Prólogo

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Estar noiva aos vinte anos de idade, e principalmente, com quem mal conhecia direito, não era bem o que Elise Clinfford planejou pra sua vida, durante todos esses anos.

Na realidade, aos oito anos de idade, a garota imaginava que um príncipe encantado viria à seu encontro, e a levaria embora, bem longe daquele covil de bruxa aonde morava.

Aos quinze, ela sonhava em arranjar alguém bom o bastante para ficar ao seu lado, e de preferência, que a fizesse sentir todas as sensações inusitadas que todos os livros de romances demonstravam.

Aos dezoito, porém, ela pretendia mandar para o quinto dos infernos qualquer homem que aparecesse no seu caminho, e que a atrapalhasse de aproveitar a sua liberdade e os seus estudos.

Mas sua mãe...ah, a sua mãe, com toda certeza não seguia a sua linha de raciocínio!

Após casar-se com um rico, que infelizmente veio a falência antes mesmo que ela pudesse comprar o seu nono sapato de grife, ela decidiu então depositar suas esperanças para voltar a ser alguém no topo da sociedade, na sua filha.
Elise, curiosamente, não se surpreendeu ao ver a mãe lhe apresentar dezenas de rapazes jovens, bem estudados e muito bem educados, e que tinham na carteira mais cartões de crédito que ela fios de cabelo na cabeça. E olha que de cabelo, ela tinha muito!

A mãe a fez mudar suas vestes, seu visual, sua postura, e parecia cada vez mais empenhada à encontrar um marido bonito o bastante, rico o bastante, e claro, bobo o bastante para não só aceitar a noiva, mas também levar a família junto de intruso, para morar em algo bem melhor do que uma casa alugada e que dividia em suaves prestações o aluguel.

Não foi difícil encontrar alguém que se encaixava nas características cruéis de sua mãe.
Teve um pobre coitado, como Elise preferia o chamar, que não tinha a menor ideia de que estava se metendo com um bando de interesseiros, que só pensavam em seu dinheiro.

Anthony Cooper..com toda certeza não fazia ideia de que estava entrando num caminho sem volta!

E ela...simplesmente não poderia mudar o que já estava decidido diante dos olhos da mãe.
Tinha apenas que aceitar que, o seu destino traçado é baseado em interesses, e que por mais que ela sentisse afeição por Anthony, ela nunca, em hipótese nenhuma, viria amá-lo.

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À sua mentira em abril Onde histórias criam vida. Descubra agora