Capítulo 7 - Fotos íntimas

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Garotos tentam me domar, eu sei
Eles me dizem que sou esquisita e não deixam para lá
Não, estou bem, estou deitada no chão de novo
Porta rachada, eu sempre quero deixar você entrar
Mesmo depois de toda essa merda, sou resiliente
Porque princesas não choram (não-oh)
Uma princesa não chora (não-oh, oh)
Sobre monstros na noite
Não desperdice nosso precioso tempo
Com meninos com olhos bonitos 

-Princess Don't Cry, AVIVA

Do que adianta ir dormir para não ter que lidar com as besteiras que o Matthew havia falado, se quando eu acordo tenho que arcar com as consequências das besteiras que ele havia feito?

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Do que adianta ir dormir para não ter que lidar com as besteiras que o Matthew havia falado, se quando eu acordo tenho que arcar com as consequências das besteiras que ele havia feito?

Após o espertão — contêm-se ironia e raiva ao pronunciar esse adjetivo — ter quase nos matado, a polícia nos parou e tentou nos interrogar, mas Matthew estava desacordado e eu trêmula demais para falar, então a polícia não teve outra alternativa a não ser nos levar para a delegacia.

Minhas mãos não pararam de tremer desde o momento em que acordei e percebi a velocidade e o jeito estranho que Matthew tentava dirigir enquanto a polícia estava atrás de nós. Primeiro pensei que era por causa do nosso desaparecimento, mas depois entendi que o problema maior foi a anormalidade que esse bêbado dirigia, que acabou atraindo a atenção de uma viatura local.

Observo o delegado conversando com os dois policiais que nos apreenderam, e quando eles me olham de volta eu desvio o olhar para o Matthew, que continuava em silêncio desde o momento em que acordou. Idiota! Ele vomitou na rua assim que viu os policiais, então não teve nem como fingir que ele não estava alcoolizado.

Eu não percebi o momento em que ele saiu para se embriagar, pois assim que consertei o carro, senti tanto sono que fui dormir, mas infelizmente acordei com o imbecil tentando nos matar ao dirigir com alto teor de álcool no sangue!

O delegado finalmente caminha até nós e se senta a nossa frente. Ele nos encara com seus olhos grandes e expressivos e eu respiro fundo para tentar manter a calma e agir de maneira sábia, mesmo que eu esteja morrendo de medo por dentro. Não gosto de viver perigosamente, então situações como essa me deixam de cabelo em pé.

— Quero o RG e a carteira de motorista de vocês.

— Não trouxemos. — respondo. Matthew, pelo visto, não ia abrir a boca tão cedo. Ele ainda cheirava a álcool e vômito, e a única coisa que estava fazendo era colocar o saco de gelo que ganhou dos policiais no ferimento da cabeça.

— Qual o nome de vocês?

— Vai nos prender? — mudo o assunto.

— Por quê? Você fez algo de errado?

— Não. O único que fez foi esse idiota ao meu lado. Eu estava dormindo, não fiz nada! — me defendo.

— Ele é seu namorado?

Para onde os corações quebrados fogem?Onde histórias criam vida. Descubra agora