Um Amor Proibido (Obra Reescr...

By Garoto1D

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Para Louis a vida sempre foi uma incógnita, existiam coisas que não faziam tanto sentido, e uma dessas coisas... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 10

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By Garoto1D

William

Abri a porta do quarto devagar e vi Louis deitado, acho que deve estar dormindo, recebi uma mensagem da Yasmin e vou me encontrar com ela no cinema, preciso fazer as coisas andarem logo, tá demorando muito para ficar com ela e já tô meio irritado com isso. Fui em direção ao banheiro para tomar um banho, após meu banho vesti uma calça, e Louis me chamou.

— O que é Louis? — Perguntei enquanto me arrumava.

— Eu tenho um trabalho da escola para fazer, você poderia me levar no endereço que foi marcado? — Assenti, bom que ele tava interagindo com outras pessoas.

— Posso sim me diz o dia que te levo lá tá? Agora vou me encontrar com a Yasmin se cuida. — Ele me deu tchau e se deitou de novo.

Sai de casa e fui em direção ao shopping, cheguei lá e fui para a praça de alimentação e a Yasmin já estava me esperando, acenei pra ela e ela veio na minha direção.

— Oi amor — Falei da forma mais amável possível.

— Oi Will — disse meio ríspida e estranhei.

— Como você tá? — Indago e ela evita me olhar nos olhos, aí tem coisa.

— Bem e você?

— Ótimo, já sabe qual filme vamos assistir? — Ela assentiu sem me dar muita bola.

— Já, é o Jurassic World — Filme de dinossauro? Como assim? Só podia ser brincadeira dela com minha cara.

— Ah sim legal, vamos lá comprar os ingressos — Ela me seguiu animada.

Sinceramente fiquei frustrado com a escolha dela pensei até que seria um filme meloso, assim ficaria mais fácil de rolar um clima e de dar uns pegas nela na sala do cinema, mas não.

Compramos os ingressos a comida e fomos para sala, o pior é que o filme foi em 3D ou seja, toda aquela coisa fictícia de efeitos e ilusões, tirando a atenção completa dela, acho que ela deve ser fã desse filme, prestava atenção em cada detalhe. Até chorou na parte em que o dinossauro mal mata uns com o pescoço longo que na verdade pareciam mais um pênis.

Após esse filme saímos e eu super entediado e ela falava do filme, fomos na lanchonete tomar um sundae e ela acabou sujando a boca com a calda. Peguei um lenço e limpei, ela corou, as coisas tão melhorando aos poucos.

Saímos do shopping e já estava quase noite, lembrei de um lugar no parque que eu poderia levar ela, fica bem bonito a noite, pensei que poderia ser bom levar ela lá.

Estacionei o carro e começamos andar na trilha pelas árvores, até chegarmos num meio do jardim que era em forma de círculo, e era rodeado de flores, e aqueles postes de iluminação velhos ou seja clima já estava bom.

— Esse lugar é lindo Will — Ela disse olhando ao redor.

— Sim, gostou?? — Óbvio que sim, quem não gostaria?

— Sim.

Ficamos calados por alguns minutos, puxei ela pela cintura e dei um beijo, foi demorado e proveitoso, logo foi esquentando, minha mão ia para a cintura dela e eu dava alguns apertos na região, e sua mão puxava os fios de cabelo da minha nuca, estava muito bom, mas acabou porque um casal chegou com duas crianças e acabamos nos assustando.

Íamos caminhando pela trilha e ela estava com um risinho no canto dos lábios, logo um trovão estrondou o céu, e mais uma vez ia chover olhei para o alto e vi que o tempo estava bem feio, cheguei no carro com a Yasmin e decidi deixar ela na casa dela. Lembrei do Lou também, trovões assustam ele pelo que já percebi.

— Hey até mais te vejo amanhã — ela sorriu.

— Will obrigado pela carona — Falou e me deu um selinho. Observei ela indo para a porta da casa, e logo segui meu caminho. Começou chover, a chuva estava bem forte, e todo momento o céu ficava claro devido os raios.

Deixei o carro na garagem e subi as escadas indo para meu quarto, abri e vi Louis com os fones de ouvido, com o coberto ao redor do corpo, ele tava sentado, parecia estava tenso. Como eu previa ele estava com medo, fico pensando que tipo de vida ele levava para ter medo de chuva, fiquei pensando em ir acalmar ele, e acho que é o melhor.

Entrei e deixei o casaco na poltrona, sentei na minha cama e tirei os tênis, sentei na cama dele e puxei ele pra perto de mim.

— Obrigado — Disse sussurrando.

— De boa, mas vem cá, você não é grandinho demais para ter medo de chuva? Realmente ter medo de chuva, era meio tosco.

— Não sei, no dia que eles morreram eu estava dormindo e acabei acordando com barulho de trovões, Sebastian me deu a notícia e a acabei associando aquilo com chuvas fortes, antes de vocês irem a Dublin choveu e eu tive o mesmo problema que estou tendo agora— Rolei os olhos e abracei ele quando outro trovão iluminou as cortinas da janela.

Acabou dando um relâmpago e ele se assustou de novo, dei uma risada e puxei ele e abracei, botei os braços ao redor dele e apertei ele contra mim.

— Tem que parar com esse medo sabia? Você é grande já, sei que sua perda foi dolorosa e que esse pânico se instaurou em você, nem sempre vai ter alguém para te acalmar da tempestade. — Por mais que ele não quisesse aceitar, essa era a verdade. Existem coisas na vida mais assustadoras que a chuva.

— Desculpa se eu ajo desse jeito, mas existem coisas que vão além do que a gente compreende, gostaria de ser mais forte em certas situações, mas acho que essa é a única forma que consigo lidar com tudo — Disse com a voz triste, e quase me dei um tiro.

— Relaxa, você só precisa superar isso, o tempo cura tudo. Enquanto isso eu ainda tô por aqui para te acalmar — Ele riu e era o que eu queria, situações de medo por mais tosco que seja, não é legal brincar.

— Will, sabe quando eu era menor você gostava de mim? — Me surpreendi com a pergunta dele, e lembrei das vezes que nós íamos brincar e eu acabava tratando ele mal.

— Gostava sim — Na verdade eu detestava e ainda sentia um pouco disso, mas não ia falar isso.

— Mas as vezes você me machucava. — Era verdade, mas eu não fazia por mal, mamãe me obrigava a brincar com ele, e eu odiava isso, sempre odiei fazer as coisas de forma forçada, ainda mais ter que aturar as brincadeiras do Louis que eram extremamente chatas.

— É, mas é coisa de criança acaba acontecendo. — Então o silêncio se instaurou.

Ficamos calados e a chuva continuava, imagino que minha mãe vá buscar as meninas, ou já tenha pego. É engraçado isso, porque a maioria das vezes minhas irmãs ficam no hospital na ala das crianças com câncer, elas gostam de estar lá de brincar com aquelas crianças que lutam pela vida a cada minuto, eu acho isso lindo da parte delas, e chego a pensar que eu tenho que melhorar bastante pra ser uma pessoa a esse nível.

Senti os braços de Louis apertando um pouco mais minha cintura e logo percebi que ele havia dormido, fiquei observando o rosto dele, a forma lenta que ele respirava, as bochechas vermelhinhas como se ele estivesse envergonhado com algo, até o cabelo dele que estava bagunçado. Eu não sei porque tô tendo esses pensamentos, isso tudo está me deixando confuso, é estranho demais, talvez eu pudesse falar com o Caio sobre isso, não sei se ele me ajudaria, mas droga, deixa pra lá.

Resolvi deixar ele na cama e fui preparar algo para comermos, resolvi fazer apenas uma lasanha de micro-ondas já que a preguiça de fazer outra coisa foi maior. Lembrei que minha mãe chegaria com as meninas e resolvi fazer mais.

Após terminar fui no quarto e acordei ele para comer, nos sentamos a mesa e começamos, ele estava todo sonolento e era engraçado, após ele comer abaixou a cabeça na mesa e acabou dormindo ali mesmo, dorme pra porra esse menino.

Minha mãe trouxe as meninas e chegaram fazendo barulho, pedi pra fazerem silêncio e elas entenderam, minha mãe veio até mim e me abraçou, dizendo que teria de ficar de plantão e que era pra mim pôr as meninas para dormir e levar elas na escola, apenas concordei.

— Eu vou só comer algo, porque você não chama o Louis para ir pra cama? — Ela sugeriu enquanto arrumava o cabelo no espelho.

— Eu carrego ele — Disse e me aproximei de um Louis totalmente apagado de sono, queria saber de onde ele tira tanto sono.

— Sério?? — Falou um pouco surpresa.

— Sim mãe, antes de ir da logo o jantar das meninas tá? — Ela assentiu.

Fui na direção do Louis e carreguei ele no meu colo, e levei ele para o quarto, deixei ele na cama, e voltei para cozinha onde minhas irmãs já estavam comendo. Esperei elas comerem e fui para o quarto delas para por elas para dormir.

— Will conta uma historinha maninho? — Jade pediu, não era bom com história, mas tentaria.

— Conta Will aquela dos unicórnios — Assenti mesmo não fazendo ideia de que história Sofia falava.

— Aí meninas eu tô cansado pode ficar pra outra hora? — tentei fugir já saindo do quarto.

— Por favor maninho — Não resisti a carinha de gato pidão.

— Tudo bem eu conto. — Me rendi e logo voltei, fui até a banca de livros delas e peguei um com uns cavalos rosas na frente.

— Era uma vez, um unicórnio azul, ele estava andando pela floresta doce quando caiu em um buraco fundo demais, ele chorou e ficou lá, mas ao amanhecer um Pégaso preto passou sobrevoando o local e o ajudou sair de lá, levou ele pra casa, cuidou dos ferimentos, deu torta de maçã e ele aos poucos foi se sustentando, após alguns dias ele já estava melhor, e ele é o Pégaso foram amigos para sempre, o unicórnio azul ganhou asas da princesa safira, suas asas eram como galáxias, e assim ele pode voar com seu amigo para o infinito. — Que livro estranho.

Fechei o livro e percebi que ambas dormiam, me dirigi para meu quarto, tirei minha blusa e me deitei, fiquei vários minutos olhando para o teto, virei para o lado e vi o Louis dormindo. Lembrei da Yasmin e pensei que não seria certo transar com ela e depois lhe dispensar como se ela não valesse nada. Decidi que não iria fazer isso. Fiquei focado no teto, com a cabeça vazia apenas observando tudo, quando uma voz rouca de sono corta o silêncio do quarto.

— Will? — Louis me chama com os olhos quase fechados.

— Oi?

— Dorme comigo? — Me surpreendi com aquele pedido.

— Por que? — Perguntei fitando ele.

— Não sei, quero você perto só isso. — Assenti, relutante e fiquei confuso com o que ele disse, resolvi atender seu pedido, puxei o edredom e deitei ao lado dele que logo me abraçou, correspondi ao abraço dele.

— Você é quentinho parece um urso sabia? — Disse entrelaçando os braços no meu corpo. RI com o comentário e a voz embargada de sono.

— Dorme Louis, amanhã temos aula. — Após alguns minutos Louis já dormia novamente, e meu coração estava acelerado e eu percebi isso a pouco, tentei relaxar para pegar no sono mas estava meio complicado.

Eu era um cuzão hipócrita, infernizei o Caio e agora estava aqui com Louis na mesma situação que eles estavam, suspirei fundo e tentei relaxar o máximo possível.

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