Um Amor Proibido (Obra Reescr...

By Garoto1D

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Para Louis a vida sempre foi uma incógnita, existiam coisas que não faziam tanto sentido, e uma dessas coisas... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 15

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By Garoto1D

Louis

Acordei no meio da noite com muita sede, então percebi que estava entre Caio e Will e o mais estranho, os dois estavam de box o que não fazia sentindo por causa do Will, o normal seria ele surtar e ficar dizendo coisas pra se afirmar hetero, eu estava meio que preso, mas consegui sair do abraço deles. Fui na cozinha e tomei água, quando voltei os dois estavam abraçados, estavam tão fofos, peguei meu celular tirei uma foto e deitei na minha cama, peguei meu urso e abracei e deixei o sono chegar novamente.

Caio

Acordo e logo sinto que Louis não tá comigo, e que tem uma coisa dura na minha perna, logo percebo que tô agarrado com o William, e que a coisa dura era o pau dele, tomo um baita susto e acabo empurrando ele e o mesmo acorda imediatamente no chão, e levanta atordoado. "Dormir de cueca" bela ideia desse fodido.

— O que foi porra? — Ele pergunta com uma carranca.

— O que foi? Você tava esfregando seu pau em mim — Ele arregala os olhos e se finge de desentendido.

— Mentira — Diz se sentando na cama.

— Tava sim, esse volume na sua cueca é o que? — Aponto para cueca dele, e ele baixa o olhar rindo em seguida.

— E esse na sua? — Olhei para baixo e constatei que ele tava certo, mas é só ereção matinal, não tem mal nisso.

Resolvi fazer uma brincadeira com o Will. Fui pra cima dele e prendi ele com minhas pernas, então meu pau ficou muito encostado nele.

— Sai Caio, seu filho da puta eu não sou veado — Eu só ria do desespero dele.

Continuei preso nele, e rindo, tava super engraçado, mas aí ele se jogou no chão e eu bati minhas costas com muita força, e comecei tossir.

— A culpa é sua que fica de veadagem — Diz resmungando e eu sentindo dor nas costas.

Levantei e logo percebi um detalhe, Louis. Se ele não tava na cama do William onde estaria? Foi então que vi ele na cama dele, afundado no meio do edredom, com fone de ouvido, o que explica ele não ter acordado com o barulho causado pelo Will.

— Will Louis tá na cama dele — Ele virou olhando pro Louis.

— Tá, ele deve ter saído quando você resolveu ficar se esfregando nele — Ignoro o comentário venenoso, até porque não fui eu que dei a ideia.

— Ei eu não fiz isso, fiz em você pra te irritar, e você já tava com essa porra aí roçando na minha perna tá bom senhor hetero, e de qualquer forma isso tudo foi ideia sua — Ele bufa irritado e eu rio mais ainda.

— Deixa de ser idiota, agora vamos logo tomar um banho e depois acorda o Louis, mamãe vem aqui de tarde — Assenti.

— Tá bom, vou tomar banho no banheiro do corredor, pra não correr risco de você querer me comer — Ele resmunga algo me xingando e eu acabo rindo. Após ter tomado meu banho desci a escada e Will já tava terminando de fazer o café.

— Ainda tá nevando bastante, sabe o que isso significa? — Ele assente.

— Que você deve ligar pra sua mãe e avisar que tá aqui — Eu deveria ligar, mas só existia um lugar que eu poderia estar se não fosse a escola, ou a minha casa, e esse lugar é casa do Will.

— Puts verdade, depois aviso, mas também significa que não tem aula de novo — Digo sorrindo, quem dispensa um dia a mais em casa?

— Como tá seus machucados? — Pergunto me jogando no sofá.

— Ainda dói, mas é suportável — Assenti.

— Ei, não acha melhor acordar o Louis pra ele tomar café? — Ele assente e se levanta indo para cozinha.

— Vai lá, vou fazer um suco pra ele — Levanto rindo.

— Uau, William o cozinheiro — Ele manda o dedo do meio e vai para cozinha.

— Morre caio. Agora vai logo.

Subi as escadas lentamente, e entrei no quarto, e ele ainda estava do mesmo jeito de quando eu saí. Sentei na beirada da cama dele, ele é tão tranquilo dormindo, deitei bem perto dele e fiquei sentindo a respiração quente, e a tranquilidade que ele me transmitia, eu acho que tô perdido, que realmente cai na armadilha chamada amor, que eu tô amando um garoto, e não é algo que seja comum para mim, eu preciso aprender muito. Abracei ele e puxei o corpo dele pra mim, aos poucos ele acordou e retribuiu meu abraço.

— Bom dia baixinho, vamos tomar café? — Pergunto observando os orbes azuis que eu mais gostava ultimamente.

Ele assentiu e foi ao banheiro, fiquei esperando ele voltar, assim que ele voltou continuava com a mesma carinha de sono, fomos pra cozinha onde ele se sentou e abaixou a cabeça na mesa, Will serviu o café pra ele e logo ele começou comer, tava meio frio, mas o aquecedor da casa estava ligado.

Após ele terminar o café disse que ia deitar novamente, mas William disse uma coisa que fez eu olhar pra ele com uma cara de curiosidade e por dentro ficar irritado.

— Lou faz o curativo do meu machucado? Caio vai lavar a louça — "Lou" desde quando William chamava ele assim?

Louis assentiu e subiu as escadas, Will olhou pra mim rindo e subiu também. Idiota.

William

Tive a brilhante ideia de pedir ajuda com o curativo, na verdade nem precisa mais fazer essa merda, mas é só uma desculpa pra por meu plano em ação.

Louis pegou a pomada e veio pra perto de mim, tirei a blusa que eu vesti depois do banho e me deitei, logo ele pegou a pomada e começou passar nas minhas costelas a pomada fria fez eu me arrepiar de leve, tentei prestar muita atenção nas expressões faciais do Louis, ele parecia só concentrado no que fazia.

— Não tá tão vermelho, podia jurar que você conseguiria fazer só — Ele diz com a cara sonolenta, e bom, não estava completamente errado.

— Realmente não consigo, desculpa se te incomodei — Digo e ele me encara sem dizer nada, mas dá um risinho em seguida.

Peguei a mão dele e fui descendo pro meu abdômen, ele ficou super vermelho e me olhou com uma cara de indagação. Apesar de estar fazendo isso eu me sentia nervoso com aquilo, quando Caio fez a primeira vez, acabei ficando durasso mas acho que ele nem percebeu.

— Minha barriga também dói — Menti sendo que nem dói mais, ele apenas assentiu, se ele fosse uma bomba já tinha explodido de tão vermelho que ele tava, mas aconteceu uma coisa que eu não esperava, conforme Louis passava a mão na minha barriga espalhando o remédio, meu corpo reagia ao toque, e logo meu pau começou ficar duro apertando dentro da cueca. Fiquei desesperado, torcendo para que ele não visse, eu sou macho, isso só pode ser brincadeira do meu cérebro comigo mesmo.

Assim que ele terminou puxei o edredom super rápido e me embrulhei dizendo que ia dormir um pouco, agradeci a ajuda dele e ele saiu do quarto super vermelho.

Preciso urgentemente transar com alguma garota, deve ser isso, ainda bem que daqui uns meses faço dezoito anos e vou farrear muito, mas até lá, preciso arrumar uma boa foda.

William

Minha mãe chegou de noite, estava com um casaco de pele que ela ganhou de alguém, não faço ideia de quem era, mas ela amava aquela peça de roupa, não pude deixar de notar algumas olheiras nos olhos, acho que está meio cansativo no hospital. Ela se sentou na sala e pediu para acordar o Louis, Caio foi chamar ele, e logo os dois estavam presentes na sala, ela se acomodou no sofá e ficou conversando coisas básicas com a gente, até que do nada a expressão mudou pra algo mais sério.

