Capítulo 31

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Paula narrando:
Os dias estavam se passando muito rápido, eu já tinha superado a Carla, pelo menos era o que eu achava e o que meu cérebro dizia.
Dediquei os últimos 2 anos totalmente ao trabalho, depois de tratar meu ferimento, óbvio. Fiquei no hospital por uma dias e ainda sim quando voltei pra casa tive que ficar andando de muletas por um bom tempo, então sem operação policial pra mim por enquanto. Mas eu fui voltando aos poucos, creio que já eu posso retornar. Sei lá, desenvolvi uma paixão intensa pela ação, depois que... bem, a Carla foi embora.
Quando comecei a me envolver nas operações com mais frequência, deixei de beber pra ter total concentração e dedicação, não é um trabalho fácil. Graças a Deus eu trabalho com o que eu amo, se não seria mais um problema a enfrentar no meu dia a dia, mais um desafio difícil.
Não vou dizer que foi fácil superar a Carla, foi difícil, mas tudo foram fases, como eu disse, as operações ajudaram bastante, eu já não estava bebendo como antes já estava colocando minha vida nos eixos, e nos últimos dois anos fui esquecendo ela de pouco em pouco, mas ainda mantenho um contato muito forte de amizade e parceria com Victor, irmão da Carla. Ele se tornou um irmão pra mim também, confesso que ir na casa dele me deixava um pouco desconfortável, sempre eu que via foros da Carla, lembrava do que a gente tinha tido, do começo de tudo de como ela foi atrevida e em como ela mudou isso ao se mostrar totalmente rendida e apaixonada por mim. Mas isso é só um dejavu, não é? É normal! Completamente normal! Óbvio que eu superei ela, acho que qualquer pessoa ao ver a foto do seu ex lembra de alguma coisa, super normal. Enfim... por isso evitava um pouco ir na casa dele, mas sempre que dava estávamos saindo pra tudo enquanto é tipo de rolê.

Me pego fitando o teto as 9h00 da matina, com um blusão que eu usava para dormir e uma calcinha box, enrolada por um cobertor.

Giulia: Bom dia amor. — ela fala me abraçando ao ver que eu tava viajando nos meus pensamentos.

Paula: Bom dia...

Ah... esqueci de falar da Giulia, um ponto importante. Ela cuidou de mim quando acertaram aquele tiro em mim, ficou no hospital comigo, se sentia muito culpada pelo que aconteceu. E durante esse tempo nós vínhamos se conhecendo mais e mais. Sempre deixei claro meu sentimentos pra ela, falei que ainda estava calejada, por mais que ela já tivesse saído da minha cabeça, ela tava ali em algum lugar do meu coração, não podia brincar com os sentimentos de uma pessoa e logo engatar em um relacionamento. Sentia muito carinho pela Giulia, mas eu tava certa de que aquilo ainda não era suficiente para entrar em um relacionamento. E mesmo com tudo que falei pra ela sobre os meus sentimentos, ela ainda quis tentar, meio que superar a Carla. Ela era exatamente carinhosa, e um pouquinhoooo problemática. Ela tinha cabelos compridos iluminados, olhos castanhos claros, uma pontinha perto da boca que eu achava um charme e uma boca carnuda.
     O garoto no qual ela tinha implorado pra eu não fazer nada contra ele, era seu irmão, no qual ela tentava tirar da vida do crime a muito tempo, mas por mais que ele quisesse, já estava muito envolvido.

        Giulia: Por que você não me chama de amor?

Começou...

Paula: Giulia...

Giulia: Eu sei, eu sei, você ainda não se sente confortável quanto a isso, mas poxa Paula, já fazem quase dois anos que a gente se conheceu, que a gente vem "se conhecendo".

Paula: Eu sei Giulia, eu sinto muito por isso, mas não quero confundir as coisas e acabar te machucando! Já te falei tudo que sinto e deixei claro que a partir do momento que isso fizer mal pra ti, pode ir embora.

Giulia: Mas eu não vou! Já falei que não vou.

Paula: Ok então, vamos tomar café.

Lua de Prazer Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