𝐕𝐈𝐀𝐉𝐀𝐍𝐃𝐎 com seu pai atrás de mais criaturas desde criança, Madison Scamander recebe sua carta de Hogwarts aos onze anos, mas devido a alguns imprevistos ela não consegue ir para a escola de magia. Durante dois anos, Madison teve professores...
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Madison segurava o bilhete que havia destacado "Plataforma 9 ³/⁴" firme em seus dedos trêmulos. Cada vez que alguém passava por ela, seu corpo se encolhia ao lado do pai. As pessoas andavam com uma expressão séria enquanto carregavam suas bagagens, muitos encaravam a gaiola da garota com sua coruja, a deixando um tanto preocupada. Seus pais mantinham um sorriso no rosto tentando tranquilizar a filha, que claramente não se sentia bem ali.
Ela simplesmente não se sentia confortável em andar perto de tantos trouxas, nunca conseguiu se acostumar com isso mesmo que sempre viajava para diversos lugares do mundo ao lado de seus pais, sempre em meio a muitas pessoas que não fazem ideia que existe magia. Eles esbarravam uns nos outros e seguiam seu caminho sem nem olhar para trás. Para ela os bruxos eram mais calmos, ela não se importava em estar na maior multidão que seja se fosse em meio a bruxos, e isso era o que a deixava mais feliz em ir para Hogwarts, estar em meio a pessoas como eles.
No momento a coisa que mais ocupava sua cabeça era o pensamento de estar longe dos seus pais, e tios, uma coisa que nunca aconteceu. Ela se sentia triste em relação a isso mas sabia que estavam felizes por ela finalmente estar indo para Hogwarts, até porque ela também estava. Madison sempre gostou de estar perto deles porque ela se sentia diferente. E seus pais eram os únicos que sabiam disso, principalmente Newt porque os dois eram iguais, pensavam da mesma forma. Ela sabia que tudo bem ser diferente, porque todo mundo pensa de um modo único, e isso não é problema algum. Mas é sempre bom estar perto de alguém que pensa como você.
A garota parou por um momento e observou o papel em suas mãos, ela já tinha ido a muitas estações de trem com seus pais e percebeu que algo estava errado.
— Pai? — ela pergunta se virando pra trás, onde seu pai caminhava calmamente empurrando o carrinho.
— O que foi, minha querida? — ele questionou.
— Não era para a plataforma nove três quartos estar ali? — ela pergunta apontando para os números 9 e 10.
No mesmo momento seu pai sorriu e se aproximou da parede de tijolos junto a garota, seus braços passaram por seu ombro.
— Está bem ali. — Newt aponta para a pequena placa quase impossível de ser vista a uma longa distância, o que seria normal comparado as outras. — Vamos atravessar aquela parede, mas fique tranquila, estamos com você. — ele diz calmamente.
— E se batermos? — ela pergunta.
— Aí será uma queda feia, mas não se esqueça de que somos bruxos. — ele diz sorrindo. — Se você acreditar que pode passar você consegue. — ele fala simples.
