ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 1.

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Às vezes você acorda e o mundo é totalmente diferente, queremos mudar o sentido da vida. A luz se reflete pela janela, as pétalas de flor de cerejeira voando na brisa de uma manhã calma, respiro fundo e ando até a janela olhando mais um dia.

- Aaah! - falo suavemente. - Mais um dia.

De repente ouço o som de notificação chegando no meu celular, abro para ver.

"Aiai, ele não vai aprender mesmo, que não quero voltar, por tudo que me fez passar, que raiva." pensei.

Alguém bateu na porta e abri, era minha avó.

- Rosé querida - fala a vovó sorrindo. - vem tomar o café da manhã.

Aceno com a cabeça e logo solto um sorriso, desço até a cozinha, pego uma maça e a mordo, saio para fora da pousada, caminhando pela rua pensando: "Provavelmente vai levar um tempo para me recuperar daquele término, sinto que ainda gosto dele... Ah meu ex era traidor, egoísta e muito manipulador, com certeza vou ficar melhor sem ele. "

Andando pela rua, me distraio com pensamentos sobre relacionamento passado. De repente, algo bate em mim, me jogando no chão com força.

-Aaah! - falo sentindo dor.

Tento me levantar, eu me retraio de dor, olho para a pessoa que trombou em mim.

- Caramba! - ele me olha irritado. - Vê se olha pra frente, garota.

"Meu Deus... Que menino lindo ah, esse cabelo ruivo, esses olhos castanhos... Aaaa Rosé não se distraia com a beleza dele." Pensei.

- Eu estava olhando onde estava indo. - falo olhando para ele. - Foi você que esbarrou em mim.

O homem ruivo fica surpreso e irritado por eu ousar desafiá-lo daquele jeito.

- A culpa é sua por ficar no meu caminho. - fala ele debochando. - E também por ser sonsa.

Tento ignorá-lo, começo a andar sinto uma dor em meu tornozelo e acabo caindo em cima de pedrinhas afiadas, perdurando minhas pernas de leve, fecho meus olhos tentando não chorar. De repente sinto um braço forte me pegando no colo.

- Bom, chega você parece uma desmiolada. - fala ele zombando.

Ele começa a me carregar pela rua, eu sem saber onde estava me levando, fico me debatendo.

- Aaah! - falo surpresa. - Onde está me levando?

Ele me ignora, dou um tapa em seu rosto tentando me livrar de seus braços.

- Ei calma, caramba! - fala ele em tom sério. - Vou te levar para o hospital.

- Hospital? - falo confusa. - Não precisa.

- Você acha que consegue andar assim? - fala ele rindo. - Você é muito sonsa tanto quanto é desastrada menina.

Logo ele chega no hospital mais próximo, entramos no consultório médico, depois de uma curta espera de alguns curativos, o doutor diz que estou bem e me libera, o homem ruivo e eu saímos do consultório, ele me deixa na rua e vai embora, me viro para agradecê-lo mas ele já havia sumido, começo a caminhar pela rua.

- Esta tarde, devo voltar para a pousada. - falo um pouco animada.

Pego meu celular pra olhar o caminho, vejo que está sem bateria, fico um pouco preocupada por não saber o caminho de volta para a pousada, eu me encontro numa rua escura.

- Humm... Era por aqui? - falo com um pouco de medo. - Aqui não parece familiar.

Dois homens mal-intencionados surgem das sombras, um deles que vestia uma jaqueta vermelha anda até mim e segura meu cabelo, sorrindo maliciosamente.

Coração de um Yokai (Em revisão) Where stories live. Discover now