazer nada, estava perto dos guardas do portão. Então decidi continuar meu caminho, assim que ele me viu, veio na minha direção, pensei que ele passaria direto por mim, mas não, ele veio com o punho direto na minha barriga, e saiu andando, foi uma dor horrível, fiquei de joelhos e um dos guardas perguntou se eu estava bem. Assenti com a cabeça, levantei e andei devagar, pois doía o local.

Quando cheguei no ponto, não demorou tanto para o ônibus passar, logo eu estava em casa, tomei um banho e vesti o moletom que o Will me deu, e um short, fiquei deitado olhando meu quarto. Levantei e fui no quarto do Will onde eu deitei e abracei o travesseiro, em seguida fui no de Caio, onde fiz a mesma coisa, eu não sei o porquê disso, mas fiz.

Caio

O treino se iniciou, teve um clima tenso, pois eu sabia que Will queria destruir o Augusto, o pior foi no vestiário, onde quase teve uma confusão, eu ia me meter também. Foi quando Augusto falou. "Você só tá assim, porque eu quase fodi seu priminho "

Will ficou descontrolado, foi preciso umas três pessoas segurarem ele, eu fiquei com muita vontade de ir pra cima dele e arrebentar toda a cara dele.

Voltamos para o hotel, e ficamos no quarto, já estava de tarde, em poucas horas ficaria noite, eu queria falar com o Louis mas não tinha coragem, principalmente por ter beijado ele e fugido. Eu só estou tão confuso, mas preciso ajustar meus pensamentos.

Louis

Acabei dormindo e acordei com Andreia e ícaro batendo na porta, levantei me arrastando praticamente e abri.

— Que carinha de sono mais fofa — Ri um pouco do que ela disse. Eles entraram, Andreia deixou uma caixa de pizza na mesa da sala.

— Imaginei que você não teria comido e comprei — Estava ficando mal acostumado com tanta pizza ultimamente.

— Ei na verdade eu que comprei tá senhorita — Ícaro protestou, ri e peguei copos para servir o refrigerante, a tarde foi divertida, eles ficaram comigo assistindo filme, quando deu 20:00 foram embora. E eu me senti sozinho novamente.

Subi e entrei no meu quarto me jogando na cama, me enrolei no cobertor, mas sentia falta de algo, sentia falta deles aqui. Levantei e peguei o travesseiro do Will e do Caio e voltei a me deitar, abraçado com os dois. Fui apagando aos poucos.

"Eu estava em um local pouco iluminado, estava sentado em uma cama com lençol que parecia o universo, duas pessoas se aproximavam de mim, mas eu não reconhecia, ambos estavam nus, mas as nuvens que pareciam estrelas que explodiram cobriam.

Logo identifiquei Caio e Will, mas tinha algo diferente, Caio tinha uma tatuagem de uma lua dourada, e Will tinha um sol azul. Eles paravam na frente da cama sem dizer nada e ficaram me analisando, eu estava confuso com tudo aquilo, estava vestindo um short vermelho que me lembrava uma nebulosa. Caio avança ficando por cima do meu corpo, sinto sua boca em meu pescoço, e me arrepio por completo, Will se posiciona do outro lado e começa beijar minha barriga, eu sentia calor e ao mesmo tempo frio, como se estivesse envolvido pelo abraço de fogo do sol e pelo beijo gelado da lua. O cenário ao redor mudava, Caio me beijava e podia ver galáxias ao redor se expandindo, Will mordia meu pescoço e uma explosão de cosmos passava por nossas cabeças, ambos pararam e começaram se beijar e duas nebulosas se chocaram criando uma explosão de cores ao redor, ambos voltaram a atenção para mim, voltaram aos beijos e carícias, estava totalmente entregue, senti as mãos fortes baixando meu short.

Acordei ofegante e suado, olhando para os lados assustado, estava em meu quarto, não passava de um sonho, e que sonho confuso, havia mesmo sonhado aquilo? Me sento na beirada da cama, e logo percebo uma coisa diferente, estava com uma ereção, e ela doía, e necessitava de atenção.

Eu já tinha feito aquilo uma vez por curiosidade, mas naquele momento era diferente, precisava aliviar tudo que estava sentindo, tiro o moletom e o short ficando apenas com a cueca box azul, encosto a costa nos travesseiros e relaxo, os travesseiros pareciam ter o cheiro de Will e Caio bem mais fortes que o normal.

Levo a mão para dentro da minha cueca sem saber ao certo se deveria continuar, mas no fundo sabia que sim, duro e quente era como estava, começo subir e descer com mão, meu corpo se arrepia e manda ondas de calor para todos os lugares possíveis, aumento o ritmo e acabo soltando um gemido arrastado.

Acelero os movimentos e sinto os cheiros dos travesseiros invadirem minhas narinas, estava indo a loucura, imagens do beijo com Caio e do Will vinham em minha cabeça de formas aleatórias, nada era controlável naquele momento. Senti meu abdômen contrair e com um gemido alto os jatos de esperma espirram pela minha barriga e meu peito. Estava ofegante e cansado, confuso com tudo que vinha acontecido, tinha acabado de fazer aquilo e me sentia sujo por ter feito, mas o peso que minha cabeça fazia, era aliviado pelo meu coração, que parecia estar fundido em algo que eu não entendia.

Fiquei deitado por alguns minutos pensando em tudo aquilo, me levanto e vou em direção do banheiro, tomar um banho e me limpar, estava mais cansado do que nunca estive.

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