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Bruna, Bru

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Bruna, Bru.

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Acenei uma última vez para minha mãe e entrei no ônibus. Me sento em um lugar do lado da janela e relaxo meu corpo.

É uma dorzinha no coração partir, mas é necessário, preciso de um futuro e é o que cidade pequena menos tem.

Pelo lado bom eu me livrei de cuidar dos meus quatro irmãos, mas irei sentir saudades. Eles são minha família né.

Mas é isso, sem recentimentos.

Meu pai é prefeito dessa cidade que nasci, ele me deu de presente de quinze anos um apartamento na cidade grande. Quando eu completasse dezoito ele não queria me ver nem banhada a ouro. Cá estou eu indo embora.

Não diria coragem, mas eu recebi uma próposta pra ser modelo, então quem sou eu para recusar né?

A viagem não é demorada, graças a Deus!

Minha mãe é a única que realmente se importa comigo. Eu tive alguns problemas com drogas e ela que me ajudou a sair dessa merda, não que eu larguei de usar uma coisa que outra, mas é menos que aqueles tempos.

Fecho meus olhos e relaxo meus músculos, logo pego no sono.

{...}

Sair daquele inferno que era o interior e vir pra cidade grande, com toda certeza foi a melhor coisa da minha vida. Olha isso cara!

Meu apartamento é enorme, já tem os móveis bonitos, aii to animada agora.

Aqui deve ter garotos bonitos, ao contrário da minha cidade. Lá tinha um garoto interessante, me envolvi e quando fomos fazer secsu descobri que ele tem um salamitos ao invés de uma rola.

Nossa cara, que porra.

Chega de falar de rolas, preciso de comida. Por isso que eu to no mercado.

Eu nunca morei só, então eu não faço idéia do que comprar. Vou ter que ligar pra minha mãe.

-Oi minha filha!-Fala ela.

-Mãe, me helpa, o que eu tenho que comprar pra sobreviver?-Pergunto olhando as prateleiras de salgadinhos.

-Feijão, arroz, carne, legumes...-Começa a falar e eu apenas concordo.

Sinto algo bater no meu braço derrubando meu telefone. Olho pro carinha que nem se importa.

Ah que eu faço o escândalo.

-Ou!-Chamo sua atenção.

Me olha.

UI gostoso. Que isso gente, sou evangélica.

-Você derrubou meu celular!-Falo indignada.

Vejo um garotinho na cadeirinha do carrinho, af é casado.

Prazer, Bruna, comedora de casados.

-Se abaixa e pega.-Fala como se fosse óbvio.

-Se esse fosse o problema.-Murmuro pegando o celular.-Tu vai pagar uma película nova.

-Não.-Fala.

Arqueio uma sombrancelha.

-Imagina seu filho descobrir que o seu pai é um babaca e querer imitar, decepcionante.-Nego com a cabeça.

Revira os olhos, pega a carteira e me entrega uma nota de vinte. Sorrio vitoriosa.

-Obrigado.-Ele ri de canto.-Aliás, me chamo Bruna.-Estendo minha mão.

Aperta minha mão, sinto um arrepio estranho.

-Lennon.-Solta minha mão e volta a empurrar seu carrinho.

Vejo que ainda tava na ligação com a minha mãe, volto a falar com ela enquanto empurro o carrinho.

Eu estava com os pensamentos longe, aquele cara me deixou instigada.

Pensamentos sexuais.

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