Baladinha e muito mais 2

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Corro em direção a Renan, como uma criança vai de encontro a mãe, e ele me abraça como se não estivesse mais ninguém ali. E por alguns segundos, realmente pensei que não estivesse, ele me pega no colo durante o abraço e me roda como se eu pesasse apenas poucas gramas, tamanha facilidade, dada pelo fato de um cara de quase dois metros de puro charme, elegância e "músculos ".
Depois de algum tempo em seus braços, ele me soltou no chão, e olhando de soslaio para Henry creio que ele não gostou muito de Renan. Mas, como ele foi um idiota comigo nesses últimos dias irei passar com Renan o maior tempo possível perto deles, quem mandou deixar tão explícito em sua face a sua repugnância por meu amigo.

Fomos a uma boate bem chique aqui em Seattle, daquelas com lustres caros e diversos jogos de luzes, e claro quem a escolheu foi Alice, ela usou uma desculpa de que agora havia amigos para ela curtir o que antes nunca tivera e que precisávamos dar essa oportunidade a ela.
Dançamos muito, e depois de algumas doses de tequila, já não sabíamos nem onde estávamos, a única coisa que me lembro, era do garçom me oferecendo uma bebida nova do local, uma tal de Margarita .

No dia seguinte....

Acordo com uma puta dor de cabeça, meio atordoada ainda, tento me sentar na cama, e aos poucos vou recobrando meus sentidos e percebo que não estou no meu apartamento. Lembro- me de ontem apenas que fomos a um restaurante, da reunião, e que fomos a uma boate chique, mas depois das Margaritas e de dançar muito não sei como vim parar aqui. Resolvo por meus pensamentos em ordem e dar uma explorada no local, levanto-me devagar e percebo que na mesinha ao lado da cama há um suco de laranja, um comprimido e embaixo dele estava um bilhete dizendo beba-me, e um copo com água, o dono ou dona da casa em que estou deve ter deixado para mim .

Ao explorar um pouco a casa vou recobrando minha consciência, e quando chego na cozinha encontro uma senhora muito gente boa, que diz que minhas roupas da noite passada estão limpas e já podem ser usadas novamente, disse que estavam sujas com algum liquido vermelho. Eu nem se quer havia percebido que estava vestindo uma camisa masculina.

Enquanto eu tomava meu café da manhã que ela mesmo havia preparado, fiz ela se sentar junto a mim a mesa e ali nos perdemos por assuntos variados. Dona Lídia e eu conversamos por quase uma hora, e ela me contou um pouco do que eu nem imaginava sobre Henry, que apesar de toda panca de idiota ele era um cara bom, e por mais que eu duvidasse das suas palavras, ela o conhecia desde menino, e viu de perto tudo o que ele passou com a sua família, ela me disse também que ele nunca trazia ninguém ali, a não ser Alice e Samuel e que era bom ter alguma companhia feminina.

A casa era do idiota do Henry sim, e dona Lidia era um amor de pessoa, não sei nem como ela aguentava aquele ogro, cada um com seu carma né, e acreditem se quiser, eu fui parar naquela casa por vontade própria, eu mesma quem o levei para sua casa após de uma briga, e irmos parar em uma delegacia.

Pelo que me lembrei, algum cara estúpido tentou me levar embora a força, e Henry mais alterado do que o normal, partiu para cima do cara, salvando minha ''honra'', o dono da tal boate chamou a policia, que levou todos a uma delegacia. Depois de Samuel o mais sóbrio e sensato entre nós resolver toda a bagunça, cada um foi para sua casa de táxi e o teimoso do Henry que estava de carro não quis ir também, daí todos me infernizaram para levá-lo para casa, já que a ''culpa'' da confusão era minha.

Depois que o levei para casa, tive que pedir ajuda a um dos seguranças da casa para carrega-lo, pois o mesmo havia dormido o caminho todo, e a princesinha não era nada leve, o segurança era bem gente boa e me ajudou também a jogar o Henry debaixo do chuveiro com roupa e tudo. Depois disto ele deu uma acordada e terminou o seu banho sozinho. Enquanto isso eu ia arrumando sua cama para colocar ele para dormir,(vai que ele saia pra rua naquela situação novamente ), só me lembro que ele me jogou uma camisa dele para mim vestir depois que se trocou, pois o idiota do cara da balada havia jogado sua bebida em mim.

Estou no meu apartamento já faz algum tempo, e ainda me perco lembrando da noite mais louca da minha vida, estava aqui perdida, até me lembrar de quando o coloquei em sua cama, o obriguei a se deitar e a me prometer que não sairia assim que eu fosse embora. Mas lembro-me também do seu olhar, e que olhar, me pediu para ficar mais um pouco e para deitar ali com ele, só até ele dormir, deitei e ficamos nos olhando por algum tempo, até o cansaço e o álcool me vencerem, me fazendo dormir ali nos seus braços.

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