›◞ 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎

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Nojento

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Nojento.

Era tudo o que se passava na cabeça de Taehyung enquanto observava a bolsinha largada sobre o colchão de sua cama, bem a sua frente.

Sentado, ainda enxugando os fios acinzentados, e úmidos por conta do recente banho, com o auxílio da toalha branca e fofa que mantinha ao redor do pescoço, acabava enfim por suspirar, pelo que parecia ser a quarta vez desde que sairia do banheiro.

O cheiro adocicado que estava impregnado nela, parecia estar tão entranhado na sua pele quanto no objeto agora vazio, o fazendo se sentir febril e meio entorpecido.

E era isso que era nojento. Não o aroma em si, por sinal bem viciante, mas sim como seu corpo reagia a ele; as reações que o levaram a precisar de um banho gelado diga-se de passagem.

Ele próprio era.

Já fazia pouco mais de uma semana que não via o ômega atrevido de forma alguma.

A princípio Taehyung tinha certeza de que ele apareceria no dia seguinte, pronto para comprar briga, ou no outro, ou no que veio após esse. E quando isso não aconteceu, o de cabelos coloridos se perguntou se enfim todas as suas preces haviam sido atendidas.

Mas como que quebrando todas as suas expectativas, Jeongguk de alguma forma havia se metido ali. Na sua casa, seu santuário, em forma de um aroma pecaminoso que mesmo agora um tanto mais fraco, ainda parecia tomar conta de tudo, inclusive do próprio Taehyung, invadindo seus pensamentos com aquela cena de um quase beijo e outras imagens nada castas por sinal.

Logo o Kim, que tanto fazia questão de sempre deixar claro que repudiava alfas que agiam como animais e usavam a desculpa do instinto, estava justamente fazendo aquilo, cedendo a um lado mais primitivo seu.

Talvez o Jeon tivesse razão, talvez no fim Taehyung fosse da mesma laia que todos os alfas os quais criticava, já que nem conseguia aquietar seu pau. Alfas que nem o homem que havia engravidado sua mãe.

Ou talvez estivesse enlouquecendo, lembrando 24h de um garoto que sequer deveria estar recordando da sua existência.

Talvez ambas as alternativas.

E aquilo o tirava do sério e o frustrava de uma maneira fora do comum.

O Kim acabou soltando um baixo grunhido, jogando de vez o corpo contra o colchão macio, olhando o teto por um momento enquanto refletia sobre o que estava fazendo com a sua vida e quando foi que oarecia ter perdido o controle das coisas daquela forma, e só de fato despertou quando ouviu a campainha tocar.

O cenho automaticamente se franzindo, afinal não esperava ninguém, logo estaria se colocando de pé, estendendo a toalha no encosto da cadeira frente a sua escrivaninha.

— Hoseok talvez? – indagou em voz alta, consigo mesmo, um tanto aéreo, dando um pulinho quando a campainha tocou mais algumas vezes. — Já estou indo!

› ◜𝐃𝐄𝐋𝐈𝐂𝐀𝐓𝐄 ⁏ 𝚝𝚊𝚎𝚔𝚘𝚘𝚔  ུOnde histórias criam vida. Descubra agora