Surpresa ao amanhecer

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Acordo no dia seguinte com o gosto da sua boca em meus lábios.

Passo os dedos em meus lábios. Mal consigo acreditar que esses lábios foram mesmo beijados por Harry Styles ontem. Isso é melhor do que qualquer fanfic.

Sorrio e o celular toca. Uma nova mensagem.

Bom dia, dormiu bem?
           Harry

Respondo sem pestanejar.

Sim, e você?

Ótimamente bem, a não ser pelo banho frio que eu tive que tomar por sua causa ontem.

Rio.

Sinto muito.

Ah, você não sente não. O que acha de nos vermos hoje?

Acho ótimo. Que horas?

Agora.

Agora?

É. Você vai vir abrir a porta ou vou ter que arrombar para poder entrar?

Paro por um segundo. Harry está lá embaixo na porta me esperando? Atiro as cobertas de lado e desço as escadas correndo. Detenho-me na maçaneta da porta por um instante, mas a giro de uma vez só.

Harry está lá, com um roupão vermelho, chinelos e uma caneca de cappucino fumegante.

- Bom dia, flor do dia! - Diz ele.  - Posso entrar?

Ele entra antes mesmo de eu ter a chance de responder. Bato a porta logo em seguida.

- Quem te deu permissão para vir tomar café aqui em casa? - Pergunto cruzando os braços.

- Você. Você disse que queria me ver, então, aqui estou eu. Agora, onde você guarda os sucrilhos?

- Ah não, os meus sucrilhos não. - Saio correndo para a cozinha.

Sento-me em uma das cadeiras altas da mesa. Harry estica o braço para pegar os sucrilhos no armário e uma parte de seu roupão se abre, me permitindo ver o que ele veste por baixo.

Nada de pijama. Apenas uma boxer preta.

Droga, agora sou eu quem precisa de um banho frio.

Ele empurra uma tigela cheia de sucrilhos para mim.

- Sobre aquele beijo... - Começa ele enquanto enche outra tigela.

Aquele beijo. Meu coração se infla um pouco.

- Acho que foi meio...precipitado. - Mesmo quando o diz, ele parece não ter certeza.

Meu coração murcha.

- Acho que estamos indo rápido demais. Não estou dizendo que não gostei do beijo. - Ele morde o lábio. - Muito pelo contrário.

Mordo o lábio ao lembrar daquele beijo. Ponho uma colher cheia de sucrilhos na boca.

- Acho que você está certo. - Digo. - Estamos indo rápido demais.

- Que bom que você concorda comigo. - Diz ele se sentando.

Não inteiramente.

- Sabe - Diz ele distraidamente. - nós podíamos ser amigos. Não amigos quaisquer, melhores amigos.

Por algum motivo, isso me soa bem.

- Fechado, melhor amigo.

Ele sorri e come uma colherada de sucrilhos.

Vamos ver onde isso tudo vai dar.

Spaces Between UsWhere stories live. Discover now