Capítulo VII - Hayley's Back

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Hope Mikaelson POV.

Senti algum tipo de vertigem atravessar meu corpo segundos antes de abrir meus olhos e me encontrar em uma espécie de floresta. O lugar era na verdade bastante familiar para mim, era como se eu já tivesse estado aqui antes, até mesmo o cheiro não me era nada estranho.

Deixei de lado a ideia de tentar me lembrar de onde conhecia esse lugar e me foquei em ir a procura da minha mãe, eu tinha uma missão e um timer apertado para isso.

Droga, eu estava tão ansiosa que minhas mãos soavam frio. Esses últimos 2 anos foram tão cheios e cansativos que tudo o que eu quero é um abraço dela. Sentir seus carinhos no meu cabelo e  a voz doce dela me dizendo que tudo vai ficar bem, era tudo o que eu precisava. Entre lutar contra monstros, ser esquecida por todos que eu amo e estar nas profundezas da mente da minha amiga, acho que mereço um dia de folga onde eu apenas me jogue no sofá e me encha de besteiras enquanto assisto  Friends.

O único som a ser ouvido no momento era os dos galhos sendo quebrados sob meus pés a medida que eu avançava, de certa forma algo em mim me indicava a direção a caminhar. Podia ser instinto, sorte ou até mesmo memória muscular mas só sei que depois de algumas horas andando eu comecei a ouvir algo além de galhos sendo quebrados e grilos cantando. Eu comecei a ouvir... risadas?

Sim, com certeza eram risadas. Risadas felizes e contagiantes que eram mais audíveis a cada passo que eu dava. Não demorou muito para que eu começasse a sentir o cheiro de marshmallow sendo assado, de cerveja barata e para que meu campo de visão fosse acalentado por um grupo de várias pessoas, algumas bebiam, outras comiam e bebiam, algumas apenas conversavam enquanto algumas se mexiam no ritmo da música que estava sendo tocada em um violão pelo homem da foto no bar de Nova Orleans. Todos sorriam tão abertamente, estavam todos tão felizes.

Será que eles sabiam que era época de Natal?

No mundo dos vivos, estavam praticamente todos assim. Sorrindo de orelha a orelha enquanto se empanturravam contando histórias vergonhosas sobre a vida alheia. Era a única época do ano onde a família toda se juntava em uma situação diferente de um funeral.

Meus olhos procuraram desesperados pelo rosto familiar e doce daquela que me deu a vida e esteve comigo em todos os momentos, mas eles começaram a marejar quando eu não consegui encontrar de modo algum. O desespero tomou conta do meu corpo e eu senti minha respiração se acelerar de uma forma preocupante.

- Hope?! - Me virei assustada quando ouvi uma voz soar atrás de mim, limpando o rosto para tirar dali qualquer resquício de lágrimas que antes o molhavam por completo. - Deus do céu, Hope. Me diz que você não está morta - E ali estava, aquela voz. A voz preocupada e doce de Hayley Marshall que fez uma felicidade instantânea tomasse conta de mim.

- Mãe?! - Exclamei segundos antes de pular em seus braços em um abraço desesperado e cheio de saudade, Então essa era a sensação de estar em casa. Era tudo tão absurdamente bom, o cheiro de seu cabelo era igual o de antes, até mesmo o jeito com que ela me abraçava era igual, é como se nada tivesse mudado. - Eu vim te trazer de volta, mamãe. - Falei me afastando um pouco do abraço, o tempo do relógio em meu pulso estava acabando e não é como se eu tivesse muitas outras chances.

Mas eu me surpreendi quando senti o impacto do peteleco que minha amada mãe deu na minha testa, me fazendo franzir o cenho confusa enquanto passava a mão que não segurava a garrafa com aquele líquido nojento que ainda me causava enjôo.

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