Cap 20- Por sua causa

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Megan

Já são 15:27 e eu estou me arrumando para visitar o Lucca.

Eu ja não sou a mesma pessoa, estou bem mais magra e meus sorrisos aparecem, ninguém sabe que todos que esses estampados em meu rostos são falsos.

Quando eu pensei que minha vida estava melhorando acontece um acidente com ele.

As coisas que a mãe da Larissa disse me deixou muito chocada, ele iria se declarar pra mim. Eu perdi a chance de mostrar meus sentimentos e falar pra ele o que sinto, eu sempre tive medo disso e achava o amor besteira. Isso acontece pois eu nunca senti amor de verdade, sempre foi uma paixonite boba. Eu não quero perder o Lucca por nada, se ele não acordar os médicos vão dizer que não existem mais esperanças e os aparelhos serão desligados. Isso vai ser um tiro em meu coração, meu consiente ficará pesado e me sentirei mal por não ter contado a ele antes.

No momento eu estou querendo morrer, não quero mais sofrer.

[...]

Chego no hospital e está tudo na mesma, todos os dias eu choro, pego em sua mão e conto como foi meu dia.

Eu espero que ele esteja me ouvindo.

- Hoje a mãe da Larissa foi la na escola e quase arrebenta a cara da filha, também a professora de química apareceu com o cabelo todo verde ela disse que foi uns experimentos que ela fez em casa e deram errado- pego em sua mão fria- a Larissa me ameaçou, mas eu não tenho medo dela, meu único medo...- passo minha mão em seu rosto- é perder você.

O barulho da porta chama minha atenção e uma enfermeira com máscara entra na sala com uma seringa.

- Boa tarde eu vim dar o remédio a ele- ela fala chegando perto.

- É remédio pra que?- pergunto curiosa.

- Er... para reativar o cérebro e aumentar os batimentos cardíacos, para que ele possa acordar- ela fala e sinto insegurança em sua fala.

Ele abre uma válvula no tubo do soro e injeta o líquido amarelo da seringa.

- Tenha um bom dia e espero que ele fique bem- ela toca em meu ombro e sai.

Acompanho o caminhar dela até a porta e percebo que seu cabelo está saindo pela touca.

Ruivo

Era a cor do cabelo dela, não pode ser a Larissa, ela não mataria o Lucca.

Logo o equipamento de batimentos do Lucca começam a ficar mais rápidos me fazendo levantar e sair do quarto.

- SOCORRO ELE TÁ MORRENDO!!- grito e vários médicos entram na sala.

Olho para a saída e vejo a mesma mulher tirar a máscara e a touca, ela olha pra mim e sorri.

Larissa!

Corro o mais rápido que posso e quando saio do hospital avisto ela correndo atravessando a rua.

Sigo ela correndo e estou prestes a alcança-la, me jogo em cima da mesma e viro seu corpo pra mim. Sentando em cima dela.

- Sua cobra- falo dando um soco em seu nariz.

- Sua louca! Socorro tem uma louca em cima de mim- ela fala alto e uma roda se forma em volta.

- Você tentou matar o Lucca!- sinto alguém me levantar.

-Vamos para a delegacia- a voz atrás de mim fala.

- Ela é um perigo- Larissa fala.

- Agora eu sou o perigo?- debocho e logo solto uma gargalhada falsa- VOCÊ COLOCOU VENENO NO SORO DO LUCCA!- grito e a pessoa que me segurava me solta.

- Vocês não percebem que isso é mentira, olha o desespero dela- Larissa aponta pra mim.

- Verdade ela está muito alterada- uma mulher fala no meio da multidão.

- Psicopatas conseguem enganar as pessoas direitinho com a sua plenitude- olho para Larissa- você tem que ser internada.

Após isso um médico aparece.

- Finalmente achei você, ele não está acordando, colocaram veneno no organismo dele- ele fala.

- Foi ela- aponto para a Larissa.

- Eu nunca faria isso com meu namorado- ela se defende.

- Eu te vi pelas câmeras- o médico aponta pra ela- e você, precisa ir pra la correndo.

Saio dali e corro para o hospital, quando estou entrando ouço um tiro que me assusta fazendo com que olhe para trás.

Todos começam a gritar e correr abaixados. Quando a multidão se despessa vejo o médico no chão e Larissa com uma arma apontado pra ele.

O mesmo tenta se levantar com dificuldade e Larissa lhe da um tiro na testa, matando ele ma frente de todos.

Corro para dentro do hospital e vejo médico com macas correndo para fora, enfermeiras desesperadas e curioso querendo saber o que houve.

Tudo parece estar em câmera lenta, mas meu objetivo é o Lucca.

Passo por uma sala e pela janelinha de vidro vejo alguns médicos injetando soro nele, o aparelho de batimentos ao lado começa a apitar e um traço verde se forma.

Ele está morto

Era o significado daquilo.

Os médicos se afastam e um deles pega um aparelho de reanimação, esfrega um no outro e põe na região peirtoral do Lucca.

Fazendo o corpo dele dar um pulo pelo choque.

Nada.

Ele coloca mais uma vez e nada.

Mais uma vez e eles balançam a cabeça negativamente.

Ele se foi...

Saio da janela e abro a porta, os médicos me olham assustados.

- Moça não pode entrar aqui- um deles vem até mim para me tirar da sala.

- Tenta só mais uma por favor- falo chorando muito.

- Não tem como...

- Por favor!- me ajoelho no chão- eu o amo, não posso perder ele assim.

Eles se entre olham e o médico esfrega o aparelho um no outro novamente, coloca em Lucca e ele pula com o choque.

Abaixo meu olhar, junto as mãos e começo a rezar.

Escuto o pi pi pi da máquina que me faz levantar e olhar pra eles.

- Vocês conseguiram- falo sorrindo.

- Por sua causa- um médico bate no meu ombro e sai da sala.

Corro até Lucca e seguro sua mão.

- Eu nunca desistiria de você meu amor, nunca mesmo- falo e encosto minha testa na sua.

Me aproximo dele lhe dando um selinho.

Quando estou pra sair sinto sua mão apertar a minha.

Ai meu Deus!

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Continua...

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