No auge do ciume - part. 1

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Os dias foram passando e as tentativas do Bernardo de se aproximar só aumentavam, eu ainda nutria os mesmo sentimentos por ele ou mais ainda e estava ficando impossível de controlar ele estava totalmente diferente de quando fui embora, ele me olhava diferente os olhares que eu me iludia antes hoje são constantes, a aproximação também. Comecei a trabalhar como veterinária oficial da fazenda e acabei pegando alguns trabalhos nas fazendas ao lado de acompanhamento uma delas da fazenda Rosa Norte do pai do Guilherme. Nosso relacionamento nem sei se posso chamar está indo normal, não sinto aquele fogo quando o Be se aproxima, mas a companhia dele é ótima ele é um ótimo ouvinte.
- filha tem certeza que vai continuar com esse rapaz?- minha mãe pergunta, sempre me questionando o porque eu ainda estava com ele se não sentia nada.
- mamãe ele é um cara legal, me respeita, me faz rir - eu disse a olhando - e além do mais a vida não para eu preciso seguir em frente
- você tem só 22 anos Júlia não precisa de pressa
- eu sei disso, mas a questão é que ele é uma boa companhia e se eu não tentar nunca vou saber
- acho que você devia parar de evitar o Bernardo, e da uma chance pra ele
- chance de que mãe! Eu não quero viver de esperança é ilusão não quero e não preciso sofrer mais. - eu disse - eu sofri o cão quando cheguei no Texas que se não fosse pelo Fred e Bil não sei como teria suportado
- eu te entendo filha, mas não esqueça que eu vi o outro lado que ficou aqui - pegou minhas mãos - pelo menos da a chance dele se aproximar como amigo novamente.
- prometo que vou pensar
Me arrumei dessa vez com um jeans preto rasgado e uma bota tratorado de cano baixo é uma blusa bem justa com decote em V que deixava meu corpo bem desenhado, Fred é estilista e me ensinou a valorizar meu corpo e desde então o uso a meu favor, prendi um rabo de cavalo alto deixando uma gargantilha fina e delicada, contrastando com as argolas douradas e um batom vermelho e estava pronta para ir ao Canoa com o pessoal.
- tá pronta amiga? - Carol disse entrando - uaaaau tá uma deusa vai arrebenta o coração dos apaixonados
- deixa de bobagem eu tô normal só usei maquiagem - disfarcei sorrindo
- Achei que você iria comigo e com o Thiago mas o Gui tá lá em baixo te esperando
- não amiga combinei de ir com ele pq hoje não vamos ficar muito tempo - olhei pra ela com os olhos indicativos - hoje nós vamos sair mais cedo .. vou dormir finalmente com ele acho que já está na hora - sorri- e além do mais tô precisando já faz um mês que vim pra cá  e nada - acabei rindo
- tá assim porque você quer! - ela riu - aposto que rapidinho arruma alguém pra aliviar a tensão
Descemos e encontrei o pessoal meu irmão e o Guilherme é minha família, Gui estava um gato quando me viu sorriu e veio ao meu encontro. Nesse momento a porta abre e entra meu cowboy lindo de morrer, minhas pernas sentiram a pressão só de ver o quanto ele estava incrível naquele jeans apertado e surrado, botas e camisa vermelha. Ele me olhou de cima a baixo como se fosse me devorar e senti a sala toda presenciando é minha mãe me sorriu cúmplice Guilherme pelo visto tbm sentiu e me abraçou.
- vamos Ju- ele disse - já avisou seus pais que não volta pra casa hoje - disse com uma certa presunção na voz que parecia a bendita competição masculina
- já sim - falei pegando minha bolsa - bom acho que tá hora de irmos - eu disse amenizando o silêncio e puxando o Gui pela mão.
O canoa estava lotado todos os jovens estavam por lá curtindo a sexta feira a base de muita música e cerveja gelada. Guilherme encontrou uns conhecidos dele é foi cumprimenta-los não quis ir junto prefiro ficar na mesa com meus amigos.
- Jully será que poderíamos conversar?- diz Bernardo se aproximando - é sério nós sempre fomos amigos e agora nem isso. - ele disse triste
- Bernardo acho que aqui não é a hora e nem lugar pra isso - eu disse apontando pra nossos amigos que estavam todos conversando
- você tá me evitando a 1 mês Jully, e eu não quero perder minha amiga - os olhos deles me queimavam
- amanhã a gente conversa  eu prometo - eu disse
A música favorita nossa começou a tocar nós sempre dançávamos ela é ele sorriu
- dança comigo? - estendeu a mão sobre a mesa
- não sei - pensei
- é só uma música, a nossa música - ele sorriu enfatizando a nossa música
- tá bom Be mais só essa - eu disse pegando na mão dele sentindo o choque instantâneo enwuandonele abria um sorriso presunçoso - que foi?
