Eu e o seu fantasma

Von chan_sango

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O passado de Catra não foi nada normal. Por isso, em sua vida adulta, orgulhava-se de andar nos eixos da roti... Mehr

PRÓLOGO - A vida normal de alguém nada normal
2. Bom dia, mundo, tenho um Pokémon fantasma!
3. Se você morrer, eu te mato!
4. O estranho caso das pedras que se mexiam
5. Apresentei a fantasma pra família. Não recomendo
6. Me chama no tabuleiro Ouija, bebê
7. Tenho nem roupa pra sentir tudo isso
8. Masterclass de poltegeist com loira falecida
9. Adora amara Mara, Mara adora Adora
10. Vida e morte de uma Gasparzinha confusa e boiola
11. Descobrindo a infância sem dente de Adora (e outras coisas)
12. Antes não sabia nada, mas, hoje em dia... Sei muito menos
13. Mantenha distância. Substância altamente (gay) apaixonada
14. O ataque cardíaco do coração morto-vivo
15. Aqui não é Teletubbies para ter hora de dar tchau
16. O início de um sonho
17. DEU TUDO ERRADO
18. A fantasma que invadia sonhos
19. Sonho dentro do meu sonho que sempre quis sonhar
20. Duas mentes em sincronia, um ponto de partida
21. A consequência de um despacto
22. O tempo não é infinito
23. Histórias de fantasma têm finais felizes?

1. Quem invocou a loira do banheiro?

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Von chan_sango


Autora falando:

E ai? Então vamo começar essa bagaça?

POV de Catra. Boa leitura <3



****

Lá se vai mais um dia. O fim do expediente é sempre um alívio para Catra. Ela pega a jaqueta, o capacete e vai para a área do estacionamento assobiando alguma música chiclete que Glimmer ouviu mais cedo em casa. Prende o cabelo encaracolado e castanho em um rabo de cavalo baixo e o ajeita dentro do capacete com o visor já abaixado para proteger seus olhos azul e âmbar. A jaqueta já bem vestida a protege do vento conforme vai acelerando sua moto pelas estradas desertas da madrugada até chegar ao seu tão querido lar.

E hoje teve horas desafiadores no trabalho. Por algum motivo provavelmente idiota, um grupo de homens relativamente jovens ficaram bebendo no posto a noite toda. A cada vez que precisava atendê-los, mais irritada ficava, porque mais desrespeitosos eram. Um deles teve a audácia de ameaçar não pagar a própria cerveja que consumia caso ela não passasse seu telefone. Foi salva pelo próprio olhar de fúria, que é muito mais intimidador que qualquer cantada barata.

– Será que é pedir muito acordar um dia e não ter mais homens no mundo? – Murmurava sozinha enquanto desligava a moto estacionada no portão de casa. – Quer dizer... Alguns podem ficar, tipo o Micah. Mas não muitos também, porque estraga o oásis...

Destrancou a porta e entrou dando um suspiro aliviado. De novo lembrando que lá se vai mais um dia. Estava exausta de verdade hoje. Antes mesmo do estresse noturno, já tinha passado por um desentendimento com a colega de turma que supostamente faria dupla para uma apresentação. Não vão mais, não depois de ter xingado a mãe da coitada de todos os nomes imundos da vida. Não tinha culpa se a abusada testara todos os seus limites também. Nunca que Catra aceitaria ficar com toda a tarefa enquanto a bonita só fazia lixar as unhas em todas as reuniões, isso quando inventava desculpas para sair mais cedo e não dar mais sinal de vida sobre a parte dela.

Ela que lute agora e reze para que o professor aceite a famigerada dupla com Deus para a avaliação semestral. Culpa daquela garota preguiçosa...

– Hmm... Acho que no meu mundo perfeito sem homens também não quero essa ridícula. Por mim, ela pode sumir – divagava na frente da geladeira aberta, beliscando algumas fatias de presunto para amenizar a fome da madrugada.

Tá. Chega de pensar no seu dia.

Achou alguma gororoba num pote do lado do presunto e ficou muito mais interessada. Provavelmente era um resto de lasanha que Glimmer não terminou de comer mais cedo. Essa seria sua janta, ou quase café da manhã.

A casa estava em total silêncio. Sua irmã e pai de consideração deviam estar além do décimo sono, pois passava das 2h30 da manhã. Esse momento de paz e quietude era um alívio e tanto para Catra. Não que ela não gostasse da companhia de sua pequena e nada convencional família, mas, eles cansavam sua beleza demais às vezes.

Glimmer parecia um jigglypuff com tendências de bipolaridade. Em momentos, fazia jus à carinha de bebê com cabelos curtos lilás e olhos brilhantes da mesma cor sendo fofa, em outras, mostrava sua verdadeira essência demoníaca perdendo a paciência e gritando por literalmente qualquer coisa. Já Micah era gente boa, e, também, o que muitas colegas de classe dela e de sua irmã no Ensino Médio chamavam de sugar daddy.

Super inapropriado para idade dessas meninas assanhadas, fato. Contudo, Catra tinha que admitir que seu pai postiço era boa pinta com aquela barba de fios pretos meio acinzentados e cabelos da mesma cor na altura dos ombros, eventualmente presos em um semi coque. Bom para ele e as eventuais namoradas ricas que conseguia conquistar durante os shows de ilusionismo. Isso rendeu boas viagens e mimos luxuosos para ela e Glimmer em algumas ocasiões.

O defeito de Micah? Ele era superprotetor em um nível absurdo, o que fazia Catra se sentir com 12 anos em plena vida adulta. Foi quase um parto convencê-lo a aceitar seu trabalho de noite. Demorou uns 4 meses e quase perdeu a vaga por isso. E claro, outra coisa irritante era o lado tiozão das piadas ruins que ocasionalmente dava o ar da graça, sempre em momentos questionáveis.

O foda é que não podia reclamar. Catra não era a melhor pessoa do mundo também. Atualmente até estava mais tolerável, verdade. Ainda assim, Micah e Glimmer aturaram todas as fases mais estranhas e rebeldes por qual passou, não mereciam seu julgamento de jeito nenhum. Três pessoas completamente diferentes vivendo juntas para lidar com suas próprias diferenças foi como, por muitos anos, a jovem enxergou seu recente e árduo núcleo familiar. Com o tempo, notou que nem tudo era sacrifício, nem tudo era se esforçar para respeitar limites e espaço de cada um. Também havia amor, e, principalmente, reciprocidade. Demorou para perceber, mas, sim, Catra os amava e era amada por eles. Uma troca que nunca ocorreu antes em sua vida.

Sem perceber, estava sorrindo com o olhar perdido em algum ponto randômico da parede da cozinha mastigando o último pedaço da lasanha. Várias lembranças boas ao lado das duas melhores pessoas que conhecera invadiram seus pensamentos.

Entendia que este era o mecanismo de cura de dias cansativos que seu cérebro mais usava. Ele gostava de mostrar o quanto havia conquistado depois dos males pelos quais precisou passar quando mais nova, uma maneira de lembrar que agora está em ótimas condições, não importa o quão bosta tenham sido as últimas horas. Nada é pior do que aquele tempo do qual Catra sequer se lembra.

Terminou de comer e largou a louça para o primeiro felizardo que acordasse na manhã seguinte. Seu corpo implorava por um descanso, precisava se preparar para dormir. Não antes de tomar um banho, claro.

Subiu as escadas em silêncio, foi no quarto largar a bolsa e pegar peças de roupa confortáveis para vestir depois de limpa. Cada movimento que fazia era mais automático, não olhava para os lados, não olhava para nada. Entrou no banheiro depois de fechar a porta e acender só a luz da bancada. Preferia tomar banho quase no escuro assim mesmo. Foi até o espelho para tirar seu perfeito delineador do rosto e, em um breve momento que desviou o olhar para pegar um demaquilante ao lado da pia e voltar, outro reflexo além do seu surgiu na parede atrás de si, há uns 3 metros de distância.

Na mesma hora seus olhos arregalaram e tudo o que segurava nas mãos foi jogado para o ar. Quase gritou. Quase. Ainda bem que estava acostumada a ser silenciosa por causa do horário até mesmo em momentos de tamanho susto, como esse.

Mal conseguia se mexer, a não ser para tremer feito um cachorro molhado no frio, enquanto continuava encarando o vulto repentino. Vulto, não. Era literalmente uma pessoa, ou algo do tipo. Uma mulher loira, mais alta que ela, de olhos azuis quase cinzas e uma peça única de roupa que mais parecia um macacão branco colado com detalhes vermelhos nos braços.

Piscou uma vez, contou até 3. Piscou mais uma, contou até 6. Depois picou mais e contou até 9. Fechar os olhos e espaçar o tempo em que os mantinham fechados era uma das inúmeras técnicas para quando dava sinais de que voltaria a ver e ouvir coisas que não queria. Micah a ensinou, logo que veio morar com eles.

Dessa vez, contudo, não funcionou. A mulher ainda estava lá em pé parada e encarando de volta. Havia bons anos que não tinha alucinações... Por que isso agora? E por que uma mulher que nunca viu nada vida? E por que ela era meio que atraente também? Nenhuma de suas alucinações eram figuras admiráveis.

– Agora tô vendo loiras futuristas, essa é boa... – Voltou a falar sozinha, olhando para o próprio reflexo para tentar ignorar a companhia atrás dela, querendo desesperadamente parar de tremer. – Acho que tô precisando sair com alguém, ter uma noite decente ou sei lá... Voltar a fazer terapia é uma opção também.

– Tá achando que eu sou fruto da sua imaginação? – A aparição misteriosa indagou em voz baixa, evidentemente insegura com o contato.

– É óbvio, minha filha! – Catra correspondeu o olhar ainda de costas, através do espelho, voltando a tirar sua maquiagem. – O que mais poderia ser?

– Eu sou real, eu... – A loira gesticulava e gaguejava ao falar. – Bom, não sei como vim parar aqui, mas... Não sou miragem, alucinação ou... Ou algo do tipo.

A morena, então, parou tudo o que fazia e congelou novamente. Seus olhos voltaram a fitar a outra de maneira espantada. Decidiu virar-se abrupta e confirmou que a loira estava lá mesmo, atrás dela, o que a fez abrir e fechar a boca na tentativa de falar mais de uma vez.

– Se... Se... Se você é real – cochichava esbaforida, expressando seu medo. – Então... Então está invadindo a casa? Você é... UMA MANÍACA PSICOPATA ASSASSINA?

A última parte da frase foi literalmente um grito agudo e falhado. Desistiu de segurar a voz depois que tudo parecia muito real para seu gosto.

Catra correu para a porta do banheiro e tentou abrir algumas vezes antes de se tocar que ela mesma tinha trancado. Isso deu tempo o suficiente para que a maníaca, antes só uma alucinação inofensiva, pudesse desesperadamente se explicar.

– Não! Não, não, não! – Ela balançava as mãos freneticamente e chegava mais perto de Catra, que se encolheu na quina entre a parede e a porta acuada. – Eu não sou nada disso! Calma, por favor! Não quero matar ninguém e... Nem sei se consigo, na verdade... Mas, mesmo se conseguisse, não! Não mesmo!

Essa alucinação estava de parabéns na atuação e autonomia. Era um pouco perdida nas falas, o que dava até um requinte de realidade. Nunca antes tinha conversado com uma delas... Alias, era mesmo uma miragem, não é? Só podia ser.

Depois de ouvir um suspiro longo e frustrado vindo da loira, Catra decidiu parar de esconder o rosto com os braços e encará-la. Não abriu mão de ficar no canto da parede.

O silêncio ainda era unânime na casa. Pelo visto ninguém acordou com seu gritinho histérico.

– Olha... Eu também não sei o que tô fazendo aqui, tá? – Tinha insegurança no tom de voz da mulher miragem de novo. – Eu meio que... Meio que estava dormindo, eu acho... Sabe quando você sonha tudo preto? Tipo um sonho sem ter um sonho acontecendo exatamente?

A morena acenou com a cabeça positivamente e a outra continuou:

– Então... Era tipo isso, mas aí comecei a ficar com agonia desse breu e pensei muito que queria acordar e... E agora eu estou aqui. Não sei exatamente onde é aqui... Ou o motivo pelo qual sinto que preciso estar aqui, mas é isso...

– Espera... Você sente que precisa estar aqui? – Catra desencostou da parede e ficou propriamente em pé de frente para a mais alta. – Como assim?

– É tipo um campo de força que me puxa, me atrai ou sei lá... E eu não consigo sair... É mais como se eu não quisesse sair... Meu corpo não me deixa sair... Eu preciso ficar aqui

– No meu banheiro? – A mulher de olhos coloridos cruzou os braços.

– Aham...? – A mais alta deu de ombros e a encarou confusa. – Eu acho

O silêncio se instalou e Catra ficou presa em seus pensamentos. Queria tentar desvendar esse mistério surreal. Uma miragem muito, muito consciente que a dizia que não sabia o que fazia ali, mas, que precisava ficar ali. Era como uma assombração, um...

É ISSO!

– Ei – deu dois passos para se aproximar dela.

– Hum?

– Posso encostar em você? Ou você tenta encostar em mim, tanto faz...

– Por que?

– Talvez você seja um fantasma, ou sei lá... Já pensou nisso?

Catra estava prestes a encostar nela quando a mais alta se afastou balançando a cabeça em negação.

Na hora percebeu que o 'não' gesticulado era tanto para responder sua pergunta quanto para que mantivesse a distância. Ela não queria ser tocada, e deveria ser respeitada por isso. A mais baixa, então, recuou.

Também... Com uma técnica de aproximação nota 10 dessas...

– Tenta, então... – a de cabelos castanhos apontou para o local mencionado, fazendo a outra seguir com o olhar – Pegar algum objeto ali da bancada.

– Tá

Com a mesma determinação da resposta, a mulher misteriosa se aproximou da dita bancada e foi certeira no mesmo demaquilante que antes Catra segurava. Fez o mesmo movimento que qualquer pessoa faria para segurar a embalagem, tirando o fato de que sua mão simplesmente atravessou o objeto, como se ela fosse imaterial.

Na hora, sua fisionomia mudou para algo entre estar curiosa e horrorizada simultaneamente.

– Q-Que... Que merda é essa? – Ela exclamou mais para si do que para a outra.

– Eu disse... – Catra levantou as duas palmas para cima e deu de ombros.

– Mas o que tá acontecendo comigo? – Agora direcionava sua fala para a menor, perguntando atordoada.

– Ué, eu não sei! – A morena continuou a falar receosa depois que sua resposta visivelmente a deixou frustrada. – Quer dizer... Acho que você é um fantasma mesmo, ou uma aparição... Alguma coisa desse tipo.

– Não, cara... Não mesmo! Eu sou uma pessoa! – Ela levou as mãos à cabeça e quase despenteou o rabo de cavalo perfeito.

Se é que fantasmas despenteiam cabelos...

– Olha, calma, tá bom? E pensa comigo – Catra tentava ser paciente, mas já cruzava os braços em agonia. – Você não consegue segurar nada, surgiu no meu banheiro depois de um "sono profundo" e sente um campo de força te prendendo em um lugar.

– Eu não sou um fantasma!

– Ah, pronto! – Desistiu da paciência e bateu o pé. – Agora além de me assombrar, também vai teimar comigo!

– Eu não tô te assombrando! – A outra também bateu o pé para intimidar. – Você não tem ideia de como eu gostaria de não estar presa aqui com uma pessoa mal educada como você!

Mal educada? – Levantou uma das sobrancelhas depois de bufar. – Querida, tu me aparece no meu banheiro dando uma de Gasparzinho às 3 da manhã e eu que sou a mal educada?

Isso deixou a fantasma sem palavras. Abriu a boca algumas vezes para tentar falar prontamente, só que nada elaborou. Até que sua fisionomia era menos de raiva e mais de preocupação.

– Pelo menos... – Ela balbuciou. – Pelo menos me ajuda...

– Olha, você tá morta – Catra voltou a se sentir segura o bastante para andar para perto do box, virar de costas para a visita espiritual e tirar a blusa. – Eu não sei como posso te ajudar. Eu só sei que tá tarde, amanhã tenho um dia cheio e só quero tomar um banho e dormir. Então eu vou te ignorar e, talvez, se fizer o mesmo, você consegue ficar livre do campo de força ou sei lá o que que te prende aqui.

A mais baixa discretamente virou a cabeça e percebeu que a companhia sobrenatural estava imóvel, virada de costas para lhe dar privacidade, acuada no mesmo canto entre a porta e a parede que Catra ficara a minutos atrás.

Nada disse depois de sua última fala. Ótimo, então ela concordou com todo o lance de ignorar. Era o sinal que precisava para finalmente tomar o seu tão desejado banho, vestir sua blusa larga e shorts super confortáveis, escovar os dentes e ficar prontíssima para dormir.

Para isso, precisaria passar perto da aprendiz de loira do banheiro e abrir a porta, o que não seria um problema já que fantasmas são super atravessáveis. E Catra seguiu o seu caminho, apesar de sentir a curiosidade remoendo por dentro. Só para tentar amenizá-la um pouquinho, resolveu encarar aquele rosto pálido uma última vez. Quando o fez, viu os olhos azuis tão abertos e as pupilas tão diminuídas em choque que se arrependeu na hora de ter sido tão insensível diante da suposta morte da mulher.

Pelo menos os pêsames deveria ter oferecido.

– Ei, loira futurista, sinto muito pela sua morte... – Ela admitiu suspirando arrependida. – De verdade... Espero que... Descanse em paz, sei lá.

– Tudo bem... Ahn, obrigada, eu acho. – A fantasma desviou o olhar vago para encarar Catra ainda bem desnorteada. – E meu nome é Adora.

– Ah, sim... Sou Catra.

– Então durma bem, Catra – Adora deu um sorriso triste.

– Valeu.

Catra apagou a luz e abriu a porta depois que a mais alta saiu do canto.

Assim foi para o quarto, atônita por simplesmente estar num entrave mental sobre como acabara de se despedir de uma mulher morta no seu banheiro. Pelo menos parecia cada vez menos uma alucinação, bom sinal para sua saúde mental. Ou se for o caso de estar mesmo vendo coisas, era quase certo que uma noite de sono curaria tudo isso.

A cama era encostada na parede e ela sempre dormia para esse lado, assim evitava imaginar presenças não desejadas no meio das grandes sombras que faziam os objetos no seu quarto. Logo caiu no sono, logo se desprendeu de suas memórias recentes com uma certa fantasma. Tudo ia voltar ao normal no dia seguinte. 


*

*

*

Autora falando:

Volto na sexta para vcs descobrirem se foi tudo uma ilusão kakaka

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