3 Mauro

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Acordei sentindo uma ereção matinal, estiquei meu braço até alcançar Francisca que ainda dormia, começando a alisar suas coxas. Ela se remexeu com as carícias, me inclinei sobre ela e beijei seus lábios.

— Só faremos algo se prometer que não vai brigar com seu filho. — sua chantagem me deixou irritado, me fazendo afastar dela, sem nem me dar ao trabalho de respondê-la.

Meu tesão tinha até esmorecido, embora meu pénis ainda continuasse duro. De há uns tempos para cá nosso casamento se baseava em brigas e a nossa vida sexual deixou simplesmente de existir.

— Mauro, você está sendo muito duro com ele. — voltou a apelar se levantando da cama.

— Duro? — perguntei incrédulo. — Eu tenho sido é mole demais, por isso a falta de responsabilidade dele. Francisca, pode ter a certeza de que não há ninguém com mais vontade que eu que essas brigas acabem, mas, Luan, tem que tomar um rumo em sua vida. E do jeito que ele está se comportando, está longe disso acontecer. Ainda mais com você sempre protegendo o que ele faz.

— É nosso filho, eu o amo, devo protegê-lo.

— Proteger do quê exatamente, das responsabilidades? Da educação do seu próprio pai? — a fitei irritado. — Vai segurar ele no colo sempre que ele fizer alguma asneira, pelo o resto da vida, é isso Francisca?

— Você não o trata da mesma forma que trata a Sofia. Ele sente essa diferença e sofre com isso. Você não o ama da mesma forma.

— Só pode estar de brincadeira...— esfreguei o rosto, já me sentindo perder o controle. — Não ouse me dizer isso novamente. Sofia não age como ele, nem comete as mesmas besteiras que ele. Graças a Deus, ela, tem cabeça é madura e trabalhadora. Educar um filho é a maior prova de amor que um pai pode dar. E querendo ou não, enquanto ele tiver debaixo do meu teto, e sendo sustentado por mim, ele será educado pelos meus princípios, isso agrade a ele ou não.

A deixei sentada na cama me encarando, e entrei no banheiro para fazer minha higiene pessoal.

Depois do banho me juntei para o café da manhã. Apenas Francisca e Sofia estavam na mesa. Meu sangue começou a fervilhar na mesma hora.

— Onde está seu irmão? — perguntei a Sofia, na esperança que ela me dissesse que ele já tinha saído para resolver o estrago que fez na tasca do Manuel.

— Ainda está dormindo. — respondeu cabisbaixa.

— Mauro, deixe ele descansar, eu vou lá na tasca resolver tudo. — Francisca se levantou, segurando meu braço.

Num gesto rude me soltei de suas mãos, ignorando tudo o que me dizia e caminhei rápido até ao quarto de Luan. Abri a porta sem nem bater, para o ver num total breu dormindo profundamente, como se nada nesse mundo o preocupasse. Abri a janela de rompante e a luz do sol invadiu o quarto, fazendo-o remexer incomodado pela luz. Num gesto rápido retirei a roupa da cama que o cobria, fazendo-o abrir os olhos surpreso.

— Ah pai, me deixa dormir. — protestou, querendo se cobrir novamente.

— Levante agora! Você vai lá na tasca do Manuel, concertar o que fez ontem. — vociferei, segurando as roupas da cama.

Seus olhos sonolentos e ainda ressacados me olharam confusos.

— Já foram fazer queixa para você? — perguntou com a maior cara de pau.

— Levante Luan! Você vai lá comigo agora, resolver isso.

— Eu bebi demais, pai. Perdi a noção, não voltará a acontecer, não se preocupe. Além do mais a gente fez até um favor para ele, estava na hora dele mudar aquele mobiliário velho sujo. — sorriu irônico, sem a mínima preocupação em sua voz.

Zuri ( 3/1/ 22 data de retirada ) Corre que ainda dá tempo! 🏃‍♀️💨Onde as histórias ganham vida. Descobre agora