Prologue.

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– Fred, não sei se deveríamos estar fazendo isso... – disse Georgie, mas sem parar de caminhar ao lado do garoto.

– Por que não? Ele fez comigo – respondeu seco – E com você também se bem me lembro.

– Se não pararmos, vai se tornar um ciclo vicioso! – gemeu ela.

– Não, vai não. Só damos o primeiro beijo uma vez na vida, afinal.

O problema de ser amigo há muito de alguém é que, algumas vezes, você pode perder a noção da linha do limite. Imagine quando era irmão e estava procurando vingança.

Georgie suspirou. Estavam no quarto ano. O ano onde, supostamente, todos davam seu primeiro beijo. Mas Georgie sabia que esse navio, para a maioria dos amigos, havia zarpado durante o terceiro ano. No entanto, para George, Fred e Georgiana, não. E o primeiro navio a ir embora havia sido o de Georgie. No terceiro fim de semana em Hogsmeade com Peter Bennet. 

Peter. Quarto ano, alto, cabelos dourados e encaracolados, olhos verdes, um sorriso de matar, goleiro e da Sonserina. 

Ela e Daisy o achavam lindo, mas Fred e George não podiam odiá-lo mais nem se fizessem um esforço. Georgie os provocava, dizia que estavam sendo preconceituosos, mas ela mesma sabia que Peter era meio bobo, o que podia irritar algumas pessoas. Ela, inclusa. Por isso que não tiveram mais do que três encontros. Mas isso não autorizava Fred e George a aparecerem no primeiro encontro dos dois – na Casa de Chá de Madame Puddifoot, e assustarem o pobre de Peter com suas caras feias e piadas maldosas. Ela nem sabia como havia conseguido expulsar os dois de lá, muito menos como conseguira descolar um beijo depois daquela cena. 

O de Fred havia acontecido três dias depois. Georgie se lembrava, pois havia sido com Katerina Poplars, a corvina mais insuportável que ela já havia conhecido na vida! E ela já tinha 14 anos e era amiga de Fred Weasley, então isso significava muita coisa em seu dicionário de vida. Foi por isso que, quando George a puxou em direção ao Três Vassouras depois de Fred os dispensar, mesmo sob os protestos de uma pacífica Daisy, ela não achou ruim. Na verdade, achou maravilhoso. Quando viu a cara feia de Katerina então, seu sorriso só não cresceu mais pois era fisicamente impossível. 

Fred ficou branco quando viu os três entrando no local e sentando-se na mesa com ele e a corvina enquanto Daisy revirava os olhos de braços cruzados atrás dos dois. 

George havia alegado ser agora uma tradição, então Georgie não podia simplesmente dizer não, não é? 

– Georgiana e George – disse Katerina interrompendo Georgie no meio de uma frase depois de uns cinco minutos que já estavam juntos – É engraçado, não acham? Claro que Georgiana é um nome muito... diferente para uma garota – ela sorriu – Mas você ainda é ruiva, é quase como se fosse um deles. Uma sétima Weasley!

Georgie apoiou os braços na mesa e se inclinou um pouco em direção ao centro dela. Katerina falava com calma, mas Georgie a conhecia. Sabia que tudo que saía de sua boca havia sido pensado muito bem e se fosse em direção a Georgie, geralmente era para provocá-la. A garota só nunca descobriu o por quê.

– Já existe uma sétima Weasley. O nome dela é Ginevra, Katherine.

O semblante da corvina ficou límpido. 

– Esse não é meu nome – disse entredentes.

Georgie viu Fred se remexer na cadeira, mas do seu lado, seu gêmeo sorria com aprovação. 

George também detestava Katerina. Ela nunca havia feito nada com ele, mas havia feito com Georgiana, então para o garoto isso bastava.

– Oh, desculpe, Katheryn – respondeu Georgie inocentemente.

A Very Weasley ChristmasWhere stories live. Discover now