I like it

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"Eu gosto

Cada vez que você me olha
daquele jeito

Eu gosto

De todas as safadezas que
você precisa todos os dias."

- Anitta, Me Gusta.

[Capítulo 26: Eu gosto.]

Lan Xichen abriu a porta de sua casa, tentando inutilmente desamassar sua camisa, suspirando derrotado percebeu que não valia a pena investir em um caso perdido. Quando olhou em volta, viu seu irmão sentado no sofá tomando uma xícara de alguma coisa. Retirando os sapatos e sorrindo ao mais novo, engolindo em seco e rezando para ele não notar seus detalhes.

- Boa noite, A-Zhan. Como foi com o mestre Wei? - Huan perguntou, vendo o outro lhe olhar de cima a baixo, tomando mais um pouco do conteúdo da xícara no processo.

- Vou dormir no apartamento dele, tudo bem? - Zhan deixou as pernas se cruzarem em estilo de índio no sofá, ainda tomando seu chá e tentando não rir da situação deplorável do irmão.

- Claro! Sem problemas, WangJi. Você vai agora? - Xichen pôs sua pasta sobre o caso em cima do sofá, logo se lembrando do caso e das câmeras de segurança.

- Vou só quando ele terminar de jantar com a família. - WangJi acompanhou os olhos do irmão, notando a pasta e compartilhando da inquietação alheia. - O que descobriu?

- Nada muito relevante, aparentemente ele fazia o mesmo caminho todos os dias e nenhuma câmera de segurança o pegou e as que o pegaram foram apenas de relance, menos uma. - Xichen tirou algumas fotos com as imagens congeladas, mostrando o Xue olhando em volta com a expressão assustada. - Ele fugiu de alguma coisa, de alguém, mas a câmera não pegou. Isso prova que ele foi seguido, provavelmente a pessoa devia estar esperando ele sair de casa. - O mais velho suspirou pesado, sentando na poltrona branca e se deixando ficar um pouco desleixado. - Logan e Maxuell sumiram, não tem nem sinal deles. A polícia local me deu um relatório sobre eles. Lares com defeitos e ficaram em reformatórios por 3 anos, não fazem faculdade e moravam juntos em um apartamento na periferia, que de acordo com o Rudolph está abandonado a sabe-se lá quanto tempo. - Xichen sorriu divertido ao mais novo, sorrindo ao concluir seu pensamento. - Justamente por ser o senhor Rudolph a averiguar nós vamos lá amanhã.

Lan Zhan sorriu um pouco, terminando seu chá e não se contendo em alfinetar o irmão. - Espero que tenham usado camisinha, Lan Huan.

Xichen gargalhou pelo comentário, se apoiando nós braços da poltrona e pondo a mão na boca para conter o riso alto. Ao se recompor, olhou o irmão que também segurava o riso no sofá, tentando se acalmar pra não derrubar o chá. - Pelo menos eu dou descanso ao meu marido, não sigo o mantra de todo dia. - Xichen se levantou as pressas, vendo o irmão pegar uma almofada e tentar joga-la em si. O mais velho parou no divan que separava a sala do corredor, deixando apenas a cabeça "desprotegida" - Nem ao ar livre! - O mais velho correu ao quarto, rindo alto, desviando da almofada azul escura por milímetros.

- Patético. - WangJi ainda sorria um pouco, sentindo um pouco de preguiça de levantar e buscar a almofada esparramada perto da parede.

[☀️🌜]

Wei Saren estava andando de um lado pro outro dentro da cozinha do grande casarão que morava com o marido, procurando a maldita colher que usava para pegar o arroz. O coque preso de uma forma desleixada no topo da cabeça e as roupas casuais davam um ar despojado a mulher de quase 50 anos. A regata preta e justa e a calça de moletom cinza, assim como os pés descalços, deixavam a mulher baixinha ainda bem vestida.

- Pelo amor de Deus, onde tá a droga dessa colher? ChangZe, vem me ajudar, por favor! - A mulher gritou da cozinha, fazendo o marido na sala escutar a súplica. A matriarca que já estava um pouco estressada ficou ainda mais nervosa por ouvir o marido sorrindo de seu desespero. - Qual a graça, Wei? - Ela perguntou ao ver o marido aparecer na porta da cozinha, trajando roupas casuais assim como a si, a camisa de flanela e a bermuda preta, usando as pantufas de bichinhos nós pés.

