18. A fantasma que invadia sonhos

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Autora falando:

DO NADA um capítulo. É, tô assim agora uahauhau

Não sei se vocês estão preparados para o tanto de coisa que acontece nesse POV Adora, sabe...

Prevejo surtos. Masss...

Boa leitura <3


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Adora não esperou nem 24 horas para pôr o projeto sonho em ação.

Ela, Glimmer e Catra chegaram do jantar e não demoraram muito para se preparar para dormir. Quer dizer, Adora só esperou ansiosamente para que Catra pegasse no sono e ela pudesse, então, iniciar a tentativa de invadi-lo.

Obviamente que o assunto desencadeou uma certa reflexão sobre até que ponto seria invasivo demais chegar no meio dos sonhos da outra mulher. Ao mesmo tempo, tinha a vaga sensação de que ela jamais odiaria essa ideia.

Seria uma surpresa boa, não tinha como dar errado.

Só faltava mesmo descobrir como faria essa ideia dar certo. A conversa com Bow, apesar de esclarecedora, não foi muito objetiva no quesito método. Só ela e mais ninguém que teria que tentar.

Uma vez que percebera o sono profundo da mais baixa, começou a fitá-la fixamente, trabalhando mil e uma teorias sobre como começaria. A primeira tentativa foi de longe, apenas usando a tão dita força da mente encarando-a até acontecer algo.

Não aconteceu.

Na segunda, a mente ainda era a protagonista. Porém, resolveu se aproximar um pouco mais, agachar no mesmo nível do rosto dela e fechar os próprios olhos.

Também não adiantou.

Lá se foram outras diversas alternativas, tantas que até mesmo parou de contar. E no final das contas, só ficava mais e mais frustrada.

Não estava funcionando, havia perdido alguns bons minutos já. Quiçá, horas.

Suspirou profundamente e voltou a abaixar, observando bem de perto o rosto da amiga que tanto amava. Nessa hora já não sabia se estava tentando mais alguma coisa ou só se perdendo naquela calmaria estonteante, na respiração serena, na expressão quase angelical.

Tudo o que mais queria era ser capaz de encostar nesse rosto, deslizar a ponta dos dedos por todos os traços. Às vezes, era só esse desejo que a movia. Como agora. Sabia que seu corpo todo pulsava e seus olhos cianos nem piscavam só porque esse momento era o mais perto que poderia chegar, e, ainda assim, parecia tão pouco que não queria desperdiçar um segundo sequer.

Já na baixa expectativa de conseguir alguma coisa, esticou uma das mãos para fingir acariciar a lateral do rosto de Catra. A intenção seria tirar uns poucos fios do cabelo bagunçado de perto do olho e da bochecha. O desejo era intenso, o toque, inexistente, jamais sentido.

De qualquer modo, conseguiu tirar uma nova sensação daí.

Conforme sua mão passava por perto da testa, sentia-se puxada para mais perto. Era como uma versão do campo de força, só que específico e mais presente perto da região da cabeça. Repetiu a proximidade mais algumas vezes, até perceber que era quase como se estivesse fundindo seu espírito no dela, algo jamais acontecido antes.

Será que era assim que chegar no sonho? Tentando entrar em Catra como se quisesse possuí-la? Adora podia fazer isso, afinal?

Não fazia ideia. Também não se conformava como, até hoje, nunca tentara algo do tipo.

Eu e o seu fantasmaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora