me acostumei com hospitais

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Mia não sabia o que era ter o coração batendo tão forte por motivos tão ruins a muito tempo. De repente, o ar não chegava aos seus pulmões e as mãos tremiam no mesmo ritmo que suas pernas. Para quem não conhece a real história entre eles, pode parecer até drama, mas Mia estava cara a cara novamente com a pessoa que causou um dos piores traumas de sua vida.

Quanto mais ela tentava dizer tudo que tinha entalado em sua garganta, mais fazia força para respirar, seu peito subia e descia mais do que o normal e sem fazer muito efeito. Começou a sentir mais frio mesmo estando numa área com aquecedores, tremia como se estivesse nas ruas da cidade.

Mia não sabia o que era ter uma crise de ansiedade há meses.

- Oi. - E ele ainda ousou responder com um sorriso no rosto e a garota não viu mais nada após aquilo.

Não ouviu os gritos de Wooyoong ao lhe ver caindo no chão e muito menos a tentativa de Minho de ajudá-la.

- Tira a mão, desgraçado. - Seonghwa, ao finalmente chegar no local por ter ouvido seu amigo gritando, ao ver que Wooyoung e um funcionário dali já levantavam Mia e a colocavam num banco, foi na mira de Lee sem nem piscar.

- Tá ficando doido? - Minho grunhiu ao ser empurrado contra a parede.

- Você que perdeu a noção do perigo? Muita coragem aparecer por aqui de novo, eu não quebrei tua cara da última vez mas experimenta chegar perto dela de novo. - Park ficou a centímetros de seu rosto, segurando a gola da camisa.

- Ninguém vai me impedir de estudar, Seonghwa. Eu cometi algum crime? Não, então sossega. Vai comer ela como sempre adorou fazer e me deixa em paz. - Ele retrucou fazendo força para sair dali.

- Por favor, Hwa. Para e vem aqui. - No momento em que o loiro estava pronto para encher o rosto de Minho de socos, ouviu a súplica de Sihyeon, que chegou e ele nem percebeu.

- Wooyoung, leva ela pro meu carro e Sihyeon, por favor, entrega isso para o professor Kwon. - Ele apanhou o trabalho do chão e entregou à amiga. - Vou ligar pro San e ele te leva pro hospital daqui, ele tá quase chegando.

A garota assentiu e Seonghwa correu até Wooyoung que já estava quase no portão principal. Rapidamente, eles chegaram até o carro e Wooyoung, vendo que o amigo não estava em condições reais de fazer nada, dirigiu o mais rápido possível até o hospital.

Ao chegar, Jung pediu por socorro e explicou bem rápido o que havia acontecido. Mia, garota conhecida ali, infelizmente, foi colocada numa maca e dois médicos sumiram com ela no corredor, prometendo trazer notícias aos dois o mais rápido possível.

Mia tinha asma. Das fortes, mas que sempre atacava por conta de algum outro gatilho maior. Nesse caso, uma crise de ansiedade, e provavelmente por ter também esquecido de usar seu remédio diário na noite anterior. O médico de plantão já a conhecia e sabia de suas alergias, então medicou a garota corretamente e esperou tudo fazer efeito. Ao checar as suas pupilas, suspeitou de anemia ao ver a linha d'água dos olhos brancas e colheu seu sangue para confirmar com exames.

San chegou no hospital com Sihyeon,  Yunho e Aisha, logo achou Seonghwa e Wooyoung, ficando com os dois na sala de espera.

- Senhores. - O médico tão conhecido por todos os surpreendeu. - A Mia foi medicada e daqui a pouco deve estar acordando. Seria bom ter alguém lá pois, como ela teve uma crise, pode acordar atordoada e com medo. Daqui umas horas a enfermeira vai aplicar mais medicação e eu volto para dar alta mais tarde. Bom dia.

- Obrigado, doutor. - O único estável ali, Yunhou, agradeceu.

San parecia estar fora de órbita, sua preocupação não estava cabendo dentro de si. Wooyoung chorava em silêncio e Sihyeon fala com a Sra.Han no telefone, a acalmando. Aisha e Seonghwa soltavam fogo pelo nariz, quase que no sentido literal.

come to me [choi san]Where stories live. Discover now