Uma missão de Hermione Granger

Da OliversLestrange

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Tudo deveria ter acabado com a queda de Voldemort. Mas não foi o que aconteceu. E de repente ela estava alter... Altro

Capítulo 1: O início
Capítulo 2: O primeiro passo
Capítulo 3: A Ordem da Fênix
Capítulo 4: Novas Alianças
Capítulo 5: O plano
Capítulo 6: A Câmara Secreta
Capítulo 7: A descoberta de Sirius
Capítulo 8: Severus Snape
Capítulo 9: O encontro
Capítulo 10: Regulus Black
Capítulo 12: O natal
Capítulo 13: O vínculo de almas gêmeas
Capítulo 14: O diário de Tom Riddle
Capítulo 15: A Caverna de Cristal (Parte I)
Capítulo 16: A Caverna de Cristal (Parte II)
Capítulo 17: Perdas
Capítulo 18: os Prewett
Capítulo 19: Aniversários
Capítulo 20: Especulações
Capítulo 21: Fenrir Greyback
Capítulo 22: O Ministério da Magia
Capítulo 23: A eleita
Capítulo 24: A verdade para os Potter
Capítulo 25: Travessuras
Capítulo 26: A garota Amaldiçoada
Capítulo 27: Legilimência
Capítulo 28: O Diadema (Parte I)
Capítulo 29: O Diadema (Parte II)
Capítulo 30: O Diadema (Parte III)
Sem mentiras

Capítulo 11: A cabana dos Gaunt

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Da OliversLestrange


Véspera de natal.

Hermione se sentiu nostálgica por um momento, ao se lembrar de quando era mais nova, provavelmente em um momento assim estaria com seus amigos ou seus pais, comprando presentes de última hora e organizando o que comeriam na ceia. No entanto, não era nada disso o que ela estava fazendo.

- Uou, você consegue sentir isso? - disse Sirius quando haviam acabado de aparatar em algum lugar naquela maldita floresta esquecida por Deus.

- A aura de magia negra irradiando por todos os lados? Sim, com certeza sinto. – ela se encolheu brevemente quando eles começaram a caminhar lado a lado, os dedos de Sirius quase tocando os dela. Apesar de terem se encontrado bastante na última semana, o estranho enlace deles nunca foi o tópico ideal da conversa.

Sirius parou subitamente.

- O que foi? - ela apertou a varinha ao lado do corpo firmemente.

- Acho melhor fazermos um reconhecimento de área primeiro.

- Não há ninguém aqui. - Hermione assegurou, pelo menos, na realidade de onde veio nunca houve ninguém aqui.

- Como auror, sou responsável por você. - ela o encarou com deboche e ele a ignorou veemente - Me vejo na obrigação de fazer reconhecimento do território.

- Você sabe que isso é ridículo, não sabe? Mas tudo bem, se isso te fará dormir melhor a noite sinta-se à vontade. - ela apontou para onde possivelmente era a cabana de Gaunt, mas que sabiamente estava escondida atrás de feitiços protetivos e ilusórios. - Você sabe derrubar barreiras de proteção?

- Bitch please, James jamais admitira isso, mas eu sou o melhor da minha turma passarinho, é claro que sei. Entretanto, isso não será necessário, por enquanto. - ele retirou sua longa capa preta, a depositando em baque no chão coberto de neve. Em seguida passou para a camisa, e então para os sapatos, Hermione se deparou então com o físico admirável do Black mais velho, o peito duro e largo, os quadradinhos salientes da barriga e a mão dele que ia em direção do zíper de sua calça, a região em "V" levando ao... - Quer tirar uma foto? Durará mais.

Hermione se virou rapidamente, sentindo as bochechas quentes principalmente por causa do riso baixo dele em suas costas.

- O que droga você está fazendo, Sirius Black? - ela perguntou tentando soar irritada, mas parecia mais uma garotinha que foi pega com a mão no pote de biscoitos.

- Não se finja de idiota, passarinho. Eu sou um animagus e você sabe disso. - ela ouviu o som do tecido da calça farfalhar enquanto ele a descia pernas abaixo.

- Certo, mas no meu tempo você não retirava suas roupas.

- Eu aprendi a fazer então? Sempre disse a James que conseguiria. - Hermione ouviu o riso na voz dele - O Sirius de agora não consegue, infelizmente. Entretanto prometo que irei me aperfeiçoar para não chocá-la tanto. Se bem que pelo calor que vi em seus olhos, você gostou mais desse meu tipo de transformação.

Hermione se virou boquiaberta para ele e pronta para revidar seu comentário adequadamente, mas o que encontrou foi apenas um enorme cachorro preto, confundindo comumente com um sinistro, que rodeou suas pernas uma ou duas vezes antes de enfiar seu focinho gelado na palma de sua mão em busca de carinho.

- Você é muito abusado, Sirius Black. - ela acariciou os pelos de sua cabeça e ele abanou o rabo feliz, soltando de Hermione uma risada alta -Bobo.

