Riddle sentia-se péssimo ouvindo aquelas palavras, já havia feito tanto por Davina, até mesmo cancelado ataques que planejou durante meses, apenas para ela ter um baile perfeito.

Talvez Abraxas tivesse razão, esse amor por Davina o deixava fraco e frágil, apenas vê-la chorar por motivos banais o deixava irritado.

— Olha para mim. — Segurou seu rosto com calma — Eu te amo, Davina Wezen, mesmo que não consiga demonstrar tanto quanto gostaria, você foi a melhor coisa que me aconteceu em toda minha vida. Não deixe o Abraxas estragar isso.

A morena já estava chorando, não sabia ao certo se era felicidade ou tristeza, mas ouvir Tom dizer aquelas palavras, a fazia acreditar que estariam juntos para sempre, ela suspirou e o abraçou o mais forte que pode.

— Você é incrível, sabe disso, não sabe? — murmurou.

— Você quer dar uma volta?

— Essa volta pode ser em Londres?

— Está nevando. — Acariciou seu rosto — Com certeza está tudo fechado.

— Não ficaremos livres do Abraxas tão cedo, não é?

— Pode aguentar isso como presente?

— De natal?

— Aniversário.

— Você nunca me disse quando é seu aniversário.

— Promete guardar segredo?

— Sim.

— 31 de dezembro.

— Está brincando?

— Infelizmente não.

— Não fala assim.

— Vamos entrar, está muito frio. — Tom segurou sua mão.

A chuva tomava conta de toda a cidade, mesmo a mansão Malfoy sendo enorme, ainda sim os adolescentes estavam entediados, Edward e Neil até tentaram inventar algo para se distraírem, mas foi em vão.

— Por que não jogamos, duas verdades e uma consequência? — Winky os encarou.

— Jogos de trouxas, sério? — Abraxas revirou os olhos.

— Tem outra ideia? —perguntou a ruiva, sem paciência.

— Muitas na verdade — sorriu malicioso.

— Estúpido! Quem quer jogar? — A ruiva sentou-se ao chão, mesmo não querendo os jovens não tinham muita opção e acabaram cedendo.

— Abraxas vai buscar uma garrafa — disse Katerin.

— O que vocês acham que sou? Um elfo doméstico?

— Seria mais útil se fosse um elfo. — A loira resmungou.

— Vocês são insuportáveis — reclamou Abraxas, levantando-se e saindo da sala.

— Eu te ajudo. — Tom o acompanhou silenciosamente.

Os jovens desceram as escadas em um silêncio ensurdecedor até a adega da mansão, os pais de Abraxas haviam saído para um jantar com alguns amigos, esse era o momento perfeito para eles se divertirem sem regras.

— O que você quer, Riddle? — perguntou Abraxas, fechando a porta da adega.

— O que você disse para a Davina? — perguntou Tom, encarando algumas garrafas de vinho de costas para o garoto.

— Nada demais, eu apenas brinquei com ela — explicou o rapaz, revirando os olhos.

— Ela não gostou dessa brincadeira.

Resquícios de amor: Tom Riddle - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora