Um Amor Proibido (Obra Reescr...

By Garoto1D

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Para Louis a vida sempre foi uma incógnita, existiam coisas que não faziam tanto sentido, e uma dessas coisas... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 16

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By Garoto1D

Louis

Acordei e me deparei logo com o rosto do Caio, ele estava me abraçando e estava muito perto, podia sentir a respiração dele contra meu rosto, e no mesmo instante vieram lembranças do dia da festa, do beijo, meu rosto esquentou por mais que ninguém pudesse ver. Me levantei devagar pra não acordar ninguém, quando virei Will estava me observando e isso me deu um susto, ele sorriu e fez um sinal com as mãos para irmos para a cozinha.

Chegamos na cozinha, e pude ver pela janela que o dia estava melhor, Will tirou umas frutas da geladeira e pediu para mim cortar, cortei e logo ele fez uma vitaminada, e fez uns sanduíches, sentamos e começamos comer.

— Dormiu bem Lou? — Assenti.

— Sim e você? — Ele concordou mordendo o sanduíche.

— Bem, falei ontem com a Yasmin e parece que ela vai trocar de cidade — Fiquei triste eu gosto dela, foi minha primeira amiga.

— Quando? — Perguntei.

— Não sei, tava pensando de ir encontrar ela hoje e conversar um pouco — Assenti.

— Seria bom Will — Falei sorrindo, era bom ele ir.

— Você tá com bigode de vitamina — Ri e limpei com a mão.

— Ainda tem — Disse me olhando.

— Onde? — Ele não disse nada, segurou meu rosto de leve com uma mão e com a livre passou o dedo em cima limpando, Will me olhou olho no olho durante uns segundos e se afastou sem graça.

— Tá limpo — Fiquei meio incerto daquilo que tinha acabado de acontecer.

— Obrigado — Saiu mais como um murmuro, do que algo audível.

— O que acha de acordarmos o Caio? — Ele deu um risinho travesso.

— Tá bom, vamos chamar ele — Will assentiu.

— Chamar não, tenho uma ideia melhor — Ri e levantei seguindo ele.

William

Tive uma ideia pra acordar o Caio, e vou me vingar dele ter ficado se esfregando em mim, subi as escadas em silêncio, e Louis me acompanhou, entramos no quarto e pedi pro Louis ficar no lado de fora, e quando eu passasse correndo pela porta pra ele puxar e segurar.

Caio estava deitado de bruços, subi na cama, e sentei nas costas dele, prendi os braços dele para trás, e ele ainda estava dormindo, cheguei perto do ouvido dele e falei:

— Oi gostoso, acorda — Ele nem se mexeu, parecia estar morto.

Decidi fazer a coisa mais sem sentido da minha vida, comecei me mexer pra frente e pra trás nas costas dele, até que ele foi acordando.

— MAS QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO?? — Ele berra se debatendo quando percebe que sou eu.

Levantei e saí correndo pra porta, quando passei Louis fechou e segurou a maçaneta, quando eu já estava no meio das escadas, escutei a porta ser aberta e ele gritar "VOU MATAR ELE LOUIS", mas como sei que Louis é o ponto fraco dele, provavelmente ele se acalmaria antes mesmo de querer me bater. Me escondi na biblioteca por precaução, depois de vinte minutos fui pra perto da cozinha, e ele estava conversando normalmente com o Louis, entrei na cozinha e dei um sorriso super cínico pra ele.

— Você tá fodido William — Dei de ombros.

— Era só uma brincadeira, você lembra o que você fez naquele dia que dormiu na minha cama? — Ri cinicamente e ele rolou os olhos me xingando de qualquer coisa que não entendi.

Caio ficou calado e Louis com cara de confusão. Dei um sorrisinho de vitória, após ele tomar café o pessoal dos móveis chegou, tomei um banho, me arrumei e logo saí para encontrar a Yasmin, vou conversar com ela sobre Louis e Caio, sobre tudo isso, Caio e Louis ficaram pra supervisionar os caras dos móveis.

Caio

Acordei com o William se esfregando em mim, fiquei com muita raiva e quando sai do quarto, dou de cara com Louis, minha respiração foi voltando ao normal, ele riu, e me deu um abraço bem forte, e fez a mesma merda que aquele dia, segurou meu rosto com as duas mãos e encostou a testa na minha, senti meu coração falhar uma batida. Descemos e eu tomei meu café, logo Will apareceu, tentei argumentar mas foi em vão, ele saiu e agora estou eu e Louis, cuidando dos móveis dos nossos quartos.

Louis tá no dele com um funcionário e eu aqui no meu com outro enquanto a montagem de móveis é feita, não vi necessidade de acompanhar, já que o cara montou tudo certinho.

Após mais ou menos duas horas, o meu e o quarto do Louis estavam com os móveis todos prontos, nos despedimos dos caras, mas não antes do cara que arrumou o quarto do Louis elogiar bastante o teto pintando, e o quarto, dizendo que era trabalho de um verdadeiro artista, o que deixou guri todo envergonhado.

Após eles irem embora fui pro quarto dele, ele estava organizando uns livros a estante não era muito alta, deve-se imaginar o porquê, sentei na cama dele e me distrai olhando as pinturas, e nossas marcas na parede. Logo Louis havia terminado e se sentou do meu lado, ficamos em um silêncio confortável, até que ele levantou e me disse que tinha uma surpresa.

Ele se dirigiu até o armário, e tirou de lá um barbante, umas tachas e uma câmera Polaroid, daquelas que imprime na hora.

— Vou fazer um mural de fotos nossas, tipo minhas com você e o Will e pendurar aqui — Assenti, era uma ótima ideia.

Dei um sorriso e logo ele veio pra perto de mim, tiramos várias fotos, uma eu beijei o rosto dele e ele ficou super envergonhado, o que resultou num tomatinho na foto seguinte.

Ele levantou e começou montar o mural, disse que quando Will chegasse seria a vez dele, em certo ponto senti uma pitada de ciúmes, mas logo exclui esse pensamento da minha cabeça, levantei e fiquei atrás dele olhando ele pregar nossas fotos, ao todo foram trinta, de todas as formas, ele estava tão feliz que eu sorria a cada foto que olhava.

Abracei ele por trás e apoiei o queixo no ombro dele, ele não reagiu nem nada, dei impulso nele e carreguei ele pra cozinha, ele começou rir e eu também, era uma risada tão contagiosa.

Decidimos fazer o almoço e a ideia principal foi dele, ele queria fazer o tal do ratatouille, sim aquele prato do filme do ratinho. O mais engraçado, é que esse prato existe e o Louis sabe fazer ele.

Ele me ensinou fazer tudo, cortei todos os legumes direitinho e ele montou e pôs no forno, fomos para a sala, ele colocou em um canal de documentário sobre serpentes, antes mesmo dele sentar, puxei ele pra se sentar no meio das minhas pernas com a cabeça escorada no meu peito.

— Isso é estranho? — Prestei atenção nele.

— O que? Essas cobras na TV? São sim, principalmente essa que parece um dragão — Ele riu e logo continuou.

— A Naja não parece um dragão Caio, estranho tipo nos dois sentados assim — Ele me encarou sem saber como prosseguir com aquilo.

— Você se sente incomodado? — Neguei e ele sorriu.

— Não — Digo e ele abre um sorriso, acabo acompanhando, tenho sorrido demais depois que conheci ele.

Uma grande sensação de alívio me invadiu e eu só pude rir, durante todo o documentário ele prestou atenção, e me explicava sempre que eu perguntava algo. O celular dele despertou e ele foi para a cozinha desligar o forno, logo ele me chamou.

— Caio, você poderia tirar pra mim do forno, eu tenho medo de me queimar — fui para cozinha.

Tirei a travessa, e coloquei na mesa para esfriar, ele fez um suco, e logo nos servimos.

— Nossa isso tá bom — E realmente estava, Louis explicou que as pessoas que trabalhavam na cozinha faziam qualquer coisa que ele pedisse, então ele sempre pedia pra aprender a fazer as comidas.

— Sim, viu é bom comer coisa saudável — Concordo balançando a cabeça, mas por dentro queria rir, já que a gente só come porcaria, em grandes quantidades.

— Vou te contratar como meu nutricionista.

Ele riu, foi tão fofo, apareceram as covinhas na bochecha, eu fico todo bobão com esse garoto, ele me derrete. Após o almoço, lavamos as louças que sujamos, e fomos pro quarto dele, pelo incrível que pareça, isso nos deixa perdido, já estamos tão acostumados com o quarto do Will, que lembramos do quarto só quando já estávamos na porta dele.

Ele se deitou e me chamou para ficar perto dele, ligamos a TV e ele colocou no canal da Disney que tava passando procurando Nemo, incrível como ele gosta da Disney. Ficamos próximos, mas puxei ele logo pra um abraço, continuamos assistindo.

— Louis? — Chamo e ele me encara em seguida.

— Você já namorou alguma vez? Digo, já teve alguma experiência com isso? — Ele nega com a cabeça.

— Não, em Dublin eu não tinha contato com quase ninguém, e meus pais não gostavam muito da ideia de eu ir pros lugares que adolescentes vão, era mais preocupação, então nunca cheguei a ter esses contatos — Ele diz e fico pensativo.

— Então você nunca beijou ninguém? — Pergunto sentindo meu corpo esquentar aos poucos e meu peito querer derreter.

— Não, nunca passei por isso ainda — Ele diz e ri anasalado, e com isso confirmo que ele não lembra de nada, me sinto aliviado e ao mesmo tempo me sinto frustrado com isso.

Tava um friozinho bem bom e pelo que eu já esperava Louis, já demonstrava que ia dormir, fiquei olhando pra ele, estávamos tão próximos, minha maior vontade era beijar ele naquele instante, poder sentir os lábios rosados nos meus novamente, porém não fiz encostei minha testa na dele e suspirei.

— O que foi? Tem momentos que você suspira assim, como se tivesse carregando um peso enorme dentro de si — Louis pergunta me encarando.

— Acho que é você — Digo sentindo um frio correr a espinha.

— Eu fiz algo? — Ele pergunta com o semblante confuso.

— Fez, você virou meu mundo de ponta cabeça — Digo ele deu um sorriso, se aconchegou mais em mim, após alguns minutos ele já estava dormindo, fiquei mexendo no cabelo dele, e uma chuva bem fina começou cair do lado de fora. Assim que desliguei a luz, pude ver o espetáculo que era o teto do quarto, fiquei sem fôlego, mas é assim que me sinto perto dele, flutuando no espaço.

William

Sai de casa e fui buscar a Yasmin, marquei de irmos em um café comer um pouco, e se despedir um do outro e ainda tinha aquele assunto que eu queria falar com ela. Parei o carro em frente à casa dela e logo ela apareceu, estava linda como sempre. Ela entrou e me cumprimentou.

— Oi, quanto tempo, não vejo você desde a festa — Assenti, era verdade fazia um tempo.

— Pois é, como você tá? — Comecei dirigir.

— Não sei, meio triste, não queria ir embora assim — Assenti, também não queria que ela fosse.

— Entendo, mas você já sabe o motivo de ter de ir embora? — Ela assentiu.

— Sim, meu pai foi promovido, e precisa se mudar pra perto da sede da empresa, mas acho que ele quer abrir um negócio próprio também — Yasmin diz empolgada, então acredito que seria uma mudança positiva.

— Que bom meus parabéns, o ruim é que você vai para longe — Ela suspirou e concordou.

— Mas eu venho visitar prometo — Sorri para ela.

— Ok, vou sempre estar esperando você — Digo e ela assente.

Após alguns minutos, chegamos no café que iríamos, sentamos e uma moço simpático nos atendeu. Anotou nossos pedidos e se retirou.

— Fiquei sabendo que daqui quatro dias é seu jogo, queria muito poder ir — Também queria que ela fosse, mas não sabia nem se o Louis ia.

— Sim, esse jogo é decisivo, mas não se preocupa, vai ser em outro local, sinto que para amedrontar o time, mas não funcionou — Nosso time era bem unificado nesse sentido.

— O Louis vai? Tô com saudades dele.

— Vai sim, se tudo der certo vou levar o baixinho — Ela sorriu com a forma que me referi.

— Que fofo Will — Ela disse apertando minha mão.

— O que? — Indaguei sem entender nada.

— Você agora chama ele de baixinho, você está mudado, ou eu tô conhecendo o seu "eu" verdadeiro — Fiquei meio confuso.

— Como assim?

— Bom, quanto te conheci achava que você era do tipo esnobe, por ser capitão do time e tudo mais, e você se demonstrou um cuzão mesmo, até cheguei pensar que não gostava do Louis. Mas agora eu sei que você é todo doce, e que só aparenta ser durão. — Eu ri, pois era assim que eu estava ficando depois de um tempo, na verdade depois da chegada do Louis eu mudei, não sei como mas mudei.

A garçonete trouxe nossos pedidos, comemos e logo fomos para um parque, queria conversar com ela sobre o Louis e o Caio. Chegando no parque descemos e nos sentamos num banco de madeira, tinha umas crianças brincando, mas o tempo parecia que ia chover.

— Então, eu queria conversar uma coisa com você — Ela se ajeitou na cadeira chegando mais perto.

— O que?

— Eu acho que o Louis é gay, e que o Caio tá se apaixonando por ele, e eu sinto um certo incômodo nisso — Dei um suspiro no final.

— E o que você sente em relação a isso? — A pergunta chave, porque eu não sabia o que sentia em relação a tudo isso.

— Eu não sei, um é meu melhor amigo o outro meu primo, em certo ponto me sinto excluído. — Disse sendo sincero com ela.

— Você gosta do Louis, tipo, amor, paixão? — Ri alto, aquilo tava fora de cogitação.

— Não, eu só não sei o que venho sentindo sabe? As coisas mudaram bastante de uns tempos para cá, e me sinto perdido com tudo isso — Digo e Yasmin acaricia meu rosto com a mão.

— Entendo mas independentemente de ser isso ou não, se for amor Will, o amor é incontrolável, surge do jeito mais estranho, e de formas inexplicáveis, se o Caio está sentindo algo pelo Louis, isso é dele, é um sentimento belo, e se o Louis corresponder, vai ser mais belo ainda, amor é isso, supera tudo — Assenti sentindo um gosto amargo na boca, e um aperto no peito.

— Eu sei, só não entendo o Caio, ele pegava várias meninas — Franzi o cenho confuso e ela riu.

— Talvez ele encontrou no Louis, o que não havia encontrado em nenhuma delas, ele pode ter se apaixonado ou algo assim, isso é muito relativo, e apesar dele ter ficado com outras garotas, nada impede ele de ser bissexual, sei que nessa sua cabeça só deve existir a palavra gay, mas existem outras além — Concordei, mas naquele momento um sentimento novo brotava, ciúmes.

— Mas, por que você se sente excluído? Pelo que lembro você nunca fez muita questão — Esfreguei as mãos no jeans para secar elas.

— Não sei, o Louis parece que é mais carinhoso com o Caio, você tem que ver, abraço, até a forma que ele olha pro Caio — O que não era totalmente mentira.

— O Louis é um garoto sensível e de coração bom, ele é gentil, retribui com gentileza, mesmo se forem coisas ruins, tenta ser um pouco carinhoso com ele, vai ver como um ato gentil pode mudar toda uma história — Besteira, penso.

Conversamos por mais uma hora, depois fui levar ela em casa, nos despedimos e marquei de levar o Louis no aeroporto para se despedir dela. Quando estava voltando para casa, percebi que estava chovendo bem fraco, mas fazia um frio bom, deixei o carro na garagem e me dirigi a cozinha, tinha uma travessa coberta, vi o que era e experimentei provar, e nossa estava maravilhoso. Não sei de qual restaurante compraram, mas era o melhor sem dúvidas.

Subi as escadas e abri a porta do meu quarto, logo vi o vazio que a cama do Louis deixou ali, e aquilo fez eu sentir algo estranho. Abri a porta do quarto dele, e já tava tudo arrumado, e lá estava ele, dormindo abraçado com o Caio. No mesmo instante as palavras da Yasmin vieram na minha cabeça "um ato gentil pode mudar uma história", sorri e balancei a cabeça saindo do quarto, precisava descansar um pouco.

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