Subitamente suas orelhas se levantaram e o animagus rosnou, se lembrando de sua missão, ele a abandonou e sumiu por entre as árvores correndo como um verdadeiro lobo. Hermione esperou apreensiva enquanto o tempo passava de forma dolorosamente lenta.

Um barulho bem baixo de patinhas na neve indicou sua chegada alguns minutos depois, Sirius simplesmente se tornando humano novamente diante dos olhos dela.

- Você realmente está tentando me fazer com que eu me acostume com você nu, não é? - Hermione suspirou dando as costas à figura nua e ouvindo sua risada rouca, tentando esquecer o vislumbre do que pendia entre suas pernas.

- Eu sou bonito, passarinho. E o que é bonito, é para ser mostrado. - ela ouvia os sons dele resgatando suas roupas - E sim, torço para que se acostume, a ponto de podermos tomar banho juntos.

Ela se virou furiosa para ele, ao menos ele já havia vestido suas calças.

- Como é que é? - Hermione se virou estupefata para o Black.

- Eu disse apenas tomar banho, o que você pensou safadinha? - ele arqueou a sobrancelha de modo malicioso e vestiu seus sapatos. – De qualquer modo, sinto impedir seus pensamentos pecaminosos sobre você e eu completamente nus em um chuveiro, mas não há nada lá, como você disse, apenas fortes e obscuras barreiras de proteção.

- Certo. - Hermione caminhou na direção da cabana sussurrando feitiços que a revelassem e que fossem capazes o suficiente para derrubar as barreiras. Alguns minutos depois, Sirius se juntou a ela e eles passaram a feitiços murmurados e energia vital se esvaindo.

E então ela apareceu. A velha cabana dos Gaunt.

- Não parecia tão feia quando vim de animagus. - comentou ele olhando as madeiras pretas e podres, ao pisarem no primeiro degrau da escada, a madeira rangeu bizarramente.

- Você acha que tem algo dentro?

- Da última vez que eu visitei uma casa nessas circunstâncias, uma velha se transformou em cobra e quase me matou. - disse ela se lembrando do episódio em Godric's Hollow. Sirius passou a frente dela e Hermione, logo após revirar os olhos dramaticamente, foi obrigada a impedi-lo - Isso não significa que tenha algo dentro dessa se quer saber, Dumbledore não encontrou nenhum empecilho da última vez.

Hermione abriu a porta e o ranger fez seus ossos tremerem, a casa estava escura e fria, a magia negra deixando o ar denso e a respiração difícil. Aquele lugar certamente não era um bom lugar.

- Lumus. - sussurrou e a luz de sua varinha iluminou o cômodo diante deles. Teias de aranha estavam espalhadas por todos os lados, o cheiro de mofo pairava no ar vindo diretamente dos móveis apodrecidos. Hermione suspirou alto quando viu algo se movendo no canto, era um rato correndo rápido, assim como outros animais e bichos peçonhentos que compunham o cenário bizarro e sujo.

- Eu nunca mais vou reclamar da cabana de Remus novamente. - disse Sirius limpando a mão na calça após encostar acidentalmente na poltrona perto da janela da sala.

Hermione olhou ao redor, a cabana não era tão grande quanto parecia do lado de fora. A sala era agregada à cozinha, um fogão tão antigo quanto o próprio Voldemort fazia parte do cômodo. Havia também uma porta que provavelmente levava ao banheiro e duas outras portas que deviam ser quartos.

- Se você fosse um louco genocida, aonde esconderia parte da sua alma? - perguntou Hermione andando em direção a estante de livros, os sons de suas botas ecoando pelo chão de madeira.

- Eu teria escondido no oceano. - Hermione o encarou - Qual é? Já viu o tamanho do oceano, ninguém jamais acharia uma horcrux lá.

Havia sentido naquilo, mas Hermione não disse mais nada sobre. Dumbledore não revelou a ela essa informação, apesar de tantas outras.

Hermione analisou livro por livro que compunham a estante antiquada, e não ficou surpresa quando notou que todos eram de magia negra: poções, feitiços, torturas, artefatos antigos e mágicos... Ela pegou um ou dois antes de ouvir Sirius falar numa voz horrorizada.

- PASSARINHO, acho que eu achei o anel. - Hermione seguiu o som de sua voz que ia para um dos quartos no fim da cabana, Sirius estava parado na porta com a varinha iluminando o cômodo, ao chegar atrás dele, Hermione conseguiu olhar por cima de seu ombro e segurou um grito ao ver o cadáver no quarto. - Pelo menos não há mais tecidos para feder. - Hermione lançou um olhar aborrecido para Sirius que apenas deu de ombros.

O anel brilhava a luz da varinha deles, a caveira de alguém, e Hermione acreditava ser de um dos Gaunt, estava depositada sobre a cama, inerte. Aquilo fazia tanto tempo?

