William e uma garota que eu não conhecia, perto do pátio, aos beijos. Corações quebrando em vários de pedacinhos. O meu coração.

- Sinto muito. - há verdade em sua fala. Não duvido que ele realmente esteja sendo verdadeiro. - Eu fiquei chateado. Acabei fazendo algo que não sentia vontade.

- Você podia ter ido até mim e perguntado cara à cara, William. Me dito a verdade frente a frente. - disparo.

- Você também. - ele rebate. - Nós dois erramos, Angelina.

Eu concordo com um aceno de cabeça. Sei que é verdade. Mas a imagem William e a garota desconhecida. Sua mão percorrendo a cintura dela e agarrando o seu cabelo não sai da minha mente. Um sorriso escapando dos lábios dela entre os beijos. Coração se quebrando por inteiro.

Silêncio.

- Eu lembro o que eu ia te dizer naquele dia. - William diz,chamando a minha atenção para ele novamente. Sorri, recordando: - Eu tava muito nervoso. Eu nunca fui de ficar nervoso com quase nada. Você me deixava nervoso, Angelina.

Meu rosto inteiro queima frente à sua declaração. A imagem dele com a garota ainda invade a minha mente, mas começa a tornar-se apenas uma lembrança de algo ruim.

- "Oi, eu... eu sou o William. Não sei se tu me conhece ou se sabe o meu nome... - ele começo, eu riu enquanto William tenta não morrer de vergonha - Eu acho que sinto alguma coisa por ti. Acho não, tenho certeza. É isso." Desculpa,eu nunca fui bom em declarações.

Dessa vez, meu riso é ainda mais frouxo.

- Eu achei uma boa declaração.

- Sério? - me olha em dúvida.

- Não.

Rimos. Outra vez, mais trocas de olhares. Ele se aproxima, sem se mostrar acanhado. Vejo nele receio, mas, ainda assim, quando ele chega perto demais o que vence é a vontade latente que cruza os seus olhos. Eles brilham em excitação.

- Se o Alex não tivesse feito...

- Vamos combinar uma coisa? - ele pergunta. Eu concordo. - Esquecer isso não parece uma boa opção?

Sim, parece. Eu assinto.

- Então vamos começar de novo. - ele diz. Isso me deixa curiosa e um riso involuntário cruza os meus lábios. - Oi, me chamo William, tenho duas gatas e sou apaixonado por música.

Riu outra vez, apertando a mão que ele me estende. Ela é quente e sinto os seus dedos machucados. Talvez seja devido a sua rotina intensa com a guitarra.

- Oi, William. Me chamo Angelina. Tenho um gatinho apenas e sou apaixonada por literatura, principalmente por poesia.

- É um prazer te conhecer, Angelina.

- É um prazer te conhecer também, William.

Rimos outra vez.

- Qual o nome das tuas gatinhas? - eu pergunto, enxerida.

Mas ele não parece ouvir. Solta a minha mão e, no minuto seguinte, ele está ainda mais perto. Seus olhos não vacilam de encontro aos meus. Eletricidade,é o que há neles. Elétricidade é o que perpassa em meu corpo inteiro, além da empolgação. Me beije, meu subconsciente incita,mas os meus lábios não esboçam nenhuma palavra.

- Foi assim que você imaginou que seria? - ele pergunta.

Eu discordo, ele arquea a sobrancelha, para logo depois abrir um sorriso gostoso quando eu anuncio:

- Não, isso aqui é bem melhor.

- Eu concordo. - ele diz. - E eu vou te beijar agora.

Eu não discordo e nem penso mais em nada. Meus lábios entreabertos o respondem. Me beije agora, então. E ele me beija. E é melhor do que o anterior. Há uma explosão acontecendo dentro de mim nesse exato momento.

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bjxs,

Triz

Meu BluesWhere stories live. Discover now