[setenta e cinco] "festa de doentes!"
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[ c a s t i e l ]
"Cass!" Dean resmunga, enquanto acabo de vomitar.
Cambaleio à pia, ouvindo meu marido vomitar também.
"Eu disse que era melhor não termos feito aquilo." Lembro, lavando minha boca.
"Hey... Mas amanhã vamos ter que ficar os dois em casa." Responde, curvando-se na pia.
"Estou sempre faltando do trabalho, o Gabriel ainda vai me despedir." Torço o nariz, retornando ao local onde nos encontrávamos antes, a sala.
"Só darmos a ele uma Emily que certamente seu trabalho está garantido." Dean gargalha.
"Por falar em Emily..." Começo, pegando no copo do meu marido e num comprimido de gripe, entregando-lhe. Logo em seguida, pego meu copo e a pílula.
Engulo o contraceptivo, assim como metade da água no recipiente, e, depois, um outro comprimido, para dor.
"Não faz mal tomar isso junto?" O cara-de-camelo questiona, esperando que lhe entregue o meu copo e eu assim o faço.
"Acho que não." Encolho os ombros e sento-me no sofá, embrulhando-me nos cobertores.
O Dean sai da sala, por alguns minutos, e volta a entrar, com seu celular em mãos, fazendo-me arregalar os olhos.
"Ele não quebrou?" Questiono, espantado.
"Aparentemente, não. Me vesti e fui deixar o lixo lá fora, quando ainda estava dormindo, e lembrei de ir procurá-lo." Conta, sentando-se à minha beira, pousando o telefone na mesa de centro. "Hm... Vem cá." Ele geme, chamando-me para seu colo.
Sorrio e sento-me nas suas pernas, encostando minha cabeça em seu ombro.
"Vamos ver sua cura." O cara-de-camelo ri, agarrando no controle e carregando no play.
O logotipo da DreamWorks não demora muito a aparecer e a música de início do meu filme preferido a soar. As mãos do Dean pegam no cobertor, cobrindo-nos até o pescoço.
"Já sabe o que é que o Brandon queria, quando ligou?" Pergunto, desviando meu olhar ao seu.
"Queria saber se algum de nós também tinha ficado doente por causa do queijo. Ele também comeu um prato inteiro daquela porcaria e está passando mal. E, como você não respondia, assumiu que tinha morrido." Afirma, fazendo-me gargalhar. "Convidei-o a vir aqui à tarde, para fazermos uma festa de doentes! YAY!"
"YAY!" Exclamo, rindo.
Consigo sentir os dedos do meu marido deslizarem lentamente pelas minhas pernas nuas, enviando arrepios por todo meu corpo. Engulo em seco, pegando suas mãos e afastando-as das minhas coxas.
"Sei o que está tentando fazer... E não vai funcionar." Digo, perto de seu ouvido, e acabo por depositar um pequeno beijo no seu pescoço, fazendo-o suspirar.
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"Não tenho certeza se pizza é a coisa mais saudável para se comer quando está doente." Revelo, acabando minha terceira fatia.
"Pizza tem polpa de tomate; e tomate é saudável. Logo, pizza é saudável." Dean retruca, pegando em mais uma fatia.
Estico o braço para pegar outro pedaço, mas paro a mim mesmo, encarando meu marido.
"Dean?" Chamo. "Você acha... Huh- Acha..."
"Vem cá." Ele murmura, batendo com as mãos no seu colo para eu me sentar no mesmo, e assim o faço. "O que foi?"
"Você acha... Que estou gordo?" Desvio os olhos aos meus pés apenas cobertos por umas meias coloridas. "Todos dizem que estou mais gordo..."
"Oh, Cass..." O cara-de-camelo começa e eu deixo a minha cabeça cair sobre seu ombro. "Você sabe que eles apenas dizem isso porque querem te ver grávido, certo, bebê?"
"Então... Você não acha?" Mordo o lábio inferior, receoso.
"O seu peso não define o homem que é. Mesmo se pesasse mil quilos, ia continuar a ser o mesmo Cass. O meu Cass." Diz, fazendo-me sorrir ao uso das palavras. "Não se preocupe, continua exatamente igual."
"Não acha que eu devia... Huh, talvez... Fazer uma dieta?"
"Claro que não, estúpido!"
"Ainda bem." Suspiro. "Porque, de qualquer forma, eu não faria uma dieta. Comida é vida." Afirmo, ouvindo-o gargalhar.
"A única maneira de ficar ainda mais bonito... Era ter uma barriguinha..." Confessa, pousando a mão na minha barriga e afastando-a lentamente, como se estivesse fazendo o tamanho da barriga que queria que eu tivesse.
"Dean..." Solto uma pequena gargalhada. "Não acha que somos muito novos para isso?"
"A sua mãe te teve com dezenove anos! Nós já temos ambos vinte e você está quase fazendo vinte e um!" Rebate, rodeando minha cintura com seus braços. "Você não quer ter filhos?"
"Bem... Sim, é claro que quero. Mas ando pensando em me candidata à universidade..." Conto, brincando com meus dedos.
"E não me falou nada?! Isso é ótimo!" Dean exclama, pegando delicadamente no meu queixo e observando-me.
"Acho que vou começar a juntar dinheiro e talvez consiga entrar no ano que vem ou no próximo." Deixo um sorriso aparecer nos meus lábios ao ver quão entusiasmado ele está por mim.
"Parabéns!" Festeja e junta os nossos lábios num beijo.
"Hey, ainda não entrei!" Rio, dando-lhe um pequeno murro no peito.
"Eu sei... Mas queria muito te beijar e precisava de um pretexto para isso."
Não consigo evitar um sorriso e colo os meus lábios à sua bochecha.
"Pensa no que eu te disse." O cara-de-camelo murmura e eu concordo.
"Talvez, possamos tentar..." Admito e logo um sorriso cresce no rosto dele. "Daqui uns tempos." Acrescento e Dean assente freneticamente, fazendo-me rir.