Capítulo oito

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Capítulo oito

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Capítulo oito

Marcus

Era meu último final de semana em casa antes de sair outra vez em turnê. Cheguei do shopping, fiz um lanche, tomei banho e me deitei no sofá ligando a TV. Como não estava passando nada interessante, peguei meu celular para dar uma olhada no Instagram. O último comentário que havia era de @anadecor.

— Ana — falei o nome dela em voz alta e um sorriso brotou em meus lábios, despertando curiosidade a seu respeito.

Muito bonita! Pensei, distraído. Uma mulher interessante. Pena que tem namorado.

Pensar em Ana me deixou inquieto por algum motivo que eu não conseguia entender. Algo nela despertava meu interesse de uma forma que eu ainda não estava acostumado. Desliguei o celular e, apesar de morto de sono, demorei para conseguir dormir.

Acordei cedo no dia seguinte e arrumei minhas malas. Telefonei para meus companheiros da banda para marcarmos o horário de partida. Combinamos de sair um pouco mais cedo para não termos que fazer o trajeto com pressa até o aeroporto.

A nova turnê seria mais curta. A banda passaria um mês pelas regiões norte e nordeste, num total de quinze shows.

Durante o voo o clima estava descontraído e acabei me envolvendo na conversa com o pessoal.

— E aí, Marcus, agora que está solteiro, pretende aproveitar um pouco a vida e curtir as gatinhas que estão sempre dando em cima de você? — Lucas perguntou, dando um tapinha no meu ombro.

— Ah cara, não quero me meter em confusão com fã. Na verdade, acho que não nasci para curtição não. — Fiz careta. — Sou homem e não sou de ferro, não nego! É claro que, às vezes, é quase impossível resistir a uma gata dando em cima da gente, né? Até saí com algumas garotas, mas sinto falta de uma companheira, de ter alguém para dividir a vida e não só a cama, entende?

— Eu, se fosse você, e se estivesse solteiro e sozinho, aproveitaria para pegar geral — falou Gustavo, de forma exagerada, gesticulando, levantando os braços, o que fez com que eu, Caio e Lucas caíssemos em gargalhada.

Ao chegarmos, um transporte aguardava para nos levar até o hotel.

Durante a turnê, todas as apresentações tiveram lotação completa de público, com a mesma energia que já estávamos ficando habituados a encontrar.

Algumas noites, depois dos shows, acabei saindo com fãs. No entanto nada despertou de fato meu interesse para que houvesse um segundo encontro. O sexo vazio me incomodava.

Ainda pensava em Fabiana, só que, com o tempo, acabei percebendo que ela foi aquele amor da adolescência que cresceu comigo e acabou sendo levado para nossa vida adulta mais por costume do que por realmente existir um sentimento maior. Desejava ter um relacionamento mais maduro, um amor de verdade, que me fizesse sentir completo a ponto de planejar um futuro ao lado dessa pessoa.

Contra todas as probabilidades (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora