Dez.

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Oi, oi! Voltei.

Ia postar mais cedo mas preferi deixar mais para o final do dia e finalizar esse dia 27 com alguma coisa boa.

Espero que todos estejam bem.

Sigam!

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— Rafa? — Franziu o cenho, tentando controlar e não demonstrar seu nervosismo.

— Bia... — Tentou. — Posso entrar? Quer dizer... — Reformulou. — A gente pode conversar?

Bianca levou alguns instantes para seu cérebro processar quem estava ali, assim como o pedido que havia sido feito segundos atrás.

A mineira ainda a encarava, com os dedos machucando a alça de sua bolsa em ansiedade. 

— É..., entra! — Voltou do transe em que estava e afastou o corpo para dar espaço para a outra adentrar sua casa. — Aconteceu alguma coisa?

— A gente pode conversar em algum lugar? Com calma? — Viu a mulher fechar a grande porta e voltar a atenção para si.

Bia ainda não conseguia identificar o sentimento ao ver a mineira em sua porta, em sua casa, buscando uma conversa.

Por mais que ainda não soubesse do que se tratava, sentia um misto de alivio, confusão, medo e até um tanto de raiva.

Por um momento, havia esquecido do homem que ainda estava em sua varanda a esperando. Seguiu os olhos até a mesa onde Bruno as encaravam, sendo seguida pelo olhar da mineira ao mesmo tempo.

— Cê tá acompanhada? — Rafaella quebrou o segundo transe seguido que Bianca havia entrado.

Poderia simplesmente expulsar o homem dali, mas seu orgulho ainda falava um pouco mais alto e não sabia se estava pronta para ouvir o que quer que Rafaella teria para falar.

— Estou. — Retomou sua postura ereta. — Rafa..., eu não sei se a gente ainda tem algo pra conversar. Tu já deixou bem claro no que tu acredita e eu não preciso escutar todas as tuas opiniões mal entendidas novamente, e nesse momento, eu não tenho mais forças pra tentar te explicar alguma coisa, pelo menos não agora. — Despejou.

A carioca não aguentaria mais uma sessão de julgamentos naquela noite, ao mesmo tempo em que precisaria encarar a mulher oficialmente comprometida a sua frente.

— Escuta o que eu tenho pra falar primeiro, por favor. — Pediu, alternando o olhar entre Bianca e o homem que já parecia impaciente.

Bianca soltou uma risada fraca e completamente sem humor.

— É fácil pra ti pedir isso agora. — O leve efeito do álcool que já havia ingerido não poupava a ironia na voz da mulher.

— Eu sei que não tenho nenhum direito de te pedir pra me ouvir, mas ainda sim eu vou fazer. — Disse segura.

— Como eu disse, estou acompanhada. — Desviou o olhar da mineira, que naquele momento não deixava de lhe encarar em nenhum segundo.

— A companhia é tão importante assim que cê não pode dispensar por uma noite? — Percebeu os olhos da carioca voltarem quase assustados para si e diminuiu no tom de deboche. — Eu tenho certeza que cê tem um tempinho pra conversar comigo. Por favor, Bia.

Antes da carioca responder, as duas notaram o homem se aproximando com um sorriso leve e o cenho franzido.

— Tudo bem aqui? — Sorriu para a mineira. — Rafa, que surpresa!

Flores (Rabia)Onde histórias criam vida. Descubra agora