Capítulo 1, a fuga.

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Harry estava deitado na sua cama, na mesma posição de uma hora atrás, quando ouviu tia Petúnia gritar:

— Venha fazer o jantar! — Harry odiava essa frase, porque qualquer erro no jantar, o faria levar uma panelada na cabeça ou um puxão de orelha. E essas eram as punições leves. Qualquer um que visse os machucados de Harry ficaria chocado.

Harry desceu as escadas e foi para a cozinha para começar a cozinhar, tomando o máximo de cuidado para não queimar nada. Quando terminou, meia hora mais tarde, de cozinhar o arroz e o guisado, tio Válter empurrou Harry para o quarto dele e trancou-o. Mal sabia ele que Harry poderia abrir a porta com um grampo, que, felizmente, tinha na sua gaveta. Duas horas mais tarde, Harry ouviu os Dursley irem dormir, mas esperou mais 15 minutos para ter certeza. Harry pegou suas coisas de Hogwarts, soltou Hedwiges, dizendo para ela ir voando, e destrancou a porta. Harry desceu as escadas, saiu para fora (aahh, sério? Achei que fosse sair para dentro), trancou a porta e passou a chave pela abertura em baixo.

Harry então, pegou a capa de invisibilidade e se colocou em baixo dela. Caminhou até uma linha de trem — que era perto da casa dos Dursley —, e sentou num canto em baixo da capa. Às cinco da manhã do outro dia, Harry acordou com a barulheira das pessoas entrando no trem. Ninguém sentou onde ele estava, e o trem partiu para Nova York. Duas horas mais tarde, Harry se encontrava em Nova York, a cidade Natal de seu primo. Pegou a carta que lhe mandara com o endereço de sua casa; não era muito longe dali, provavelmente uns 2km. Depois de uma longa caminhada, Harry chegou na casa de Percy. Nervosismo tomou conta de seu corpo. Iriam gostar dele? O que a mãe de Percy — Sally Jackson, acharia dele? Tomou coragem e apertou a campainha. 10 segundos e um Percy com aparência sonolenta abriu a porta.

— Olá, primo, sou Harry Potter. — E esticou a mão para Percy apertá-la.

— Harry! — Percy exclamou, o puxando para um abraço. — É um prazer te ver!

— É um prazer te ver também, Percy!

— Entra, mamãe vai gostar de te conhecer — disse Percy, dando espaço para Harry entrar.

Quando Harry entrou na casa, dizer que estava surpreso era pouco. A casa de Percy era realmente bonita e arrumada, com um design moderno.

— Mamãe! Harry veio nos visitar — gritou Percy, como se um primo seu até então desconhecido, tivesse vindo visitar ele. Talvez, pensou Harry, Quíron tenha contado mais coisas a ele do que Dumbledore contou a mim.

Sally Jackson viera da cozinha, com um rosto sorridente.

— É realmente um prazer te conhecer, Harry — disse ela radiante.

— É um prazer conhecer a senhora também — disse Harry, educado como sempre.

— Se você não tiver tomado café-da-manhã, pode tomar com nós — disse Percy.

— Eu não como nada desde que começou as férias de verão — disse Harry sem pensar, antes de cobrir a boca com as mãos.

— Espera- o quê? — Percy tinha uma expressão tão preocupada que poderia rivalizar a de Hermione quando algo acontecia com Harry.

— Ahn... nada não — disse Harry tentando fugir do assunto.

— Seus tios não te dão comida? — Sally tinha uma expressão preocupada na face.

— Er... — Harry hesitou. — Não.

A expressão de Sally mudou de preocupada para furiosa em menos de um instante.

— Dumbledore disse que eles te tratavam como um filho!

— Então pode adicionar isso à lista de mentiras de Dumbledore — resmungou Percy.

Harry e os Jackson tomaram café em silêncio.

— Eu fugi da casa dos Dursley porque não aguentava mais, e os machucados estão piores que nunca — Harry disse.

— Machucados? — repetiram Percy e Sally.

— Er... sim. — Harry tremeu ao se lembrar das surras.

— Isso é horrível! — exclamou Sally, ainda mais furiosa que antes. — Vou falar com Dumbledore sobre isso.

Percy mostrou a Harry o quarto que ele iria ficar. Quando ele saiu, Harry começou a escrever uma carta para Mione.

Hey Mione, tudo bem? Espero que sim. Eu tenho notícias ótimas para te dar! Eu fugi da casa dos Dursley e estou com Percy nesse momento. Os Jackson são as pessoas adultas mais legais que já conheci, porque a mais legal é você, claro. Mas, realmente, agora posso fazer o dever de casa!

● ● ●

Os dias com os Jackson passaram maravilhosamente bem; Harry agora tinha os machucados curados e não estava mais tão magro, embora as costelas ainda aparecessem um pouco. E Harry tinha descoberto que sua varinha podia virar uma espada. É louco, eu sei, mas acredite, ele descobriu um feitiço num livro de meios-sangues que achara, que, algumas poucas- bem poucas varinhas podiam virar espadas. Harry tinha dado de ombros e tentara o feitiço. Mostrou a espada para Sally e Percy, que olharam para ela como se fossem de ouro puro.

— N-não é possível! Anthítheta! Anticorrente traduzido! É a irmã gêmea de Anaklusmos- ou Contracorrente! — Destampou Anaklusmos, e todos perceberam que as espadas eram realmente muito parecidas.

● ● ●

Hermione estava em seu quarto, lendo um livro enquanto sua mãe preparava o jantar, quando viu Edwiges na janela.

— Edwiges! — Ela abriu a janela.

Hedwiges deixou a carta de Harry na escrivaninha de Mione, que a abriu imediatamente. Quando terminou de ler, ela deixou um guincho de felicidade; Harry finalmente poderia ser livre das desculpas para serem seres humanos dos Dursley!

Harry e Hermione | Fanfiction HPCSWhere stories live. Discover now