Vagarosamente e olhando muito bem ao seu redor, Hermione caminhou até estar ao lado do braço direito da caveira, ela analisou o amontoado de ossos por um momento antes de mover sua mão em direção ao anel. E assim que ela tocou o aro metálico, um grito horripilante irrompeu no silêncio sepulcral do quarto. Não era de Sirius e muito menos dela, ela constatou tardiamente. Era da caveira que agarrou seu braço com agilidade e força.

- Uma caveira maldita! - Sirius gritou - Aquele cara de cobra criou a droga de uma caveira maldita! - o Black lançou um estupore em direção a criatura maldita, mas de nada adiantou. Os dedos ossudos agarram o pulso da castanha de modo cada vez mais firme, apertando a cicatriz feita pela Lestrange, Hermione gritou de dor ao sentir queimar, magia negra encontrando magia negra, a fazendo cair ajoelhada ao lado da criatura das trevas, sentindo sangrar. Os olhos ocos se tornaram vermelhos, como se chamas estivessem queimando detrás daquilo. Hermione agarrou a varinha para tentar afastar a criatura, mas feitiço algum adiantava, ela desconfiava também que toda aquela dor e os feitiços feitos para derrubarem as barreiras haviam enfraquecido seu núcleo mágico.

- Eu não entendo... - murmurou quando Sirius, do modo mais trouxa possível, chutou a caveira para longe, permitindo que Hermione finalmente se soltasse. Ele a puxou para seus braços imediatamente e só então Hermione percebeu o quão aterrorizado e trêmulo o Black estava. Sirius a afastou da criatura que estava voltando a se unir.

- Mas que porra é essa? - ele disse para ela, a cobrindo com seu corpo a fim de protege-la.

- Dumbledore não me avisou disso. - ela se pegou pensando sobre o que mais ele não avisou.

- Ele não é detido por feitiço algum. - disse Sirius após lançar sucessivos flashs de magia na direção da caveira que se aproximava deles. Sons macabros ecoavam pela casa e ele a puxou para que saíssem do quarto.

- Não! - Hermione puxou seu corpo do aperto de Sirius - Eu não vou embora sem essa droga de horcrux.

- Hermione, nada o atinge, ele vai nos matar... Não vale a pena! - os olhos cinzentos a encaram com exasperação e pavor.

- Nós só precisamos... - ela vasculhou a mente em busca de soluções, eles lançaram diversos feitiços, feitiços de luz... defensivos... - Magia negra... - ela constatou empurrando Sirius e passando em sua frente, Hermione mirou a varinha na direção da caveira e murmurou o feitiço que finalmente a derrubou, a peça pegando fogo como uma folha seca no meio de um incêndio. Mesmo em chamas ele se aproximou de Hermione, mas antes que pudesse tocá-la a criatura gritou em agonia e se tornou um borrão de cinzas no chão, a casa tremendo e uma fumaça preta partindo daquele monte em direção a Hermione, o pedaço da alma de Voldemort gritou lamurias e atacou, passando por seu corpo e pelo de Sirius que estava logo atrás dela, os derrubando no chão. Hermione caiu contra o piso de madeira, a varinha voando de sua mão enquanto a nevoa do que foi uma parte da alma de Voldemort era morta.

- Fogo maldito? - Sirius tossiu se apoiando com os cotovelos no chão de madeira, se forçando a levantar novamente - Isso foi uma das coisas mais bizarras que eu já vi em toda a minha vida. E eu sou auror. - ele colocou as duas mãos entorno do rosto dela, limpando a fuligem negra que o cobria - Você está bem? - ele a olhou intensamente nos olhos, preocupação e cuidado brilhavam ali e Hermione se sentiu protegida. Acolhida.

- Eu... estou. - ela sussurrou colocando suas mãos sobre as dele, um contato que acendeu algo dentro dela, algo que ela acreditou que tinha conseguido controlar novamente desde aquela noite no bar. Ela não podia estar mais errada. Sirius deve ter notado algo também, porque sorriu para ela.

Hermione então se afastou subitamente, se levantando e sentindo que talvez ela tivesse sido machucada em diversos pontos durante aquela batalha sangrenta.

- Vol.. você-sabe-quem sabe agora.

- O que? - ele perguntou para ela.

- Ele sabe que a primeira parte de sua alma foi destruída, ele sabe que alguém sabe do seu segredinho sujo, sabe que estão as destruindo e sabe que corre perigo. Ele virá atrás de quem fez isso e será implacável.

- O que isso quer dizer?

- Que Regulus tem de ser rápido e que temos que aumentar nossas proteções, ele não sabe de mim ainda... - ela olhou para o montante de cinzas, local que brilhava a pedra do anel - Mas em breve saberá.

Eles resolveram que aquele era um bom momento para ir embora, antes que uma horda de comensais ou o próprio lorde aparecessem ali.

Hermione convocou a pedra caída entre as cinzas antes de finalmente deixar a cabana dos Gaunt, o pequeno cristal batendo em sua palma sem que Sirius pudesse notar seu movimento.

Estava feito. A batalha final de sua vida começou.

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