— William como você sabe daqui pouco tempo você faz dezoito anos, e isso já é sua iniciação na vida adulta, você vai ter novas responsabilidades — Continuei escutando ela falar com atenção, acho que ela ia acabar me expulsando de casa.

— E Louis, você está sobre minha guarda, o motivo de eu querer essa conversa é que eu terminei minha residência, e agora posso atuar como neurocirurgiã, nesse decorrer de tempo preciso passar mais tempo no hospital, sei que é um pouco distante daqui de casa e por isso comprei um apartamento mais perto, e Jade e Sofia já estão matriculadas numa escola de período integral. Louis você deverá ir morar comigo, William você vai ficar aqui nessa casa, sei que você odiaria uma rotina nova, longe das coisas que você gosta então vou continuar te sustentando, mas peço que você seja responsável, não vou mais ter tempo para resolver seus problemas filho — O silêncio na sala se instalou, eu iria morar só, é uma realização pessoal, porém o Louis teria de ir, e agora que já tô acostumado com ele.

— Mãe o Louis tem que ir mesmo? Deixa ele ficar aqui, fora que é longe pra ele ir pra escola, e você não vai ter tempo, você não tem tempo nem pra respirar, todos os dias eu levo ele, não é preciso ele ir — Ela me olhou surpresa, mas logo relaxou passando a mão no cabelo que estava meio bagunçado.

— Se ele quiser ficar com você ele pode ficar, mas você vai ter que ser responsável, digo mais em relação à forma que você se comporta do que qualquer outra — assenti.

— Certo, e então Louis quer ficar aqui? — Ela perguntou, e me senti ansioso pela resposta dele, sei que as chances dele dizer um belo não eram grandes.

— Quero sim tia — Sorri discretamente quando ele aceitou.

— Sei que a senhora pode ficar preocupada, mas mudar de novo é algo que eu não gostaria, nem de ter que me adaptar em uma nova rotina, já que eu ia acabar tendo que mudar de escola — Ele diz e minha mãe presta atenção nas palavras concordando em seguida.

— Certo, e Caio você pode vir morar aqui, posso falar com a Laura se for preciso, você já passa mais tempo aqui de qualquer forma — Ele assentiu meio sem graça, fiquei com dó, mas era verdade, minha casa era como se fosse dele também.

— Essa semana venho pegar as coisas do meu quarto e do quarto das meninas, Louis pode ficar no meu quarto, e se Caio resolver vir, fica no das meninas. Sei que eu estava resolvendo as coisas pro quarto de hóspedes ser o seu, mas já que vou me mudar, vou realocar a mudança certo? Bom, Louis seus pais deixaram uma herança gigantesca pra você, fora as empresas que você vai assumir quando atingir a maturidade. Vou deixar meu cartão para você mobilhar o quarto e comprar o que for necessário, eu ia fazer isso mas tenho estado tão ocupada que o máximo que fiz foi entrar em contato com a empresa que poderia fazer, mas como o quarto vai ser seu, seria justo você arrumar da forma que quer — Ele assentiu e eu fiquei estático, Louis vai sair do meu quarto, e se houver uma tempestade como ele vai ficar?

—Obrigado tia — Lou disse sorrindo.

— É isso meninos, William quero que seu rendimento na escola seja impecável, e boa sorte no seu próximo jogo, não sei se vou poder estar presente, Louis continue sendo esforçado, Caio cuide do William como sempre cuidou, não deixe ele fazer tanta merda — Novidade ela faltar em algum jogo meu, nunca foi mesmo, mas de qualquer forma nem sei se nesse vai ter como alguém ir.

— Sim senhora capitã — Eu ri da situação, pois é verdade, Caio já me aguentou muito.

Após todo esse falatório ela me abraçou, abraçou o Louis bem forte, e o Caio e disse que precisava ir. Ela foi embora e nós fomos pro quarto onde um silêncio se instalou por pouco tempo.

— Já sabe que cor vai ser seu quarto Louis? — Imaginei logo um quarto cheio de coisa das animações da Disney.

— Mais ou menos, vou fazer algo parecido com meu antigo quarto em Dublin, vocês vão me ajudar né? — Caio e eu assentimos.

