Barco

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_ Morgan estava me dizendo como esses casos podem ser difíceis, quem ele perdeu?

Seaver pergunta a Evy ao vê-lo se afastar para atender uma ligação.

_ Já tem alguns anos que a prima dele fugiu de um perseguidor, ela chegou até Carolina do Sul, mas nunca mais tiveram notícias dela.

_ Foi o perseguidor?

_ Ele se matou duas semanas depois e nunca tivemos certeza absoluta, mas o perfil de Morgan levou direto para ele. Então sempre que aparece restos mortais não identificados, ele recebe a ligação.

_ Morgan e Evy, vão a delegacia falar com os familiares.

Hotch pede.

Após conversarem com os familiares, Morgan permanece na sala, sozinho.

_ Acha que esta na hora de pensar na Cindy?

_ Evy, a única ligação é Charleston, é pouco.

_ A vítima número cinco é uma mulher afro-americana, com vinte e pouco anos, que morreu em dois mil e quatro, isso não é franco.

_ Minha tia passou anos obcecada com as últimas horas da Cindy, ela não saí, ela não dorme. Esquece de tomar os remédios, ela está se matando.

_ É, mas não tem sido fácil pra você também.

_ Eu aprendi fazendo perfis que não se trata do que eu quero que eu quero que seja verdade e sim, do que eu posso provar, não posso pensar nisso.

_ Uma combinação.

Seaver entra dizendo.

Em outra sala, eles se reúnem para a vitimologia.

_ Conheçam nossa primeira vítima confirmada, doutora Samantha Kirchner. Que como o DNA dela já estava registrado, ganhamos uns dias.

_ Ele desova aqui e caça em Charleston.

_ Cidade turística, tem mais vítimas.

_ Se nós contarmos a viagem de volta, tem muita exposição.

_ Para a tortura ele precisa de tempo e privacidade, desarticulação faz muita bagunça.

_ Ele pode ter uma câmera de tortura móvel no caminhão, no trailer. Já vimos isso antes.

_ Ou talvez não dirija, pode fazer tudo no barco.

_ Se eles entram no barco, em Charleston e ele navega pra cá, ele teria tempo para às duas coisas.

_ Ninguém acharia estranho um pescador jogando iscas na água.

Hotch pega o celular e liga para Garcia a colocando no viva-voz.

_ Alô!

_ Garcia, temos mais informação sobre o barco, vai ajudar a reduzir a sua lista.

_ Tá bom, manda.

_ Veja barcos com cabines grandes que de para esconder uma câmera de tortura.

_ Câmera de tortura, tá, com certeza isso estaria na lista de especificação do fabricante.

_ É, tente dimensões da cabine, comece com três por três e vá até dez metros.

_ Isso vai levar uma eternidade, eu tenho que ver arquivo por arquivo, a sorte é que eu amo vocês.

Desliga logo em seguida.

_ Temos que falar com às famílias e ver quem mais recebeu cartão postal, pode ser o elo da vitimologia.

_ Mandar cartões de despedidas como disfarce é uma aposta, mesmo escrevendo sob coação, a vítima pode esconder uma mensagem.

_ Eu não acho que foi escrito sob coação, você disse que a doutora Kirchner não estava tomando remédio para Parkinson né, olha a grafia.

_ Sem indicação de tremor ou agitação.

_ Tem um remédio que chama Tradipitant, em pequenas doses tratam Parkinson, mas seu principal uso para enjoo no mar.

_ Algo que um pescador teria acesso.

_ E criminosos na América do Sul, a inteligência descobriu que em alta doses deixam as vítimas submissas.

_ Ele coloca na bebida ou joga o pó no rosto, a observação nasal ou dermal é quase que imediata, você fica suscetível a qualquer ordem na hora. Ha registros de moradores permitindo ladrões entrar em suas casas para roubar, às vezes até ajudando a colocar às coisas no carro.

_ Temos mais quatro cartões postais, com Samantha são cinco.

_ Algum padrão geográfico?

_ Geograficamente cada vítima é de um estado diferente.

_ Todas desapareceram em Charleston?

_ Duas sim, outras três enviados de Miami.

_ Está oscilando entre duas cidades.

_ Miami faz muito sentido, é uma cidade litorânea com muitos turistas.

_ E alterando os locais de caça, às cidades não vão prestar atenção nas pessoas desaparecidas.

_ Mas o que liga ele a essas cinco cidades?

_ Agora, só os cartões postais podem ser a chave que precisamos.

_ Às vítimas escreveram os cartões, mas o elemento ditou a mensagem.

_ Ele pode ter revelado alguma coisa dele através disso.

_ Comece um perfil linguístico, temos que conversar com às pessoas que recebem os cartões.

_ Seaver e Rossi vão conversar com os pescadores, Morgan e Evy vejam se descubram mais sobre às vítimas conversando com às famílias, foquem em saber o que levou seus entes para Miami.

Depois de falarem com os entes, Evy é destinada a falar com o Morgan.

_ Você diria que ela era uma pessoa responsável?

_ Ah, qual é Evy.

_ Era.

_ Próxima pergunta.

_ Olha Derek, eu sei que é desconfortável, é estranho pra mim do mesmo jeito que é pra você.

_ Somos amigos, mas aqui eu preciso te ver de um ângulo diferente, apenas como um parente da Cindy.

_ Estamos investigando o nível de risco de todas as vítimas, mesmo às em potêncial.

_ Cindy não bebia, não usava drogas, ela tinha um emprego estável.

_ E o perseguidor?

_ O que tem ele?

_ Ela dormiu com ele?

_ Você já sabe a resposta.

_ Talvez queira reconsiderar, talvez se lembre de alguma coisa.

_ Eles saíram uma vez, ele ganhou um beijo de boa noite, mas ele era o clássico perseguidor de poder acertivo, eu já vi como esses casos terminam.

_ Então você a encorajou a se mudar?

_ Você nunca me contou isso, por quê ela foi pra Charleston?

_ Eu não sei, falei pra ela escolher uma cidade e não contar pra ninguém, e isso me incluía.

_ Vamos pensar nisso, por um segundo. Ela já tinha estado lá antes, tinha amigos lá?

_ Talvez ela só quisesse ficar perto do mar.

_ O quê?

_ Quatro de julho, de noventa e seis. A família estava fazendo um piquenique no Lago, às crianças foram andar de pedalinho.

_ Cindy era uma delas?

_ Não, isso que é estranho, ela ficou na praia o dia todo.






A novata do FBI (Criminalminds)Where stories live. Discover now