33 - Como nos velhos tempos

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— Na verdade, eu nunca esqueci de nenhum detalhe nosso. 

— Cada coisa nossa, que nós construímos juntos, é inesquecível, nerd. Fazem parte da história agora e nada, jamais, poderá apagar tudo isso. 

— Eu sei disso. — beijei a sua bochecha. 

— É bom reforçar. — disse e soltou um riso nasal. 

— Mas o que você queria me dizer?

— Ah... é claro. — Scott se ajeitou no sofá, soltando a minha mão para começar a fazer carinho na minha perna que estava apoiada nele. — Olha, eu queria dizer que desde o dia que ia me casar com Amanda, sei que as coisas aconteceram rápido demais... Aquilo que eu fiz comigo mesmo sem pensar direito, os dois meses que você ficou sem dormir por estar sempre comigo no hospital, a nossa reconciliação... 

— É... Foi um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, muita informação uma atrás da outra, sem parar... 

— Isso. — ele suspirou. — Eu não quero apressar as coisas. Eu só não quero mais ficar sem você. Queria você aqui, morando comigo, mas... Eu vou entender se preferir não, pelo menos por enquanto, não é?

— Ah. — deitei minha cabeça no ombro dele. — Eu vou pensar com cuidado e carinho, é porque realmente tá tudo muito recente ainda e não sei se seria uma boa ideia, mas...

— Não se preocupa. Vou te apoiar no que você decidir, amor. 

— Tá bem. — fechei os olhos e inspirei fundo o aroma dele.

— Você é tão meu e eu sou tão seu. — ele acariciava meus cabelos. 

— É mesmo... — sussurrei. — Sempre foi assim, não é?

— De fato, sempre foi... — senti o beijo que ele deixou na minha cabeça. — Quando  eu digo que somos um do outro, não é em um sentido possessivo... É num sentido de que fomos feitos um pro outro. 

— Isso. — soltei um sorriso enquanto sentia apenas amor e paz durante aquele momento tão maravilhoso. 

No resto do dia, ajudei Scott a caminhar pela casa, lenta e cuidadosamente, já que ele precisava exercitar as pernas, agora que estavam voltando a ter a força normal de antes. Às vezes uma das pernas acabava falhando ou ele tropeçava, mas isso era normal. 

Ele insistiu em me ajudar a fazer alguma coisa pra gente comer, mas eu disse pra ele pelo menos ficar sentado enquanto eu fazia a maior parte das coisas. Ele não teve outra opção a não ser aceitar! Passamos a tarde conversando naquele sofá tão confortável da sala, enquanto ouvíamos música e líamos algumas HQs juntos. 

SCOTT

Era tão bom aproveitar o nosso dia juntos em casa. Já era por do sol e de repente escutamos a campainha tocar. 

— Ué... Mas quem será que- 

— Deixa, eu vou ver quem é. — interrompi Harry. 

— Não, fica aqui sentado, de repouso. — ele apoiou sua mão em meu peito e me pressionou contra o sofá.

— Tá bom... — revirei os olhos.

— Não reclama. — ele levantou, caminhando até a porta. 

— Só não gosto de me sentir um inútil! 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Where stories live. Discover now