34 - A vida normal

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— Não me lembro, eu estava dormindo. — deu de ombros e riu. 

— Ai ai... 

— Você tá até de motorista pra mim agora, é? Vou me acostumar com essa mordomia toda, nerd... 

— Ah, não mesmo! Logo você vai voltar a vida completamente normal. 

— E vou poder te mimar muito também. Não vai ter porque me mandar ficar de repouso... — repousou a mão na minha perna e fez um carinho.

Ele sempre gostava de fazer isso quando andávamos de carro. 

— Tá bom. É justo. — ri. 

Chegando no médico, não demorou muito para que fossemos chamados pra sala dele. 

— Scott, meu caro... Quanto tempo! E o senhor...? 

— Harrison. 

— Senhor Harrison. — ele apertou minha mão. — Podem se sentar, por favor, fiquem à vontade. 

Durante a consulta, o doutor fez várias perguntas a Scott e mais uma vez elogiou a melhora dele, mais rápida que o normal. Enquanto fazia isso, o examinava. 

— É, Scott. Até as muletas já largou, pelo que vi. Muito bem. 

Scott sorriu pra mim. 

— Eu diria que você está liberado pra viver a sua vida normalmente de novo. Já pode voltar ao seu trabalho amanhã. 

— Jura? — os olhos dele brilharam. — Nem acredito! Não aguentava mais!

— Esses jovens de hoje, tão impacientes... — o doutor ria enquanto carimbava a receita. — Aqui, são algumas vitaminas que você ainda precisa tomar. 

— Obrigado, doutor!

— Ah, e outra coisa, precisa fazer exercícios. 

— Claro, eu não via a hora de voltar pra academia e-

— Academia não, Scott. Pelo menos não por enquanto. Levantar peso não é o ideal.

— Bom, então... Então o que sugere?

— Você pode praticar esportes. Tem esse costume?

— Ah sim, o futebol, mas... — Scott olhou pra mim e coçou a cabeça. — Já tem tanto tempo que não jogo. Até perdi o contato com o time que eu jogava. 

— Bom, acho que pode ser uma ótima hora pra reatar essas amizades então. — o médico sorriu pra ele.

— Tudo bem. Mais alguma coisa?

— Por enquanto é só isso, Scott. Mas cuide-se. Não esqueça do que eu disse... Considere fazer terapia. 

— Tudo bem, doutor. — Scott se levantou e apertou a mão dele. — Muito obrigado por tudo. 

— Nos vemos por aí qualquer dia. — ele sorriu de volta.

— Obrigado por tudo mesmo, doutor. Não poderia ter outro médico melhor pra ele durante essa época tão difícil. — sorri e apertei a mão dele também. 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Where stories live. Discover now