Blood, Sweat & Tears
Um amor inocente de infância. Um desejo não correspondido. Anos de silêncio. O que poderia dar de errado na vida de uma garota comum?
Aidan Ryan Gallagher.
Era ali que começava uma nova vida, uma nova história - a qual S/n não e...
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Narradora P.O.V.
Semanas se passaram e S/n nem ao menos lembrou do motivo para sua angústia e curiosidade de dias atrás. Aidan Gallagher não fazia mais parte de seus devaneios noturnos quando a insônia se realizava presente - sequer fazia mais parte de sua vida.
A menina já o tinha superado há anos, e não ia ser agora que aquele sentimento ingênuo e antigo viria à tona. Finalmente estava se adaptando, aceitando seu novo lar e por fim voltando a respirar, se abrindo para a nova vida. A ficha lhe caiu e a menina se sentia bem.
E era difícil. Alegria não era recorrente e muito menos algo costumeiro na vida da menina. Sadie, Finn e Jack foram o combustível de sua vida, quase que descartável, por um bom tempo. Até que S/n soube se bastar, aprendeu sem querer a se amar minimamente, e assim tomou o controle da situação embaraçosa que se sentia dentro da própria alma - e ainda sente. Altos e baixos são normais, e S/n já está acostumada com isso.
Aidan, com seu ego energúmeno, continuava fazendo o que sua vida lhe proporcionava e lhe cobrava. Escolhas limpas e menos corruptas já não eram mais perceptíveis para o garoto indefinido e mesclado - como só ele sabe ser. E ele também pensava nela. Não da mesma forma, não com a mesma intensidade. Anos atrás sentia algo, hoje não mais. Até então só tinha curiosidade, e ele sabia que era recíproco.
As aulas de Handebol iam bem, faziam a menina se desconectar do próprio fio que a ligava com emoções e recordações frias. Os dias passavam rápido. Sem muitos amigos, a menina se sentia simples. Simples e livre. Sabia que ainda tinha Sadie e os meninos ao seu lado, e sua relação com Cameron a fazia bem. Ela sabia que um dia ou outro ele acabaria tentando algo a mais com ela. Ela sentia e via isso no olhar do menino. Mas não tinha medo, uma vez que a sensação era meramente recíproca.
Com boates e apartamentos luxuosos, The Voids aproveitava ao máximo o vício da ganância que a vida pode proporcionar. Aidan era o cérebro. Era assustador e extremamente pecador. O amor não tinha entrada para o caminho estreito - quase fechado - que era o coração do garoto. Seus princípios estavam mais focados em vaginas, drogas, armas e dinheiro. Havia crise dentro de seu sistema emocional, mas ele não se importava. Muito menos se dava ao trabalho de lembrar que estava tão na merda quanto qualquer jovem fodido de amargura e depressão. Ele apenas vivia o que dava pra viver dentro de seu mundo inteiramente subornável.
[...]
Sexta-feira, cinco horas da tarde. S/n, com um short curto de academia e uma camiseta do colégio larga e comprida, saía da escola junto a Cameron, logo após a extraclasse de Handebol. Suando minimamente e com as bochechas rosadas, a menina conversava sobre coisas alheias com o garoto popular da escola, que a olhava diferente.
Ela sabia que o dia começara de maneira incomum, e sabia que naquele momento um clima mais quente (e de nada tem a ver com o calor humano de ambos) se fazia presente.
