Capítulo um

1.5K 111 30
                                    


Oi, meninas! Como vão?

Hoje começam as postagens de "Contra todas as probabilidades". Postarei 2 capítulos toda terça e sexta-feira. Tentarei postar na parte da manhã, mas caso não consiga, até a tarde dos dias determinados, postarei os capítulos novos.

Desejo que gostem da leitura e que se divirtam com ela!

Deixem seus comentários, adorarei saber o que estão achando.

Beijos,


Renata



Capítulo um

Ana


Em um domingo de manhã, após retornar de uma corrida no parque, animada, decidi organizar o guarda-roupa. Tirei os tênis e escancarei as amplas janelas de vidro temperado da casa que eu tinha comprado e reformado há pouco tempo.

Ainda criança, fiquei órfã de pai e mãe, quando eles morreram em um acidente de carro. Fui criada a partir de então pelos meus avós maternos que faleceram pouco depois de eu completar vinte e dois anos, época em que me formei no curso de Decoração de interiores.

Com a herança que recebi, consegui comprar uma sociedade em um escritório de arquitetura e design bacana da cidade, sendo reconhecia pelo meu trabalho nos anos seguintes. Aos vinte e seis, apesar de bem-sucedida profissionalmente e de contar com minhas duas grandes amigas: Amanda e Carolina, levava uma vida solitária.

Como gostava de ouvir música para me sentir menos sozinha, antes de começar de fato a arrumação, liguei o rádio e preparei um café com chocolate. Uma voz rouca, que cantava uma melodia de amor, chamou minha atenção. Aumentei o volume, gostando do som que ouvia. Acabei me recordando de já ter escutado aquela banda de rock antes, em um concurso na TV, do qual saíram vencedores.

Depois da bebida quente, comecei separando o que já não gostava, ou não usava mais, para doação, e acabei encontrando uma caixa com fotos e recordações de meus pais, o que me deixou triste e com saudades.

Será que algum dia terei uma família outra vez? Suspirei com o pensamento.

Quando terminei o que fazia, tomei um banho morno relaxante, antes de preparar o almoço. Apesar de viver só, gostava de cozinhar e cuidar da minha alimentação. Sem conseguir tirar da cabeça a música da banda 330 hertz que ouvi mais cedo, fiquei cantarolando trechos dela, enquanto mexia nas panelas. Após minha refeição, de barriga cheia e com o corpo um pouco cansado da corrida no parque, liguei a TV e deitei no tapete no chão da sala. Mudando os canais, me deparei com um programa em que, por uma incrível coincidência, a nova sensação musical do momento se apresentava. Curiosa, parei para assistir. Além de cantarem bem, os rapazes eram bonitos e charmosos, o que despertou ainda mais meu interesse.

Depois de descansar um pouco, como o dia estava lindo e merecia ser aproveitado, decidi sair para passear. Liguei para Carol e Amanda, convidando-as, mas ambas já tinham compromissos. Mesmo sem companhia, resolvi ir ao shopping. Liguei o som do carro, sintonizando-o com meu celular, e procurei por uma playlist da 330 hertz. Fiquei encantada com tudo que ouvi.

Quando cheguei, dei uma volta, observando as vitrines e depois de ir à livraria para comprar um romance, sentei na praça de alimentação, para tomar um sorvete de pistache. Fiquei observando o vaivém de pessoas, os casais de mãos dadas, famílias com filhos. Senti-me ainda mais sozinha e decidi voltar para casa.

Contra todas as probabilidades (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora