Capítulo IV - Coffee in London

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- É bom ser importante, Celeste. São 7 da manhã - Eu estava com sono de mais para saber se minha voz saiu devidamente irritada assim que atendi o telefone que já tocava a algum tempo. Eu tentei ignorar, mas ele parecia ficar cada vez mais alto e insistente.

- Fica calma, amor. Eu tô no Japão, aqui são 7 da noite - Ela retrucou com uma paz na voz capaz de irritar cada neurônio meu, eu amava Celeste como se fosse uma irmã mas as vezes todo esse lance "zen" dela me faz querer estrangula-la até a morte. - Enfim, Magnus me falou sobre seu novo acordo com a família Mikaelson. Sempre te achei rancorosa de mais para conseguir falar com alguém como Klaus mais uma vez - Esfreguei os olhos com uma das mãos para conseguir abri-los devidamente, eles estavam fechados desde o momento em que havia atendido o celular, mas deixa-los assim era sinônimo de dormir novamente e deixar Celeste falando sozinha.

- Claro que falou - Murmurei enquanto revirava os Olhos nem um pouco surpresa, Magnus sabia bem que Celeste era a única pessoa capaz de me fazer mudar de ideia sobre alguma coisa e o fato de  ela estar a me ligar a essa hora me diz que eles não gostaram da ideia de eu ajudar os Mikaelsons. - Vai tentar me fazer mudar de ideia? - Coloquei o celular sobre o ouvido para eu não precisar ficar segurando ele enquanto falava, as vezes eu conseguia ser bastante preguiçosa.

- Na verdade, vou te ajudar com o negócio de atravessar o véu - Levantei da cama de imediato de forma com que minha alma permanecesse na cama por alguns segundos, eu realmente não esperava minimamente por essa. - Hoje a noite vai ter uma festa do Submundo, a maioria dos seres sobrenaturais de todo o mundo vai estar lá, inclusive um especialista em viagens interdimensionais e que está disposta a te ajudar -  Soltei uma risada sarcástica me levantando da cama, coisas que eu aprendi com meus longos 2 séculos de vida: feiticeiros não são do tipo de gente que ajuda as pessoas por pura bondade do coração, e informação como essa vai custar bem caro.

- "Disposta a Ajudar"? Fala sério, Celeste, qual a pegadinha? - Coloquei a ligação no auto falante para ter minhas belas mãos livres para escovar os dentes enquanto falava com ela. Pude ouvir seu suspiro frustrado mesmo que abafado assim que eu terminei de falar, confirmando minhas suspeitas de que provavelmente custaria bem caro.

- Ela não deixou muito claro, só disse que te ajudaria se pudesse cobrar o favor quando necessário - Foi a minha vez de suspirar frustada, esse tipo de acordo nunca acaba de forma conveniente para ambos os lados. - De qualquer modo, vou te enviar o convite da festa e você resolve com a grande família aí. - Ela como de costume não esperou por minha resposta antes de desligar a ligação, o que me fez revirar os olhos.

Me concentrei apenas em lavar o rosto e me vestir devidamente para conseguir contar a minha mais nova informação a - como descrito maravilhosamente por Celeste -  grande Família. Demorei um certo também para encontrar uma roupa que me agradasse, era difícil encontrar roupas em específico quando elas estão em uma mala, mas no fim encontrei uma até que legal, que basicamente era: Uma blusa de mangas compridas e gola rolê preta, uma calça de tecido Tactel da mesma cor de cintura alta,  coloquei  um dos coturnos que havia trazido e fiz um rabo de cavalo alto e bem apertado. Eu era levemente perfeccionista quando se trata de cabelo, o que quer dizer que não havia um mínimo fio fora do lugar e isso me deixava com uma sensação incrível.

Percebi que era mais fácil descer aquelas escadas do que subi-las com sono assim que cheguei ao fim dela depois de 30 segundos, embora a ansiedade que corria por entre minhas veias no momento fosse um grande estimulo, eu precisava de cafeína urgente e não tinha tempo para enrolar e sentir auto piedade.

Fiquei surpresa quando não vi uma alma viva (ou morta) na sala de visitas da casa, eu pensava que eles acordavam as 5 da manhã e iam a busca de mais inimigos, pelo visto estava enganada já que o silêncio reinava no lugar e eu não conseguia ouvir nem o som da respiração deles.

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