Capitulo 47

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Tivemos uma semana muito boa, ótima, não tinha tido uma semana tão boa assim desde que sei lá, nem lembro. Fechamos a compra da casa, e estávamos voltando agora de uma conversa com os responsáveis pelo processo de adoção do Matheus e conseguimos! CONSEGUIMOS!

Carla: Você agora é oficialmente nosso filho, pra sempre agora a gente vai te proteger de tudo. — Falo com o sorriso no rosto encontrando o Matheus.

                                    ...

   O tempo ia se passando e o dia do casamento ia se aproximando, nossa casa já estava quase pronta, o quarto do Mat estava ficando lindo, os móveis tudo de acordo com meu gosto e o da Paula.

   O Victor e o Christian estavam felizes na vida de casado, uma briga ou outra quando o espírito bagunceiro do meu irmão ia de encontro ao espírito organizado do meu cunhado, mas eu amava os dois, aprendi a amar o Christian como se fosse um irmão pra mim, e no fim perdoei ele pelo que fez com meu irmão no passado. Acredito que todos merecem uma segunda chance e também acredito que estamos sempre em constante mudança e evoluindo. Todos podem mudar, o que nos resta é acreditar no melhor das pessoas, não?
   O papai estava mantendo o contato conosco, ele v se tornando um homem menos tímido e mais alegre longe da minha mãe, conversa mais comigo e com o Victor, e mesmo com muita timidez e medo de comentar da sua vida com a gente, conseguimos arrancar dele que ele está de rolo com seu barbeiro, da pra acreditar? eu fico tão feliz por meu pai!
   Minha mãe? Bem, não sei o que se passa lá em casa, na casa dela... mas ela não me procurou mais, não sei se um dia vai me procurar. Meu pai disse que tentou conversar com ela sobre a gente, tentou manter alguma amizade mesmo depois do divórcio, mas ela resistiu e pediu que ele sumisse. Eu entendo minha mãe, eu sei que deve ser difícil pra ela, a vida inteira dela foi tentar construir a família perfeita, o marido perfeito e filhos perfeitos, e tudo fugiu do controle e agora ela vive sozinha, não consigo imaginar a dor que ela sentiu ao ser magoada por meu pai de novo, de ter perdido eu e o Victor. É muita coisa pra cabeça dela, ela foi ensinada que a Homossexualidade é errado. Mas eu acredito que um dia, por mim, pelo Victor e pelo que ela e o papo construíram, ela vai ceder, assim eu espero...
                                          ***
   Mais um dia de trabalho, o céu acordou nublado, totalmente cinza, eu levantei rapidamente, a Paula acordava um pouco mais cedo que eu e a essa hora ela já devia estar na cozinha tomando café quase pronta pra sair pro trabalho, tento dar um beijo de bom dia nela todos os dias.

   Carla: Bom dia, meu amor.

   Ai como eu amava ver aquela mulher de farda, eu vou casar com meu maior fetiche, deus amado, como não ter vontade de jogar essa mulher na cama toda vez que ela chegar do trabalho depois de um dia cansativo, eu vou cansar ela mais um pouco só pra satisfazer meu desejo de ter essa mulher pra mim todos os dias, vou querer eu mesma tirar essa farda todos os dias. E se um dia ela chegar antes de mim do trabalho, eu vou pedir "por favor me aguarda para eu mesma tirar sua farda, obrigada".

   Paula: Bom dia! 4 dias! — ela deposita um beijo demorado na minha boca — 4 dias pra eu ser a mulher mais feliz do mundo.
Carla: Eu pensava que você já era... —olho pra baixo como se estivesse triste fazendo meu drama diário.
Paula: Você entendeu, idiota. —ela passa os braços pela minha cintura, coloca uma mecha do meu cabelo bagunçado atrás da orelha e imune nos meus olhos — 4 dias pra eu unir minha vida a mulher da minha vida e ser a mulher mais feliz do que eu já sou, se é que isso é possível...

   Ela começa um beijo lento e agarra minha nuca com força fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, eu do uma leve mordida no seu lábio inferior e ela me beija mais ferozmente me colocando sentada no balcão da cozinha, eu entrelaço minhas pernas na sua cintura pra me assegurar de que ela não ia desgrudar de mim nunca mais, ela parece estar totalmente descontrolada beijando meu pescoço e descendo ainda mais seus lábios pelo meu corpo eu tava prestes a tirar aquela farda dela mesmo sabendo que ela estava quase de saída até que...

     Victor: Opa, desculpa atrapalhar vocês a gente já vai sair de novo, esquecemos a... chave. — meu irmão pega a chave na mesa da cozinha.

   Logo a Paula desperta e me larga me deixando puta com o Victor de ter atrapalhado aquele momento. Ouço Victor e Christian rirem e deixar o ap. Eu desço do balcão, já estava na hora de me arrumar pra trabalhar e na hora da Paula sair para o trabalho. Antes de entrar no quarto eu falo de costas para a Paula.

   Carla: Parece que alguém quase quebrou o voto de castidade  — solto um riso, ouço ela resmungar alguma coisa e entro no quarto.

    Depois de uns minutos enquanto secava meu cabelo ouvi a porta da frente bater, Paula já foi para o trabalho.
    Cara loco uma calça social preta e uma blusa básica branca com um blaser preto por cima, um colar curto para valorizar minhas clavículas, um tênis branco alto e pego minha bolsa e saiu correndo atrasada. Pego as chaves do carro e rumo ao trabalho.
   Enquanto eu dirigia a Paula não parava de me mandar mensagem, mas eu zelava muito pela segurança no trânsito então seja lá o que fosse, ela ia ter que esperar.

                  Eu só não sabia que se eu tivesse visto                      aquelas mensagens, o destino daquele dia infernal teria tido outro rumo!

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Instagram: @pamellacondoisele
Twitter: @pamellaguiarr

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