Conversamos um pouco mais sobre isso, e pedimos uma pizza pro jantar, assistimos era do gelo, ultimamente tô assistindo muito desenho por causa do Louis, na hora de dormir, cada um na sua cama. Demorei a dormir, pensando que agora tô livre, mas tenho uma responsabilidade de brinde o Louis, mas talvez seja bom. Espero que a convivência só melhore, porque se piorar estamos fudidos.

Mas acho que nem vai dar em nada, Louis se demonstrou ser bem maduro, mais do que eu poderia ser, então acho que não deveria me preocupar com coisas que talvez nem venham acontecer.

Louis

A semana foi muito corrida, tivemos aulas já que a neve parou um pouco, no dia seguinte após minha tia ter estado em casa, o caminhão de mudanças veio buscar as coisas dela e das meninas. Caio conversou com a mãe dele, e ela deixou ele ficar aqui, mas ele teria que ir ver ela o que era bem óbvio.

Andei pesquisando na Internet algumas coisas pro meu quarto novo, eu ficaria no quarto do Will sem problemas, mas acho que já incomodei demais, fora que ele sempre demonstrou o desconforto de me ter ali.

A cama vai continuar sendo a mesma, comprei pouca coisa em relação a móveis, um guarda roupas, uma escrivaninha, uma poltrona, um armário e algumas prateleiras para pôr livros. Mas em relação a livros e coisas para decorar o quarto comprei muita coisa, hoje o dia foi reservado para pintar o quarto, e amanhã os funcionários da loja vem arrumar tudo, Caio já pintou o quarto que ele vai ficar. Ele e Will vão me ajudar com tudo, eu comprei umas tintas fluorescentes, vou pintar uma galáxia no teto, parece besteira, mas adoro o universo.

Levantei da cama e fui em direção a cozinha, onde Will e Caio estavam presentes terminando de aprontar o café, cumprimentei eles e comecei meu café, após eu terminar troquei de roupa, fiquei apenas de short já que vamos mexer com tinta. Enquanto os meninos arrumavam as coisas na cozinha, fui para meu futuro quarto e já estava tudo lá, pronto pra ser pintado.

Fiquei sentado no chão, encarando o teto e em como ele ficaria fabuloso com uma galáxia enorme preenchendo ele, após alguns minutos caio e o Will entram no quarto, eles ficaram me encarando e me senti envergonhado.

— Vamos começar pintar? — Assenti levantando e indo em direção aos pincéis e ao balde de tinta.

— Você é muito branquinho, parece uma vela — Caio disse enquanto passava perto de mim.

Eu apenas ri disso e logo tiramos as tampas das latas, decidi que as paredes seriam em tons de branco, preto, azul claro. Os meninos começaram pintar as paredes e eu peguei a tinta fluorescente e comecei pintar o teto, era meio difícil porque sou baixo, mas consegui com a ajuda de uma escada.

Faltava pouco para acabar, quando terminei desci da escada e Will e Caio estavam sentados me olhando e aquilo me deixou vermelho, não gosto de atenção, e pelo o que percebi estavam lá por vários minutos, já que as paredes já estavam devidamente pintadas.

— Pronto agora podemos ir — Fui em direção a porta mas Will me agarrou e me arrastou para meio do quarto.

— Não antes disso — Foi então que Caio derrubou um pouco de tinta azul em mim, comecei gargalhar e peguei tinta branca e joguei no peito dele.

Por fim começamos uma guerra de tintas, e o resultado disso foi as paredes todas respingadas com as cores, se fossem mais densas as camadas Pollock ficaria orgulhoso.

Caio sujou a mão na tinta preta e marcou a parede branca, depois disse pra mim e o Will fazer o mesmo, eu peguei uma tinta lilás, e o Will a azul, a parede ficou com nossas marcas e Caio disse.

— Agora parece a parede do irmão urso — Rimos com o comentário e sentamos no chão olhando o quarto, já era tarde, faltava pouco para anoitecer.

— Onde aprendeu fazer isso? — Will apontou pro teto.

— Não sei, sempre gostei de desenhar, e eu tinha aulas particulares na Irlanda, e também tempo livre. — Era verdade, meus pais contratavam alguns artistas iniciantes pra me dar aulas em casa.

— Tá muito lindo mesmo, devia investir nisso — Caio disse fitando o teto, e eu agradeci.

— Obrigado — Suspirei, lembrar dos meus pais me afetava, eu sinto saudades.

— Você sente saudades dos seus pais? — Assenti, eu adoro meus pais e sinto muita falta, mesmo que eles não fossem tão presentes, mas os poucos momentos que tínhamos como uma família, para mim eram como ouro.

— Sinto sim, mas são coisas da vida, assim como a morte — Digo e ele assente.

— Não fica triste, agora você tem eu e o Will e vamos sempre estar para o que você precisar — Acabei rindo, mas de certa forma grato pelo apoio.

— A tinta secou e agora a gente precisa de um banho daqueles — Will estava certo, tinta seca é muito chato para limpar da pele.

— Melhor a gente tomar banho tudo junto, porque aí um ajuda o outro, economiza água também — Caio sugeriu e Will concordou.

— Pode ser, agora vamos — Assenti levantando do chão.

Fomos para o banheiro do corredor, entrei e em seguida eles entraram e tiraram os shorts, eu já estava envergonhado, sempre fico isso é uma droga.

— Vai tomar banho de short mesmo? — Caio perguntou já entrando no Box.

— V-vou sim — Digo sentindo minha voz falhar fazendo eu me sentir um tremendo imbecil.

— Ué, tudo que você tem nós temos não precisa ter vergonha Lou — Continuei parado, mas tirei o short meu rosto tava queimando, e queimou mais ainda quando os dois que já deviam estar tomando banho ficaram me encarando.

William

Louis tirou o short e tava com uma box cinza, foi então que prestei atenção que minha box era branca e que ficaria praticamente transparente quando ficasse molhada, Caio pareceu perceber isso também é e deu um sorrisinho, Louis estava super vermelho e isso significa que ele está envergonhado. Liguei o chuveiro e me enfiei debaixo dele, logo a água começou cair colorida, mas nas costas eu não alcançava.

— Louis esfrega minhas costas? — Ele assentiu.

Ele pegou a esponja e esfregou desde os ombros até a barra da cueca, em seguida Caio também pediu ajuda dele, e ele foi ajudar o Caio. Após nos estarmos devidamente limpos, ajudamos o Louis, fiquei de frente pra ele e passei o shampoo no cabelo dele e espalhei, Caio esfregava as costas dele com a esponja, em certo ponto percebi que ele analisava meu corpo, e desviou rapidamente o olhar pra minha box, não pude deixar escapar um risinho, porque aquilo significava algumas coisas.

Após o banho acabar fomos pro quarto nos trocar, Louis voltou do quarto dele vestindo o moletom que dei pra ele, caiu bem, ficava alguns centímetros maior, mas gostava de ver ele usando.

Deitamos e já era noite, ficamos em silêncio que foi quebrado pelo ronco alto do estômago do Louis, Caio riu e não pude deixar de rir, e ele como sempre ficou envergonhado.

— Tá com fome Louis? Vamos sair e comer algo — Obrigado senhor por ter permitido alguém inventar o fast-food.

— Onde? — Louis perguntou e lembrei de um lugar.

— Podemos ir num starbucks que tem aqui perto, é rapidinho — Lugares que ficam abertos por muito tempo, estão na lista de agradecimentos também.

— Ok, mas tá frio vou usar uma touca — Louis disse indo em direção ao guarda-roupa e tirando de lá uma touca.

— Vamos todos de touca então — Caio sugeriu.

— Tá eu tenho umas no meu guarda roupa — Tinha algumas toucas, foi da minha época "emo", antes de eu entrar pro time e toda essa palhaçada.

