Todos estavam reunidos à mesa de jantar enquanto o pequeno elfo servia a última refeição para os três que estavam em silêncio.
— Então, pai — disse Maia, um pouco desajustada na mesa. — Onde a mamãe está?
— A deixei cuidando das coisas, graças a alguém tivemos que fazer muitos trabalhos nos últimos anos — respondeu encarando Tom.
— Ora! Vocês sabem o que quero para fazer esses ataques pararem e Maia disse que me daria a resposta em breve.
— Maia é uma criança.
— Não sou não!
— Viu? Ela não é.
— Com licença, mestre — disse o elfo, enquanto algumas bandejas de prata flutuavam para a mesa.
— Pense Louis, sua mãe estará de volta, podemos finalmente ter o que sempre quis, nossa família reunida, todos juntos e felizes.
— Você realmente quer que esqueçamos tudo o que fez? — Maia o encarou brava— Você tentou matar uma criança!
— Aquilo foi por segurança, a família Potter iria revelar a verdade para todos, apenas protegi nossa família.
— Um bebê! — a garota gritou.
— Ah, para de drama, todos aqui já fizeram coisas erradas.
— Como pretende trazer a mamãe de volta? — perguntou Louis interessado.
— É uma magia complicada, já testei há alguns anos, foi assim que retornei, mas para ter essa aparência precisei fazer algumas coisas — suspirou. — Sua mãe retornará com dezenove anos, a mesma idade em que fizemos o nosso acordo.
— Acha que ela vai lidar bem com isso?
— Davina me amava e sempre nos quis juntos — explicou, enquanto tomava seu vinho.
— Do que precisamos?
— O que!? Você não está cogitando essa loucura pai, não! — exclamou Maia, chamando a atenção dos homens.
— Se acalme filha, não vê o quão bom será isso? Sua avó estará conosco de novo — sorriu, servindo seu prato. — O que precisamos, pai? — Tom sorriu contente e suspirou.
— Sangue e fios de cabelo do parente mais próximo, a horcrux, um osso da pessoa, madeira de carvalho branco, algum acontecimento no céu, eclipse, lua de sangue, terra de solo fértil e sangue de alguém que essa pessoa confiava.
— Alguém que confiava? — Louis o encarou confuso.
— Sim, filho.
— Em quem a mamãe confiava?
— Até descobrir a verdade, eu. — Revirou os olhos, Maia comia sem acreditar no que estava ouvindo — Dessa parte eu já cuidei.
— Quem?
— Não posso contar.
Todos continuaram jantando em silêncio, Tom estava feliz, sentia que havia convencido o filho a trazer Davina de volta, pela primeira vez foi chamado de pai por Louis.
— Amanhã terá uma lua cheia, serve?
— Sim, com certeza.
Maia não terminou o jantar e subiu para o quarto onde estava, deixando os homens sozinhos. Como seu pai poderia apoiar algo desse tipo? Esse não era o mesmo Louis que ela conhecia. A garota andou em passos lentos, encarou a porta no final do corredor e aproximou-se com calma, Tom nunca havia lhe dito o que estava ali, ela sabia que não era Draco ou até mesmo seus pais.
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanficQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...