- Meu bem, você deixou ela na mesa de jantar, junto a panela e os pratos. - Quando viu o rosto da esposa se desmanchando e ela sorrindo sem graça pela gafe cometida o patriarca não segurou a gargalhada, rindo em plenos pulmões da esposa. - Ah, e além do mais senhora. Seu sobrenome também é Wei.

- Deixe de ser chato, ChangZe. Vai lá e me ajuda a por a mesa vai! - A mulher também sorria junto ao marido, que continuava a rir alto. Ela ia empurrando o marido de volta para a sala de jantar.

Ambos pararam com o que estava fazendo ao ouvir a porta da frente se abrir, e uma escandalosa voz soar pela casa. - Mama, Papa cheguei!

- Na cozinha, meu bebê. - Saren gritou de volta, ainda empurrando o marido até os dois aparecerem no corredor, vendo o jovem adulto tão parecido com o matriarca. - Querido, já que está aqui, ajude seu pai por a mesa enquanto a sobremesa termina de ficar pronta. ChangZe, pare de fazer drama!

- Ah! Meu coração, acho que vai parar. - ChangZe parou de andar, forçando o corpo em cima da esposa, deixando seu peso tombar o corpo dela. - Oh! Adeus mundo cruel. - O homem se jogou inteiro na esposa, ouvindo ela gritar o ameaçando.

- Wei ChangZe! Sai de cima de mim! Seu gordo, vai me sufocar! - A mulher disse, tentando não cair no chão com o marido, até que não aguentou e os dois foram ao chão, sorrindo pelo acontecido.

- Que lindo casal! - Wuxian falou enquanto segurava o celular e gravava os pais, sorrindo da cena familiar, ainda com as lembranças de quando se tornou um garotinho de rua e fugia dos cachorros que o perseguiam. A gargalhada do mais novo se interrompeu a ele passou a olhar com carinho aos pais, vendo eles sorrirem entre si, afinal seu pai estava esmagando sua mãe.

- Que cheiro de queimado é esse? - Ying perguntou, torcendo o nariz e parte do rosto ao cheiro tão ruim.

- MEU BOLO! - Saren levantou as pressas, de forma desastrada, se escorando nas paredes, enquanto o patriarca continuava escorado no chão do corredor. - Se queimar eu te mato, ChangZe.

- Eu? Não assumo culpa nenhuma! - O Wei mais velho gritou de volta, estendendo a mão para o filho o ajudar a levantar, sendo prontamente atendido. - Como foi seu dia, A-Ying?

- Fui visitar a Qing e o Ning hoje, eles parecem bem melhores e A-Ning não parece ter muito mais problema, só manter as crises controladas. O médico disse que ele vai ser liberado amanhã pela manhã, mas a Qing só sai semana que vem. - Ambos os homens começaram a distribuir os pratos e talheres pela mesa de vidro, com o mais velho tendo passado as mãos pelos cabelos do filho em um cafuné muito bem aceito. - Papa, o padrinho disse que já podemos voltar a nós apresentar normalmente. A polícia já liberou a área. É verdade?

- Sim, amanhã o conteúdo de apresentações volta ao normal e continua até depois de amanhã. - Senhor Wei se sentou, vendo que só faltava o filho terminar de por as colheres e os hashis ao lado dos pratos. - Mas, a polícia e os detetives pediram pra nós não irmos até a noite e vamos ter eles de prontidão para caso a pessoa apareça de novo. Então, as duas da tarde A-Li se apresenta, as três serão o Caius e a Layla, as quatro você, as cinco o A-Cheng e as seis o Magnus. - Senhor Sei viu o filho ficando pouco tenso, mesmo sabendo de toda a segurança. - Filho, vai ficar tudo bem. Os detetives Lan vão estar gerenciando a segurança no palco, vai dar tudo certo e, eu e FeangMin pedimos para não ter o Rudolph, já que ele é... - A face do mais velho se contorceu em desgosto - Ele.

Circus Game Where stories live. Discover now