Capítulo 11

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Não consegui dormir naquela noite. Óbvio. Harry Potter estava no quarto ao lado. Encostei a cabeça na cabeceira da cama, imaginando se ele estaria dormindo.

Harry desaparatara para Londres, e logo depois voltara para a Mansão trazendo apenas uma mochila. Astoria não disse nada. Apenas o recebeu com um sorriso e imediatamente o levou para um dos tantos quartos da Mansão, que por sinal era ao lado do meu. Sorri ao me lembrar da cara de Harry quando este ouviu Astoria lhe dizer que 'Draco estaria logo ali caso ele precisasse de alguma coisa'.

Era difícil imaginar o que Astoria estaria pensando. Mais difícil ainda era imaginar o que se passava na cabeça de Harry ao me dar boa-noite, ou se ele achara estranho o fato de Astoria e eu não compartilharmos do mesmo quarto.

A Mansão agora estava protegida. Dois Aurores faziam a ronda, mas não era realmente necessário já que estávamos protegidos pelo feitiço Fidelius. Minha maior preocupação era com Scorpius, mas Harry me garantira que o protegeria de qualquer mal.

A outra preocupação estava no quarto ao lado. Não era exatamente uma preocupação. Era mais como um tormento. Colei o ouvido na parede sem nem mesmo perceber. Pensei ter ouvido alguma coisa. Concentrei-me ainda mais. Achei que ouvi um gemido, mas talvez minha imaginação estivesse correndo solta demais.

Fechei os olhos. Imaginar Harry na cama estava me levando à loucura. Há quanto tempo eu não sentia o toque de outro ser humano? Anos e anos. A triste verdade. Eu não sentia falta de sexo. Não realmente. Mas se fosse Harry, será que seria diferente? Eu dormira com Astoria por alguns anos. O ato sexual havia sido satisfatório, mas vazio. Com o tempo, passamos a dormir em quartos separados e o sexo simplesmente deixou de existir.

Agora, porém, meu corpo parecia pegar fogo. E tudo pelo homem ao lado. Desabotoei a camisa do pijama de seda. Logo em seguida ela foi ao chão. Meus dedos percorreram meu torso magro. Nada desejável. Eu, no entanto, queria sentir desejo. E queria mais do que nunca ser desejado por Harry Potter. Imaginei que as mãos que me percorriam não eram as minhas, mas as dele. Mãos fortes, protetoras, de um exímio Apanhador. Mãos que apertavam meus mamilos de leve, que me torturavam a alma. Pensei ter sentido uma língua circundando-os. Soltei um gemido estrangulado.

Deitei-me. As mãos desceram para o umbigo. Meu membro pulsou. Eu estava vivo. É estranho me dar conta disso agora. Havia perdido tanto tempo me punindo por tudo. Ainda me punia por muitas coisas. Minha mente era o carrasco. Meu corpo sofria as conseqüências.

Não esta noite. Esta noite eu queria me unir às estrelas. Queria esquecer tudo e focar apenas no prazer de ter Harry comigo, mesmo que de mentira.

Finalmente minha mão entrou em contato com meu membro. Estremeci. Há quanto tempo não fazia isso? E o mais importante, por que não, se o prazer era tão intenso? Não era o prazer combustível para a vida? E aí estava uma das razões para que eu andasse como um morto vivo. Eu me negava tantos prazeres...

Fechei a mão ao redor do meu pênis e pus-me a acariciá-lo. Agora era Harry quem estava ali, me tentando, me mostrando o que eu estava perdendo. Fechei os olhos. Minha imaginação voou. Agora Harry gemia comigo, atacava meu corpo com sua boca sedenta, mordiscava meus mamilos, me beijava freneticamente.

Eu queria tudo, queria ele sobre mim, em mim. O fogo percorreu minhas entranhas, me consumiu. Já não tinha mais controle sobre nada. Só o que importava era a sensação de poder voar.

Tão forte foi meu desejo que ouvi o gemido de Harry vindo do outro lado da parede, intenso, desesperado. Como o meu. Era uma voz rouca, poderosamente masculina. Mordi o lábio inferior. Meu corpo se contraiu. O desfecho foi uma explosão de cores e sensações. Fui até a lua e voltei. A prova do meu prazer espalhou-se sobre meu estômago. Não queria que terminasse, mas era inevitável.

Draco MalfoyWhere stories live. Discover now