- desde que você chegou e a primeira vez que me chama de Be
Revirei os olhos puxando ele pro meio da pista de dança, como sempre ele me guiava maravilhosamente era a sincronização perfeita, ele me apertou mais contra ele e quando dei por mim tínhamos dançado umas 3 músicas e conversávamos coisas casuais, ri algumas vezes das coisas que ele falou quando a mimosa atolou e quem visse de fora acharia que somos um casal.
- posso interromper ? - era a voz daquela tal de Chiara - Bezinho vamos dançar ? - Bezinho? Que horror
- agora não Chiara eu tô dançando com a Jully - ele me apertou
- acho que o namorado dela não tá gostando muito disso não - ela disse apontando pra nossa mesa e os olhos do Guilherme estavam vermelhos de ciúmes
- bom foi ótimo Be dançar com você, acho que já vou - eu disse me desfazendo e deixando ele lá pra dançar com biscate caça cowboy
Voltei pra mesa normalmente e a Carol me chamou pra ir ao banheiro disse que agora não que iria sentar um pouco que meus pés estavam me matando
- não parecia - Gui disse enciumado - pareciam que se a Chiara não aparecesse você ia continuar lá agarrada com aquele cowboy metido a patrão
- que isso agora Guilherme? Deu pra ter ciúmes do Bernardo? Nós somos amigos desde crianças - eu disse
- Não e o que parece - ele disse - ele tá querendo cantar em galinheiro ocupado
- deixa de ser ridículo - eu falei brava - além do mais nunca vou deixar de falar com meus amigos por causa de homem nenhum - eu frisei
- ele não tem sentimentos de amigo por você já faz anos Júlia só você não percebeu ainda- ele disse irritando causando um silêncio na mesa - fala sério todo mundo sabe que ele é louco por você e agora tão aí mudo
- Guilherme acho que a conversa acaba aqui! - eu disse me levantando
- amiga espera - Carol me alcançou enquanto eu ia para a saída - Volta pra lá o Guilherme tá com ciúmes
- ele tá com ciúmes do que Carol se nem meu namorado ele é - eu disse com raiva
- Ju vamos conversar - Guilherme me alcançou
- Guilherme nós não somos namorados nem nada estamos saindo apenas e eu não gosto desse tipo de situação constrangedora
- eu sei Ju desculpa - ele disse
Nem vi a Carol saindo- não me interessa Guilherme o Bernardo chegou bem na hora e ouviu as besteiras que você disse - soltei com raiva
- e daí ? Eu não disse mentiras !- ele falou - quem sabe assim ele seja homem e assuma logo pra você se tocar de dar tanta moral pra ele
-  você é ridículo - eu disse- nós somos amigos a vida toda e agora não sei como vou olhar pra ele
- vai olhar pra ele como sempre olhou - ele disse com raiva
- do que você tá falando?-
- você acha q eu sou idiota Júlia?! Eu vejo desde muito antes de você voltar que você é afim dele, eu lembro dele marcando em cima quando você estava comigo, você tambem e apaixonada por ele mais são dois idiotas que não assumem- ele disse frustrado - eu juro que eu tentei e tô tentando fazer você esquecer ele mais tá na sua cara que você ainda ama aquele babaca!
- para de falar besteira - eu disse nervosa
- para você de fingir e ele ser homem em assumir logo - ele disse bravo e virou as costas
- onde você vai?
- vou embora minha noite já deu! - me deixou plantada na frente da entrada
Fiquei uns minutos pensando nas coisas que ele disse e cheguei a conclusão que não iria me iludir, que se ele sentisse tudo que o Guilherme e todo mundo tá me falando desde que cheguei ele vai vir atrás.
Voltei pra mesa e todo mundo me olhou menos o Bernardo que estava dançando que a biscate.
- o que houve ? - meu irmão perguntou
- Guilherme me tira do sério! - eu disse- ele acha que tem autoridade ou direito de me cobrar
- amiga ele gosta de você
- eu sei Carol mas isso não dá direito dele fazer esse tipo de coisa eu odeio essas cenas.
A música acabou e começou a tocar outras músicas que não eram de casal e o Be chegou na mesa.
- preciso beber alguma coisa - disse me levantando e indo em direção ao bar, onde aquele tal Chiara estava.

Enquanto eu viver  - CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now