- Você está me excluindo da sua vida, Helena. - disse.
- Você só pode estar brincando. - falei. - E eu não tenho tempo para seus jogos. Minhas filhas estão em casa me esperando.
Ângela estava com elas e prometi que voltaria rápido.
- Queria falar sobre o jantar. - começou. - Eu fiquei irritada e falei aquelas coisas sem pensar.
- Então você sempre está irritada né, mãe? - exclamei. - Vai atrás da Charlotte, ela com certeza vai querer te ouvir.
- Não sabe? Ela foi embora.
- Foi a melhor coisa que ela fez então. - falei.
- Helena... - tentou tocar meu braço novamente, mas eu me afastei.
- Chega, mãe. - suspirei me sentindo cansada. - Damon tem razão, minhas filhas não vão crescer em um ambiente que só tem brigas. Tanto faz o que você pensa, ou o que faz daqui para você. Não me importa mais.
- Agora você escuta o Damon? - questionou. - Até ele você está deixando se aproximar.
Uma táxi parou na nossa frente e eu caminhei até ele.
- Tchau. - exclamei, e entrei no carro.
Mais tarde quando o Bruno chegou, eu estava sentada no tapete da sala cuidando das meninas.
- Tudo bem? - ele perguntou, depois que levantei do chão para lhe dar um selinho.
- Sim. - respondi, e vi que ele segurava um buquê de flores. - Quem morreu?
Ele ergueu uma sobrancelha.
- O jeito que você é romântica me encanta. - disse, e estendeu o buquê na minha direção. - Para você.
Peguei as flores e foi impossível não sorrir.
- Obrigada. - exclamei, e então passei meus braços pelo seu pescoço.
Eu precisava do seu abraço. A pequena conversa que tive com a minha mãe acabou me perturbando. Bruno me abraçou de volta, mas tivemos que nos afastar porque Alexia começou a gritar.
- Eu consegui o número de uma agência de babás. - ele disse, e foi até a Alexia. - Amanhã você pode ligar.
- Será que é confiável? - perguntei, preocupada.
- Quem passou o número foi minha tia. - contou, e sentou no tapete.
A menção da Sarah acabou me deixando mais tranquila.
- Ok, então amanhã eu cuido disso.
Fui até a cozinha e depois de deixar o buquê dentro de um jarro, voltei para sala. Sentei ao lado do Bruno e sorri quando vi ele brincando com a Sophie. No final do dia, eu sempre acabava ao lado deles, então não importava o que ia acontecer daqui para frente, tudo acabaria bem.
Franzi o cenho quando reparei que tinha uma marca vermelho no pescoço do Bruno.
Quando toquei seu pescoço, ele sorriu.
- Curtindo seu trabalho? - perguntou.
- Desculpa, eu não percebi...
- Meu anjo, não se desculpe. Eu gosto quando você me aranha. - confessou. - Sei que quando faz isso é porque está gostando.
Confiando em suas palavras, me aproximei dele e deixei um beijo por cima da minha marca.
- Olha, tem outros locais no meu corpo que você arranhou também, se quiser beijar. - ofereceu.
Dei um tapa de leve em seu ombro enquanto segurava uma risada.
- Você é um idiota. - acusei, e peguei Sophie quando percebi que a mesma estava dormindo. - Vou deitar ela no berço.
Bruno assentiu e eu levantei para levar Sophie para o quarto. No entanto, Alfredo entrou no meu caminho quando eu estava indo até às escadas.
- O que foi? - perguntei, quando percebi que o gato estava inquieto.
Olhei em direção a vasilha dele e percebi que a mesma estava vazia.
- Entendi. - exclamei, e passei por ele. - Já coloco sua ração.
Mas, Alfredo me seguiu e sentou no chão quando coloquei Sophie no berço. Depois de garantir que minha filha estava dormindo, eu saí do quarto.
- Pronto. - falei, no primeiro andar depois de ter colocado comida para o meu gato.
Me aproximei de onde o Bruno estava com a Alexia e percebi que ele tinha deixado o cartão com o número da agência de babás em cima do braço do sofá.
Seja o que Deus quiser, murmurei mentalmente depois de pegar o cartão.
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Para Sempre Te Amarei
Romance"História Em Andamento" Livro Dois Intrigas, confusões, dramas, mentiras... Helena Ferraz estava acostumada com aquilo, no entanto, ela não podia encarar ou resolver as coisas como uma adolescente, não mais. Porque agora, ela é adulta, e tinha que a...
Capítulo 07: Vamos Ficar Bem
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