Capítulo 25: Buquê De Flores

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- Não se preocupe com isso agora. - falou. - Eu posso esperar.

Ignorando ela, peguei meu celular que estava perto do travesseiro e mandei uma mensagem para o Bruno.

"Quando você voltar não esquece de trazer a chave da nossa antiga casa. Já quero entregar ela para a Ângela"

- Me fala que eu posso comer aquela gelatina? - Ângela disse, quando bloqueei meu celular.

Olhando para a cômoda, vi a gelatina de uva que a moça que passava para pegar a bandeja da comida deixou para trás.

- Claro que pode.

Levantando, Ângela pegou a gelatina. Mas quando ela foi comer, seu celular começou a tocar.

- Deve ser minha mãe. - disse, com uma careta. - Vou lá fora atender. Assim te poupo dos gritos dela.

Saindo do quarto com a gelatina, Ângela me deixou sozinha. Encostei minhas costas no travesseiro e fechei os olhos.

Estava pensando em tirar um cochilo quando ouvi o barulho da porta. Ficando curiosa, abri os olhos para saber quem era.

- Damon. - exclamei, vendo o pai do meu noivo.

Ele andou até a frente da cama e colocou suas mãos nos bolsos da sua calça social.

- Achei que o Bruno estaria aqui. - disse, quando percebeu que eu estava sozinha.

- Ele estava, mas precisou ir para casa ver as meninas e tomar um banho. - contei.

- Então está sozinha?

- Não, Ângela saiu para atender uma ligação, mas ela já volta.

Assentindo, ele deu mais alguns passos em direção a cama até que parou na minha frente.

- Como está se sentindo?

Dei de ombros.

- No momento bem.

- Isso é bom. Eu dei uma olhada nas fotos do acidente, o carro ficou irreconhecível.

Só de lembrar do dia do acidente eu sentia um frio na barriga.

Heloísa escolheu aquele momento para entrar no quarto, e reparei que a mesma também segurava um buquê de rosas.

- Uma bela mulher mandou te entregar. - a enfermeira disse, sorrindo. - Boa tarde, Damon.

- Heloísa. - ele acenou com a cabeça em forma de cumprimento.

Meu sogro se afastou e Heloísa me entregou o buquê.

- É o segundo que recebo. - falei, apontando para o que estava em cima da cômoda. - Quem era a mulher?

- Não sei, mas ela deixou um cartão. - a filha da Lúcia respondeu, também parecendo curiosa. - Mas posso dizer que ela é linda.

Pegando o cartão, li o que estava escrito querendo saber quem tinha me enviado as flores.

"Que você tenha uma boa recuperação, enfant. Pessoas como você são como luzes, mas luzes que brilham ainda mais que as estrelas."

- Foi a Sophie. - falei, reconhecendo o apelido. - A mulher que te entregou as flores é loira e tem olhos claros?

- Sim. - Heloísa respondeu.

Damon se aproximou da cama e percebi que seu cenho estava franzido.

- Posso ver? - perguntou, para o bilhete nas minhas mãos.

Entregando o bilhete, eu reparei que ele parecia tenso.

- Como disse que era o nome dela?

- Sophie. Ela foi na minha casa uma vez em um dia de tempestade.

- Bruno viu ela?

- Não, ele não estava em casa.

Me devolvendo o bilhete, Damon olhou as flores ainda incomodado.

- Bom, só vim saber como está mesmo. Se precisar de alguma coisa é só me ligar. - com essas palavras, meu sogro saiu do quarto em passos rápidos.

Encarei Heloísa ainda sem saber o que pensar. Damon sempre foi um pouco estranho, mas dessa vez tinha sido diferente.

- O que foi isso?

- Não faço ideia. Mas eu também preciso ir, tenho outros pacientes para ver.

Quando Heloísa saiu, Ângela voltou e ela não estava de bom humor.

- Minha mãe me odeia. - ela exclamou, se jogando na poltrona.

- Mães são complicadas.

Ângela então começou a desabafar e por mais que minha atenção estivesse nela, eu não parei de pensar na reação estranha que o Damon teve quando leu o bilhete.







Desculpa pela demora. Andei um pouco ocupada. Aqui está mais um capítulo e prometo não demorar tanto para voltar.

Até a próxima.

Para Sempre Te AmareiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora