apresentação

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15 de Maio, 2020 - 02:29 AM.
Bianca- POV

Acordei com una dor de cabeça infernal por causa do sonho esquisito que eu tive. Dá pra acreditar que tinha uma completa estranha no meu quarto, que ainda por cima, sabia meu nome? Loucura, pois é, sei.
O sono pesado ainda me entorpecia, eu não tinha noção de que horas eram, e droga, eu precisava avisar aos meus amigos que eu estava bem.
Me espreguicei a fim de despertar melhor, saí das minhas cobertas, sem nem pegar meu celular (na verdade nem lembrava onde o tinha deixado), coloquei os pés pra fora da cama, levantei e...GRITEI.
Era. A. Porra. Da. Mulher. Misteriosa. Sentada num puff olhando através da janela
Então não foi sonho, não foi uma alucinação? Eu tinha que lidar agora com o fato d'eu poder falar com pessoas mortas, fantasmas, ou sei la o que??? Agora quem estava paralisada era eu.

— Bianca? — Ela me chamou e assustei de leve. — Está mais calma agora?

Engoli a seco e criei coragem para responde-la.  — Eu, eu não sei... o que voc, você quer comigo? Por que não vai embora? — Perguntei gaguejando, nem tive coragem suficiente para subir meu olhar em direção a ela.

— Bom, você deve estar com fome, então eu trouxe lanche, mas primeiro quero me apresentar... Já que você não deixou antes. — Ela se levanta apontando para a sacola com a logo conhecida por mim, se aproxima e estica a mão em minha direção. Eu dou um passo para trás no mesmo instante e acabo topando com a cama, caindo sentada na mesma.  — Calma. Eu prometo que não mordo. Okay? Meu nome é Rafaella , e indo direto ao ponto, eu sou sua cupido.

Pisquei algumas vezes tentando processar aquela informação. Eu tinha escutado corretamente? Espera, quando eu limpei meus ouvidos pela última vez?  — Você é minha o que?

— O que você ouviu, sua cupido.

— Tá de brincadeira comigo. É algum tipo de piada de mal gosto ou aquelas pegadinhas com câmera escondida? A Bianca (b2) e o Miguel te mandaram aqui?

— Não,Bianca . Não é! Só tem você e eu nesse loft. 

Okay, Bianca. Calma. — Tá, então... deixa eu ver se eu entendi. — Ri em desespero interno e continuei. — Você se chama Rafaella e é uma cupido?

— Exato.

— Mas, se você é uma cupido, cadê seu arco e flecha? Por que você não tem, sei la, asas? E não era pra você estar brilhando, irradiando uma luz que quase me deixasse cega? — Aquela que se dizia cupido começou a rir do meu desespero ao falar, o que era tão engraçado?

— Primeiro: sim, eu sou uma cupido. Segundo: meu irmão é quem usa um arco com flechas, ah, e os anjos cupidos também. Eu prefiro outras táticas. Terceiro: quem disse que eu não tenho asas? — Rafaella cruzou os braços e abriu um sorriso um tanto sínico, e continuou.

— Minha mãe mandou que eu viesse pessoalmente, ela não aguentava mais ouvir suas reclamações diárias, e por mais que você não tivesse pedido minha ajuda de fato, você fez algo pior: Desafiou a dona Aphrodite. Acredite, ela não ficou nada contente, e por algum tempo, achou que você conseguiria voltar a acreditar, mas como nós duas sabemos, não deu muito certo. — Ela me olhou diretamente e sorriu outra vez, ainda com a pose de braços cruzados. E puta merda, era a primeira vez que eu parava para prestar toda minha atenção nela, era hipnotizante. Mas voltando ao fato de coisas inacreditáveis, a mãe dela era... Ela era filha de Afrodite.

— Okay, espera, estou tentando processar tudo. Mas ainda não consigo acreditar que não estou ficando louca.

— É simples, me deixe te convencer disso. — Ela sentou ao meu lado na cama e e tão me virei devagar até ficar de frente à ela, cruzando minhas pernas esperando que ela me convencesse.

— Eu sou de verdade mesmo, você não está ficando louca, mas relaxa porque esses pensamentos são bem normais. Acostumei, teve uma vez que jogaram um vaso de flores em mim, foi trágico, mas eu sobrevivi. — Ok, a desgraçada me fez rir, e eu parecia nem ligar mais se aquilo era realmente verdade ou coisa da minha imaginação fértil.

— Quero falar de você agora, falar sobre seu HRP.

— Sobre meu o que?

— Histórico de relacionamentos e paixonites. — Ela começou a explanar TUDO sobre mim, sobre todas as pessoas que eu tinha conhecido, que ja tive algum crush, paixões e namoro.

— Espera, espera ai, você acabou de citar a Luiza. Eu nunca me abri com isso pra ninguém, nem pra Marcela . — Agora eu estava realmente impressionada. Cocei a cabeça e olhei pro teto alguns instantes. Qual era a probabilidade daquilo acontecer? — É, você ta conseguindo me convencer. Então quer dizer que essa história toda de deuses e olimpo, Zeus e poseidon... é tudo real?

— Claro. Você não está me vendo aqui?

Isso era muito mais insano do que eu pensar que ela era um fantasma ou uma ladra. Parte de mim estava em choque, e a outra em êxtase total. Rafaella pôs sua mão a frente de meu corpo novamente e dessa vez eu a segurei, balançando levemente. 

— Bianca Andrade , mas é claro que você já sabia.— Ela sorriu de novo, mas que droga. Trouxa.

— De fato, eu já sabia, e você também já sabe como me chamar. Agora,Bianca , eu vim aqui para te ajudar a acreditar no amor de novo.

— Isso é caô, tá bom? Todos os meus relacionamentos foram uma derrota.

— Eu sei, eu sei disso. Mas nem tudo é pra ser assim,Bianca . Todos nós temos um par perfeito, e nos vamos encontrar o seu. Tô aqui pra isso. Então, você pode comer um pouco agora e voltar dormir até de manhã, e quando acordar novamente, nós vamos começar a missão, e com nós eu quero dizer VOCÊ.  Boa noite, durma bem! — E quando eu pensei em responde-la, já tinha simplesmente sumido. Era difícil de acreditar em tudo aquilo, mas o que me restava fazer era esperar ou simplesmente fingir que nada disso aconteceu.

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