Louis pegou uma touca branca e arrumou sobre o cabelo, incrível como a cor branca fica ótima nele. Peguei uma azul e dei uma cinza pro Caio, calçamos nossos tênis e fomos para o carro.

Liguei o rádio do carro e estava tocando vídeo games da Lana Del Rey, pelo que percebi Louis gosta muito dela, porque numa parte da música ele cantou, a voz dele foi tão suave que eu e o Caio ficamos observando.

— "it's you it's you it's all for you" — Voz mais linda impossível, e se eu me importo de estar elogiando? Nenhum pouco.

Sorrimos e ele tomou coragem e continuou cantarolando bem baixo, o tempo estava com uma cara nada agradável, após vinte minutos descemos do carro e adentramos o local, indo para uma mesa no canto, logo um funcionário veio nos atender.

— Boa noite senhores o que gostariam de pedir? — O rapaz perguntou com bloquinho em mãos.

— Um chocolate quente e duas fatias de brownie — Lou pediu o dele.

— Chocolate quente e torta de chocolate — Mais chocolate, resolvi que não ia querer nada de comer feito de chocolate.

— Chá verde e bolo de limão — Disse e ele avisou que logo viria trazer.

Após o rapaz sair ficamos conversando, Louis estava sentando do meu lado, e Caio na nossa frente, após uns minutos Caio se levantou e foi ao banheiro.

Louis reclamou de cansaço e encostou a cabeça no meu ombro, e fechou os olhos, passei o braço ao redor dele e o trouxe mais para perto. E ficamos assim em silêncio, logo uma moça veio deixar os pedidos e disse.

— Vocês são namorados? — Fiquei sem jeito e fiz um sinal negativo com a cabeça.

— Ahh que pena, seriam um casal tão lindo — Sorri involuntariamente ao ouvir essa parte, Louis estava vermelho. Seria uma boa hora pra falar que somos primos? Logo Caio retornou a mesa, ficou estranho quando viu a gente, continuamos a conversa e comemos.

— Semana que vem é nosso jogo Will, o treinador vai dizer tudo, e parece que vamos ter que viajar pra lá — Assenti, estava animado pra esse jogo.

— Sério? Que legal, precisamos ganhar e entrar nas semifinais — Ele assentiu, Lou permanecia distraído olhando pro qualquer canto.

Após acabarmos, paguei a conta e fomos para casa, já estava chovendo um pouco, e Louis acabou dormindo no carro, realmente ele estava muito cansado. Quando chegamos, entrei com o carro na garagem e Caio carregou ele. Quando chegamos no quarto, Caio deixou ele na cama dele e tirou os tênis, e logo em seguida me pediu uma coisa bizarra até para ele mesmo.

— Will, posso dormir com o Louis? — Dei de ombros, fazia zeros sentido aquela pergunta dele.

— Dorme ué, você já fez isso outras vezes e nunca perguntou nada — Digo e ele assente, mas na minha cabeça estava uma voz berrando "NÃO". Ficamos em silêncio por alguns instantes, acho que já pode ter rolado algo entre eles, e ele não fala, esconde.

— Caio você é gay? — Insisti novamente.

— Não cara, deixa de idiotice, dormir com ele não me faz gay, assim como não te faz, já que você também dorme com ele — Assenti porque naquele ponto ele estava certo.

— Hum, mas você gosta do Louis? — Ele rolou os olhos e me ignorou.

— Will vamos dormir, foi um dia cansativo e amanhã ainda vão vir arrumar os móveis do quarto — Assenti e tirei minha roupa deitando na cama, antes de dormir conversei com Yasmin, parece que ela vai viajar para morar em outra cidade com os pais.

Caio

William está desconfiado, sinto que logo vou ter que contar a verdade para ele, ele é meu melhor amigo, entenderia de boa. Sobre o Louis, tudo que sinto tá se intensificando muito, quero ele perto de mim o máximo possível, e não sei o quanto vou controlar isso. Me deitei, e puxei ele pra perto de mim abraçando ele bem forte, dei um beijo na testa dele e fechei os olhos com o coração batendo forte no peito.

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